janeiro/fevereiro Rotulagem alimentar Mais informação para o consumidor



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2012 janeiro/fevereiro infoancipa Rotulagem alimentar Mais informação para o consumidor

saber+ FORMAÇÃO Calendário 2012 2º Semestre Curso Data Local Duração Modalidade Estratégias de Internacionalização 02/02/2012 Lisboa - ANCIPA 4 horas Responsabilidade Ambiental DL. 147/2008 Código Contributivo e processamento salarial 08/02/2012 Lisboa - ANCIPA 4 Horas 15/02/2012 Lisboa - ANCIPA 4 horas Referenciais BRC e IFS 28 e 29/02/2012 Lisboa - ANCIPA 14 horas Relatório Único 06/03/2012 Lisboa - ANCIPA 4 horas Higiene e Segurança Alimentar para Manipuladores Limites Microbiológicos Géneros Alimentícios Av. Riscos Profissionais e Medidas Autoprotecção 15 e 16/03/2012 Lisboa - ANCIPA 7 horas 22/03/2012 Lisboa 7 horas 28/03/2012 Lisboa - ANCIPA 7 horas Rastreabilidade na área alimentar 03/04/2012 Lisboa - ANCIPA 7 horas SHST Princípios Básicos 10 /04/2012 Lisboa - ANCIPA 4 horas Embalagens em Contato com os Alimentos 18/04/2012 Lisboa - ANCIPA 7 horas Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contínua/ Aperfeiçoamento Contatos: Nuno Monteiro nunomonteiro@ancipa.pt Largo de São Sebastião da tpedreira, 31, 4º 1050-205 Lisboa Portugal [t] (+351) 21 352 88 03 [f] (+351) 21 315 46 65 [e] geral@ancipa.pt [w] www.ancipa.pt NOTA: As ações de formação poderão ser adiadas ou anuladas, caso não reúnam um número suficiente de participantes, ou qualquer outro motivo de gestão, procedendo ao reembolso da inscrição quando a mesma tenha sido regularizada. O cancelamento poderá ser efetuado até às 48 horas anteriores à data marcada. A não comparência na ação de formação, e as desistências após o início do curso, implica o pagamento total do valor da inscrição. Janeiro Fevereiro 2012

editorial São evidentes as movimentações que o mercado dos produtos alimentares está a tomar com o agudizar da crise de que tanto se fala. Iniciamos mais um ano com o pior dos cenários para a maioria das empresas do setor: o agravamento da taxa de iva nos produtos alimentares. Foram poucos os que escaparam a esta medida que transtornou os operadores e pela qual Associações e Confederações se debateram nos últimos tempos. 04 Atual 06 Exportar+ Diagnóstico do Potencial Exportador 08 Qualidade Sumos e néctares de frutos: informação mais clara Utilização de Aditivos: Novas Regras Novos requisitos para géneros alimentícios congelados de origem animal 12 Em Foco Rotulagem alimentar: Mais informação para o consumidor 15 Orçamento de Estado 2012 19 Ambiente Valores Ponto Verde 2012 22 Legislação 23 Protocolos Foi unânime a opinião dos representantes dos vários ramos de atividade quanto ao fato desta medida não aumentar a receita do Estado, podendo mesmo ter o efeito contrário de fazer crescer a despesa, devido aos custos a suportar com o previsível aumento do desemprego. Perspetiva-se ainda que muitas multinacionais vão encerrar as suas fábricas em Portugal e deslocalizar o investimento para países mais competitivos. Um estudo elaborado pela Deloitte indica que esta medida poderá levar a quebras de 8 mil postos de trabalho diretos e 32 mil indiretos, num setor onde operam à volta de 11 mil empresas e que gera anualmente um volume de negócios de 13,4 mil milhões de euros, dos quais 4,8 mil milhões de euros em exportações. Num âmbito mais vasto, assistimos a mudanças substanciais na legislação laboral, no que se refere a férias dos trabalhadores, indemnizações, bancos de horas individuais, entre outros. São muitas as transformações em curso, o que justifica a apreensão das nossas empresas em apostar em novos desafios. Ainda assim, em politica de informação ao consumidor, é evidente a preocupação dos operadores em se adaptarem às novas exigências impostas pelo Regulamento (UE) nº 1169/2011, o que justifica um especial informativo nesta primeira edição de 2012. Face às mudanças em curso, a mensagem que perpetuamos é que o papel do associativismo nunca foi tão importante como nos tempos que correm. ANCIPA Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares Instituição de Utilidade Pública Largo de S. Sebastião de Pedreira, n.º 31-1050-205 Lisboa Tel. 21 352 88 03/27 Fax 21 315 46 65 Email: geral@ancipa.pt http://www.ancipa.pt Coordenador editorial: João Garriapa Redação: Ângela Pécurto Colaboração: Nuno Monteiro Publicidade: Lurdes Rito Depósito legal: 321057/10 Design Gráfico: Victor Carôco (victorcaroco@gmail.com) Impressão: IDG Imagem Digital Gráfica Tiragem: 2500 exemplares Esta publicação foi redigida ao abrigo do novo acordo ortográfico. infoancipa 3

atual PARCA promove relações na cadeia agroalimentar Banana da Madeira com nova Campanha O que é que esta banana tem? é o mote da campanha assinada pela Brandia Central para a GESBA, a empresa de gestão do setor da banana do arquipélago. Promover o potencial da banana da Madeira é o objetivo da campanha de comunicação que, durante três anos, irá dar a conhecer as mais-valias deste produto. Não só é saborosa e de fácil digestão e uma excelente fonte de fibra, altamente nutritiva, como também é prática e divertida. Estas são algumas respostas para a questão que esteve na origem do conceito de comunicação Afinal, porque é que muitos preferem a banana da Madeira?. COMPRO o que é nosso com 45% de empresas do setor alimentar O programa criado pela AEP Associação Empresarial de Portugal, em 2006, para promover o consumo de produtos que geram valor acrescentado no país, já conta com 363 empresas aderentes do ramo alimentar. Destas, 45% dedica atividade à produção e comercialização de carnes, bebidas e lacticínios. O programa reúne 814 empresas de diversas áreas de atividade que representam 2.500 marcas e um volume de negócios agregado superior a 14,5 mil milhões de euros. O objetivo da AEP é atingir 1.000 empresas, num total de 3.000 marcas, em 2012. A criação da Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar (PARCA), em despacho conjunto do Ministério da Economia e do Emprego e do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAMAOT), visa promover a análise das relações entre os setores de produção, transformação e distribuição de produtos agrícolas, com vista ao fomento da equidade e do equilíbrio na cadeia alimentar. A Plataforma, que integra 12 Entidades, irá produzir um relatório anual e pretende criar subcomissões setoriais. Janeiro Fevereiro 2012

Mendes Gonçalves lança azeite para barrar Sabalar é Sabor do Ano As refeições de bacalhau da marca Tacho Pronto reuniram a preferência dos consumidores portugueses, que também reconheceram o esparregado desta marca e os salgados Sabalar. A empresa sedeada em Samora Correia foi distinguida na gama de salgados e pratos prontos na eleição dos produtos Sabor do Ano, promovida em Portugal desde 2008. Os processos de fabrico tradicional, a qualidade e a importância que a empresa dá à segurança alimentar, foram fatores determinantes na decisão final dos consumidores portugueses. Derovo distinguida com prémio PME Inovação A Derovo Derivado de Ovos ganhou o prémio PME Inovação COTEC-BPI, durante o 5º Encontro da Rede PME Inovaçtão COTEC, sob o tema Inovação, Crescimento e Internacionalização. Foi assim distinguida a estratégia de inovação da empresa portuguesa que, em dois anos, levou à criação de produtos diferenciados, como o ovo líquido pasteurizado, nas versões ovo inteiro, gema e clara. A exportar para vários países, a oferta da empresa tem vindo a evoluir para produtos, como o ovo em spray, a salsicha de ovo e o Fullprotein, bebida proteica de clara de ovo e fruta. Numa embalagem semelhante aos cremes de barrar, a empresa Mendes Gonçalves traz para o mercado português uma nova forma de consumir azeite. Apesar de já existir há vários anos na Europa, o azeite hidrogenado ainda não tinha chegado a Portugal, tendo sido apresentado pela empresa na Feira ALIMENTARIA 2011. Este produto é composto exclusivamente por azeite virgem, azeite refinado e azeite hidrogenado. A Mendes Gonçalves tem como política a protecção do que é nacional, adquirindo 88% da sua matéria-prima em Portugal. Porém, opõe-se a fazer cópia de processos, preferindo a criação de parcerias com especialistas nas matérias-primas do seu próprio país, como é o caso do vinagre de Champanhe (proveniente da região de Champagne), o vinagre Balsâmico de Modena ou, neste caso, o azeite para barrar de origem espanhola. infoancipa 5

exportar+ Diagnóstico do Potencial Exportador Vantagens Competitivas É importante identificar as vantagens competitivas da empresa (rapidez de resposta, know-how técnico de produção, flexibilidade produtiva, binómio qualidade/preço, capacidade de inovação/criação de colecções e marcas próprias, prestação de serviço ao cliente, aposta na I&D, etc.) que poderão funcionar como alavancas, aumentando fortemente a rendibilidade através do compromisso em exportar. A forma para o fazer é medir o desempenho da empresa, avaliando as suas forças e fraquezas. Neste contexto, releva saber se a capacidade produtiva está totalmente tomada com o mercado doméstico, se certas linhas de produto ou segmentos de mercado não estão a revelar-se suficientemente rentáveis, justificando-se a canalização de capitais e recursos humanos para uma atividade exportadora mais rentável. Um exemplo disto é a linha de produtos com um período de Verão elevado e um período de Inverno baixo: a exportação para o hemisfério sul (onde o Verão se materializa durante o nosso Inverno) pode resolver o problema, mantendo a produção e as vendas a 100% durante todo o ano. Produto Nesta avaliação do potencial como exportador deve concentrar-se a atenção no produto o que faz ele? Quais as necessidades que satisfaz? Quais as suas características e atributos (a nível tecnológico, de diferenciação, grau de transformação, adaptação às exigências interna- As empresas cuja base de negócios está circunscrita ao território geográfico nacional devem medir/aferir se possuem as condições de viabilidade estratégica, económica, financeira e técnica, relacionadas com os fatores críticos de sucesso numa atividade exportadora. cionais específicas do setor, controlo de qualidade, design, etc.)? Quem são os consumidores? Quais as suas motivações de compra? Estão satisfeitos com os serviços ou produtos que compram? Quais são as necessidades não satisfeitas? Não se deve fazer suposições sobre as reações ao produto no mercado externo baseadas no mercado interno. A boa aceitação dos produtos em Portugal não é garantia de idêntica atitude, por parte de consumidores estrangeiros. Geralmente, o ato de exportar envolve a necessidade de adaptar um produto existente ao mercado de destino para o tornar competitivo, ou lançar uma nova linha específica para exportação. O momento certo para saber desta necessidade e respectivo custo é antes de começar a exportar e não depois. Janeiro Fevereiro 2012

Check-list de Questões a Considerar 1 Experiência Anterior Para que países a empresa já exportou ou recebeu pedidos mesmo que pontuais? Que linhas de produtos são mais solicitadas? Quais os pedidos de oferta de cada comprador por produto e mercado? A tendência de vendas / pedidos é crescente ou decrescente? Quem são os principais concorrentes nacionais e estrangeiros da empresa? Que conhecimentos adquiriu a empresa com experiências passadas de exportação, mesmo que irregulares e esporádicas? 2 Pessoal e Organização das Exportações Quem é o responsável pela organização do departamento de exportação e pelo seu pessoal? Qual o tempo efectivo do director destinado às exportações e qual o que deveria ser atribuído? Quais as expectativas da direcção/departamento para este esforço? Qual a estrutura organizativa necessária para assegurar que as vendas para exportação tenham um serviço adequado e que implicações em termos de políticas estratégicas daí resultam? Quem acompanhará e se responsabilizará pela implementação do plano estratégico a adoptar? 3 Aspectos da Produção Qual o grau de utilização atual da capacidade produtiva (por produto ou linha de produtos)? Existe flutuação nas cargas mensais? Se sim, quando e porquê? Qual a quantidade mínima de encomendas exigida (por produto ou linhas de produtos)? O que será necessário para desenhar produtos especificamente para exportação? Qual a procura potencial para compromissos nacionais e a capacidade para fornecer produtos para exportação? 4 Aspectos Financeiros Que quantitativos de capital podem ser destinados às exportações? Qual o custo de desenvolver produtos específicos para exportação ou modificar/adaptar a gama de produtos já existente? Que valores de custos operacionais do departamento de exportação pode a empresa suportar? Como vão ser atribuídas as despesas dos esforços iniciais para as exportações? Que outros novos planos de desenvolvimento estão previstos? Qual o período de retorno do investimento necessário e durante quanto tempo antes de um esforço de exportação é necessário suportar o seu custo? HACCP Asseguramos a Implementação e Manutenção de Sistemas de Segurança Alimentar baseados nos princípios HACCP na sua empresa Assuma o seu compromisso com a segurança alimentar. Contatos: Nuno Monteiro nunomonteiro@ancipa.pt Largo de São Sebastião da Pedreira, 31, 4º 1050-205 Lisboa Portugal [t] (+351) 21 352 88 03 [f] (+351) 21 315 46 65 [e] geral@ancipa.pt [w] www.ancipa.pt infoancipa 7

Qualidade Sumos e néctares de frutos PE aprova regras para garantir informação mais clara aos consumidores A distinção entre sumos de frutos e néctares deverá ser mais clara para os consumidores, graças a novas regras aprovadas pelo Parlamento Europeu. A diretiva alterada revê as normas sobre a composição e a rotulagem destes produtos, a inadmissibilidade de certas práticas e a indicação da adição de açúcar. O texto aprovado estabelece regras relativas à composição, à utilização das denominações reservadas, às especificações de fabrico e à rotulagem dos sumos de frutos na UE. Esta alteração a uma diretiva de 2001 decorre da revisão de normas internacionais, designadamente da norma do Codex Alimentarius relativa aos sumos e néctares de frutos e do código de práticas da Associação Europeia dos Industriais de Sumos e Néctares. Sumos de frutos A diretiva alterada reflete as novas normas internacionais aplicáveis aos ingredientes autorizados, como as que dizem respeito à adição de açúcar, que deixou de ser autorizada nos sumos de frutos. A menção nutritiva sem adição de açúcar nos sumos de frutos (que, por definição, não têm açúcar adicionado) poderá, no entanto, continuar a ser utilizada por um período limitado de tempo, visto que o seu desaparecimento de um dia para o outro poderia confundir os consumidores. Para efeitos desta diretiva, o tomate passa também a ser considerado um fruto. Néctares No caso dos néctares (que podem conter açúcar) a adição de açúcares e/ou mel não poderá representar mais de 20%, em massa, do produto acabado e/ ou dos edulcorantes. O teor de açúcar deverá ser claramente indicado. No fabrico de néctares de frutos sem adição de açúcares ou de baixo valor energético, estes podem ser total ou parcialmente substituídos por edulcorantes. Sumo de laranja Vários produtos atualmente comercializados como sumo de laranja contêm até 10% de sumo de tangerina, utilizado para enriquecer o sabor e a cor. A adição de sumo de tangerina ao sumo de laranja, autorizada pelas normas internacionais, é uma prática comum no Brasil e Na UE, o mercado dos sumos de frutos representa 10% do consumo de bebidas não alcoólicas. nos Estados Unidos, países de onde provém grande parte do sumo de laranja consumido na UE. As novas regras que se aplicam a todos os produtos comercializados na UE, mesmo que sejam provenientes de países terceiros estipulam que só poderão ser vendidos como sumo de laranja os que não tenham adição de outros sumos. Um sumo que contenha 10% de tangeri- Janeiro Fevereiro 2012

Utilização de aditivos alimentares mais segura e transpartente na terá necessariamente de mencionar laranja e tangerina. Sumos de vários frutos No caso dos produtos fabricados a partir de duas ou mais espécies de frutos, a denominação deverá, assim, ser completada pela indicação dos frutos utilizados, por ordem decrescente do volume dos sumos ou polmes de frutos incorporados. Por exemplo, de acordo com estas regras, um sumo que contenha 90% de maçã e 10% de morango terá de ser denominado sumo de maçã e morango (os eurodeputados dizem que, atualmente, há casos em que o nome do produto apenas refere o ingrediente minoritário). Se forem fabricados a partir de três ou mais espécies de frutos, a indicação dos frutos utilizados pode ser substituída pela expressão vários frutos, por uma expressão similar ou pelo número de frutos utilizado. Próximos passos A diretiva alterada já foi acordada entre o PE e o Conselho de Ministros da UE, necessitando apenas da aprovação formal deste último para entrar em vigor. Os produtos colocados no mercado ou já rotulados antes da data de entrada em vigor poderão continuar a ser comercializados por mais três anos. Os Estados- Membros têm 18 meses para adaptar a legislação nacional a estas regras. A publicação dos Regulamentos (UE) n.º 1129/2011 e 1130/2011, de 11 de novembro, vem fortalecer a segurança alimentar na UE no âmbito do uso de aditivos. Os dois regulamentos estabelecem duas novas listas. A primeira diz respeito a aditivos em alimentos e entrará em vigor a partir de junho de 2013, uma vez que considerado um período de carência para que a indústria da União Europeia possa adaptar-se às novas regras. Esta lista, que também está disponível numa base de dados online (https://webgate.ec.europa.eu/sanco_foods/?sector=fad), permitirá a consumidores, operadores de empresas do setor alimentar e autoridades de controle identificar facilmente os aditivos que são autorizados em determinado género alimentar. A segunda lista refere-se aditivos nos ingredientes alimentares, tais como outros aditivos, enzimas, aromas e nutrientes e será aplicado 20 dias após a sua publicação no Jornal Oficial da UE. Segundo a Comissão, o estabelecimento destas duas listas é um passo importante na implementação do quadro do Regulamento (CE) n. º 1333/2008 relativo aos aditivos alimentares adotada em dezembro de 2008. A nova lista torna evidente, por exemplo, que em algumas categorias de alimentos os aditivos autorizados sejam muito limitados ou mesmo não Massas, mel e sumos de frutos são algumas das categorias com maiores limitações no uso de aditivos permitidos. Este é o caso, por exemplo, para iogurtes naturais, manteiga, compotas, massas, pão simples, água, mel e sumos de frutos. Noutras categorias, geralmente as que incluem alimentos altamente processados como, por exemplo, confeitaria, snacks, molhos e bebidas aromatizadas são autorizados um grande número de aditivos. Além disso, a lista de aditivos que podem ser adicionados a outros aditivos, enzimas, aromas e nutrientes vai garantir que a exposição aos aditivos através destes ingredientes continue a ser limitada. A nova legislação prevê ainda uma categorização alimentar com os aditivos a serem listados de uma forma clara de acordo com as categorias de alimentos aos quais podem ser adicionados bem como orientações e instruções claras para os requerentes de novas utilizações de aditivos alimentares. infoancipa 9

Qualidade Objetos de matéria plástica em contato com os alimentos O Regulamento (UE) n.º 1282/2011 da Comissão de 28 de novembro de 2011 altera e retifica o Regulamento (UE) n. o 10/2011 da Comissão relativo aos materiais e objetos de matéria plástica destinados a entrar em contato com os alimentos. O Regulamento (UE) n. o 10/2011 da Comissão, de 14 de janeiro de 2011 estabelece uma lista da União de monómeros, outras substâncias iniciadoras e aditivos que podem ser utilizados para o fabrico de materiais e objetos de matéria plástica. Recentemente, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos emitiu uma avaliação científica favorável de substâncias adicionais que devem agora ser aditadas à atual lista. O anexo I do Regulamento (UE) n.º 10/2011 é assim alterado em conformidade com o anexo do diploma agora publicado. Os materiais e objetos de matéria plástica que tenham sido legalmente colocados no mercado antes de 1 de Janeiro de 2012 e que não estejam em conformidade com o presente regulamento podem continuar a ser colocados no mercado até 1 de janeiro de 2013, até ao esgotamento das existências. O novo regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável nos Estados-Membros em conformidade com os Tratados. Alteração às menções ou marcas identificativas do lote de um produto As menções ou marcas que permitem identificar o lote ao qual pertence um género alimentício foram alteradas com a publicação da Diretiva 2011/91/ UE do Parlamento Europeu e do Conselho de 13 de dezembro de 2011. Quando os géneros alimentícios forem pré-embalados, a indicação referida no n.º 1 do artigo 1.º e, se for caso disso, a letra «L» figuram na pré-embalagem ou num rótulo a ela ligado. Quando os géneros alimentícios não forem pré-embalados, a indicação referida no n.º 1 do artigo 1.º e, se for caso disso, a letra «L» figuram na embalagem ou no recipiente ou, na sua falta, nos documentos comerciais a eles relativos. Essa indicação deve figurar sempre de modo facilmente visível, claramente legível e indelével. Quando a data de durabilidade mínima ou a data-limite de consumo figurarem no rótulo, a indicação referida no n.º 1 do artigo 1.º pode não acompanhar o género alimentício, desde que essas datas sejam compostas pelo menos pela indicação, clara e por ordem, do dia e do mês. Janeiro Fevereiro 2012

Novos requisitos para géneros alimentícios congelados de origem animal O Regulamento (UE) n.º 16/2012 da Comissão, publicado a 11 de janeiro, veio alterar o anexo II do Regulamento (CE) n. o 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere aos requisitos em matéria de géneros alimentícios congelados de origem animal destinados ao consumo humano. O Regulamento (CE) N.º 853/2004 estabelece regras para os operadores de empresas do setor alimentar no que se refere à higiene dos géneros alimentícios de origem animal. Os operadores devem cumprir os requisitos estabelecidos no anexo II, para o qual o Regulamento (UE) n.º 16/2012 adita uma secção referente à data de produção, pela qual se entende: a data de abate no caso de carcaças, meias-carcaças ou quartos de carcaças; a data de occisão no caso de caça selvagem; a data de apanha ou captura, no caso de produtos da pesca; a data de transformação, corte, picadura ou preparação, consoante o caso, para quaisquer outros géneros alimentícios de origem animal. Até à fase em que os géneros alimentícios são rotulados em conformidade com a Diretiva 2000/13/CE ou utilizados para transformação posterior, os operadores de empresas do setor alimentar devem assegurar que, no caso de géneros alimentícios congelados de origem animal destinados ao consumo humano, as informações seguintes ficam disponíveis aos operadores aos quais são fornecidos os géneros alimentícios, bem como, a pedido, da autoridade competente: a data de produção, e a data de congelação, se for diferente da data de produção. Sempre que os géneros alimentícios forem fabricados a partir de um lote de matérias-primas com diferentes datas de produção e congelação, devem ser disponibilizadas as datas mais antigas de produção e/ou congelação, consoante o caso. O novo Regulamento é aplicável a partir de 1 de julho de 2012. infoancipa 11

em foco Rotulagem alim Mais informação para o consumidor O termo sal deve substituir o sódio na informação a constar na rotulagem O processo de revisão das regras de rotulagem alimentar na União Europeia (UE), em discussão desde 2008, culminou na publicação do Regulamento (UE) nº 1169/2011, de 25 de outubro. O objetivo final visa reforçar o direito do consumidor a uma escolha cada vez mais informada. Os rótulos dos géneros alimentícios deverão ser claros e compreensíveis, a fim de ajudar os consumidores que desejem fazer escolhas alimentares mais bem informadas. Os estudos mostram que uma boa legibilidade é um fator importante na otimização da influência que as informações no rótulo podem ter sobre o público e que a aposição de informações ilegíveis no produto é uma das principais causas de insatisfação dos consumidores com os rótulos dos géneros alimentícios. Por isso, deverá ser desenvolvida uma abordagem global a fim de ter em conta todos os aspetos relacionados com a legibilidade, incluindo o tipo de letra, a cor e o contraste. As empresas do setor alimentar terão de se adaptar a um conjunto de informações que constam do novo diploma, tais como o reforço das disposições existentes aplicáveis à prestação de informações sobre certas substâncias que provocam reações alérgicas ou intolerâncias, a fim de informar os consumidores alérgicos e de proteger a sua saúde. Janeiro Fevereiro 2012

entar Quais são as principais alterações na legislação sobre rotulagem introduzidas com a publicação do novo Regulamento Europeu? Haverá a salientar em particular: A necessidade de passar a indicar enquanto menções obrigatórias nos géneros alimentícios (salvaguardando as exceções preconizadas): As substâncias alergénicas nos produtos não pré-embalados; O País de origem ou local de proveniência para as carnes de mais algumas espécies animais; Uma declaração nutricional; Um conjunto de menções obrigatórias complementares para tipos ou categorias específicas de géneros alimentícios, (como seja o caso da data da congelação ou da 1ª congelação); O estabelecimento de critérios de legibilidade para as menções obrigatórias, em particular a dimensão mínima dos carateres; O enquadramento da informação obrigatória para a venda à distância de géneros alimentícios; A implementação de determinadas disposições inerentes à denominação dos géneros alimentícios, (como seja por exemplo a designação descongelado ou a adição de proteínas de diferente origem animal; O procedimento a seguir para a rotulagem de certas substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias, salientando-se a sua indicação com realce na lista de ingredientes; Carlos Alves Chefe de Divisão de Regulamentação e Qualidade Alimentar do Gabine de Planeamento e Políticas O fato de vir clarificar e aprofundar o quadro das responsabilidades dos operadores das empresas do setor alimentar; Qual é o período de transição estabelecido para que os operadores económicos adotem as novas exigências? O Regulamento entrou em vigor em 13 de Dezembro de 2011, tornando-se aplicável a partir de 13 de Dezembro de 2014, com exceção da indicação obrigatória da declaração nutricional (aplicável a partir de 13 de Dezembro de 2016) e dos requisitos específicos que respeitam à designação de carne picada (aplicáveis a partir de 1 de Janeiro de 2014). Assim sendo, há a considerar um período transitório de 3 anos para adaptação à nova realidade, durante o qual poderão ser colocados no mercado géneros alimentícios que não cumpram ainda os requisitos previstos no Regulamento e que poderão ser comercializados até se esgotarem as suas existências. No caso da indicação obrigatória da declaração nutricional, esse período de adaptação é de 5 anos e no caso dos requisitos inerentes à designação da carne picada, decorrerá até 1 de Janeiro de 2014. Na sua opinião, os operadores estão preparados para as alterações em curso? Portugal possui no âmbito agroalimentar, operadores com um perfil bastante diferenciado, pelo que se antevê que o grau de adaptação à implementação das novas disposições possa não ser uniforme. A este nível convirá por um lado re- Regulamento torna-se aplicável a partir de 13 de dezembro de 2014, com exceção da indicação obrigatória da declaração nutricional e dos requisitos específicos que respeitam à designação de carne picada. infoancipa 13

em foco A informação sobre os géneros alimentícios deve ser disponibilizada antes da conclusão da compra e figurar no suporte de venda à distância alçar o fato de terem sido contemplados períodos transitórios com uma duração assinalável. Afigura-se determinante (à imagem do que já está a ocorrer) a promoção pelos Organismos Oficiais e também pelas Entidades representativas dos vários sub-setores de atividade, de sessões informativas que possam complementar/aprofundar o conhecimento do Regulamento pelos operadores e as obrigações decorrentes da sua implementação. Podemos falar de uma maior responsabilização do operador quanto à rotulagem dos seus produtos? Verificando-se uma maior exigência quanto à informação a prestar aos consumidores por parte dos operadores, tal significará um acréscimo de responsabilização incontornável. Por outro lado, o Regulamento prevê de forma detalhada no seu articulado, todo um quadro de responsabilidades para os operadores das empresas do setor alimentar que vem complementar e aprofundar as que já se encontravam preconizadas em termos dos requisitos gerais da legislação alimentar. No caso concreto do sódio, quais são as alterações na rotulagem nutricional? Tendo em vista que a informação constante na rotulagem seja facilmente compreensível para o consumidor final, deverá utilizar-se o termo sal em vez do termo correspondente do nutriente sódio. Por outro lado e quando for o caso, poderá incluir-se uma declaração na proximidade imediata da declaração nutricional, que indique que o teor de sal se deve exclusivamente ao sódio naturalmente presente. Quais são as implicações relativamente à rotulagem de origem? Há a salientar a extensão de obrigação da menção do País de origem ou local de proveniência, às carnes de animais das espécies suína, ovina, caprina e de determinadas aves (posição 105 da pauta aduaneira). Nos produtos transformados, nas situações em que o País de origem ou local de proveniência for indicado e não coincidir com os do seu ingrediente primário, deverá igualmente indicar-se o País de origem ou o local de proveniência do ingrediente primário. Em alternativa, poderá referir-se que o País de origem ou local de proveniência desse ingrediente e do género alimentício, diferem. O novo diploma introduz alterações na rotulagem de certas substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias? Estabelece o procedimento a seguir para a rotulagem dessas substâncias, salientando-se a sua indicação na lista de ingredientes, na qual deve ser realçada através de uma grafia distinta. Para além disso e no caso dos produtos não pré-embalados, é contemplada a obrigação de menção das substâncias que provoquem alergias ou intolerâncias; Para além do tamanho mínimo da fonte, o que é que muda em termos de legibilidade? A informação obrigatória sobre géneros alimentícios deverá ser inscrita num local em evidência, de modo a ser facilmente visível, claramente legível e quando adequado indelével. Entretanto o Regulamento preconiza que a Comissão venha a estabelecer normas relativas à legibilidade que assim complementarão a dimensão dos caracteres. Quais são as principais implicações na venda de produtos à distancia? O Regulamento vem estabelecer que nestes casos toda a informação obrigatória sobre os géneros alimentícios, (com exceção da data de durabilidade mínima ou data limite de consumo que deverá estar disponível no momento da venda), seja disponibilizada antes da conclusão da compra e figure no suporte de venda à distância. Que novos requisitos linguísticos podemos esperar com a aplicação do novo Regulamento de informação ao consumidor? A informação obrigatória sobre os géneros alimentícios, deverá figurar numa língua facilmente compreensível para os consumidores dos Estados Membros em que o género alimentício é comercializado, existindo margem para que os Estados Membros imponham no seu território que as menções figurem em várias línguas. Janeiro Fevereiro 2012

Orçamento de Estado 2012 Principais Medidas 12 oe A Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para 2012, introduz importantes alterações de âmbito jurídico e fiscal, entre as quais se destacam as seguintes: IRS Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 1. Subsídio de refeição Redução do montante do subsídio de refeição excluído de tributação para 120% e 160% do valor atribuído aos funcionários públicos, consoante seja atribuído em dinheiro ou em vales de refeição, passando a ser o seguinte: Descrição 2011 2012 Valor limite pagamento em dinheiro Valor limite pagamento através de vales de refeição 6,41 5,12 7,26 6,83 Nota: Os valores que excederem os limites acima estão sujeito a IRS e TSU 2. Compensações em caso de cessação do contrato de trabalho Redução do limite excluído de tributação aplicável aos trabalhadores, em caso de indemnizações/ compensações pela cessação de contratos de trabalho, passando o montante excluído de tributação a ter como limite uma vez (uma vez e meia, como até 2011) o valor médio das remunerações regulares com carácter de retribuição sujeitas a imposto, auferidas nos últimos 12 meses, multiplicado pelo número de anos ou fração de antiguidade. 3. Taxas especiais É estabelecida uma nova taxa adicional (de solidariedade) de IRS de 2,5%, incidente sobre o rendimento colectável anual que exceda 153.300, aplicável aos anos de 2012 e 2013. A taxa especial aplicável ao saldo positivo entre mais-valias e menosvalias resultante da alienação de valores mobiliários, passa para 25% (20% em 2011). 4. Deduções à coleta As deduções à coleta referentes a despesas de saúde, educação e formação, lares, encargos com imóveis (deixam de ser consideradas as amortizações de capital) e pensões de alimentos são limitadas de forma global e progressiva. Os dois primeiros escalões não estão sujeitos a este limite. Os dois últimos não têm direito a qualquer dedução. A dedução à coleta do IRS referente a despesas de saúde passa a ser de 10% das importâncias suportadas, com o limite de duas vezes o IAS ( 838,44). Nos agregados com três ou mais dependentes a seu cargo, o limite sobe em 30% do IAS ( 125,77) por cada dependente, caso existam, relativamente a todos eles, despesas de saúde. 5. Taxas liberatórias Aumento das taxas liberatórias de 21,5% para 25% sobre rendimentos de capitais (juros, dividendos e quaisquer outros rendimentos de capitais) sujeitos a retenção na fonte a título definitivo ou com opção de englobamento. Excluem-se desta alteração apenas os rendimentos de capitais obtidos em território português por não residentes e decorrentes de cedência da propriedade intelectual ou industrial e do know-how, da assistência técnica e do aluguer de equipamentos, sobre os quais se mantém a taxa liberatória de 21,5%. 6. Atos isolados Revogação da norma que dispensava os prestadores de atos isolados de emitir recibo verde ou fatura, consoante o caso. Estes prestadores estavam apenas obrigados a emitir recibo de quitação das importâncias recebidas, passando, tal como sucede com os restantes titulares de rendimentos da categoria B, a emitir recibo verde ou fatura pelos serviços prestados ou transmissões de bens. infoancipa 15

12 oe IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas 1. Dedução de prejuízos fiscais O prazo de reporte de prejuízos fiscais é alargado de 4 para 5 anos (apurados a partir de 2012). No entanto, esta dedução passa a estar limitada a 75% do lucro tributável apurado no exercício em que é utilizado o reporte, sendo esta limitação já aplicável em 2012. A dedução de prejuízos fiscais pelo 3º ano consecutivo deixa de depender da certificação legal de contas, desde 1 de Janeiro de 2011. 2. Taxas de IRC e de retenção na fonte O IRC volta a ter uma taxa geral única de 25%, revogando-se assim a taxa de 12,5% sobre a matéria colectável até 12.500 Euros. Esta taxa única passa a ser aplicada às entidades com sede na Região Autónoma da Madeira (mas não licenciadas na Zona Franca da Madeira), sendo eliminada também a taxa reduzida. 3. Tributação autónoma É agravada de 50% para 70% a tributação autónoma das despesas não documentadas incorridas por sujeitos passivos que aufiram rendimentos sujeitos ao imposto especial sobre o jogo. 4. Obrigações contabilísticas das empresas Passou a ser obrigatória a utilização de programas e equipamentos informáticos de faturação, previamente certificados pela Direcção-Geral dos Impostos, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças, ainda não publicada. 5. Equipamentos informáticos Mantém-se em vigor a aceitação para efeitos fiscais, sem necessidade de obtenção de aceitação por parte da DGCI, dos abates realizados em 2012, dos programas e equipamentos informáticos de faturação que sejam substituídos em consequência da exigência de certificação do software. A aquisição destes programas e equipamentos, este ano, poderá ser considerada na totalidade como gasto fiscal do período. IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado 1. Valor Tributável Introdução de medidas anti-abuso, nos termos previstos no artigo 80º, da Diretiva IVA (Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006), no sentido de, nas transmissões de bens ou prestações de serviços efectuadas entre sujeitos passivos que tenham entre si relações especiais (definidas no nº 4, do artigo 63º, do CIRC), o valor tributável passar a ser o valor normal de mercado, determinado nos termos do nº 4, do artigo 16º, do Código do IVA, nas seguintes situações: a) A contraprestação seja inferior ao valor normal e o adquirente ou destinatário não tenha direito a deduzir integralmente o imposto; b) A contraprestação seja inferior ao valor normal e o transmitente dos bens ou o prestador dos serviços não tenha direito a deduzir integralmente o imposto e a operação esteja isenta ao abrigo do artigo 9º; c) A contraprestação seja superior ao valor normal e o transmitente dos bens ou o prestador dos serviços não tenha direito a deduzir integralmente o IVA. 2. Taxas As listas de bens sujeitos à taxa reduzida e intermédia são reorganizadas, do seguinte modo: a) Da lista I (taxa reduzida), passam para a taxa intermédia: - Águas de nascente, minerais, medicinais e de mesa, águas gaseificadas ou adicionadas de gás carbónico; b) Da lista I (taxa reduzida), passam para a taxa normal: - Bebidas e sobremesas lácteas; Janeiro Fevereiro 2012

- Sobremesas de soja, incluindo Tofu; - Refrigerantes, xaropes de sumos, bebidas concentradas de sumos e produtos concentrados de sumos; - Batata fresca descascada, inteira ou cortada, pré-frita, refrigerada, congelada, seca ou desidratada, ainda que em puré e ou preparada por meio de cozedura ou fritura; - Águas adicionadas de outras substâncias; c) Da lista II (taxa intermédia) passam para a taxa normal: - Serviços de alimentação e bebidas, designadamente a restauração; - Conservas de frutas e produtos hortícolas; - Frutas e frutos secos, com ou sem casca; - Gorduras e óleos comestíveis: óleos directamente comestíveis e suas misturas (óleos alimentares), margarinas de origem vegetal ou animal; - Café verde ou cru, torrado, em grão ou em pó, seus sucedâneos e misturas; - Aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes; - Aperitivos ou snacks à base de estrudidos de milho e trigo, à base de milho moído e frito ou de fécula de batata. - Produtos preparados à base de carne, peixe, legumes ou produtos hortícolas, massas recheadas, pizzas, sandes e sopas, ainda que apresentadas no estado de congelamento ou pré-congelamento e refeições prontas a consumir, nos regimes de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio; - Gasóleo de aquecimento; - Aparelhos e equipamentos destinados à captação e aproveitamento de energias renováveis, à prospecção de petróleo e gás natural e à medição de controlo da poluição. = 236 250 euros), por três anos (em 2011 era de 4 ou 8 anos) e desde que o rendimento colectável do sujeito passivo para efeitos de IRS não exceda os 153 000 euros. LGT Lei Geral Tributária 1. Informações Vinculativas A informação vinculativa urgente deixa de ser prestada em 60 dias e pode ser prestada no prazo de 120 dias. A taxa máxima do encargo passou de 10 200,00 para 25 500,00. O prazo de resposta ao pedido de informação vinculativa normal passa a ser de 150 dias. O reconhecimento do carácter urgente da informação vinculativa e o valor da taxa devida passam a ter de ser notificados no prazo máximo de 30 dias. 2. Domicílio fiscal É alargado o conceito de domicílio fiscal, passando a integrar a caixa postal electrónica, nos termos previstos no serviço público de caixa postal electrónica, para os sujeitos passivos de IRC e os sujeitos passivos enquadrados no regime normal de IVA, passando as notificações e citações a serem efectuadas através desse endereço de e-mail. Este registo deve ser efetuado no Portal das Finanças até 30 de março de 2012. 3. Juros de mora falta de pagamento da prestação tributária É revogado o prazo máximo de três anos de contagem dos juros de mora, sendo agora calculados até ao pagamento da dívida tributária. A taxa de juros de mora passa para cerca de 12% ao ano (antes: 6,351% ao ano). IMI Imposto Municipal sobre Imóveis 1. Taxas de IMI As taxas mínimas e máximas de IMI são aumentadas em 0,1%, passando a variar entre 0,5% e 0,8% no caso de prédios não avaliados pelo CIMI e entre 0,3% e 0,5% no caso de prédios urbanos já avaliados. 2. Isenção de IMI para habitação própria e permanente Só podem beneficiar desta isenção os prédios cujo valor patrimonial tributável não exceda 125 000 euros (2011 Para esclarecimentos adicionais contacte o nosso departamento Jurídico infoancipa 17

Concertação Social O documento Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego assinado entre o Governo, UGT e confederações patronais, implica mudanças substanciais na legislação laboral, com destaque para: Pontes, feriados e Férias Sempre que os feriados coincidirem com uma terça ou quinta-feira, o empregador pode decidir encerrar total ou parcialmente nas pontes. Estes dias serão depois descontados nas férias dos trabalhadores, se a empresa assim o entender, já que o texto do acordo, prevê também que possa, em alternativa, pedir uma compensação futura ao seu empregado. A marcação unilateral destas pontes tem de ser comunicada aos trabalhadores no início de cada ano. Afinal, não são eliminados taxativamente quatro feriados, podem ser três porque o texto final do acordo recua ligeiramente face às versões anteriores e admite reduzir em três a quatro o número de feriados obrigatórios. Na calha estavam o Corpo de Deus (móvel), o 15 de Agosto, o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro, mas o 5 de Outubro poderá, afinal, manter-se. O Governo compromete-se, por outro lado, a não usar a disposição existente no Código do Trabalho que o autoriza a colar os feriados às segundas feiras. Salário faltar ao trabalho implica maior corte Uma falta injustificada ao trabalho nos dias que antecedem ou se seguem aos fins-de-semana e feriados implica a perda de remuneração do dia da falta e dos dias de folga ou feriado imediatamente anteriores ou posteriores. O que significa que, no limite, uma falta colada a um feriado que coincida com uma segunda ou sexta-feira pode traduzir-se no corte de quatro dias de salário. Descanso Tempo de folga pode ser reduzido Os parceiros sociais aceitam eliminar o descanso compensatório (que habitualmente se goza ao sábado), desde que se Janeiro Fevereiro 2012 assegurem os descansos diários (11 horas seguidas) e o descanso obrigatório (que habitualmente é gozado ao domingo). Ou seja, esta medida permite ao empregador aplicar a semana dos seis dias, ainda que tenha de pagar pelo trabalho prestado no dia da folga num valor semelhante ao do trabalho suplementar: 25% na primeira hora e 37,5% nas horas seguintes. Esta medida terá também de ser coordenada com os tempos do banco de horas. Banco de horas individual O acordo mantém os limites dos bancos de horas negociados por contratação coletiva que podem ir até um máximo de 200 horas anuais (não podendo exceder as quatro horas diárias e as 60 por semana), mas abre caminho para que possam ser criados bancos de horas por negociação entre o empregador e o trabalhador (que o Código em vigor não permite). Neste caso, o limite anual é de 150 horas, podendo estas ser usadas por tranches semanais que não podem exceder as 50 horas. Férias As férias reduzem de 25 para 22 dias úteis, porque se elimina a majoração de até três dias que era dada aos trabalhadores assíduos, mas esta medida deixa de fora os acordos de empresa assinados antes de 2003 que já ofereciam dias de férias além dos 22 dias úteis, a aplicar a partir de 2013. Despedimentos Alteração no conceito de inadaptação O acordo tripartido mantém no essencial os princípios que podem levar ao despedimento por inadaptação, mas introduz uma alteração que pode fazer toda a diferença. Até agora, o despedimento por inadaptação estava dependente de modificações no posto de trabalho, mas no futuro passa a ser possível mesmo que não decorra de alterações. Redução continuada da produtividade ou da qualidade, avarias repetidas nos meios afetos ao posto de trabalho ou riscos para a segurança do trabalhador são motivos para alegar a inadaptação. Quando notificado da sua inadaptação, o trabalhador pode optar por rescindir o contrato sem com isso perder a indemnização a que tem direito. A empresa deixa de ser obrigada a colocá-lo num posto de trabalho compatível. Indemnizações Três modelos de compensação Os contratos celebrados depois de novembro de 2011 (data da entrada em vigor do novo regime das compensações em caso de despedimento) terão direito a receber uma indemnização equivalente a 20 dias de salário por cada ano de casa, até ao limite máximo de 12 retribuições-base e diuturnidades ou 240 salários mínimos (116 400 euros). Já os contratos celebrados antes daquela data, mas que em caso de despedimento ainda não chegariam ao limite dos 12 salários, ficam sujeitos a duas regras: recebem 30 dias por cada ano de casa até à entrada em vigor da nova lei; e entram no ritmo de 20 dias por cada ano, até atingir os referidos limites. Os contratos mais antigos, em que as pessoas já têm 20 ou 30 anos de casa, manterão o valor (e as regras de cálculo da indemnização) a que teriam direito quando entrarem em vigor as novas regras, mas mesmo que permaneçam na empresa, já não acumularão mais tempo.

ambiente Valores Ponto Verde a aplicar em 2012 A Sociedade Ponto Verde (SPV), responsável pela gestão dos resíduos das embalagens que as empresas aderentes colocam no mercado nacional, solicitou à Agência Portuguesa do Ambiente a redução dos Valores Ponto Verde. A mesma foi aprovada e aplicada desde o passado dia 1 de outubro, prevendo essa Entidade, que os valores se mantenham para o ano de 2012. Essa redução traduz-se globalmente numa descida de 12% nas embalagens primárias de Produtos de Grande Consumo e Sacos de Caixa e de 26% nas embalagens secundárias dos Produtos de Grande Consumo. Em relação à Contribuição Financeira Anual Mínima, a mesma não sofrerá qualquer alteração e em 2012 manterse-á nos 60 (acrescido de IVA). Consulte os Valores na tabela: ÂMBITO Agência Portuguesa do Ambiente aprovou a redução dos Valores Ponto Verde Embalagens de Produtos de Grande Consumo Embalagens de Produtos Industriais e de Matérias- Primas Embalagens de Produtos Ind. Perigosos Sacos de Caixa VALORES PONTO VERDE EM VIGOR DESDE 01.10.2011 MATERIAL (EUROS POR TONELADA) Primárias VPV /ton Secundárias VPV /ton Terciárias VPV /ton VIDRO 16,1 -- -- PLÁSTICO 200,8 68,4 23,8 PAPEL E CARTÃO 75,9 26,1 7,0 ECAL 113,9 -- -- AÇO 84,5 30,9 24,4 ALUMÍNIO 144,7 -- -- MADEIRA 13,6 10,3 9,1 OUTROS MATERIAIS 228,8 178,0 55,0 VIDRO 13,5 -- -- PLÁSTICO 23,8 23,8 23,8 PAPEL E CARTÃO 7,0 7,0 7,0 AÇO 24,4 24,4 24,4 ALUMÍNIO 49,4 -- -- MADEIRA 9,1 9,1 9,1 OUTROS MATERIAIS 55,0 55,0 55,0 VIDRO 13,5 -- -- PLÁSTICO 23,8 23,8 23,8 PAPEL E CARTÃO 7,0 7,0 7,0 AÇO 24,4 24,4 24,4 ALUMÍNIO 49,4 -- -- MADEIRA -- -- 9,1 PLÁSTICO 200,8 PAPEL E CARTÃO 75,9 NOTA: Aos valores Ponto Verde indicados acresce o IVA à taxa legal em vigor. infoancipa 19

ambiente Portugal cumpre metas de reciclagem de embalagens Em 2010, Portugal cumpriu as metas de reciclagem e valorização de resíduos de embalagens definidas pela diretiva comunitária, encontrandose igualmente a concretizar as metas estabelecidas para 2011, com exceção do vidro. De acordo com Comunicado da Secretaria de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, é expectável que, a manter-se o crescimento verificado nos anos anteriores, Portugal vá dar cumprimento às metas estabelecidas para 2011 em todos os materiais. De acordo com os dados de 2010, a taxa de reciclagem de vidro desceu de 55% para 33% enquanto o plástico se manteve nos 25%. Já a taxa de reciclagem de papel, cartão, metal e madeira apresentam um aumento relativamente aos valores de 2009. As embalagens de papel, onde também estão incluídas as embalagens de cartão para alimentos líquidos, são o material de embalagem mais reciclado, com 85%, uma tendência igualmente seguida na valorização, onde atinge os 93%. Igualmente positivos foram os resultados na recolha de equipamentos eléctricos e electrónicos, tendo sido mesmo ultrapassada a meta de 4 kg por habitante. Relativamente aos objetivos traçados para a recolha de resíduos de pilhas e acumuladores portáteis, os responsáveis governamentais do Ambiente revelam-se convictos de que os mesmos também serão cumpridos. Janeiro Fevereiro 2012