ARRECADAÇÃO DE RECURSOS, GASTOS DE CAMAPNHA E PRESTAÇÃO DE CONTAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

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Transcrição:

ARRECADAÇÃO DE RECURSOS, GASTOS DE CAMAPNHA E PRESTAÇÃO DE CONTAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS Elaboração: Mauro A. Prezotto OAB/SC 12.082 Renata Guimarães OAB/SC 34.533 1

Sumário APRESENTAÇÃO... 4 1. PROVIDÊNCIAS PARA O INÍCIO DA ARRECADAÇÃO DE RECURSOS E A REALIZAÇÃO DE GASTOS ELEITORIAIS... 5 1.1 REQUERER O REGISTRO DE CANDIDATURA À JUSTIÇA ELEITORAL... 5 1.2 OBTER O NÚMERO DE INSCRIÇÃO NO CNPJ... 5 1.3 ABRIR CONTA BANCÁRIA EM AGÊNCIA OFICIAL... 5 1.4 REQUERER NO SITE DO TRESC A FAIXA NUMÉRICA DE RECIBOS ELEITORAIS:... 7 2. RECURSOS FINANCEIROS... 8 2.1 ORIGEM DOS RECURSOS... 8 2.2 APLICAÇÃO DOS RECURSOS... 9 2.3. APLICAÇÃO DOS RECURSOS DO FUNDO PARTIDÁRIO (ART. 17)... 10 3. DOAÇÕES... 11 3.1. RECURSOS ESTIMÁVEIS EM DINHEIRO (ART. 19)... 12 3.2. DOAÇÕES ENTRE PARTIDOS POLÍTICOS, PARTIDO POLÍTICO E CANDIDATO E ENTRE CANDIDATOS (ART. 23)... 13 3.3 DOAÇÕES PELA INTERNET (ART. 20)... 13 3.4. LIMITES DE DOAÇÃO (ART. 21)... 14 3.5. COMERCIALIZAÇÃO DE BENS E/OU SERVIÇOS E/OU PROMOÇÃO DE EVENTOS... 15 3.6 FONTE VEDADA... 16 3.7 RECURSO DE ORIGEM NÃO IDENTIFICADA... 16 3.8 DATA LIMITE PARA ARRECADAÇÃO... 17 4. GASTOS ELEITORAIS... 19 4.1 FORMA DE PAGAMENTO... 22 4.2 GASTOS DE PEQUENO VALOR... 22 4.3 GASTOS EFETUADOS POR CANDIDATO EM BENEFÍCIO DE PARTIDO POLÍTICO OU OUTRO CANDIDATO... 23 4.4 GASTOS NÃO SUJEITOS À CONTABILIZAÇÃO... 23 4.5 CONTRATAÇÃO DE PESSOAL... 23 5. LIMITES DE GASTOS NA ELEIÇÃO DE 2016... 24 6. PRESTAÇÃO DE CONTAS... 25 6.1 OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS... 25 6.2 OBRIGATORIEDADE DE CONSTITUIR ADVOGADO... 27 2

6.3 PRAZO, AUTUAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS E DA DIVULGAÇÃO DO RELATÓRIO FINANCEIRO DE CAMPANHA... 27 6.3.2. DESCUMPRIMENTO DO PRAZO... 29 6.4 SOBRAS DE CAMPANHA... 29 6.5 ELABORAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS... 29 6.6 IMPUGNAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS... 32 6.7 COMPROVAÇÃO DA ARRECADAÇÃO DE RECURSOS E DA REALIZAÇÃO DE GASTOS... 32 6.7.1 COMPROVAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS ARRECADADOS... 33 6.7.2. COMPROVAÇÃO DOS GASTOS ELEITORAIS... 34 7. PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA... 36 8. JULGAMENTOS DAS CONTAS... 37 8.1 DILIGÊNCIAS... 38 8.2. RETIFICAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS... 38 9. RECURSO DA DECISÃO... 41 10. DISPOSIÇÕES GERAIS... 42 10.1 ARQUIVO DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA... 42 10.2 REPRESENTAÇÃO... 42 3

APRESENTAÇÃO O presente manual foi elaborado pelos advogados do escritório Gregório Advogados com base na Lei n. 9.504/97, Código Eleitoral, Resolução TSE n. 23.459/15 e Resolução TSE 23.463/15 de forma sistemática e concisa, contendo as informações e orientações básicas acerca das regras referentes à arrecada de recursos, realização de gastos de campanha e prestação de contas relativos às Eleições de 2016. O objetivo é orientar os candidatos e envolvidos na campanha eleitoral para as Eleições de 2016 sobre os aspectos relacionados arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos e candidatos, prestação de contas nas eleições de 2016, bem como os limites de gastos para os cargos de vereador e de prefeito nas eleições municipais de 2016, além das permissões e vedações, sanções, dispositivos legais e peculiaridades. Maiores informações: Rua Cristóvão Nunes Pires 110 Sala 202 Centro CEP 88010-120 Florianópolis SC 48 3223.4567 mauro@gregorioadvogados.com.br renata@gregorioadvogados.com.br 4

1. PROVIDÊNCIAS PARA O INÍCIO DA ARRECADAÇÃO DE RECURSOS E A REALIZAÇÃO DE GASTOS ELEITORIAIS Para iniciar a arrecadação de recursos de campanha e a realização de gastos eleitorais os partidos e os candidatos precisam cumprir as seguintes etapas: 1.1 Requerer o registro de candidatura à Justiça Eleitoral (Resolução TSE 23.463/15 art. 3º inciso I) Apenas para os candidatos; O registro é requerido pelos partidos ou pelas coligações. 1.2 Obter o número de inscrição no CNPJ (Resolução TSE 23.463/15 art. 3º inciso II, Lei 9.504/97 art. 22-A 1º) No site da Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br Os partidos usarão o CNPJ que já possuem. 1.3 Abrir conta bancária em agência oficial (Resolução TSE 23.463/15 art. 7º ao 13º; Lei 9.504/97 art. 22) É obrigatória para os partidos políticos e candidatos; Deve abrir conta bancária específica, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil ou em outra instituição financeira com carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil. Os candidatos deverão abrir a conta de campanha até 10 dias contados da obtenção do CNPJ, indicada no campo data abertura ; A conta de campanha dos partidos será identificada como Doações para Campanha ; 5

Os partidos políticos que ainda não tenham aberto conta de campanha têm até 15 de agosto de 2016 para fazê-lo; Estão desobrigados de abrir conta de campanha os candidatos a viceprefeito e os candidatos em municípios em que não haja agência bancaria ou posto de atendimento bancário; Para receber recursos do Fundo Partidário os partidos e os candidatos precisam abrir conta especifica. Para abrir conta bancária são necessários: (Resolução TSE 23463/2015 art. 9º) A) Para os Candidatos: a.1) requerimento de abertura de conta bancária eleitoral, obtido na página do TER/SC; a.2) comprovante de inscrição no CNPJ; a.3) nome dos responsáveis pela movimentação da conta bancária, com endereço atualizado. B) Para os Partido Políticos: b.1) requerimento de abertura de conta bancária eleitoral, obtido na página do TER/SC; b.2) comprovante de inscrição no CNPJ; b.3) certidão de composição partidária, disponível na página do Tribunal Superior Eleitoral; b.4) nome dos responsáveis pela movimentação da conta bancária com endereço atualizado. Os bancos são obrigados a acatar o pedido de abertura de conta de campanha, em até 3 dias, não podendo condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou outras despesas de manutenção, exceto outras taxas de despesas normalmente cobradas por serviços avulsos. 6

1.4 Requerer no site do TRESC a faixa numérica de recibos eleitorais: (Resolução TSE 23.463/2015 art. 6º) Para toda e qualquer arrecadação de recursos há a necessidade de preenchimento do recibo eleitoral, sempre em duas vias uma para o doador e outra para o candidato beneficiado; Mesmo quando se tratar de recursos financeiros ou bens estimados em dinheiro do próprio candidato, há a necessidade de emissão do recibo eleitoral; Os recibos devem ser obtidos diretamente na página do TRE/SC ou do TSE no Sistema de Prestação de Contas SPCE; Os recibos eleitorais deverão ser emitidos em ordem cronológica, concomitantemente ao recebimento da doação e informados à Justiça Eleitoral, por meio do SPCE, em até 72 horas contadas a partir da data do crédito da doação financeira na conta bancária. Não precisa emitir recibo eleitoral (art. 6º 3º): Nos casos de cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por cedente; Para doações estimáveis em dinheiro entre candidatos e partidos decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa. Atenção Na hipótese de arrecadação de campanha realizada pelo vice-prefeito, devem ser utilizados os recibos eleitorais do prefeito; 7

Os recibos eleitorais conterão referência aos limites de doação, com a advertência de que a doação destinada às campanhas eleitorais acima de tais limites poderá gerar a aplicação de multa de cinco até dez vezes o valor do excesso 2. RECURSOS FINANCEIROS 2.1 Origem dos recursos (Resolução TSE 23.456/15 art. 14 e 15) Somente poderão ser utilizados recursos financeiros quando provenientes de: a) Recursos do próprio candidato; b) Doações financeiras ou estimáveis em dinheiro de pessoa física; c) Doações de outros partidos políticos e de outros candidatos; d) Comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de arrecadação realizados diretamente pelo candidato ou pelo partido político; d) Receitas decorrentes da aplicação financeira dos recursos de campanha; e) Recursos próprios dos partidos políticos, desde que identificada a sua origem e que sejam provenientes: do Fundo Partidário; de doações de pessoas físicas efetuadas aos partidos políticos; de contribuição dos seus filiados; da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de arrecadação. IMPORTANTE O candidato e os partidos políticos não podem utilizar, a título de recursos próprios, recursos que tenham sido obtidos mediante empréstimos pessoais que não 8

tenham sido contratados em instituições financeiras ou equiparadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil; O partido político não poderá transferir para o candidato ou utilizar, direta ou indiretamente, nas campanhas eleitorais, recursos que tenham sido doados por pessoas jurídicas, ainda que em exercícios anteriores. 2.2 Aplicação dos Recursos (Resolução TSE 23.463/15 art. 16 ao 17) Doações recebidas em anos anteriores: Doações de pessoas físicas e as contribuições de filiados recebidas pelos partidos políticos, para sua manutenção ordinária, creditadas na conta bancária destinada à movimentação financeira de Outros Recursos, podem ser aplicadas nas campanhas eleitorais de 2016, desde que observados os seguintes requisitos cumulativos: a) identificação da sua origem e escrituração individualizada das doações e contribuições recebidas, na prestação de contas anual, assim como seu registro financeiro na prestação de contas de campanha eleitoral do partido; b) observância das normas estatutárias e dos critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção nacional, os quais devem ser fixados objetivamente e encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral até 15 de agosto de 2016; c) transferência para a conta bancária Doações para Campanha, antes de sua destinação ou utilização, respeitados os limites legais impostos a tais doações, calculados com base nos rendimentos auferidos no ano anterior ao da eleição em que a doação for aplicada, ressalvados os recursos do Fundo Partidário, cuja movimentação financeira deve ser feita diretamente na conta do Fundo; 9

d) identificação, na prestação de contas eleitoral do partido e também nas respectivas contas anuais, do nome ou razão social e do número do CPF da pessoa física ou do CNPJ do candidato ou partido doador, bem como a identificação do número do recibo eleitoral ou do recibo de doação original. IMPORTANTE Os recursos recebidos nos anos anteriores devem ser identificados como reserva ou saldo de caixa nas prestações de contas anuais da agremiação, que devem ser apresentadas até 30 de abril de 2016; Somente os recursos provenientes do Fundo Partidário ou de doações de pessoas físicas que componham a reserva ou o saldo de caixa do partido podem ser utilizados nas campanhas eleitorais; No ano da eleição, a parcela do Fundo Partidário relativa à criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, pode ser integralmente destinada ao custeio de campanhas eleitorais de mulheres candidatas. 2.3. Aplicação dos recursos do Fundo Partidário (art. 17) Partidos políticos podem aplicar nas campanhas eleitorais os recursos do Fundo Partidário, mediante: transferência para conta bancária de campanha do candidato; transferência dos recursos destinados na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres para conta bancária de campanha de CANDIDATA; pagamento dos custos e despesas diretamente relacionados às campanhas eleitorais dos candidatos e dos partidos políticos, procedendo-se à sua individualização. 10

IMPORTANTE Os partidos políticos devem manter as anotações relativas à origem e à transferência dos recursos na sua prestação de contas anual e devem registrálas na prestação de contas de campanha eleitoral de forma a permitir a identificação do destinatário dos recursos ou o seu beneficiário; As despesas e custos assumidos pelo partido político em benefício de mais de uma candidatura devem ser registradas de acordo com o valor individualizado, apurado mediante o rateio entre todas as candidaturas beneficiadas, na proporção do benefício auferido; Os partidos políticos devem destinar no mínimo cinco por cento e no máximo quinze por cento do montante do Fundo Partidário, destinado ao financiamento das campanhas eleitorais, para aplicação nas campanhas de suas candidatas, incluídos nesse valor os recursos a que se refere o inciso V do art. 44 da Lei no 9.096/1995. 3. DOAÇÕES (Resolução TSE 23.463/15 art. 18; art. 23, Lei 9.504/97) Somente pessoas físicas poderão fazer doação de recursos financeiros ou estimáveis em dinheiro para campanha eleitoral, que que poderá ser feita da seguinte forma: transação bancária na qual o CPF do doador seja obrigatoriamente identificado; doação ou cessão temporária de bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro, com a demonstração de que o doador é proprietário do bem ou é o responsável direto pela prestação de serviços. 11

IMPORTANTE As doações financeiras de valor igual ou superior a R$ 1.064,10 (mil e sessenta e quatro reais e dez centavos) só poderão ser realizadas mediante transferência eletrônica entre as contas bancárias do doador e do beneficiário da doação; As doações recebidas em desacordo com as regras estabelecidas na Resolução 23.463/2015, aqui explicitadas, não poderão ser utilizadas e deverão ser restituídas ao doador, ou recolhidas ao Tesouro Nacional, quando não for possível identificar o doador. Ficam vedadas quaisquer doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de qualquer espécie feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas físicas ou jurídicas. 3.1. Recursos estimáveis em dinheiro (art. 19) Os recursos estimáveis em dinheiro são: i) bens, de propriedade do doador ou cessionário, doados ou cedidos temporariamente para a campanha eleitoral; ii) serviços prestados pelo próprio doador, de suas atividades econômicas. As receitas estimáveis em dinheiro devem ser devidamente avaliadas de acordo com o valor de mercado; Os recursos estimáveis são comprovados por: i) canhotos dos recibos eleitorais; ii) documentos fiscais emitidos pelos doadores e Termo de Doação; iii) termo de Cessão, quando se tratar de cessão temporária de bens. 12

IMPORTANTE Os bens próprios do candidato somente podem ser utilizados na campanha eleitoral quando demonstrado que já integravam seu patrimônio em período anterior ao pedido de registro da respectiva candidatura; Partidos políticos e candidatos podem doar entre si bens próprios ou serviços estimáveis em dinheiro, ou ceder seu uso, ainda que não constituam produto de seus próprios serviços ou de suas atividades; A regra anterior não se aplica à aquisição de bens ou serviços que sejam destinados à manutenção da estrutura do partido durante a campanha eleitoral, hipótese em que deverão ser devidamente contratados pela agremiação e registrados na sua prestação de contas de campanha. 3.2. Doações entre partidos políticos, partido político e candidato e entre candidatos (art. 23) As doações estão sujeitas à emissão de recibo eleitoral, devendo ser identificadas pelo CPF ou CNPJ do doador originário das doações financeiras, devendo ser emitido o respectivo recibo eleitoral para cada doação; Não estão sujeitas aos limites de doação, exceto quando se tratar de doação realizada por candidato, com recursos próprios, para outro candidato ou partido; Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos; 3.3 Doações pela Internet (art. 20) Para arrecadar recursos pela internet o partido e o candidato deverão tornar disponível mecanismo em página eletrônica, observados os seguintes requisitos: a. identificação do doador pelo nome e pelo CPF; 13

b. emissão de recibo eleitoral para cada doação realizada, dispensada a assinatura do doador; c. utilização de terminal de captura de transações para as doações por meio de cartão de crédito e de cartão de débito, sendo admitidas apenas quando realizadas pelo titular do cartão, sendo que eventuais estornos, desistências ou não confirmação da despesa do cartão serão informados pela administradora ao beneficiário e à Justiça Eleitoral. 3.4. Limites de doação (art. 21) As doações realizadas por pessoas físicas são limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição; O limite de 10% não se aplica ás doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, desde que o valor estimado não ultrapasse R$ 80.000,00; O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre. Sanção: A doação acima dos limites fixados sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de cinco a dez vezes a quantia em excesso, sem prejuízo de responder o candidato por abuso do poder econômico, nos termos do art. 22 da Lei Complementar nº 64/1990. O limite de doação será apurado anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; 14

A aferição do limite de doação do contribuinte dispensado da apresentação de Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda deve ser realizada com base no limite de isenção previsto para o ano-calendário de 2016; Os Partidos políticos, candidatos e doadores devem manter, até 17 de junho de 2017, a documentação relacionada às doações realizadas; 3.5. Comercialização de Bens e/ou Serviços e/ou Promoção de Eventos (Resolução 23.463/15 art. 24) Para a comercialização de bens e/ou serviços e/ou a promoção de eventos que se destinem a arrecadar recursos para campanha eleitoral, o partido político ou o candidato deve: Comunicar sua realização formalmente e com antecedência mínima de 5 dias úteis à Justiça Eleitoral, que poderá determinar sua fiscalização; Manter à disposição da Justiça Eleitoral a documentação necessária à comprovação de sua realização e de seus custos, despesas e receita obtida. Os valores arrecadados constituem doação e estão sujeitos aos limites legais e à emissão de recibos eleitorais; O montante bruto dos recursos arrecadados deve, antes de sua utilização, ser depositado na conta bancária específica; As despesas e os custos relativos à realização do evento devem ser comprovados por documentação idônea e respectivos recibos eleitorais, mesmo quando provenientes de doações de terceiros em espécie, bens ou serviços estimados em dinheiro. 15

3.6 Fonte vedada (Resolução TSE 23.463/15 art. 25 Lei 9.504/97 art. 24) O partido político e o candidato não podem receber, direta ou indiretamente, doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de: pessoas jurídicas; entidade ou governo estrangeiro; pessoa física que exerça atividade comercial decorrente de concessão ou permissão pública. O que fazer se for recebida doação de fontes vedadas? O recurso recebido de fontes vedadas deve ser imediatamente devolvido ao doador, sendo vedada sua utilização ou aplicação financeira, a comprovação da devolução deve ser apresentada em qualquer fase da prestação de contas ou até cinco dias após o trânsito em julgado da decisão que julgar as contas. 3.7 Recurso de origem não identificada (Resolução TSE 23.463/15 art. 26) O recurso de origem não identificada não pode ser utilizado por partidos políticos e candidatos e deve ser transferido ao Tesouro Nacional, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU). O que caracteriza o recurso como de origem não identificada? a falta ou a identificação incorreta do doador; e/ou a falta de identificação do doador originário nas doações financeiras; e/ou a informação de número de inscrição inválida no CPF do doador pessoa física ou no CNPJ quando o doador for candidato ou partido político. 16

Incidirão atualização monetária e juros moratórios, calculados com base na taxa aplicável aos créditos da Fazenda Pública, sobre os valores a serem recolhidos ao Tesouro Nacional, desde a data da ocorrência do fato gerador até a do efetivo recolhimento, salvo se tiver sido determinado de forma diversa na decisão judicial, não se aplica quando o candidato ou o partido promove espontânea e imediatamente a transferência dos recursos para o Tesouro Nacional, sem deles se utilizar; O candidato ou o partido pode retificar a doação, registrando-a no SPCE, ou devolvê-la ao doador, quando a não identificação do doador decorra do erro de identificação do CPF do doador pessoa física ou no CNPJ quando o doador for candidato ou partido político e haja elementos suficientes para identificar a origem da doação; Não sendo possível a retificação ou a devolução o valor deverá ser imediatamente recolhido ao Tesouro Nacional. 3.8 Data limite para arrecadação (Resolução TSE 23.463/15 art. 27 e 28 Lei 9.504/97 art. 29) Os candidatos, partidos políticos poderão arrecadar recursos e contrair despesas até o dia da eleição; Após a data da eleição só é permitida arrecadação de recursos exclusivamente para quitação de despesas já contraídas e não pagas até o dia da eleição, as quais deverão estar integralmente quitadas até o prazo de entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral. 17

Os valores arrecadados posteriormente a eleição também devem observar os limites legais e as fontes vedadas, devendo obrigatoriamente transitarem pela conta "Doações para Campanha" do partido político, prevista na resolução que trata das prestações de contas anuais dos partidos políticos, excetuada a hipótese de pagamento das dívidas com recursos do Fundo Partidário. Deve constar da prestação de contas anual do partido político até a integral quitação dos débitos, conforme o cronograma de pagamento e quitação apresentado por ocasião da assunção da dívida; Eventuais débitos de campanha não quitados até a data fixada para apresentação da prestação de contas poderão ser assumidos pelo partido político, por decisão da direção nacional, com a apresentação de cronograma de pagamento e quitação, que não pode ultrapassar o prazo fixado para a prestação de contas da eleição subsequente para o mesmo cargo, devendo ainda ser comprovada a anuência dos credores constando também a indicação da fonte dos recursos que serão utilizados para a quitação do débito assumido; O órgão partidário da respectiva circunscrição eleitoral passa a responder solidariamente com o candidato por todas as dívidas, hipótese em que a existência do débito não pode ser considerada como causa para a rejeição das contas do candidato; A existência de débitos de campanha não assumidos pelo partido, será aferida na oportunidade do julgamento da prestação de contas do candidato e poderá ser considerada motivo para sua rejeição. 18

4. GASTOS ELEITORAIS (Resolução TSE 23.463/15 do art. 29 ao 40/ Lei 9.504/97 art. 18, 18 A e 18- B; art. 26 e27) São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados na Lei Eleitoral (Resolução TSE 23.463/15 art. 29; Lei nº 9.504/97, art. 26): Confecção de material impresso* de qualquer natureza, respeitado o tamanho fixado pela Lei Eleitoral**; Propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação; Aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral; Despesas com transporte ou deslocamento de candidato de pessoal a serviço das candidaturas; Correspondências e despesas postais; Despesas de instalação, organização e funcionamento de comitês e serviços necessários às eleições; Remuneração ou gratificação de qualquer espécie paga a quem preste serviços a candidatos, partidos políticos e comitês financeiros; Montagem e operação de carros de som, de propaganda e de assemelhados; Realização de comícios ou eventos destinados à promoção de candidatura; Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os destinados à propaganda gratuita; Realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais; Custos com a criação e inclusão de páginas na Internet; Multas aplicadas, até as eleições, aos candidatos e partidos políticos por infração do disposto na legislação eleitoral; Doações para outros partidos políticos ou outros candidatos; Produção de jingles, vinhetas e slogans para propaganda eleitoral. *todo material impresso deverá conter: nº do CNPJ ou CPF do responsável pela confecção do material e do contratante, bem como a tiragem (Resolução TSE art. 29 2º; Lei nº 9.504/1997, art. 38, 1º); 19

*material impresso de vários candidatos -: deve constar na prestação de contas de cada um ou apenas de quem tiver arcado com a despesa. **Os adesivos poderão ter a dimensão máxima de 50 (cinquenta) centímetros por 40 (quarenta) centímetros. ( 3º do art. 38 da Lei nº 9.504/97, incluído pela Lei nº 12.891, de 2013); **É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto adesivos micro perfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras posições, adesivos até a dimensão máxima acima descrita. IMPORTANTE As despesas referentes às contratações de contador e de advogado que preste serviços de consultoria às campanhas eleitorais constituem gastos eleitorais que devem ser declarados de acordo com os valores efetivamente. Os gastos efetuados por candidato ou partido em benefício de outro candidato ou outro partido político constituem doações estimáveis em dinheiro; O pagamento dos gastos eleitorais contraídos pelo candidato será de sua responsabilidade, cabendo aos partidos políticos responder apenas pelos gastos que realizarem e por aqueles que, após o dia da eleição, forem assumidos pelos partidos políticos na forma prevista em lei. PERGUNTAS E RESPOSTAS Quando os gastos poderão ser efetivados? Os gastos de campanha por partido político ou candidato somente poderão ser efetivados após: a) requerimento do registro de candidatura; b) inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); c) abertura de conta bancária específica destinada a registrar a movimentação financeira de campanha. Qual a data da sua efetivação? 20

Os gastos eleitorais efetivam-se na data da sua contratação, independentemente da realização do seu pagamento e devem ser registrados na prestação de contas no ato da sua contratação. O que são considerados gastos destinados à preparação da campanha (Resolução TSE 23.463/15, art. 30 2º) São considerados gastos destinados à preparação da campanha a instalação física ou de página de Internet de comitês de campanha de candidatos e de partidos políticos, que poderão ser contratados a partir de 20 de julho de 2016, considerada a data efetiva da realização da respectiva convenção partidária, desde que, cumulativamente: a. sejam devidamente formalizados; e b. o desembolso financeiro ocorra apenas após a obtenção do número de inscrição no CNPJ, a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e a emissão de recibos eleitorais. Os recursos provenientes do Fundo Partidário poderão ser utilizados para pagamento de encargos decorrentes de inadimplência de pagamentos? (Resolução TSE 23.463/15, art. 31) Os recursos provenientes do Fundo Partidário não poderão ser utilizados para pagamento de encargos decorrentes de inadimplência de pagamentos, tais como multa de mora, atualização monetária ou juros, ou para pagamento de multas relativas a atos infracionais, ilícitos penais, administrativos ou eleitorais. As multas aplicadas por propaganda antecipada deverão ser suportadas pelos responsáveis e não serão computadas como despesas de campanha, ainda que aplicadas a quem venha a se tornar candidato. 21

4.1 Forma de pagamento Os gastos eleitorais de natureza financeira só podem ser efetuados por meio de cheque nominal ou transferência bancária que identifique o CPF ou CNPJ do beneficiário, ressalvadas as despesas de pequeno valor. 4.2 Gastos de pequeno valor São considerados gastos de pequeno valor as despesas individuais que não ultrapassem o limite de R$ 300,00 (trezentos reais), vedado o fracionamento de despesa; Os candidatos e partidos políticos (exclui-se os candidatos a vice) poderão constituir um fundo de reserva individual rotativo em dinheiro chamado Fundo de Caixa, por todo o período da campanha, para pagamento das despesas de pequeno valor, devendo ser comprovada por meio dos documentos fiscais. Os recursos do fundo de caixa são oriundos da conta bancária eleitoral; O Fundo de Caixa não pode ultrapassar no caso do órgão partidário o saldo máximo de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) desde que não ultrapasse 2% gastos contratados pela agremiação, observando o seguinte: a) o saldo do Fundo de Caixa pode ser recomposto mensalmente, com a complementação de seu limite, de acordo com os valores despendidos no mês anterior; b) da conta bancária específica de que trata será sacada a importância para complementação do limite, mediante cartão de débito ou emissão de cheque nominativo emitido em favor do próprio sacado. O candidato deve observar o saldo máximo de R$ 2.000,00 (dois mil reais), desde que não ultrapasse 2% do limite de gastos estabelecidos para sua candidatura. 22

4.3 Gastos efetuados por candidato em benefício de partido político ou outro candidato Constituem doações e serão computados no limite de gastos do doador, devendo ser registrado como receita estimável em dinheiro, com a emissão do respectivo recibo eleitoral. 4.4 Gastos não sujeitos à contabilização Com a finalidade de apoiar candidato de sua preferência qualquer eleitor poderá realizar pessoalmente gastos totais até o valor de R$ 1.064,10 não sujeitos à contabilização, desde que não reembolsados, hipótese em que o documento fiscal deverá ser emitido em nome do eleitor (Resolução TSE 23.463/15 art. 39; Lei n.9.504/1997, art. 27). Bens e serviços entregues ou prestados ao candidato não se enquadram na regra acima, devendo ser contabilizados pelo beneficiário. 4.5 Contratação de pessoal (Resolução TSE 23.463/15 art. 36, 37) Para contratação, direta ou terceirizada, de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais, deverão ser observados os limites estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral a ser divulgado na internet. O descumprimento dos limites previsto sujeita o candidato às penas de reclusão até quatro anos e pagamento de 5 a 15 dias. Em relação ao total de gastos de campanha deverão ser observados os seguintes limites: a) alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês de campanha: 10%; b) aluguel de veículos automotores: 20%. 23

PERGUNTAS E RESPOTAS O que são excluídos dos limites? São excluídos dos limites a militância não remunerada, pessoal contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e delegados credenciados para trabalhar nas eleições e advogados dos candidatos ou dos partidos e das coligações. A contratação gera vínculo empregatício? A contratação de pessoal para prestação de serviços nas campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido contratantes, aplicando-se à pessoa física contratada as regras dos segurados obrigatórios da Previdência Social. 5. LIMITES DE GASTOS NA ELEIÇÃO DE 2016 O Tribunal Superior Eleitoral divulgará, em seu site www.tse.jus.br, até o dia 20 de julho de 2016 os limites de gastos de campanha a serem observados pelos candidatos e partidos políticos em cada município. IMPORTANTE O limite de gastos do prefeito inclui aqueles realizados pelo candidato a viceprefeito; O limite de gastos para cada eleição compreende os gastos realizados pelo candidato e os efetuados por partido político que possam ser individualizados e incluirão: a) o total dos gastos de campanha contratados pelos candidatos e os individualizados realizados por seu partido; b) as transferências financeiras efetuadas para outros partidos ou outros candidatos; e c) as doações estimáveis em dinheiro recebidas. 24

Não serão computados para efeito da apuração do limite de gastos os repasses financeiros realizados pelo partido político para a conta bancária do seu candidato. Excetuada a devolução das sobras de campanhas, os valores transferidos pelo candidato para a conta bancária do seu partido serão considerados, para a aferição do limite de gastos, no que excederem as despesas realizadas pelo partido político em prol de sua candidatura. 6. PRESTAÇÃO DE CONTAS (Resolução TSE 23.463/15 do art. 41 ao 83/ Lei 9.504/97 do art. 28 ao 32) 6.1 Obrigação de prestar contas (Resolução TSE 23.463/15 art. 41) Devem prestar contas à Justiça Eleitoral: a - o candidato; b - os órgãos partidários, ainda que constituídos sob forma provisória: nacionais; estaduais; distritais; e municipais. O candidato poderá designar alguém de sua confiança para efetuar a administração financeira de sua campanha; O candidato e o administrador financeiro devem assinar conjuntamente a prestação de contas, sendo solidariamente responsáveis pela veracidade das informações financeiras e contábeis de suas campanhas; Casos de renúncia, desistência, substituição e indeferimento do registro: nessas hipóteses mesmo que o candidato não tenha realizado campanha deverá prestar contas referente ao período que participou do processo eleitoral ; Falecimento: em caso de falecimento do candidato, o administrador ou, na sua ausência, a direção partidária estão obrigados a prestar contas no período em que o candidato realizou a campanha (Resolução TSE 23.463/15 art. 41 8º); 25

Ausência de movimentação: A ausência de movimentação de recursos de campanha, financeiros ou estimáveis em dinheiro, não isenta o partido e o candidato do dever de prestar contas (Resolução TSE 23.463/15 art. 41 9º); PERGUNTAS E RESOSTAS Quem deve ser assinada a prestação de contas? A prestação de contas deve ser assinada (Resolução TSE 23.463/15 art. 41 5º): 1 - pelo candidato titular e vice, se houver; 2 - pelo administrador financeiro, na hipótese de prestação de contas de candidato, se constituído; 3 - pelo presidente e tesoureiro do partido político, na hipótese de prestação de contas de partido político; 4 - pelo profissional habilitado em contabilidade. Os órgãos partidários, em todas as suas esferas, devem prestar contas dos recursos arrecadados e aplicados exclusivamente em campanha? Sim. Sem prejuízo da prestação de contas anual prevista na Lei nº 9.096/1995, os órgãos partidários, em todas as suas esferas, devem prestar contas dos recursos arrecadados e aplicados exclusivamente em campanha da seguinte forma: 1 - o órgão partidário municipal deve encaminhar a prestação de contas à respectiva Zona Eleitoral; 2 - o órgão partidário estadual ou distrital deve encaminhar a prestação de contas ao respectivo Tribunal Regional Eleitoral; 3- o órgão partidário nacional deve encaminhar a prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. 26

6.2 Obrigatoriedade de constituir advogado É obrigatória a constituição de advogado para a apresentação das contas de campanha. (Resolução TSE 23.463/15 art. 41, 6º) 6.3 Prazo, autuação da prestação de contas e da divulgação do relatório financeiro de campanha 6.3.1. Prazos Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral: a os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em até 72 (setenta e duas) horas de seu recebimento; b relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos realizados. Prestação de contas parcial Deve ser encaminhada por meio do SPCE pela Internet entre os dias 9 a 13 de setembro de 2016, dela constando o registro da movimentação financeira de campanha ocorrida desde seu início até o dia 8 de setembro, com a discriminação dos recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro para financiamento da campanha eleitoral, com, cumulativamente: a) a indicação dos nomes, do CPF das pessoas físicas doadoras ou do CNPJ dos partidos ou dos candidatos doadores; b) a especificação dos respectivos valores doados; c) a identificação dos gastos realizados, com detalhamento dos fornecedores. Ausência de prestação de contas parcial: caracteriza grave omissão de informação, que poderá repercutir na regularidade das contas finais. A falta de correspondência com a efetiva movimentação de recursos ocorrida até a data da sua 27

entrega caracteriza infração grave, a ser apurada no momento do julgamento da prestação de contas final. Apresentação da prestação de contas após os prazos: as informações enviadas à Justiça Eleitoral somente podem ser retificadas com a apresentação de justificativa que seja aceita pela autoridade judicial e, no caso da prestação de contas parcial, mediante a apresentação de prestação retificadora. Prestações de Contas Finais 1º Turno Devem ser prestadas à Justiça Eleitoral até 1º de novembro de 2016. 2º Turno Havendo segundo turno, devem prestar suas contas até 19 de novembro de 2016, apresentando a movimentação financeira referente aos dois turnos: a - o candidato que disputar o segundo turno; b - os órgãos partidários vinculados ao candidato que concorre ao segundo turno, ainda que coligados, em todas as suas esferas; c - os órgãos partidários que, ainda que não referidos na letra b, efetuem doações ou gastos às candidaturas concorrentes ao segundo turno. IMPORTANTE Os candidatos e os partidos que disputarem o segundo turno da eleição devem informar à Justiça Eleitoral as doações e os gastos que tenham realizado em favor dos candidatos eleitos no primeiro turno, até 1º de novembro de 2016, utilizando o formulário próprio disponível no SPCE e transmiti-lo à Justiça Eleitoral pelo mesmo sistema. 28

6.3.2. Descumprimento do prazo A inobservância do prazo para encaminhamento das prestações de contas impedirá a diplomação dos candidatos eleitos, enquanto perdurar a omissão. 6.4 Sobras de campanha (Resolução TSE 23.463/15 art. 46 e 47/ Lei 9.504/97 art. 31) Constituem sobras de campanha: a diferença positiva entre os recursos arrecadados e as despesas realizadas em campanha; os bens e materiais permanentes adquiridos ou recebidos em campanha. Destino: Devem ser transferidas ao órgão partidário, na circunscrição do pleito, conforme a origem dos recursos, até a data prevista para a apresentação das contas à Justiça Eleitoral; As sobras financeiras de recursos oriundos do Fundo Partidário devem ser transferidas para a conta bancária do partido político destinada à movimentação de recursos dessa natureza. Caso não seja dado o destino as sobras de campanha, até o dia 31 de dezembro de 2016, os bancos devem efetuar a transferência do saldo financeiro da conta bancaria eleitoral de candidatos a conta do órgão partidário, na circunscrição do pleito dando imediata ciência ao Juiz competente para a análise da prestação de contas do candidato. 6.5 Elaboração da prestação de contas (Resolução TSE 23.463/15 do art. 48 ao 50) Para prestar contas à Justiça Eleitoral é necessário: 29

1. Gerar a prestação de contas no SPCE 2016 e encaminhá-la eletronicamente, via Internet, para a Justiça Eleitoral, utilizando o mesmo sistema; 2. Imprimir e assinar o Extrato da Prestação de Contas que será emitido pelo referido sistema; 3. Protocolar no cartório eleitoral da respectiva Zona Eleitoral o Extrato da Prestação de Contas, juntamente com as seguintes informações e documentos: 3.1. Informações qualificação do candidato, dos responsáveis pela administração de recursos e do profissional habilitado em contabilidade; recibos eleitorais emitidos; recursos arrecadados, com a identificação das doações recebidas, financeiras ou estimáveis em dinheiro, e daqueles oriundos da comercialização de bens e/ou serviços e da promoção de eventos; receitas estimáveis em dinheiro, com a descrição: a) do bem recebido, da quantidade, do valor unitário e da avaliação pelos preços praticados no mercado, com a identificação da fonte de avaliação; b) do serviço prestado, da avaliação realizada em conformidade com os preços habitualmente praticados pelo prestador, sem prejuízo da apuração dos preços praticados pelo mercado, caso o valor informado seja inferior a estes; doações efetuadas a outros partidos políticos e/ou outros candidatos; transferência financeira de recursos entre o partido político e seu candidato, e vice-versa; receitas e despesas, especificadas; eventuais sobras ou dívidas de campanha; gastos individuais realizados pelo candidato e pelo partido; 30

gastos realizados pelo partido político em favor do seu candidato; comercialização de bens e/ou serviços e/ou da promoção de eventos, com a discriminação do período de realização, o valor total auferido, o custo total, as especificações necessárias à identificação da operação e a identificação dos adquirentes dos bens ou serviços; conciliação bancária, com os débitos e os créditos ainda não lançados pela instituição bancária, a qual deve ser apresentada quando houver diferença entre o saldo financeiro do demonstrativo de receitas e despesas e o saldo bancário registrado em extrato, de forma a justificála; 3.2. Documentos extratos da conta bancária aberta em nome do candidato e do partido, inclusive da conta bancária aberta para movimentação de recursos do Fundo Partidário, se for o caso, demonstrando a movimentação financeira ou sua ausência, em sua forma definitiva, contemplando todo o período de campanha, vedada a apresentação de extratos sem validade legal, adulterados, parciais ou que omitam qualquer movimentação financeira; comprovantes de recolhimento (depósitos/transferências) à respectiva direção partidária das sobras financeiras de campanha; documentos fiscais que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Partidário, declaração firmada pela direção partidária comprovando o recebimento das sobras de campanha constituídas por bens e/ou materiais permanentes, quando houver; autorização do órgão nacional de direção partidária, na hipótese de assunção de dívida pelo partido político; 31

instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas; comprovantes bancários de devolução dos recursos recebidos de fonte vedada ou guia de recolhimento ao Tesouro Nacional dos recursos provenientes de origem não identificada; notas explicativas, com as justificações pertinentes. 3.3. Outros documentos: A Justiça Eleitoral pode requerer a apresentação de outros documentos, além daqueles elencados anteriormente: documentos fiscais e outros legalmente admitidos, que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais; canhotos dos recibos eleitorais; campanha. outros elementos que comprovem a movimentação realizada em 6.6 Impugnação da prestação de contas (Resolução TSE 23.463/15 art. 51) Apresentadas as contas finais, a Justiça Eleitoral disponibilizará os respectivos dados em página da Internet e determinará a imediata publicação de edital para que qualquer partido político, candidato ou coligação, bem como o Ministério Público apresente impugnação no prazo de três dias da publicação A impugnação à prestação de contas deverá ser formulada em petição fundamentada dirigida ao relator, que, ao recebê-la, abrirá vista ao candidato para manifestação no prazo de três dias. A não apresentação de impugnação não obsta a análise das contas pelos órgãos técnicos, nem impede a atuação do Ministério Público Eleitoral como custos legis. 6.7 Comprovação da Arrecadação de Recursos e da Realização de Gastos (Resolução 23.463/15 art. 52 ao 56) 32

6.7.1 Comprovação dos recursos financeiros arrecadados Deve ser feita mediante (art. 52 caput, incisos I e II): a - os recibos eleitorais emitidos; ou b - pela correspondência entre o número do CPF/CNPJ do doador registrado na prestação de contas e aquele constante do extrato eletrônico da conta bancária. PERGUNTAS E RESPOTAS Como deve ser feita a comprovação na ausência de movimentação? A comprovação da ausência de movimentação de recursos financeiros deve ser efetuada mediante a apresentação dos correspondentes extratos bancários ou de declaração firmada pelo gerente da instituição financeira. A ausência de movimentação financeira não isenta o prestador de contas de efetuar o registro das doações estimáveis em dinheiro. Como serão avaliadas as doações de bens ou serviços estimáveis em dinheiro ou cessões temporárias? As doações de bens ou serviços estimáveis em dinheiro ou cessões temporárias devem ser avaliadas com base nos preços praticados no mercado no momento de sua realização e comprovadas por: a - documento fiscal ou, quando dispensado, comprovante emitido em nome do doador ou instrumento de doação, quando se tratar de doação de bens de propriedade do doador pessoa física em favor de candidato ou partido político; b - instrumento de cessão e comprovante de propriedade do bem cedido pelo doador, quando se tratar de bens cedidos temporariamente ao candidato ou ao partido político; c - instrumento de prestação de serviços, quando se tratar de produto de serviço próprio ou atividades econômicas prestadas por pessoa física em favor de candidato ou partido político. 33

Além desses documentos poderão ser admitidos outros meios de provas lícitos para a demonstração das doações, cujo valor probante será aferido na oportunidade do julgamento da prestação de contas. Como é feita a comprovação da avaliação? A avaliação do bem ou do serviço doado deve ser realizada mediante a comprovação dos preços habitualmente praticados pelo doador e a sua adequação aos praticados no mercado, com indicação da fonte de avaliação. 6.7.2. Comprovação dos gastos eleitorais A comprovação dos gastos eleitorais deve ser realizada por meio de documento fiscal idôneo emitido em nome dos candidatos e partidos políticos, sem emendas ou rasuras, devendo conter a data de emissão, a descrição detalhada, o valor da operação e a identificação do emitente e do destinatário ou dos contraentes pelo nome ou razão social, CPF ou CNPJ e endereço. PERGUNTAS E RESPOSTAS Além do documento fiscal idôneo, existe outro documento que possa comprovar o gasto? Além do documento fiscal idôneo, pode comprovar o gasto a - contrato; b - comprovante de entrega de material ou da prestação efetiva do serviço; c - comprovante bancário de pagamento; ou d - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações da Previdência Social (GFIP). Quando dispensada a emissão de documento fiscal, na forma da legislação aplicável, a comprovação da despesa pode ser realizada por 34

meio de recibo que contenha a data de emissão, a descrição e o valor da operação ou prestação, a identificação do destinatário e do emitente pelo nome ou razão social, CPF ou CNPJ, endereço e assinatura do prestador de serviços. O que fica dispensado de comprovação na prestação de contas? Ficam dispensadas de comprovação na prestação de contas: a - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por pessoa cedente; b - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos decorrentes do uso comum* tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa. * considera-se uso comum: a) de sede: o compartilhamento de imóvel para instalação de comitê de campanha e realização de atividades de campanha eleitoral, compreendido no valor da doação estimável o uso e/ou locação do espaço, assim como as despesas para sua manutenção, excetuadas as despesas com pessoal; b) de materiais de propaganda eleitoral: a produção de materiais publicitários que beneficiem duas ou mais campanhas eleitorais A dispensa de comprovação não afasta a obrigatoriedade de serem registrados na prestação de contas os valores das operações. Como são comprovados os gastos com passagens áreas? Serão comprovados mediante a apresentação de fatura ou duplicata emitida por agência de viagem, quando for o caso, desde que informados os beneficiários, as datas e os itinerários, vedada a exigência de apresentação de qualquer outro documento para esse fim. 35

E os gastos com recursos financeiros próprios? No caso de utilização de recursos financeiros próprios, a Justiça Eleitoral pode exigir do candidato a apresentação de documentos comprobatórios da respectiva origem e disponibilidade, devendo ser instruída com documentos e elementos que demonstrem a procedência lícita dos recursos e a sua não caracterização como fonte vedada. 7. PRESTAÇÃO DE CONTAS SIMPLIFICADA (Resolução TSE 23.463/15 do art. 57 ao 62/ Lei 9.504/97 art.28 9º, 10º e 11º) Gastos de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para candidatos que apresentem movimentação financeira (o total das despesas contratadas e registradas na prestação de contas) correspondente a, no máximo, R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Municípios com menos de cinquenta mil eleitores Nas eleições para prefeito e vereador em municípios com menos de cinquenta mil eleitores, a prestação de contas será feita sempre pelo sistema simplificado. Informações que devem conter na prestação de contas simplificada: A prestação de contas simplificada será composta exclusivamente pelas informações prestadas diretamente no SPCE e pelos seguintes documentos: a) extratos da conta bancária aberta em nome do candidato e do partido político, inclusive da conta aberta para movimentação de recursos do Fundo Partidário, quando for o caso, demonstrando a movimentação financeira ou sua ausência, em sua forma definitiva, contemplando todo o período de campanha, vedada a apresentação de extratos sem validade legal, adulterados, parciais ou que omitam qualquer movimentação financeira; b) declaração firmada pela direção partidária comprovando o recebimento das sobras de campanha constituídas por bens e/ou materiais permanentes, quando houver; 36

c) instrumento de mandato para constituição de advogado para a prestação de contas; IMPORTANTE O sistema simplificado de prestação de contas se caracteriza pela análise informatizada e simplificada da prestação de contas que será elaborada exclusivamente pelo SPCE; A adoção da prestação de contas simplificada não dispensa sua apresentação por meio do SPCE, disponibilizado na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet; O recebimento e processamento da prestação de contas simplificada, assim como de eventual impugnação oferecida, observará o disposto nos arts. 50 e 51 da Resolução TSE 23.463/15. 8. JULGAMENTOS DAS CONTAS (Resolução TSE 23.463/15 art. 63 ao 76) A Justiça Eleitoral verificará a regularidade das contas, julgando-as: aprovadas quando estiverem regulares; aprovadas com ressalvas, quando verificadas falhas que não comprometam a sua regularidade; desaprovadas, quando constatadas falhas que comprometam a sua regularidade. IMPORTANTE A decisão que julgar as contas prestadas pelos candidatos caberá recurso ao órgão superior da Justiça Eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, a contar da publicação no Diário Oficial (Lei 9.504/97 art. 30, 5º). 37