11 Operação com Pranchão de Salvamento Aquático Objetivos: 1. Conhecer as características de um Pranchão de Salvamento Aquático. 2. Cuidados com o equipamento. 3. Remando e passando a zona de arrebentação. 4. Prevenção com pranchão. 5. Salvamento de vítima consciente. 6. Salvamento de vítima inconsciente. 1º Ten. QOBM Romeu Tadashi Yagui
12. OPERAÇÕES COM PRANCHÃO DE SALVAMENTO 12.1 Pranchão de Salvamento Aquático O pranchão de salvamento aquático é confeccionado em bloco de poliestireno expandido, poliuretano e longarina, sendo revestida por lâmina macia de polietileno na face superior (deck), inferior (botton), e nas bordas, dotada de três quilhas fixas, e alças nas bordas. Deve medir entre 9 e 10 pés de comprimento por 0,60m de largura, e possuir uma flutuação capaz de sustentar em torno de 160kg (dois adultos). Após o uso, lavar o equipamento com água doce, e acondicionar em local adequado. 12.3 Remando e passando a zona de arrebentação Fig. 12-1 Pranchão para salvamento. Fonte: www.nauticexpo.com 12.2 Cuidados com o equipamento Primeiramente devemos verificar o pranchão, buscando trincas por toda sua extensão, verificar se as alças estão presas e se as quilhas estão firmes. Se o pranchão apresentar trincas ou rachaduras (malhos) é porque existe infiltração, e não deve ser usada, devendo ser levada para manutenção. Na grande maioria os malhos na prancha ocorrem durante o transporte e manuseio fora da água, o pranchão é frágil e qualquer batida pode ocasionar infiltrações na prancha. Deve-se parafinar o deck (face superior) do pranchão, para que tenha uma aderência adequada, tanto para o guardavidas quanto para uma possível vítima. A parafina deve ser passada de forma circular em toda a extensão do pranchão (Fig. 12.1). O pranchão é um excelente equipamento para realizar prevenções e salvamentos aquáticos, para tanto o guarda vidas deve treinar constantemente, tendo habilidade para dominar por completo o equipamento, em diversas condições do mar. Entrando no mar, com o pranchão nos braços, procure caminhar dentro d água até uma profundidade que você não consiga mais andar. Posicione-se em cima do pranchão, deitado ou de joelhos. Remando deitado, posicione-se de uma maneira que você consiga levantar e abaixar o bico da prancha movimentando o seu peito para cima e para baixo, fazendo com que o bico do pranchão não afunde enquanto estiver com o peito abaixado (Fig. 12.2). Use os braços de forma alternada para maior eficiência na remada. 12-2
Fig. 12-2 Aplicação de parafina na prancha. Remando de joelhos, posicione-se no meio do pranchão e use os dois braços de forma simultânea como dois remos (Fig. 12.3). Remando de joelhos o guarda vidas tem uma visão privilegiada por estar com a cabeça mais elevada. Em ondas maiores, segure firme nas bordas e gire 180º, puxando o bico para baixo, fazendo com que o pranchão afunde para não ser arrastado (Fig. 12.5), logo suba no pranchão e continue a remar. 12.4 Prevenção com pranchão Para ultrapassar a zona de arrebentação, reme deitado utilizando os braços de forma alternada. Em ondas pequenas e já quebradas (espumeiro), segure as bordas do pranchão e extenda os braços levantando o peito, forçando para baixo, fazendo com que a espuma passe entre o pranchão e você (Fig. 12.4). Depois ultrapassar a zona de arrebentação, sente-se no meio do pranchão (Fig. 12.6), para ter uma visão privilegiada e fique atento para os riscos aos banhistas, desta forma auxiliando o guarda vidas que está na areia. O deslocamento, em prevenção, deve ser feito remando de joelhos para melhor observação. 12-3
12.5 Salvamento de vítima consciente Ao avistar uma vítima consciente, reme rapidamente em sua direção, posicionando-se ao lado da vítima, paralelamente a praia, (Fig. 12.7), de modo que se vier uma onda, não jogue a vítima contra o guarda vidas e nem o pranchão contra a vítima. Identifique-se como guarda vidas do Corpo de Bombeiros, ofereça o bico do pranchão à vítima e simultaneamente sente-se mais na rabeta (Fig. 12.8) para que a vítima não desestabilize o pranchão. Auxilie a vítima a deitar em cima do pranchão (Fig. 12.9), posicione-se atrás dela entre suas pernas, e comece a remar com os braços por cima das pernas da vítima para maior segurança (Fig. 12.10), e também peça para a vítima ajudar na remada. O posicionamento em cima do pranchão é importante para manter o equilíbrio do pranchão (Fig. 12.11) ao remar em direção à praia, para que ao pegar onda não venha a embicar a prancha e derrubar a vítima. Ao pegar uma onda, o guarda vidas deverá ficar atento. Chegando na praia inicie os primeiros socorros e demais procedimentos. posição inicial, juntamente com a vítima, desta forma ela ficará sobre o pranchão de cúbito ventral (Fig. 12.16), em seguida, posicione a vitima de maneira adequada sobre o pranchão e da mesma forma do salvamento de vítima consciente, reme em direção à praia. 12. 6 Salvamento de vítima inconsciente Ao avistar uma vítima inconsciente, reme rapidamente em sua direção, posicione-se ao lado da vítima, perpendicularmente a praia com o bico do pranchão voltado para a praia (Fig. 12.12). Se estiver fora da zona de arrebentação, faça o controle cervical, abordando a vítima pelas costas, passando seu braço direito por baixo da axila direita da vítima, segurando o maxilar e apoiando sobre o bordo do pranchão, desta forma abrindo vias aéreas (Fig. 12.13), e inicie ali mesmo os primeiros socorros, iniciando ventilação. Caso não obtenha êxito, desembarque do pranchão pelo lado aposto da vítima, virando o pranchão, deixando as quilhas para cima (Fig. 12.14). Em seguida o guarda vidas deverá se debruçar sobre o pranchão, trazer os braços da vítima por cima do pranchão para o bordo do lado oposto da vítima (Fig. 12.15), segurando as mãos da vítima na borda do pranchão, desvire o pranchão na 12-4
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