TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. REGISTRO DE CANDIDATURA n CLASSE N 38 SÃO PAULO SÃO PAULO

Documentos relacionados
ACÓRDÃO PUBLICADO EM SESSÃO NOS TERMOS DO ART. 57 3º DA RESOLUÇÃO TSE PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL

Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO AMAZONAS

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

REGISTRO DE CANDIDATURA. Eduardo Rangel

Tribunal Regional Eleitoral de Goias

DIREITO ELEITORAL. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO

ACÓRDÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N CLASSE 32 - FORQUILHINHA - SANTA CATARINA

Acompanhamento processual e Push

DIREITO ELEITORAL. Registro de Candidatura Parte II. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

ACÓRDÃO PUBLICADO EM SESSÃO NOS TERMOS DO ART. 48 3º DA RESOLUÇÃO TSE PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL

DIREITO ELEITORAL. Prof. Roberto Moreira de Almeida

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO PUBLICADO EM SESSÃO NOS TERMOS DO ART. 57 3º DA RESOLUÇÃO TSE PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL

VISÃO GERAL DO PROCESSAMENTO DE REGISTRO DE CANDIDATURAS

Número:

ACÓRDÃO PUBLICADO EM SESSÃO NOS TERMOS DO ART. 57 3º DA RESOLUÇÃO TSE PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO DISTRITO FEDERAL

Superior Tribunal de Justiça

Rio de Janeiro, 16 de maio de 2017.

Tribunal Regional Federal da 3ª Região

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS

ACÓRDÃO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N CLASSE 32 a - JOSÉ BONIFÁCIO - SÃO PAULO.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DESPACHO

Direitos Políticos Passivos Capacidade Eleitoral Passiva: Condições de Elegibilidade. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Supremo Tribunal Federal

DIREITO ELEITORAL. Direitos Políticos Direitos Políticos Passivos - Capacidade Eleitoral Passiva: Condições de Elegibilidade

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ADEMIR BENEDITO (VICE PRESIDENTE) (Presidente) e XAVIER DE AQUINO (DECANO).

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

1. Registro de Candidatura

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

ª

ESPORTE CLUBE BAHIA REGULAMENTO DAS ELEIÇÕES PARA CARGOS DA DIRETORIA EXECUTIVA E DO CONSELHO DELIBERATIVO

2.3. Tribunais Regionais Eleitorais Dos Juízes Eleitorais Juntas eleitorais Resumo didático... 64

DIREITO ELEITORAL João Paulo Oliveira

RECURSO ORDINÁRIO Nº CLASSE 37 - SÃO PAULO - SÃO PAULO. Advogados: Ana Maria Goffi Flaquer Scartezzini e outros

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

AOW TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ACÓRDÃO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO N CLASSE 37 PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL

Superior Tribunal de Justiça

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 4ª REGIÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL - TSE

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

Direitos Eleitoral - Parte 1

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SÃO PAULO ACÓRDÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS N CLASSE N 25 SÃO PAULO - SÃO PAULO

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SERGIPE RESOLUÇÃO N.58/2011

ACÓRDÃO. AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA N CLASSE 22 a - CRISSIUMAL - RIO GRANDE DO SUL.

PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

Impetrado : Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Porto Velho - RO

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

ACÓRDÃO N.º 458/2013. Acordam, na 3.ª Secção, do Tribunal Constitucional

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais

Juiz Federal CARLOS MeERTO E elator

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento nº , da Comarca de Americana, em que é agravante

DIREITO ELEITORAL. Ações Especiais Eleitorais. Prof. Karina Jaques

MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL 137ª Zona Eleitoral/PE

ACÓRDÃO , da Comarca de São Paulo, em que é agravante SEPROSP -

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MATO GROSSO

Superior Tribunal de Justiça

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL EM MATO GROSSO

Superior Tribunal de Justiça

Supremo Tribunal Federal

Exercícios de Direito Eleitoral. Analista

REGULAMENTO ELEITORAL DO SINDUSCON-ES SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DIREITO ELEITORAL. Eleições Lei 9.504/97 Disposições Gerais e Coligações. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE COLÉGIO ELEITORAL ESPECIAL COMISSÃO ELEITORAL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Número:

DIREITO ELEITORAL. Infidelidade Partidária. Coligações Partidárias. Cláusula de Desempenho. 2ª Parte. Prof. Rodrigo Cavalheiro Rodrigues

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO N. 10/2013 PROPAGANDA PARTIDÁRIA N CLASSE 27 PORTO VELHO RONDÔNIA RONDÔNIA

DIREITO ELEITORAL. Convenção Partidária. Prof. Karina Jaques

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina ACÓRDÃO N

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores SÁ DUARTE (Presidente sem voto), SÁ MOREIRA DE OLIVEIRA E EROS PICELI.

Superior Tribunal de Justiça

Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins

Superior Tribunal de Justiça

LEI Nº 6.978, DE 19 DE JANEIRO DE 1982.

APELAÇÃO CÍVEL Nº SOROCABA. APELANTES e reciprocamente APELADOS:

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ERBETTA FILHO (Presidente) e RAUL DE FELICE. São Paulo, 4 de maio de 2017.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente sem voto), BERETTA DA SILVEIRA E VIVIANI NICOLAU.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PROTOCOLO Nº 7.495/2016 BRASILIA DISTRITO FEDERAL

Superior Tribunal de Justiça

Transcrição:

PUBLICADO EM SESSÃO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SÃO PAULO ACÓRDÃO REGISTRO DE CANDIDATURA n 3761-22.2014.6.26.0000 CLASSE N 38 SÃO PAULO SÃO PAULO Eleições de 5 de outubro de 2014 REQUERENTE(S): LUIZ DE MOURA PEREIRA CANDIDATO(S): LUIZ DE MOURA PEREIRA, CARGO DEPUTADO ESTADUAL, N : 13800 PARTIDO(S): PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT IMPUGNANTE(S): PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL PROCEDÊNCIA: SÃO PAULO SP Sustentou oralmente o Dr. André de Carvalho Ramos, Procurador Regional Eleitoral Sustentou oralmente as razões do candidato, o Dr. João de Oliveira. Vistos, relatados e discutidos os mitos do processo acima identificado, ACORDAM, os Juizes do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, por votação unânime, em indeferir o registro, com determinação. Assim decidem nos termos do voto do(a) Relator(a), que adotam como parte integrante da presente decisão., O 'julgamento' teve a participação dos Desembargadores A. C. Mathias Coltro (Presidente) e Mário Devienne Ferraz; dos Juízes L. G. Costa Wagner, Robèrto Maia e Silmar Fernandes. São Paulo, 01 de setembro d 2 IVA MALERBI Relato/r(a)

r, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL Voto n 3493 Eleições de 5 de outubro de 2014 Relator(a): Desembargadora DIVA MALERBI Registro de Candidatura n 3761-22.2014.6.26.0000 REQUERENTE(S): LUIZ DE MOURA PEREIRA CANDIDATO(S): LUIZ DE MOURA PEREIRA, CARGO DEPUTADO ESTADUAL, N : 13800 PARTIDO(S): PARTIDO DOS TRABALHADORES - PT IMPUGNANTE(S):'PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL Procedência: São Paulo SP REGISTRO DE CANDIDATURA. CARGO DE DEPUTADO ESTÀDUAL. CANDIDATO NÃO ESCOLHIDO EM CONVENÇÃO. DIVERGÊNCIA DE ASSINATURAS. NÃO CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. IMPUGNAÇÃO ACOLHIDA. INDEFERIMENTO. 1. A escolha do candidato em convenção é um dos requisitos para o deferimento do registro de candidatura. Não atendida tal condição de elegibilidade pelo requerente. Precedentes: TSE. 2. Outrossim, o requerente não deu integral cumprimento ao disposto nos arts. 11, II e IV, da Lei das Eleições, 26, I, e 27, I, da referida Resolução. 3. O número identificador para constar da urna eletrônica deve ser utilizado pelo candidato escolhido em convenção partidária. Precedentes: TRE/SP. 4.. Impugnação acolhida. Indeferime to, com determinação. REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000 1

RELATÓRIO Trata-se de pedido de registro do candidato LUIZ - DE MOURA PEREIRA ao cargo de Deputado Estadual com o número 13800 impugnado pela d. Procuradoria por ausência de certidão criminal da Justiça Estadual. de 1 grau, do domicílio eleitoral do candidato, para fins eleitorais, falta das certidões de objeto e pé relacionadas à fl. 15, ausência de escolha de candidato em convenção, bem como sua expulsão do partido ao qual pretende concorrer, o que configuraria ausência de filiação partidária (fls. 38/42). A petição, protocolizada em 12/07/2014 (protocolo geral n. 71279/2014) foi autuada e registrada como Registro de, Candidatura n. 3545-61, apensada aos presentes autos, teve a. finalidade precípua de demonstrar que o requerente obteve decisão liminar junto à Justiça Comum permitindo seu registro de candidatura individual perante esta Justiça Especializada, nos seguintes termos: ff o reconhecimento do direito deste em se candidatar ao cargo de deptitado estadual pelo partido dos trabalhadores, no prazo previsto no artigo 10, parágrafo 4, da Lei n. 9.504/97, caso a ré não tenha cumprido a tutela de urgência dada no plantão judiciário, cabendo, em qualquer das situações, a análise do registro do candidato -13-dd- Justiça Eleitoral" (grifo nosso). REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000

O Partido dos Trabalhadores PT apresenta manifestação informando que o requerente não tem filiação partidária e nem foi escolhido em convenção. Esclarece, ainda, que foi indicado pelo candidato número de urna já deferido para outro candidato do partido, motivos pelos quais requer o indeferimentó do pedido de registro de candidatura (fls. 56/58). Intimado,,o requerente apresenta defesa acompanhada de documentos (fls. 60/327). Informa, ainda, que a expulsào ilegal, e arbitrária do partido está em grau de recurso perante o Diretório Nacional do partido, com efeito suspensivo, não havendo como falar em desfiliação ou cidadão sem partido. Esclarece, ademais, que decisão' judicial determinou que -o candidato utilizasse o número que lhe convenha, tendo a referida decisão transitado em julgado, sem oposição de recurso. Ressalta, por fim, que o candidato utilizou o referido número de urna no pleito de 2010, tendo o direito de manter o número atribuído na eleição anterior. A Coordenadoria de Gestão de Documentação desta Corte opina às fls. 343/346, pela irregularidade da documentação e, ademais, o candidato não foi escolhido em convenção, tão pouco indicado pela Executiva para ocupar vaga remanescente. Que o pedido de registro tem, origem em decisão de justiça comum, conforme docu cato autuado em apenso. É o relatório. REGISTRO DE CÀNDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000

VOTO Importante salientar que "o pedido de registro será indeferido, ainda que não tenha. havido impugnação, quando o candidato for inelegível ou não atender a qualquer das condições de elegibilidade", nos termos do art. 44 da Resolução TSE n. 23.405/14. No. caso, constata-se que o requerente não foi escolhido em Convenção Partidária realizada pelo Partido dos Trabalhadores PT e nem foi indicado pela executiva do referido partido para ocupar, vaga remanescente, nos termos das informações da Secretaria deste e. Tribunal Regional Eleitoral (fls. 343/346 e 350/352), o que impede a pretensão do requerente em se candidatar ao cargo de Deputado, Estadual, vez que, como bem observou a d. Procuradoria Regional Eleitoral, "o candidato' não foi legitimamente escolhido em convenção partidária, requisito indispensável à luz da dicção contida no art. 11, 1, I, da Lei n. 9.504/97" (fl. 39). Superior Eleitoral, in verbis: Neste sentido, a jurisprudência do e. Tribunal "Eleições 2012. Registro de candidatura. Escolha em convenção. 1. A matéria atinente à validade de con,fição partidária deve ser discutida nos autos dc7drap, e não nos dos regi,stros individuai -de candidatura. REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000 4

2. No pedido de registro individual, examina-se, tão somente, a aptidão do candidato, consistente na verificação do atendimento às condições de elegibilidade e dei eventual ocorrência de causa de inelegibilidade. 3. Não cabe à Justiça Eleitoral examinar os critérios internos pelos quais os partidos e coligações escolhem os candidatos que irão disputar as eleições. 4. A escolha em convenção partidária constitui requisito indispensável ao deferimento do registro de candidatura. Agravo regimental a que se nega provimento" (TSE, AgR-Respe 82196/MS, Rel. Min. Henrique Neves da Silva, DJE 10.05.13). "Registro. Candidato. Escolha em convenção. 1. A escolha do candidato em convenção é requisito exigido para o deferimento do pedido de registro de candidatura. 2. A Justiça Eleitoral é incompetente para julgar os critérios utilizados pelo partido para escolher os candidatos que disputarão as eleições, haja vista se tratar de matéria interna corporis. Agravo regimental não provido" (TSE, Rel. Min. Arnaldo Versiani Leite Soares, AgR-RESPe 484336/PB, PSESS 15.09.10). "Registro. Quitação eleitoral. Multa. Ausência às urnas. Escolha em convenção. I. Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que a escolha em convenção é / um dosrequisitos para o deferimento do registro de candidatura. REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000

2. Nos termos da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no momento do pedido de registro, o candidato deve estar quite com a Justiça Eleitoral. Agravo regimental não provido" (TSE, AgRRESPe 28863/SP, Rel. Min. Arnaldo Versiani Leite Soares, PSESS 27.09.12). "Registro. Cándidato. Escolha em convenção. 1. A escolha do candidato em convenção é requisito exigido para o deferimento do pedido de registro de candidatura. 2. Em - face da não indicação do candidato em convenção partidária e não atendida tal condição de elegibilidade, correta a decisão regional que indeferiu o pedido de registro. Agravo regimental não provido" (TSE, AgR-Respe 442566/GO,' Rel. Min. Arnaldo Versiani Leite Soares, PSESS 15.09.10) A esse pl'opósito, mister destacar os argumentos perfilados pelo e. Desembargador Mário Devienne Ferraz ao apreciar a mesma questão nos autos do RCAND n. 2310-59, in verbis: r "É sabido que o mandato eletivo pertence ao partido político e, pelo sistema pátrio, nenhum eleitor, não obstante_ tenha filiação deferida pela agremiação, pode concorrer ao pleito sem ser escolhido em convenção pailidária. O cidadão, deve obrigatoriamente, contar. com a intermediação da agremiação política. (..) observo que não compete a esta Justiça Especializada a discussão de questão "interna corporis" que não produz efeitos noi)troces----- so -./ eleitoral. Conforme o inciso' VI do artigo 15 da Lei REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL n. 9096/95, é o estatuto do partido político que deve prever regras e requisitos 'para escolha de candidatos e realização de convenções, temas pertencentes à autonomia partidária, consoante o previsto no 1 do artigo 17 da. Constituição Federal" (TRE/SP, RCAND 23-10-59, Rel. Desembargador Mário Devienne Ferraz, PSESS 06.08.14). Desnecessária maiores ' digressões a respeito da subsistência da filiação partidária, ante a ausência de indicação em convenção partidária. Ainda que assim não fosse, importante destacar que há obrigação legal dos candidatos instruírem o pedido de registro de candidatura com os documentos necessários (art. 11 da Lei n. 9504/97 e art. 27 da Resolução TSE n. 23.405/14). Observa-se, da documentação que instrui o processado, que o requerente não deu integral cumprimento ao disposto nos arts. 11, 1, II e IV, da Lei das Eleições, 26, I, e 27, I, da referida Resolução, vez que a assinatura constante do documento apresentado à fl. 05 difere das assinaturas exaradas no requerimento de registro de candidatura individual RRCI e na declaração de bens (fls. 02/03 e 33).. Ademais, insta salientar que a mídia da declaração-de bens de fl..3 não importada (mensagem "Erro do Sistema"). REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014'.6.26.0000

Assim, verifica-se que o requerente não cumpriu requisitos de elegibilidade indispensáveis para o deferimento de seu pedido de registro de candidatura. Quanto ao número identificador para constar da urna eletrônica utilizado pelo requerente, importante salientar que referido número coincide com o do Candidato Iduigues Ferreira Martins, candidato a Deputado Estadual pelo mesmo partido (RCAND 766-36), nos termos da informação da Secretaria Judiciária deste e. Tribunal Regional Eleitoral. Assim, o número 13800 deve ser utilizado pelo candidato Iduigues Ferreira Martins, vez que fora escolhido em Convenção Partidária e teve seu registro deferido. Regional Eleitoral, in verbis: Neste sentido, a jurisprudência deste e. Tribunal "(..) cumpre assentar que, mesmo havendo recurso desta decisão, o nome do interessado não constará da urna eletrônica, pois o número que escolhera já fora tomado por outra concorrente, esta sim escolhida em convenção. Logo, incidente, por analogia, o disposto no art. 32, parágrafo únic-o;11-,-- da Res. TSE 23.405/2014, consoante, aliás, já "Art. 32. No caso de ser requerido pelo mesmo partido po itico mais / de um pedido de registro de candidatura com o mesmo número para o respectivb cargo, inclusive nos casos de dissidência partidária interna, a Secretaria Judiciária procederá à inclusão de todos os pedidos. no Sistema de Candidaturas, Certificando a ocorrência em cada um dos pedidos. Parágrafo único. Na hipótese prevista no cá put, serão observadas as seguintes regras: I - os pedidos de registro serão distribuídos ao mesmo Relator para processamento e julgamento em conjunto; II - serão inseridos na urna eletrônica apenas os dados do candidato vinculado ao DRAP que tenha sido julgado regular." REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000 8

decidido neste E. Tribunal no Registro de. Candidatura 2310-59, Rel. Des. Mário Devienne Ferraz, julgamento em 06 de agosto do presente" (TRE/SP, RCAND, 3820-10, Rel. Juiz Silmar Fernandes, PSESS 25.08 14). Por fim, determino que os dados do referido requerente não sejam incluídos na urna eletrônica, ainda que haja' eventual interposição de rectirso, nos termos do disposto no art. 32, parágrafo único, II, da Resdlução TSE n 23.405/2014 (Precedentes: TRE/SP, RCAND 3820-10, Rel. Juiz Silmar Fernandes, PSESS 25.08.14; TRE/SP, RCAND 2310-59, Rel. Desembargador Mário Devienne Ferraz, PSESS 06.08.14). Diante do exposto, acolho a impugnação e indefiro o pedido de registro de candidatura de LUIZ DE MOURA PEREIRA ao cargo de Deputado Estadual, com fundamento no art. 11, 1, I, II e IV, da Lei das Eleições, 26, I, e 27, I, da Resolução TSE n. 23.405/214. 3) da Resolução TSE n 23.405/2014. Publique-se em sessão, nos termos do artigo 50, É como voto. DIVA MALERBI Reatora REGISTRO DE CANDIDATURA N 3761-22.2014.6.26.0000 9