Universidade de São Paulo Gestão de Políticas Públicas - Noturno Thaís Porto Franco nº USP 6409.667 Tassiana Lucena nº USP 6409500 Software Livre na Gestão Pública São Paulo
07/junho/2010. 2
Software Livre na Gestão Pública Índice 1. Introdução...3 2. Software Livre...4 2.1. Histórico...4 2.2. Funcionamento...5 2.3. Vantagens e desvantagens...8 3. Software livre no governo...9 3.1. Porque usar... 3.2. No Brasil... 3.2.1 Seu uso no Governo... 3.2.2 Projetos... 4. Conclusão... 5. Bibliografia... 3
1. Introdução Softwares livres são programas de computador que possuem seu código de fonte aberto, ou seja, livre para qualquer pessoa ler e modificar, imaginado pela primeira vez nos anos 1980, que preza a livre distribuição de seu conteúdo, e a disseminação do conhecimento para todos, sem que haja algum tipo de benefício próprio envolvido, seus principais defensores são aqueles que tomam o conhecimento como um patrimônio, aqueles que fazem isso por hobby, além dos que lutam pelo ideal de liberdade, e mais recentemente algumas forças políticas que buscam alcançar equidade de conhecimento - em seu território, a maior expectativa que eles tem na adoção de tal software é que haverá maior e mais eficiente compartilhamento da inteligência e do conhecimento. Esse é um tema ainda amplamente discutido, principalmente no que tange a confiabilidade, qualidade e aplicabilidade de implantação de softwares livres em grandes escalas, como exemplo a rede de escolas públicas de um país. E talvez por esse motivo ainda não seja tão disseminado quanto tinha em mente seu criador. Obviamente as infindáveis discussões acabam afastando um possível publico, mas há também diversos motivos que dificultam a escolha entre esse tipo de software e um privado. O intuito deste trabalho é então elucidar não só o conceito de Software Livre, como mostrar sua trajetória, alem de discutir suas qualidades e seus defeitos, mostrar porque a batalha entre o livre e o privada é tão árdua e, por fim, versar sobre seu uso na gestão pública do Brasil, como por exemplo, que já implementou determinado sistema, os motivos que o levaram para tal e as vantagens que tiveram, assim como os motivos de ainda não existir maior aderência, e por conseguinte, as desvantagens de adoção de um modelo de Software Livre pelo Governo. 4
2. Software Livre Primeiramente é valido lembrar o conceito de software, para um maior entendimento posterior, este se resume na parte lógica do computador, ou seja, um programa, desenvolvido por especialistas em linguagem de programação,que criam um novo código-fonte ou seja, conjunto de instruções ou comandos básicos que formarão programas ou, mais simples ainda, assimilarão que determinadas teclas devem fazer ligar, ou desligar um programa,ou mesmo fazer com que apareça a letra a para executar uma ou mais funções no computador, exemplo disso são o Windows, o Gnome, e o pacote Office. Qualquer software que disponibilizar gratuitamente, não só para leitura e estudo, como também para alteração ou cópia, seu código fonte passa a ser um software livre. 2.1 Histórico A idéia de criar uma programação que pudesse ser lida por qualquer pessoa obviamente que compreenda a linguagem de programação surgiu em meados de 1980, por um pesquisador do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT, em Massachusets, nos Estados Unidos, chamado Richard Stallman. Em uma decisão, que na época foi tida como visionário de mais, esse pesquisador começa a desenvolver o projeto GNU, ele prometia ser um 5
sistema operacional capaz de rodar os programas e aplicativos do existente e pesadíssimo UNIX, porém com algumas diferenças, sendo a principal delas, a inexistência de uma licença de propriedade e uso. Sua idéia era que outras pessoas poderiam colaborar com o desenvolvimento de seu software livre, já que teriam total acesso ao código-fonte, e manipulá-lo, fazendo então melhorias em seu funcionamento. No entanto, naquela época isso era bastante difícil, já a tecnologia de computação era muito recente, e poucas pessoas tinham o conhecimento, o material, ou mesmo o interesse necessário para fazer alterações em um sistema operacional. Essa tarefa não poderia ser deixada para qualquer um visto que esse sistema é o principal programa de um computador, porque esse é o responsável por administrar todos os componentes de hardware e de software, mais especificamente, o sistema operacional controla cada arquivo, dispositivo, tempo de processamento e memória, ou seja, é aquele responsável por compreender as informações dos próximos softwares e interpretar suas informações, e fazer com que o computador de fato funcione. Apesar disso houveram alguns poucos que se disponibilizaram para ajudar Stallman a melhorar o GNU, o que permitiu além da continuação do projeto, a propagação da idéia de software livre. Outro fator que ajudou a impulsionar o reconhecimento e o uso desse tipo de software foi a economia. Muitas empresas naquela época assim como hoje viram um grande atrativo econômico nisso, dando inicio a um ciclo que o beneficiaria. Quando as empresas começaram a adquirir mais softwares livres, mais pesquisadores e profissionais se interessaram por essa área, pois viram nela um promissor futuro. Desse modo impulsionados pelo atrativo de novos empregos, novas rendas ou rendas complementares,um grande numero de profissionais entra nesse mercado, agora com o aumentando considerável do numero de colaboradores no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos código-fonte, aumenta o numero de open soucers, diversifica os tipos de programas oferecidos alem de criar novos programas. É nesse momento que os softwares livres começam a fazer concorrência com os softwares privados, dando mais de uma opção para o usuário final, que agora poderia escolher pagar ou não por um programa. 6
2.2. Funcionamento Agora então é possível descrever propriamente o software livre, como um programa de computador que segue os principícos de quatro liberdades fundamentais que tangem suas propriedades de uso, cópia, modificação e redistribuição. Ao contrario do que propõem os softwares privados, o software livre está baseado na liberdade para usar o programa, para copiar, obviamente, desde que não seja usado para fins lucrativos, liberdade de estudar o funcionamento do programa, e se tiver conhecimento, adaptá-lo as suas necessidades e redistribuí-lo para a comunidade, desse modo produtos de qualidade muito boa acabam saindo, o que beneficia qualquer um que opta usar essa tecnologia. Existe, no entanto, uma restrição aos usuários, que é a de depois de ter feito a modificação no software original, tornar a nova versão um software proprietário. Segundo a licença não proprietária de uso de um software livre não importa quão vasta foi a transformação feita no original, ainda assim não é permitido tornar aquele um bem privado. A maior característica de um software livre é que ele tem autores reconhecidos, mas nenhum proprietário. A cada nova versão são dados os nomes dos responsáveis, mas nenhum tipo de licença ou royalts deve ser pago a eles. Existe um site de uma organização de SL, a Free Software Foundation, que deixa disponível definições bastante acuradas sobre o software livre, segue abaixo um trecho que melhor define e resume o conceito: Software livre é uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, você deve pensar em liberdade de expressão, não em cerveja grátis. Software livre se refere à liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem, estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o software. Mais precisamente, ele se refere a quatro tipos de liberdade, para os usuários do software: A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0) A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). O aceso ao códigofonte é um pré-requisito para esta liberdade. 7
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2). A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. Um programa é software livre se os usuários têm todas essas liberdades. Portanto, você deve ser livre para redistribuir cópias, seja com ou sem modificações, seja de graça ou cobrando uma taxa pela distribuição, para qualquer um em qualquer lugar. Ser livre para fazer essas coisas significa (entre outras coisas) que você não tem que pedir ou pagar pela permissão. Você deve também ter a liberdade de fazer modificações e usálas privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que elas existem. Se você publicar as modificações, você não deve ser obrigado a avisar ninguém em particular ou de nenhum modo em especial. A liberdade de utilizar um programa significa a liberdade para qualquer tipo de pessoa física ou jurídica utilizar o software em qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade, sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade em especial. A liberdade de redistribuir cópias deve incluir formas binárias ou executáveis do programa, assim como o código-fonte, tanto para as versões originais quanto para as modificadas. Está OK se não for possível produzir uma forma binária ou executável (pois algumas linguagens de programação não suportam este recurso), mas deve ser concedida a liberdade de redistribuir essas formas caso seja desenvolvido um meio de criá-las. Para que a liberdade de fazer modificações e de publicar versões aperfeiçoadas tenha algum significado, deve-se ter acesso ao código-fonte do programa. Portanto, acesso ao código-fonte é uma condição necessária ao software livre. Para que essas liberdades sejam reais, elas têm que ser irrevogáveis, desde que você não faça nada errado; caso o desenvolvedor do software tenha o poder de revogar a licença, mesmo que você não tenha dado motivo, o software não é livre. Entretanto, certos tipos de regras sobre a maneira de distribuir software livre são aceitáveis, quando não entram em conflito com as liberdades principais. Por exemplo, copyleft (apresentado de forma bem simples) é a regra que assegura, quando se redistribui um programa, a não possibilidade de 8
adicionar restrições para negar a outras pessoas as liberdades principais. Esta regra não entra em conflito com as liberdades; na verdade, ela as protege. Portanto, você pode ter pago para receber cópias do software GNU, ou você pode ter obtido cópias sem nenhum custo. Mas, independentemente de como você obteve a sua cópia, você sempre tem a liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender cópias. Software livre não significa software não-comercial. Um programa livre deve estar disponível para uso comercial, desenvolvimento comercial e distribuição comercial. O desenvolvimento comercial de software livre não é incomum; tais softwares livres comerciais são muito importantes. Regras sobre como empacotar uma versão modificada são aceitáveis se elas não bloqueiam a sua liberdade de liberar versões modificadas. Regras tais como se você tornou o programa disponível deste modo, você também tem que torná-lo disponível deste outro modo também podem ser aceitas, da mesma forma. (Note que tal regra ainda deixa para você a escolha de tornar o programa disponível ou não.) Também é aceitável uma licença que exija que, caso você tenha distribuído uma versão modificada e um desenvolvedor anterior peça por uma cópia dele, você deva enviar uma para ele.* (*) Disponível no site: www.fsf.org. É importante destacar que software livre não é sinônimo de gratuito, existem alguns softwares gratuitos que são proprietários, chamados de software freeware geralmente disponíveis para download na internet e sem prazo para expirar a licença -, ou mesmo que são gratuitos para realizar apenas algumas funções, assim como nos software livres, que apesar de ter sua fonte aberta, talvez seja necessário pagar algum valor para adquiri-lo. Ainda sobre diferença entre os diversos tipos de softwares, vale ressaltar a existência de alguns outros tipos, a exemplo o software shareware, parecido com o freeware, são aqueles disponíveis também para download na internet, mas apenas para teste, ou seja, depois de um tempo sua licença gratuita expira, e para continuar usando tal programa deve ser comprado via internet, ou um CD de instalação. 2.3 Vantagens e Desvantagens 9
A decisão de colocar um software livre no computador pessoal, ou da empresa e ate mesmo nos do governo ainda se mostra difícil, isso porque não é claro para todos os benefícios e seus malefícios. Como qualquer outra escolha, esta também apresenta suas desvantagens, ai cabe ao responsável ponderar se estas são suficientemente menores do que as vantagens que também traz. Isso explicaria porque mesmo com grandes investidas privadas e públicas para implementação do SL ainda seja bastante pequeno o numero de computadores que usem essa tecnologia. A começar pelas vantagens trazidas com a implantação de um software livre, tem-se a drástica e óbvia redução de custos, já que além de não ter que efetuar pagamento da licença de uso do software também não exige a manutenção de tal; há também sua principal característica, a vantagem de poder ler e conhecer os códigos dos programas e poder modificar para que melhor caibam as suas necessidades. Existe aqueles que defendem que esse software gera um aumento da criatividae e da produção regional. Indo de encontro a essas afirmações, é preciso ter em mene que software livre tambem traz desvantagens, como por exemplo a dificuldade que alguns apresentaom em sua instalação, insuficiência de supote técnico, e falta de compatibilidade com alguns aplicativos, mas o que mais afasta possíveis consumidores é em primeiro lugar a dificuldade em mexer com esses software já que estão muito familiarizados com a interface dos do Windows coisa que faz parte da estratégia de marketing deles, fornecer progrmas gratuitos já intalados nos computadores pessoais além de existir o medo da mudança. Pensando nisso os criadores de sistemas open source tentam amenizar esse impactoriando ferramentas e visuais parecidos, como acontece com o Open Office, que é bastante similar ao concorrente da Microsoft Office. 3. Software livre no governo O uso de SL nosgovernos é uma iniciativa recente, iniciou-se quando os governos começaram a perceber que as vantgens de implementação desse sobrepunha suas poças desvantagens. 10
3.1Porque usar A maior parte dos países que adota o sistema de SL afirma o escolher pelas vantagens econômicas, mas Tb por um outrlo importantíssimo motivo: Ao se comprar softwares fechados que serão de uso para áreas chave do governo como as forças armadas ou as áreas de economia cmo o FED ou BB existe a questão de segurança a ser pensada, já que como o software tem seu código fechado existe a possibilidade de seu criador ter confeccionado o programa de tal forma que todas asinformaçoes colocadas naquele programa fossem enviadas a ele, o que prejudicaria imensamente o pais. Alem disso... Contudo Vale lembrar que na maioria dos casos quando um SL é implementado em governos, ou mesmo em grandes empresas, eles são apenas impementados nas áreas internas, em sistems mais compleos, já o uso finall, como em atendentes, acaba sendo mais usado softwares fechadosmais conehcidos e, por conseguinte, de mais facil uso. 3.2 No Brasil A escolha por SL no pais teve sua primeira iniciativa em 1XXX, por alguém, visando alguma coisa. 3.2.1 Seu uso no Governo O Governo Federal do Brasil, especialmente de 2005 para cá, vem estimulando o uso do software livre, seguindo os passos de vários outros países, como França, México, Índia e Venezuela. A possibilidade de uso de software livre em programas governamentais abre um leque sem precedentes para a Administração Pública, gerando uma economia em larga escala, que ultrapassa os setores que utilizam o software livre. Atrelado à decisão do Governo Federal (o que é comum aqui no Brasil), empresas começam a apostar na adoção do software livre na gestão de seus negócios, como a Petrobrás, Grupo Pão de Açúcar, Casas Bahia, entre outros. A esfera estadual também investe e estimula o uso de software livre. Vemos no Brasil algumas "ilhas de desenvolvimento e aplicação de software livre". No Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre, temos um uma rede em sistema Linux para escolas 11
públicas municipais, o "Rede Escolar Linux" (esta solução informatizada é um projeto mexicano). Gary Chapman, um especialista norte-americano em sistemas livres da Universidade do Texas, calcula que seriam necessários US$ 300 milhões para equipar as escolas mexicanas com programas da Microsoft. Portanto, segundo o especialista, qualquer alternativa para o México que não use softwares livres torna-se impraticável economicamente. 3.2.2 Projetos Uma mulher em Sp, Metro, Bancos, Etc.. 4 Conclusão Software livre é um modelo de compartilhamento e colaboração. Seu criador não seioque La Stllman visava agrupar cohecimento de todos e provar que não so as pessoas são capazes de se juntarcomo Tb de criar ótimas coisas qdo isso acontece. Suas vantagens são um atrativo bastante bons, no entanto o medo de mudançaainda é umas das principais razoespara que grandes mercados adotam uma mudança, que não necessariamente acarretara em uma grande e impactante. Seria necessário ter em mente que um custo inicial alto fosse ter um retorno maior a longo prazo, já que o que basta para haver mais aderência no movimento de SL, é que hajam mais usuários, assim haverá mais gente que sabe mexer com isso e comece a oferecer serviços ex.: programadores e técnicos. 12
O mesmo se aplica aos governos que querem implementar sistema de SL, à acrescentar a isso, vem o fatos segurança que o conhecimento traz, afinal ficara claro exatamente o que esta sendo instalado. 5.- Bibliografia http://pt.wikibooks.org/wiki/software_livre/mal_entendidos_sobre_software_liv re acesso em 01/junho/2010 http://cpd1.ufmt.br/ivairton/doc/tut/software-livre.pdf acesso em 01/junho/2010 http://pt.wikibooks.org/wiki/software_livre/hist%c3%b3ria_do_software_livre acesso em 03/junho/2010 http://softwarelivrenaeducacao.wordpress.com/2009/05/01/compreendendo-ostipos-de-softwares-existentes/ acesso em 03/junho/2010 http://pt.wikipedia.org/wiki/licen%c3%a7a_de_software_livre acesso em 03/junho/2010 http://www.abril.com.br/noticia/tecnologia/no_99102.shtml acesso em 04/junho/2010 Silveira, Sérgio Amadeu. Software Livre Aluta pela Liberdade do Conhecimento. São Paulo Editora Fundação Perseu Abramo, 2004 13