TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

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SEGUNDA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Nº 8785/2004 CLASSE II COMARCA DE SINOP APELANTE: BRASIL TELECOM S. A.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARY GRÜN (Presidente) e LUIZ ANTONIO COSTA. São Paulo, 24 de julho de 2018.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MIGUEL BRANDI (Presidente sem voto), LUIS MARIO GALBETTI E MARY GRÜN.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores PAULO PASTORE FILHO (Presidente), JOÃO BATISTA VILHENA E SOUZA LOPES.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ANDRADE NETO (Presidente) e MARIA LÚCIA PIZZOTTI.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente), EGIDIO GIACOIA E VIVIANI NICOLAU.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SALLES ROSSI (Presidente sem voto), MOREIRA VIEGAS E LUIS MARIO GALBETTI.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E LUIZ ANTONIO DE GODOY.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Juizes MONICA SENISE FERREIRA DE CAMARGO (Presidente) e ANTONIO AUGUSTO GALVÃO DE FRANÇA.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO DOS SANTOS (Presidente), WALTER FONSECA E GIL COELHO.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DÉCIMA QUINTA CÂMARA DE DIREITO PÚBLICO ACÓRDÃO

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CCM Nº (Nº CNJ: ) 2017/CÍVEL

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 11ª Câmara de Direito Público

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUCILA TOLEDO (Presidente) e MENDES PEREIRA. São Paulo, 30 de maio de 2019.

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores HERALDO DE OLIVEIRA (Presidente), JACOB VALENTE E TASSO DUARTE DE MELO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI (Presidente sem voto), CLAUDIO GODOY E AUGUSTO REZENDE.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 8ª Câmara de Direito Privado. Registro: ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores LUIZ ANTONIO DE GODOY (Presidente sem voto), CHRISTINE SANTINI E CLAUDIO GODOY.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 20 de abril de 2017.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO 31ª Câmara de Direito Privado ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

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São Paulo, 13 de dezembro de 2017.

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ACÓRDÃO , da Comarca de São Paulo, em que é. apelante OLGA MARIA VIEIRA CARDENAS MARIN, são apelados

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 4 de maio de 2017.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERICKSON GAVAZZA MARQUES (Presidente), J.L. MÔNACO DA SILVA E MOREIRA VIEGAS.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente) e FÁBIO PODESTÁ. São Paulo, 26 de outubro de 2016.

Inteiro Teor ( )

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO LEME (Presidente) e ARTUR MARQUES. São Paulo, 14 de agosto de 2017.

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente), FÁBIO PODESTÁ E FERNANDA GOMES CAMACHO.

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ACÓRDÃO. São Paulo, 18 de janeiro de James Siano Relator Assinatura Eletrônica

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 37ª Câmara de Direito Privado

ACORDAM, em 3 a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte

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ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº , da Comarca de Guarulhos, em que é apelante

Vistos. Foi indeferido o pedido de tutela de urgência (fls. 130/133). Citada, a requerida não apresentou resposta (fls. 139/140). Esse é o relatório.

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores SIMÕES DE VERGUEIRO (Presidente) e MIGUEL PETRONI NETO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 18 de junho de 2015.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 9 de fevereiro de 2017.

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Transcrição:

fls. 1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA São Paulo ACÓRDÃO Registro: 2015.0000075074 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0055307-76.2012.8.26.0564, da Comarca de São Bernardo do Campo, em que é apelante CINTHIA DE ALENCAR NUNES (JUSTIÇA GRATUITA), são apelados PATRÍCIA SALETTI ME. e GROUPON SERVIÇOS DIGITAIS LTDA.. ACORDAM, em 26ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FELIPE FERREIRA (Presidente) e ANTONIO NASCIMENTO. São Paulo, 11 de fevereiro de 2015. Vianna Cotrim RELATOR Assinatura Eletrônica

fls. 2 APELANTE: CINTHIA DE ALENCAR NUNES APELADOS: PATRÍCIA SALETTI ME. E GROUPON SERVIÇOS DIGITAIS LTDA. COMARCA: SÃO BERNARDO DO CAMPO EMENTA: Prestação de serviços Contratação de festa infantil a domicílio pela internet Cancelamento do negócio em virtude de ausência da prestação Pedido de devolução dos valores pagos e condenação por danos morais Responsabilidade solidária da administradora de site de compras coletivas, que participou da cadeia de consumo Provimento do recurso. VOTO N 30.747 A r. sentença de fls. 78/79, cujo relatório é ora adotado, homologou a desistência em relação à corré Patricia Saletti ME e julgou extinta sem julgamento do mérito por ilegitimidade passiva, em relação à corré Groupon a ação de restituição c.c. indenizatória relativa a prestação de serviços, daí o apelo da autora, a fls. 81/83, sustentando, em síntese, a responsabilidade da empresa perante o consumidor e pedindo a procedência da ação. Recebido e processado o recurso, sem contrarrazões, subiram os autos. É o relatório. Trata-se de ação de restituição c.c. indenizatória narrando a inicial que a autora contratou a realização de uma festa infantil a domicílio em site da internet e, não obstante a confirmação do pagamento debitado em seu cartão de crédito, não Apelação 2

fls. 3 houve a prestação do serviço no dia e hora agendados, alegando a corré Patricia que não encontrou o endereço onde seria realizado o evento. Ingressou a autora com a presente ação envolvendo, além de danos morais, a restituição dos valores pagos. A r. sentença acolheu a preliminar de ilegitimidade de parte da corré Groupon, fundamentando a decisão na ausência de nexo de causalidade entre o anúncio e o dano alegado na petição inicial. Entretanto, tenho que a corré Groupon deve responder solidariamente pela devolução de eventuais parcelas pagas, à medida que participou da cadeia de consumo (CDC, art. 7º, parágrafo único, c.c. art. 25, 1º), cobrando regressivamente de quem aprouver o que despendeu. Com efeito, o que se verifica é que os réus atuam no mercado em parceria, beneficiando-se mutuamente dentro da mesma cadeia de prestação de serviços, de sorte que, na qualidade de fornecedor responde objetivamente por eventuais prejuízos ao consumidor. Nesse sentido tem entendido esta Corte: Prestação de serviços Aquisição de viagem em site de compra coletiva Inexecução do serviço Responsabilidade objetiva e solidária da administradora do site Reconhecimento. Administradora de site de compras coletivas, que divulga, facilita, intermedeia e recebe pagamento direto pela negociação entre os consumidores e anunciantes, se qualifica como fornecedora em cadeia e Apelação 3

fls. 4 passa a responder objetiva e solidariamente pelos danos advindos dos serviços e produtos que veicula. Prestação de serviços - Despesas com o patrocínio da causa - Pretendido reembolso - Inadmissibilidade. "Não são reembolsáveis, a título de honorários de advogado, as despesas que a parte enfrenta em razão do ajuste com o profissional a título de honorários, para o patrocínio de sua causa". Recurso provido em parte.( Apelação nº 0006046-74.2012.8.26.0037 Relator Orlando Pistoresi 30ª Câmara de Direito Privado) Afasto, pois, o decreto de extinção por reconhecimento de ilegitimidade passiva e, estando a causa madura para julgamento, passo ao julgamento do feito por aplicação análoga do artigo 515, 3º do CPC. Anote-se que desde o princípio a ré limitouse a negar sua responsabilidade sobre os fatos alegados e razoavelmente comprovados pela autora, quedando-se inerte em relação à produção de qualquer prova da eficiência dos serviços prestados ou justificativa pela não prestação dos mesmos. A situação vivenciada causou evidentes transtornos e constrangimentos à autora, devendo a ré responder não só pela devolução dos valores pagos como pelos danos morais sofridos. Negar-se a indenização por danos materiais, consistente na devolução do valor destinado a evento não usufruído por culpa da ré, seria justificar o seu enriquecimento sem causa. Apelação 4

fls. 5 Nesse contexto, justo afigura-se acolher o pleito indenizatório postulado pela autora, para os fins de abranger a devolução dos valores pagos (R$699,00 seiscentos e noventa e nove reais), acrescidos dos acréscimos legais. Finalmente, justifica-se o pedido indenizatório por danos morais experimentados pela autora, sendo plenamente possível vislumbrar a angústia de quem, contrata uma festa para comemorar o aniversário de uma criança de dez anos, e simplesmente não recebe o serviço sem qualquer justificativa plausível. Entendo, assim, por caracterizados os danos morais, restando fixar o montante indenizável. Neste ponto, a dosimetria deve considerar a natureza do dano, a capacidade econômica das partes e, também o caráter pedagógico da reprimenda, de forma a evitar novos abusos e a reiteração de atos da espécie. O valor do ressarcimento fica ao prudente arbítrio do juiz, mas não deve representar quantia irrisória, tampouco caracterizar enriquecimento sem causa. Nesse sentido, já se decidiu que: A indenização por dano moral deve ser fixada em termos razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se em enriquecimento indevido, devendo o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao porte empresarial das partes, às suas atividades comerciais e, ainda, ao valor do negócio. Há de orientar-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do bom senso, atento à realidade da vida, notadamente à situação econômica atual e às Apelação 5

fls. 6 peculiaridades de cada caso (REsp. 205268/SP, rel. Ministro SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, j. 08/06/99, DJ 28/06/99, p. 122). Vai daí que, aferidas as circunstâncias pessoais do fato, da autora e da própria ré, tem-se como apta a reparar a demandante pelos danos morais sofridos a quantia de R$ 5.000,00. Em suma, dou parcial provimento ao apelo da autora para determinar à ré que devolva os valores comprovadamente pagos, pelo seu valor singelo, cada um deles corrigido desde o respectivo desembolso e com juros moratórios a partir da citação, além de indenizar a autora por danos morais fixados em R$5.000,00, corrigidos deste arbitramento e com juros a partir da citação. Por fim, deve a ré arcar com a sucumbência já que decaiu na maior parte do pedido, observando-se que condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca, consoante previsto na Súmula n. 326 do Colendo Superior Tribunal de Justiça, fixados os honorários em 15% do montante da condenação. provimento ao apelo. Pelo exposto, por esses fundamentos, dou VIANNA COTRIM RELATOR Apelação 6