ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL EM PACIENTES COM LOMBALGIA CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA

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Transcrição:

Jamerson Nascimento dos Santos Ferreira Graduado em Fisioterapia pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil jamersongrio@gmail.com Alexsandro Silva Oliveira Mestrando em Ciências da Reabilitação pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), Rio de Janeiro, RJ, Brasil alexoliveira06@hotmail.com Recebido em: 24 set. 2015. Aprovado em: 7 jun. 2016. RESUMO A lombalgia é um problema de saúde pública, considerada uma das principais causas de limitação funcional em todo mundo, acometendo grande parte da população, em algum momento da vida. Dentre as formas de tratamento, destaca-se a Estabilização Segmentar Vertebral (ESV), que consiste em exercícios terapêuticos de controle motor dos músculos estabilizadores da coluna lombar. Analisamos, através de revisão de literatura, os efeitos da ESV em indivíduos com lombalgia crônica. Fez-se uma revisão de literatura não sistemática, através de pesquisa nos banco de dados Scielo e Lilacs, com as palavras-chave lombalgia, exercícios de controle motor, estabilização segmentar, estabilização lombar, estabilização vertebral e fisioterapia. Os resultados dos artigos selecionados demonstraram que os exercícios de ESV são efetivos, principalmente na melhora da dor e capacidade funcional dos indivíduos com dor lombar crônica. A ESV mostrou-se uma técnica frequentemente utilizada em indivíduos com lombalgia crônica, com resultados significativos, tanto na diminuição da dor, como na melhora da capacidade funcional. Atribuindo essa melhora, principalmente aos princípios do treinamento neuromuscular dos músculos profundos da coluna lombar, aumentando a estabilidade vertebral. Palavras-chave: Lombalgia. Exercícios de controle motor. Estabilização segmentar. Estabilização lombar. Estabilização vertebral. Fisioterapia. SEGMENTAL SPINAL STABILIZATION IN PATIENTS WITH CHRONIC LUMBAGO : LITERATURE REVIEW ABSTRACT Low back pain is a problem of public health, which is considered one of the main causes of functional limitation everywhere, affecting most of the population at some point in their lives. Among the forms of treatment there is Vertebral Segmental Stabilization (VSS), which consists of therapeutic exercises of motor control, for stabilizing muscles of the lumbar spine. The goal is to analyze the effect of VSS in individuals with chronic low back pain, through a review of the literature. The study is a not systematic review of the literature, through research in database SCIELO and LILACS, with the key words low back pain, exercises of motor control, segmental stabilization, lumbar stabilization, vertebral stabilization and physiotherapy. Results of the selected articles showed that the exercises of VSS are effective, especially in the improvement of pain and functional capacity of individuals with low back pain. The VSS was a technique used frequently in individuals with chronic low back pain, with significant results, both in reduction of 24

Jamerson Nascimento dos Santos Ferreira e Alexsandro Silva Oliveira pain, such as in the improvement of functional capacity. This improvement follows the principles of neuromuscular training of deep muscles of the lumbar spine, increasing vertebral stability. Keywords: Low back pain. Exercises of motor control. Segmental stabilization. Lumbar stabilization. Vertebral stabilization. Physiotherapy. 1 INTRODUÇÃO A dor lombar ou lombalgia é considerada um problema de saúde pública, sendo responsável por um grande número de pessoas que sofrem afastamento do trabalho e realizam consultas médicas, considerada também a principal causa de procura por atendimento fisioterapêutico em todo mundo. Segundo a IASP (Associação Internacional de Estudo da Dor), estudos epidemiológicos estimam que 85% da população mundial apresentam dor lombar, que é considerada a principal causa de limitação funcional não somente no Brasil, mas em todo mundo (ROY et al., 1989; ALMEIDA et al., 2008; MELLO,2008). Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) em média 80% dos adultos entrarão em crise de dor lombar ao menos uma vez durante sua vida, e 90% dessas pessoas vão apresentar mais de uma crise. Entre esses, 10% costumam evoluir para o quadro de incapacidade relacionado a dor lombar crônica. Tal disfunção pode ser proveniente de várias estruturas, no entanto, em aproximadamente 85% dos casos, as causas não são claramente definidas. Em virtude dessa alta prevalência da lombalgia, diversas formas de tratamento vêm sendo propostas para minimizar as consequências dessa disfunção, dentre elas, a Estabilização Segmentar Vertebral (ESV) (GOUVEIA; GOUVEIA, 2008; FRANÇA et al., 2008; SAMINI et al., 2014). A ESV é uma técnica que foi desenvolvida por fisioterapeutas australianos em 1992, esse grupo de pesquisadores defendia que é necessário um controle neuromuscular íntegro, para uma boa estabilização da coluna lombar. No qual, essa estabilidade seria realizada através da integração de três sistemas interdependentes, sistema passivo (vértebras, discos intervertebrais, articulações e ligamentos), ativo (tendões e músculos) e neural (sistema nervoso central e periférico), que são de grande importância para um bom funcionamento da coluna lombar (GARCIA et al., 2010; HELFENSTEIN JUNIOR et al., 2010). Esta técnica tem como princípio melhorar o controle neuromuscular do paciente com lombalgia crônica, através do treinamento específico, principalmente dos músculos locais (Oblíquos internos, transverso abdominal e multífidos) e globais (Oblíquos externos, eretores espinhais e reto abdominal) que atuam na estabilidade segmentar e dinâmica da coluna lombar. Esses músculos atuam em função de controlar o complexo lombo pélvico, e é suposto que a falta de controle muscular destes músculos específicos, pode ser uma possível causa de dor lombar (PANJABI, 1992; DURANTE; VASCONCELOS, 2009; ROSSI, 2011; CECCATO et al., 2014). Partindo do princípio do que foi apresentado, como a alta incidência de dor lombar, é interessante, portanto, uma abordagem de tratamento que gere benefícios não somente a curto, mas também em longo prazo. A abordagem do tratamento baseado na restauração do controle motor, através da ESV, parece benéfica, pois possibilita reeducação neuromuscular tanto em atividades estáticas, quanto dinâmicas, além de dar a possibilidade ao paciente do autocuidado e manutenção do que foi ensinado, podendo programar esse tipo de exercício na sua rotina diária (RAMOS, 2011; SHIN et al., 2015; CHANG et al., 2015). 25

Dentro desse contexto, este trabalho tem o objetivo de apresentar e discutir aspectos sobre a técnica de ESV e seus benefícios apresentados em pacientes com lombalgia crônica, através de uma revisão de literatura. 2 MÉTODOS Foi feito uma revisão de literatura não sistemática, através de pesquisa nos bancos de dados Scientifc Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), com as palavras chaves lombalgia, exercícios de controle motor, estabilização segmentar, estabilização lombar, estabilização vertebral e fisioterapia. Os critérios de Inclusão foram artigos originais, que tivessem como abordagem terapêutica exercícios de ESV ou exercícios para os músculos estabilizadores da coluna lombar com nomenclaturas diferentes, que foram publicados entre 2005 e 2015. Foram excluídos artigos de revisão de literatura e trabalhos que não tenham abordado os exercícios de ESV ou exercícios afins, como forma de tratamento. Segue abaixo ordem de seleção dos artigos. Figura 1: Fluxograma de seleção dos artigos Palavras-chave: Lombalgia, Exercícios de Controle Motor, Estabilização Segmentar, Estabilização Lombar, Estabilização Vertebral e Fisioterapia. Base de Dados: Scielo e LILACS. SELEÇÃO DOS ARTIGOS 21 artigos selecionados. 15 artigos excluídos. Fonte: Os autores. 6 artigos incluídos. 3 RESULTADOS O presente trabalho tem como objetivo abordar uma revisão de literatura não sistemática, sobre os exercícios de ESV em indivíduos com dor lombar crônica. Foram encontrados vinte e um artigos no total, no qual quinze foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão previamente descritos. Dos seis artigos selecionados, cinco estavam na língua portuguesa e um na língua inglesa. Os resultados dos artigos selecionados, sobre os exercícios de ESV, estão descritos abaixo no quadro 1. 26

Autor (Ano) Melo Filho e outros (2014) Jamerson Nascimento dos Santos Ferreira e Alexsandro Silva Oliveira Quadro 1: Descrição dos estudos sobre exercícios de ESV em indivíduos com dor lombar crônica Objetivo Metodologia Resultados Conclusão Analisar os efeitos de um protocolo de ESV nas variáveis isocinéticas, funcionalidade e dor em indivíduos com lombalgia. N: 21 sujeitos (8 mulheres e 13 homens; Intervenção: Exercícios de ESL por dois meses de acompanhamento 2x / semana. Instrumentos de Avaliação: Índice de Shober, distância mãochão, questionário Roland- Morris, dor (EVA) e variáveis isocinéticas dos músculos extensores lombares. Obteve-se melhora significativa para as variáveis: flexibilidade, funcionalidade, nível de dor, PT Flexão, T Flexão, T Extensão e Relação F/E. Todos com P < 0.05. Acredita-se que um protocolo de maior duração com a manutenção do recrutamento dos músculos extensores torna-se necessário. Isto pode ser atribuído ao melhor controle muscular desenvolvido, proporcionando aumento da rigidez passiva necessária para promoção da ESV. Siqueira (2014) Avaliar a eficácia da técnica de ESV no aumento do trofismo dos multífidos e na melhora da dor em pacientes portadores de Hérnia Discal Lombar (HDL). N= 6 indivíduos com HDL em L4/L5 ou L5/S1. Instrumentos de avaliação: exame ultrassonográfico, avaliação da capacidade de recrutamento voluntário dos estabilizadores lombares (através de uma Unidade Pressórica de Biofeedback), escala de dor; Intervenção: 15 sessões de ESV, 3 vezes por semana. Aumento no amanho do multífido direito e melhora da capacidade de recrutamento voluntário dos estabilizadores lombares e redução da dor em todos os participantes. A técnica de ESV é eficaz no aumento do trofismo dos multífidos, na melhora capacidade de contração voluntária efetiva dos estabilizadores lombares e na redução do quadro álgico. Pereira (2010) Avaliar a efetividade de exercícios de ESV sobre a dor e a capacidade funcional em indivíduos com lombalgia crônica. N: 12 mulheres jovens. Foram realizadas 12 sessões de um programa de ESV com frequência de duas vezes semanais, sendo avaliadas quanto à dor (questionário McGILL-Br) e capacidade funcional (questionário Rolland-Morris Brasil) antes e depois do período de intervenção. Houve melhora significativa dos valores médios do índice de dor sensitiva, afetiva, avaliativo e miscelânea e melhora da capacidade funcional dos indivíduos, após o período de intervenção. Todos com P < 0.05. Pode-se concluir que o programa de ESV foi efetivo na redução da dor e na melhora da função nestes pacientes, demonstrando assim ser um método eficaz de tratamento de lombalgias. Lacerda (2014) Analisar a eficiência de um treinamento do core (Exercícios de ESV) no aumento da estabilidade lombopélvica em adolescentes praticantes de triathlon. N: 30 adolescentes praticantes de triathlon, divididos em dois grupos: Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC). Instrumentos de avaliação: IPAQ e teste de abaixamento da perna estendida antes e após a intervenção. Intervenção: Programa de exercícios de fortalecimento do core, durante 20 semanas com frequência de 1x/ semana. GC manteve sua rotina de treinamento habitual. Os achados sugerem que o programa aplicado não proporcionou incremento do controle neuromuscular, nem da performance dos participantes. Conclui se neste estudo que o treinamento core não provocou as adaptações neuromusculares reportadas pela literatura, bem provável que em virtude dos métodos de aplicação. Sugerimos novos estudos, com maior N de amostra e com uma frequência de treinamento de ao menos três vezes/ semana. 27

Quadro 1: Descrição dos estudos sobre exercícios de ESV em indivíduos com dor lombar crônica (continuação) Autor (Ano) Machado (2012) Reinehr (2008) Fonte: Os autores. Objetivo Metodologia Resultados Conclusão O presente estudo objetivou verificar a resposta de dois tratamentos fisioterapêuticos no quadro álgico de pacientes com hérnia discal lombar com encaminhamento cirúrgico. O objetivo deste estudo foi verificar como um programa de exercícios de ESV influencia a estabilidade e a ocorrência de dor na região lombar da coluna vertebral. A amostra foi composta por 10 voluntários, divididos em 2 grupos: Grupo 1 exercícios de controle motor e Grupo 2 mobilização associada à cinesioterapia passiva. Os grupos foram submetidos a 12 sessões de tratamento com meia hora de duração e com uma frequência de 2 vezes por semana. Os participantes referiram à intensidade de sua dor e responderam o Índice Oswestry 2.0 de Incapacidade no início e no final do tratamento. Este estudo contou com a participação de seis mulheres, com idade média de 23 (±1) anos. Foram realizadas 20 sessões de treinamento específico com ESV, com uma frequência semanal de três sessões, com duração de 45 minutos. Nos resultados obtidos, a amostra geral (ambos os grupos) apresentou uma redução do Índice de Oswestry 2.0.de Incapacidade, porém o grupo 1 obteve redução mais significativa da intensidade da dor, quando comparado ao grupo 2. Os resultados indicaram que após o período de tratamento ocorreu a ausência total ou decréscimo da dor na região lombar em todos os sujeitos, além de se observar também o aumento da força de estabilização do complexo lombopélvico. Concluiu-se que os exercícios de controle motor ajudam na melhora da incapacidade e diminuição da dor em indivíduos com hérnia discal lombar com indicação cirúrgica. Concluiu-se que a aplicação de exercícios de ESV como tratamento de sujeitos com lombalgia, foi efetivo já com 20 sessões, visto que acarretou diminuição da dor e aumento da força muscular em todos os sujeitos avaliados, sem a aplicação de qualquer droga ou terapia analgésica. 4 DISCUSSÃO O presente estudo teve como objetivo demonstrar através de uma revisão de literatura, como os exercícios de ESV podem contribuir no tratamento de indivíduos portadores de dor lombar crônica. Os resultados demonstram que os exercícios de ESV, que consistiram na contração da musculatura profunda do tronco, transverso do abdômen e multífido, auxiliam na melhora da dor e capacidade funcional dos indivíduos com dor lombar crônica (PEREIRA et al., 2010; MELO FILHO et al., 2014; SIQUEIRA et al., 2014). No estudo de Pereira (2010), foi avaliado a efetividade de exercícios de estabilização segmentar lombar na dor e incapacidade em indivíduos com dor lombar inespecífica. Os resultados demonstram que após seis semanas de exercícios de estabilização segmentar, que consistiram na contração da musculatura profunda do tronco, transverso do abdômen e multífido, houve melhora da dor e capacidade funcional dos indivíduos, verificados através do questionário de dor McGILL e o questionário de incapacidade de Roland-Morris. Sugerindo assim, que o método ESL é eficaz no tratamento da dor lombar crônica. Esses resultados vão de acordo com o trabalho feito por Siqueira (2014), que avaliaram a eficácia dos exercícios de ESV em indivíduos com Hérnia de Disco Lombar (HDL). Foi aplicada a Escala Modificada de Borg para mensurar o quadro álgico, exame de ultrassonografia para avaliar o trofismo do músculo multífido e uma Unidade Pressórica de Biofeedback (UPB) 28

Jamerson Nascimento dos Santos Ferreira e Alexsandro Silva Oliveira para avaliar a capacidade de contração muscular. Como intervenção foi realizado o fortalecimento dos músculos profundos do tronco, transverso abdominal (TrA) e as fibras profundas do multífido (MF), com auxílio de uma Unidade Pressórica de Biofeedback (UPB), por 15 sessões, três vezes por semana. Os resultados mostraram que houve um aumento do tamanho do multífido direito, melhora do recrutamento muscular voluntário e diminuição do quadro álgico em todos os participantes. Diante dos resultados encontrados, observou-se que a ESL foi uma técnica efetiva no aumento da área de secção transversa do músculo multífido, redução da dor e que associada à utilização da UPB promoveu uma ativação satisfatória dos músculos estabilizadores lombares. Em um estudo comparativo, também realizado em indivíduos com HDL, Machado e outros (2012), comparou a resposta de dois tratamentos fisioterapêuticos no quadro álgico desses pacientes. A amostra foi composta por 10 voluntários, divididos em 2 grupos, Grupo 1 (exercícios de controle motor) e Grupo 2 (mobilização associada à cinesioterapia passiva). Os participantes foram avaliados através escala visual analógica (EVA) e responderam o Índice Oswestry de Incapacidade, no início e no final do tratamento. Os grupos foram submetidos ao total de a 12 sessões com meia hora de duração e com frequência de 2 vezes por semana, totalizando 6 semanas. Os resultados apontaram que ambos os grupos tiveram diminuição estatisticamente significativa na dor (P<0,05), porém, quando comparado a intensidade final da dor, os grupos não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (P>0,05). Da mesma forma, na comparação com o Índice Oswestry de Incapacidade, ambos os grupos mostraram melhora da capacidade funcional, porém sem diferenças significativas quando comparados. Sugerindo assim, que os exercícios de ESV são tão efetivos quanto os exercícios de mobilização e cinesioterapia passiva, em indivíduos com HDL. No artigo de revisão, realizado por Lacerda (2014), os achados mostraram que o programa de ESV aplicado, não proporcionou incremento do controle neuromuscular, nem da performance dos participantes. Foi analisada a eficiência de um treinamento dos músculos profundos do tronco na estabilidade lombopélvica, em adolescentes praticantes de triathlon. Os participantes foram divididos em dois grupos, Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC). Os Instrumentos de avaliação usados foi o questionário IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física) e teste de abaixamento da perna estendida, antes e após a intervenção. O protocolo de Intervenção consistiu num programa de exercícios de fortalecimento dos músculos do tronco, durante 20 semanas, com frequência de 1x na semana. Já o (GC) manteve sua rotina de treinamento habitual. Os resultados mostraram que o programa aplicado não proporcionou um bom desenvolvimento do controle neuromuscular, nem influenciou na performance dos participantes. Os autores sugerem que novos estudos sejam feitos, com maior número de participantes e com uma frequência de treinamento de ao menos três vezes na semana, para que realmente se consiga atingir resultados mais significativos. Reinehr (2008), avaliaram a eficácia dos exercícios de ESV, na influência da estabilidade e dor na região lombar da coluna vertebral. A amostra foi composta por seis mulheres em um único grupo, no qual a dor foi avaliada através da Escala Qualitativa de Dor (EQD). Após o período de intervenção (20 sessões), foi observado melhora significativa da dor em todos os participantes. As participantes 1 e 4, obtiveram melhora de 3 (dor forte) para 1 (dor leve) e as participantes 2, 3 e 6, apresentaram melhora de 2 (dor moderada) para o grau 0 (ausência de dor). A participante número 5, foi a que obteve a maior alteração na EQD, passou 29

do grau 3 (dor forte) no pré-treinamento, para o grau 0 (sem dor). Concluindo que a técnica de aplicação de ESV foi efetiva com 20 sessões de tratamento. Dessa forma, os exercícios de controle motor, que promovem a contração seletiva dos músculos profundos do tronco, co - contração do transverso do abdômen e multífido, demonstraram efeitos benéficos em médio-longo prazo na redução da dor e incapacidade funcional, em pacientes com lombalgia crônica (REINEHR et al., 2008; MACHADO et al., 2012; SIQUEIRA et al., 2014). 5 CONCLUSÃO Através da busca bibliográfica, foram encontrados artigos que apontam a ESV como uma técnica frequentemente utilizada em indivíduos com lombalgia crônica, com resultados significativos, tanto na diminuição da dor, como na melhora da capacidade funcional. Atribuindo essa melhora principalmente aos princípios do treinamento neuromuscular dos músculos profundos da coluna lombar, aumentando a estabilidade vertebral, promovendo assim mais estabilidade durante as atividades diárias. Porém, como o presente trabalho se trata de uma revisão não sistemática da literatura, é necessário uma busca mais ampla, sobre artigos que apresentem um acompanhamento em longo prazo, com amostra maior e grupo controle, para assim descrever de forma mais concreta os benefícios e efeitos neuromusculares dessa técnica. REFERÊNCIAS ALMEIDA, I. C. G. B. et al. Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop., São Paulo, v. 43, n. 3, p. 96-102, 2008. CECCATO, J. et al. Evaluation of the lumbar multifidus in rowers during spinal stabilization exercise: lumbar multifidus evaluation. Motriz, Rio Claro, v. 20 n. 1, p. 58-64, jan./mar. 2014, CHANG, W. et al. Core strength training for patients with chronic low back pain. Journal of Physical Therapy Science, Sugamo, v. 27, n. 3, p. 619-622, 2015. DURANTE, H.; VASCONCELOS, M. L. C. E. Comparação do método isostretching e cinesioterapia convencional no tratamento da lombalgia. Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 30, n. 1, p. 83-90, jan./jun. 2009. FRANÇA, R. J. F. et al. Estabilização segmentar da coluna lombar nas lombalgias: uma revisão bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v. 15, n. 2, p. 200-206, 2008. 30 GARCIA, N. A. et al. Efeitos de duas intervenções fisioterapêuticas em pacientes com dor lombar crônica não-específica: viabilidade de um estudo controlado aleatorizado. Rev. Bras. Fisioter., São Carlos, v. 15, n. 5, p. 420-427, 2011.

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