APRENDIZAGEM INDUSTRIAL UNIDADE 7 Blindagem e Aterramento do Cabeamento Estruturado
Porque blindar ou aterrar? Quando um cabo é submetido a um campo eletromagnético, correntes e tensões são induzidas em seus condutores e podem causar falhas na transmissão dos sinais que se propagam por eles devido à introdução de ruído. Degradação da qualidade da comunicação de voz ou para geração de erros em transmissões de dados.
Acoplamento O acoplamento entre circuitos de alimentação elétrica e de cabos de telecomunicações (em paralelo) pode acontecer devido a efeito de acoplamento: Condutivo: ocorre quando dois cabos tem um ponto comum, como o terra, por exemplo.
Acoplamento Capacitivo: devido a campos elétricos. Quanto maior a distância entre os condutores menor os efeitos deste tipo de acoplamento, porém, devido a intensidade que estes campos podem chegar as vezes só a separação pode não ser suficiente para reduzir o acoplamento capacitivo.
Acoplamento Indutivo: devido ao campo magnético. Quando uma corrente flui em um circuito ela produz um fluxo magnético proporcional a essa corrente. É o principal responsável pelo acoplamento de diafonia entre dois canais. A distância entre os condutores reduz os efeitos.
Blindagem Diminui ou previne o acoplamento de sinais indesejados ou para minimizar o nível de emissão de um sistema. Para altas freqüências o entrelaçamento dos pares não oferece proteção eficiente. Solução: cabos blindados.
Blindagem Todos os componentes do cabeamento devem ser blindados: conectores, patch panel, etc. A espessura da blindagem de cabos F/UTP é determinada para oferecer proteção a partir de frequencias em torno de 1,5MHz. O desempenho de cabos F/UTP é cerca de 20dB a 30dB melhor do que o de cabos UTP em termos de imunidade a ruídos. O uso de cabos S/FTP é ainda melhor.
Aterramento Até 1MHz a blindagem do cabo pode ser aterrada em uma única extremidade do segmento de cabo e oferecer uma boa resposta quanto aos efeitos da EMI. Em altas frequencias, recomenda-se aterrar a blindagem do cabo em ambas as extremidades e neste caso é importante que as ddp seja de no máx 1V.
Aterramento Teste de terra em sistema blindado: Inferior a 1,0V. Se superior, há um loop de terra!
Configuração I O segmento do cabo horizontal é aterrado em uma única extremidade do enlace (TR). O cabo blindado é terminado em um patch panel e tomadas blindados e ambos os patch cords são UTP.
Configuração II O segmento do cabo horizontal é aterrado em uma única extremidade do enlace (TR). O cabo blindado é terminado em um patch panel e tomada blindada, o patch cord usado na TR é blindado e patch cord usado na WA é UTP. Prós Não há loop de terra em baixas frequencias. O uso de patch cord blindado na sala de telecomunicações oferece alguma proteção contra interferência eletromagnética para o equipamento ativo instalado neste espaço. Contras Nenhuma proteção ou proteção limitada contra interferência eletromagnética, principalmente em altas freqüências, na área de trabalho, devido a campos elétricos. Sujeito à formação de loops de terra em altas freqüências.
Configuração III O segmento do cabo horizontal é aterrado em ambas as extremidade do enlace. O cabo blindado é terminado em um patch panel blindado, a tomada é blindada e aterrada, ambos os patch cord são blindados.
Configuração IV (normatizada) O segmento do cabo horizontal é aterrado na TR. O cabo blindado é terminado em um patch panel e tomadas blindados, ambos os patch cord são blindados.
A norma ANSI-J-STD-607-A Prevê pontos de conexão para o aterramento na infraestrutura de entrada, na sala de equipamentos e nas salas de telecomunicações. Para a equipotencialização do aterramento, os encaminhamentos metálicos, as blindagens dos cabos, os condutores de aterramento, bem como o hardware de conexão, devem estar conectados entre si nos espaços de telecomunicações do edifício.
Aterramento As hastes são feitas de aço revestido de cobre e medem, em média, entre 2,5m e 3,5m. Pode ser usada mais de uma barra enterrada e ligada em paralelo, respeitando a distância mínima de 3 m entre elas. Se for necessário utilizar mais barras, pode-se formar um triângulo, ou quadrado com as barras
TBB Telecommunications Bonding Backbone: É o segmento de cabo originado no barramento principal de aterramento de telecomunicações do edifício. A bitola do condutor do TBB deve ser dimensionada de acordo com o comprimento do backbone de equipotencialização de aterramento de telecomunicações máximo. A norma ANSI-J- STD-607-A apresenta uma tabela que relaciona a bitola do condutor com seu comprimento total.
TMGB Telecommunications Main Grounding Busbar: é o barramento de aterramento principal, serve como extensão do eletrodo de aterramento. É também o ponto central de conexão ao TBB. Deve haver uma única TMGB por edifício e localizada na infraestrutura de entrada.
TGB Telecommunications Grounding Busbar: É o barramento de aterramento de telecomunicações que deve estar presente nos espaços de telecomunicações ao longo do edifício (em cada andar). Deve haver uma TGB em cada sala de telecomunicações e na sala de equipamentos. Fisicamente, uma TGB é semelhante a uma TMGB, porém com dimensões diferentes.
Aterramento Verificando a tomada: Entre Neutro e Fase: 110V ou 220V (+/- 10%) Entre Terra e Fase: muito próximo dos acima Entre Terra e Neutro: até 3V é aceitável
Verificando o aterramento A eficiência do aterramento pode ser medida com o multímetro e uma lâmpada de carga: 1. medir a tensão entre fase e aterramento e anotar o valor
Verificando o aterramento 2. repetir a medida utilizando a lâmpada como carga e anotar o valor 3. calcular a queda de tensão (queda = medida 1 medida 2) e anotar o valor 4. medir a corrente que circula na lâmpada e anotar o valor 5. calcular a impedância (Z = queda/corrente). Deve ser no máximo 5 ohms.
Verificando o aterramento Segundo a ABNT, a NBR 5410/97, um aterramento correto segue a tabela abaixo: Impedância Entre 0 e 5Ω Entre 5 e 15 Ω Entre 15 e 30 Ω Acima de 30 Ω Classificação Aterramento excelente Aterramento bom Aterramento aceitável Aterramento condenado