SPANGLISH, O FILME: A INFLUÊNCIA DA CULTURA AMERICANA SOBRE OS LATINOS RESIDENTES NOS EUA. ANDRÉ DE MELIM RISSI Centro de Comunicação e Letras Universidade Presbiteriana Mackenzie Rua Piauí, 143 01241-001 São Paulo SP andre_rissi@hotmail.com RESUMO O presente trabalho estuda a influência da cultura norte-americana nos latinos residentes nos Estados Unidos, mostrando que a identidade de uma nação e de um indivíduo está em constante processo de mudanças, sendo prova disso a inserção de palavras em Espanhol na Língua Inglesa (Spanglish). Para tal, utiliza-se do filme Spanglish, de James L. Brooks, como ponto de análise. Este filme retrata as dificuldades que os latinos encontram nos Estados Unidos e as diferenças entre as culturas americana e mexicana. Palavras-chave: Americanidade, Hibridismo Cultural, Identidade, Pós- Modernidade. ABSTRACT The following paper studies the influence of the North American culture in the Latins residents in The United States of America, showing that the identity of a nation and of na individual is in constant process of changes, as it can be seen in the insertion of Spanish in the English language (Spanglish). In order to achieve such purpose, it makes use of the movie Spanglish, by James L. Brooks, as basis for analysis. This movie shows
the difficulties faced by Latin people in the USA and the differences between the American and Mexican cultures. Key-words: Americaness, Cultural Hybridism, Identity, Postmodernism.
TEORIA Este trabalho tem como tema a análise da influência americana nos latinos residentes nos Estados Unidos com base no filme Spanglish (2004), de James L. Brooks. Abordar a influência da cultura americana nos latinos residentes nos Estados Unidos pressupõe o fato desse país ser a superpotência mundial, que exerce poder esmagador perante todas as nações do mundo. Trata-se do país mais internacionalizado e consagrado mundialmente, e segundo o artigo O mito da discriminação ao imigrante nos EUA de Anselmo Heidrich (2004), o país com a maior taxa de migração líquida do planeta. Estudando a história, observa-se um mito sobre Os Estados Unidos da América, que se propagou e ainda permanece; trata-se do mito da oportunidade. Esse mito baseia-se na ascensão desejada por aqueles que se mudam para os Estados Unidos. De qualquer forma, essa idéia é uma ilusão compartilhada até hoje por milhões de pessoas no mundo. Assim como qualquer outro país, esta superpotência mundial tem sua identidade diretamente relacionada com a concepção de sociedade moderna. A diferença entre as sociedades tradicionais e as modernas é que as modernas estão em mudança constante, rápida e permanente, sendo resultado do processo de globalização. A modernidade não pode ser definida somente como a experiência de convivência com a mudança rápida, abrangente e contínua, mas é uma forma altamente reflexiva da vida, na qual as relações sociais absorvem informações e modificam seu próprio caráter. A identidade é formada ao longo do tempo através de processos inconscientes, pois não é inato. Ela está sempre em formação, sendo então incompleta. Assim como não existe plenitude de identidade, não existe plenitude de língua, pois ela está em mutação. A língua não pode somente produzir significados com base em um posicionamento interior do indivíduo, pois a língua é um sistema social e não individual. Desta forma, constata-se que os hispânicos residentes nos Estados Unidos produzem novas posições de identificação, uma vez que absorvem a cultura norte americana e adicionam informações na sociedade norteamericana. Trata-se de uma troca que estabelece novas identidades e evidencia as mudanças permanentes e a não existência de estruturas estáveis culturais nos Estados Unidos, o que remete ao conceito de sociedade moderna citada anteriormente. Essa troca evidencia da concepção de americanidade como uma identidade abrangente, em que não existem as fronteiras das identidades nacionais, étnicas e de gênero. Esse novo conceito de americanidade está diretamente ligado ao fenômeno da transculturação, que envolve as zonas de contato, as passagens, as superposições e os entrecruzamentos que ocorrem nos processos de automatização e de maturação das culturas no contexto das três Américas.
O processo de transculturação citado acima é muito rico, pois abrange uma dimensão política, em que ocorre a travessia de uma só cultura, ao mesmo tempo em que sua superação. Bernd (2003) evidencia a importância de processos transculturais no contexto das Américas e os insere no processo de hibridação cultural: o sujeito da transculturação situa-se entre (pelo menos) dois mundos, duas culturas, duas línguas e duas definições de subjetividade, absorvendo informações e sentindo-se pertencente à ambas as culturas. Essa é a situação na qual se encontra os latinos residentes nos Estados Unidos, pois possuem seu país de origem, e o país para o qual migraram buscando novas oportunidades e melhores condições de vida. Sendo assim, a transculturação acaba com qualquer binarismo cultural existente, onde há dois pólos raciais / culturais distintos e de certo modo rivais, encarando o processo cultural como suscetível de constantes mesclas e aberto ao reaproveitamento e à reciclagem de vestígios culturais de origens diversas. A característica mais importante da sociedade americana moderna é o hibridismo cultural, resultado das imigrações vindas de inúmeros países de todo o mundo para os Estados Unidos. Atualmente, não se pode falar em imigrações para a superpotência mundial sem mencionar os latinos, uma vez que eles representam a maioria dos imigrantes residentes neste país.
ANÁLISE DO FILME SPANGLISH Trata-se de uma comédia lançada em 2004 e dirigida por James L. Brooks, que retrata a imigração de mexicanos para os Estados Unidos e como eles vivem nesse ambiente, diferente daquele de onde vieram. As diferenças entre a cultura americana e a latina também são exploradas no filme, evidenciando as negociações identitárias que ocorrem devido a presença de ambas as culturas em um mesmo país. As personagens do filme são: Flor, uma jovem mexicana abandonada pelo marido, que atravessa a fronteira buscando melhor formação para sua filha; Cristina, filha de Flor; John Clasky, um homem sensível, pai de família e chefe de cozinha renomado; Deborah, esposa de Clasky, uma mulher dedicada ao trabalho e muito imediatista, que Clasky não consegue ao menos se comunicar; Bernie, filha de Clasky e Deborah, uma adolescente que possui uma difícil relação com sua mãe e que ao mesmo tempo se identifica com seu pai; e Evelyn, mãe de Deborah, uma senhora alcóolica que tenta salvar o casamento de sua filha. Flor vive com sua filha Cristina no México, e após ser abandonada pelo marido, ela sentiu a necessidade de proteger ainda mais a sua filha, mas a protegeu tanto que começou a isolá-la do mundo. Em pouco tempo, percebeu que essa não era a melhor forma de criar Cristina. Nesse momento, Flor decidiu que seria melhor para a sua filha que fossem tentar a vida nos Estados Unidos. Ao contrário de Cristina, Flor deixa transparecer resistência à cultura americana, o que representa a resistência dos latinos nessa superpotência mundial, que tentam de todas as formas impor seu idioma, hábitos e crenças, como uma forma de não negarem sua origem, sua identidade, processo que aponta os hispânicos como o único grupo que resiste à integração quanto ao idioma inglês, pois impõem seus costumes e sua língua ao espaço hegemônico. Sendo assim, Cristina não teria problemas para atravessar a fronteira cultural, e juntamente com sua mãe que pensava no melhor para a sua filha, foram trabalhar para os americanos. Na situação na qual Flor se encontrava, essa fronteira cultural estava diretamente relacionada com a obra de Bernd, em que é mencionado o fato de que migrantes de qualquer país, com destino a qualquer país, encontram muitas dificuldades para conseguirem adaptar-se a nova terra, o que se deve a razões diversas. Flor e Cristina saíram da colônia latina onde moravam, e a prima de Flor a levou para uma entrevista em uma casa de uma família americana, com o intuito de intermediar o diálogo entre os americanos nativos e Flor, que não falava inglês. Mesmo com todas as dificuldades encontradas durante a entrevista, Flor consegue o emprego de empregada doméstica. Nessa cena da entrevista, dois aspectos chamam muito a atenção do telespectador. O primeiro é que o emprego que Flor estava tentando
conseguir era o de empregada doméstica, e em nenhum momento do filme ela se mostrou interessada em outros tipos de empregos nos Estados Unidos, fato que evidencia que a princípio, os latinos nos Estados Unidos estão restritos a esse tipo de empregos, empregos secundários. Não há muitas opções para os hispânicos, a não ser trabalhos exploradores com baixa remuneração. O segundo aspecto é o choque cultural que os latinos encontram nos Estados Unidos. Flor, que não sabia o idioma e nem os costumes e hábitos dos americanos, se sentia totalmente perdida naquele ambiente, sem saber o que falar ou como reagir na entrevista. Só conseguiu o emprego graças a sua prima que intermediou o diálogo. Quem a entrevistou foi Deborah, que morava naquela casa com seu marido John Clasky, chefe de cozinha, com sua filha Bernie, com a qual não tinha uma boa relação, e com sua mãe, empenhada em lutar pelo bem estar da casa. Desde essa entrevista, Flor percebeu que mesmo sendo fiel às suas origens, teria que se submeter a uma cultura da qual ela teria evitado absorver até então. Era uma necessidade, questão de sobrevivência. Tratase da definição de modernidade proposta por Hall, que não pode ser definida somente como a experiência de convivência com a mudança rápida, abrangente e contínua, mas é uma forma altamente reflexiva da vida, na qual as relações sociais absorvem informações e modificam seu próprio caráter. Flor absorveria informações, mas nem por isso precisaria negar sua origem, e foi o que ela fez. No decorrer do filme, Flor começa a falar algumas palavras em inglês, e até sua maneira de se comportar começa a mudar, evidencias da absorção da cultura americana e do novo idioma por parte de Flor. Essa mudança é reflexo da globalização, que Hall também menciona em sua obra. Uma das conseqüências da globalização é a nova identidade do indivíduo, no filme representada pela nova identidade de Flor. A mexicana só não teria que se preocupar muito com sua filha Cristina, pois como cresceu nos Estados Unidos, já se habituou aos novos costumes e a língua inglesa. Quem narra a história é Cristina, que no meio do filme relata que Flor estava perdendo a luta contra os americanos, uma vez que estava se envolvendo com a família de Clasky, fato que significa a perda da luta pela defesa da própria cultura, pois absorvia cada vez mais a cultura americana. Na cena em que Bernie ganha de sua mãe uma roupa que não lhe cai bem, pois fica muito justa, Flor observa outro aspecto da cultura americana que difere da sua. Deborah diz para a filha que se ela emagrecesse a roupa lhe cairia bem, e Bernie chora deprimida. Nesse momento, Flor começa a enxergar que poderia ajudar Bernie de alguma forma, e inconscientemente começa também a notar como a troca de informações entre duas culturas é rica, assim como foi citado por Hall e Bernd em suas obras. Trata-se do conceito de negociações identitárias, em que existe a troca e não a imposição de uma cultura sobre a outra.
Flor sentiu que deveria fazer algo para elevar a auto-estima de Bernie, e lhe dá uma nova roupa, utilizando algumas expressões em inglês que Cristina lhe ensinara anteriormente. A roupa era de número menor em comparação com aquelas que Bernie usava freqüentemente, mas não tão justa quanto a que Deborah comprou. Esse diálogo entre culturas evidencia as idéias concluídas na parte teórica do trabalho baseadas na obra de Hall, em que os hispânicos residentes nos Estados Unidos produzem novas posições de identificação uma vez que além de absorverem a cultura americana também adicionam informações na cultura americana. E Deborah por sua vez se identificou muito com Cristina, dando-lhe o amor que a sua relação com Bernie não permitia que ela oferecesse para a própria filha. Cristina aceitava tudo passivamente, se deixando levar pela vida mais luxuosa oferecida pela família. Evidenciam-se neste momento os prós da hibridação cultural e da transculturação, processos abordados por Hall e Bernd, em que indivíduos de ambas as culturas absorvem informações obtidas através de trocas, intercâmbios, perdas e ganhos nas passagens de uma cultura para a outra, gerando novos produtos culturais. Cristina foi levada por Deborah para tingir o cabelo sem avisar Flor, fato que deixou a mãe de Cristina furiosa. A menina estava totalmente deslumbrada com a cultura americana e com a nova vida que levava. Na história, há uma ponte entre ambas as famílias. Bernie se identifica com Flor, tratando-a como uma segunda mãe até, e Cristina se identifica com Deborah da mesma maneira. Clasky, em alguns momentos do filme, deixa transparecer seu fascínio por Flor, que transparecia reconhecer as virtudes e qualidades dele, sendo que Deborah não reconhecia suas qualidades e não demonstrava tanto afeto pelo marido. E Flor, mesmo evitando sentir o que sente, também compartilha do mesmo sentimento, uma vez que vê em Clasky um homem que entende suas dificuldades e também virtudes. Esses acontecimentos evidenciam mais uma vez como a transculturação e a negociação identitária podem ser benéficas. Tudo isso remete a idéia proposta por Hall em sua obra: uma cultura nacional é um discurso um modo de construir sentidos que influencia e organiza nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos. (HALL,2003, p.50). Ao mesmo tempo em que ambas as famílias assumem novas identidades, a própria diferença entre elas e a aparente resistência de Flor e Deborah em reação a negociação identitária dificulta qualquer troca de informações, criando assim o clímax do filme e tornando a questão cultural ainda uma barreira entre as famílias em questão. Flor se encontrava envolvida em uma complicada situação, pois via sua própria filha absorvendo novos valores e cultura e deixando aparentemente de lado sua própria origem, dando mais atenção inclusive a Deborah que a própria mãe. Flor também aparentava não aceitar o fato de estar absorvendo valores da cultura americana, e tudo isso a fez entrar em uma crise de identidade.
Até o momento, Flor não enxergava que sua identidade estava mudando, uma vez que toda identidade cultural está em constante mudança. Ela ainda não percebia que absorver informações de uma cultura não anula sua cultura de origem. Por essa razão, se encontrava nessa crise de identidade, uma vez que seu conceito de identidade estava calcado no sujeito do Iluminismo. Trata-se da concepção de identidade que considera o indivíduo como centrado e unificado, tendo seu interior imutável, sem transformações, idêntico durante toda sua existência. A partir do momento em que o indivíduo assumir sua concepção de identidade como a do sujeito pós-moderno, ele não terá mais crises de identidade. Trata-se da concepção que assume que o indivíduo está em constante mudança de acordo com suas experiências e sua bagagem cultural, levando em consideração que ele está inserido em uma sociedade e que absorve informações dela, ao mesmo tempo em que acrescenta informações na mesma e se vê como integrante dela. Cada vez mais, Flor se via na necessidade de estudar a Língua Inglesa com afinco, uma vez que todos os diálogos que tinha com a família de Bernie eram intermediados por Cristina. Comprou materiais didáticos, incluindo vídeos e fitas, para que pudesse aprender o idioma. Trata-se do processo de aculturação que, segundo Bernd, baseia-se na assimilação da cultura do grupo social no qual o indivíduo está inserido. A Cristina da história é muito diferente da Cristina da narração. Na história, Cristina só enxergava seu ponto de vista e não parava para pensar no que estava acontecendo. Trata-se da inocência de uma préadolescente em um momento de descobertas. A escola de elite onde Cristina iria estudar tinha sido visitada anteriormente por Cristina e Deborah, mas Flor resistia a idéia, pois tinha muito medo de que a filha se sentisse excluída e diferente dos outros alunos, ou pior, de que a filha ficasse igual aos demais. Flor teme que a filha seja americanizada ou sofra a americanização, termos definidos por Bernd em sua obra. Americanizado refere-se à semelhança com os americanos dos Estados Unidos e americanização é o desejo de tornar-se semelhante aos cidadãos que vivem nos EUA, por admiração ao seu modo de vida. Na realidade, Flor sabia que Cristina era americanizada, até mesmo por ter crescido nesse país, e sabia também que ela desejava se sentir cada vez mais parecida com os americanos nativos. Flor decide que não irá mais trabalhar para eles. Flor informa o fato a Cristina, que chora incontrolavelmente e após se despedir de todos, briga com sua mãe fora da casa de Clasky. Flor fica cada vez mais angustiada com a resistência da filha em não sair da realidade que vivia anteriormente e com a negação de sua própria origem, e após os gritos de Cristina em público como reação a atitude da mãe, Flor tenta se aproximar da filha no ponto de ônibus, e Cristina diz: Cristina - Não, agora preciso de espaço. Flor Não há espaço entre nós... o que você quer é se tornar alguém tão diferente de mim!
Após esse diálogo Cristina fica em silêncio, e pela primeira vez na história a Cristina personagem começa a entender sua mãe e sua decisão radical. É a partir desse momento que ela analisa tudo o que aconteceu com elas e olha para os acontecimentos de uma maneira mais adulta, o que gerou um amadurecimento posterior que a permitiu narrar a história de maneira esclarecedora e realista. Essa análise gerou uma narração que compõe um sistema de significação: a ficção. Essa ficção é uma representação de uma realidade, que Hutcheon associa com a própria história uma vez que ela também depende de convenções de narrativa, linguagem e ideologia. No final do filme, Cristina narra: Ser aceita, mesmo que me faça feliz, não irá me definir. Minha identidade se apóia firme e alegremente sobre um fato: Sou a filha da minha mãe. Flor e Cristina tornaram-se mais amigas, e Cristina entendeu que mesmo tendo sua identidade em constante mudança (conceito estabelecido por Hall) e naquele momento bem diferente daquela identidade que possuía no início da história, ela sempre seria filha de Flor. De certa forma, trata-se da consciência de sua própria origem, de sua cultura de base. Mais uma vez evidencia-se a noção de sujeito pós-moderno proposto por Hall como a solução para qualquer indivíduo integrante de uma sociedade não sofrer crise de identidade. Finalizando esta análise, conclui-se que o filme Spanglish é a representação de uma cultura, e pode ser considerado um registro histórico em sua atribuição de sentido, definição baseada na obra de Hutcheon. Trata-se da análise de um filme que possui várias personagens, todas individuais, condicionadas culturalmente e familiarmente, mostrando desta forma a representação de um contexto cultural em uma ficção.
BIBLIOGRAFIA BERND, Zilá. Americanidade e transferências culturais. Porto Alegre: Movimento, 2003. HALL, Stuard. A identidade cultural na pós-modernidade. 10 ed. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1992. HEIDRICH, Anselmo. O mito da discriminação aos imigrantes nos E.U.A, 2004. Disponível em <http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3002>. Acesso em 13 fev. 2007. HIGH, Peter B. An Outline of American Literature. London: Longman Group UK Limited, 1993. HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Riode Janeiro:Imago,1991. NASH, Rose. Language Contact in Puerto Rico, 1970. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/spanglish>. Acesso em 12 ago. 2006. PRIETO, Maria Ángeles. A realidade do Espanhol nos Estados Unidos: um desafio único, 2004. Disponível em <http://www.ccaps.net/newsletter/11-04/art_1pt.htm>. Acesso em 08 set. 2006. SPANGLISH. James L. Brooks. Los Angeles: Columbia Pictures, 2004. 1 DVD (131 min.): DVD, son., color. Legendado. Port. TORRES, Sonia. Nosostros in USA. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Apresentação de trabalhos acadêmicos: guia para alunos da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 2 ed. São Paulo: Mackenzie, 2003.