HEMANGIOMA DA INFÂNCIA CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO E ATUALIZAÇÃO TERAPÊUTICA



Documentos relacionados
HEMANGIOMA DA INFÂNCIA CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO E ATUALIZAÇÃO TERAPÊUTICA

Hemangiomas Infantis

Por outro lado, na avaliação citológica e tecidual, o câncer tem seis fases, conhecidas por fases biológicas do câncer, conforme se segue:

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

RESPOSTA RÁPIDA 43/2014. VACINA HPV em paciente com diagnóstico de HPV+ (neoplasia + intraepitelial grau I)

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

LUZ INTENSA PULSADA FOTOREJUVENESCIMENTO. Princípios Básicos - P arte II. Dra Dolores Gonzalez Fabra

Linfomas. Claudia witzel

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

RASTREIO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

Um estudo da Universidade Stanford reforça o papel da finasterida, comumente usada contra a calvície, na prevenção ao câncer de próstata

Radiology: Volume 274: Number 2 February Amélia Estevão

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

SÍNDROME DE DOWN Introdução

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Pele. Os sinais de aviso de Câncer de Pele. Lesões pré câncerigenas. Melanoma. Melanoma. Carcinoma Basocelular. PEC SOGAB Júlia Käfer

Diagnóstico e tratamento do hemangioma infantil

O QUE É? A LEUCEMIA MIELOBLÁSTICA AGUDA

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

Reparo, formação de cicatriz e fibrose. Prof. Thais Almeida

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

Glaucoma. O que é glaucoma? Como acontece?

EXERCÍCIO E DIABETES

Conteúdo. Data: 24/04/2013 NOTA TÉCNICA 54/2013. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino

atitudeé prevenir-se Moradores da Mooca:

PARECER CFM nº 14/15 INTERESSADO: Sr. Newton de Souza Carneiro Realização de exame de ressonância magnética Cons. Aldemir Humberto Soares

Papilomavírus Humano HPV

A desigualdade de renda parou de cair? (Parte I)

Humberto Brito R3 CCP

O que é câncer de mama?

Ebook Gratuito. 3 Ferramentas para Descobrir seu Verdadeiro Potencial

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum

CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALEIAS (IHS 2004)

Perguntas e Respostas: Protocolo HVTN 910

Descobrindo o valor da

Ácidos Graxos Essenciais. Prevenção e Tratamento

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Linhas de Cuidado da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis. 18 de junho de 2012

VaIN II II e III há indicação para tratamentos não- excisionais?

RESPOSTA RÁPIDA 435/2014

O que é O que é. colesterol?

Modelo de Atenção às Condições Crônicas. Seminário II. Laboratório de Atenção às Condições Crônicas. O caso da depressão. Gustavo Pradi Adam

ALERGIA A INSETOS PICADORES (CHOQUE ANAFILÁTICO)

Otite média aguda em crianças Resumo de diretriz NHG M09 (segunda revisão, fevereiro 2013)

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

IMUNOBIOLÓGICOS UTILIZADOS NA UNIDADE NEONATAL

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

Qual é a função do Sistema Nervoso Central?

PMMG CBMMG IPSM, ZELANDO PELA SAÚDE DA FAMILIA MILITAR. JUNTOS NA CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE SAÚDE CADA DIA. MELHOR!

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA

GRUPO OTIMISMO DE APOIO AO PORTADOR DE HEPATITE

Tumores Benignos dos Tecidos Moles

Sessão Cardiovascular

Síndromes cromossômicas. Alunos: Agnes, Amanda e Pedro Conte.

PROCESSO SELETIVO / UNIFAL/ 2008/2 BIOLOGIA GABARITO FINAL COM DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS. Questão 1

AVALIAÇÃO FÍSICA O QUE PODEMOS MEDIR? PRAZOS PARA REAVALIAÇÃO.

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS:

Oferecemos uma ampla gama de tratamentos entre os que podemos destacar:

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

INCOR REALIZA MUTIRÃO NESTE FINAL DE SEMANA PARA CORREÇÃO DE ARRITMIA

7ª série / 8º ano 2º bimestre U. E. 10

1.5.2 Avaliar a Amamentação

PROCESSO DE PRESCRIÇÃO E CONFECÇÃO DE ÓRTESES PARA PACIENTES NEUROLÓGICOS EM UM SERVIÇO DE TERAPIA OCUPACIONAL

Diretrizes Assistenciais

Itinerários de Ônibus Relatório Final

Atenção ao Filho de Mãe com SífilisS

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

TUMORES CERVICAIS GIGANTES, NO PERIODO NEONATAL CAUSAS CIRÚRGICAS E TRATAMENTO

Cefaleia crónica diária

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal

RESPOSTA RÁPIDA 154/2014 Alfapoetina na IRC

Título: Modelo Bioergonomia na Unidade de Correção Postural (Total Care - AMIL)

Para compreender como os cistos se formam nos ovários é preciso conhecer um pouco sobre o ciclo menstrual da mulher.

A presentamos, a seguir, a descrição dos

Prof.: Luiz Fernando Alves de Castro

QUEDA NO NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DO CATARINENSE É ACOMPANHADA POR PEQUENA DETERIORAÇÃO DA QUALIDADE DAS DÍVIDAS

O que é câncer de estômago?

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO TABAGISMO

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA

INFLUÊNCIA DE FASES EXTREMAS DA OSCILAÇÃO SUL SOBRE A INTENSIDADE E FREQUÊNCIA DAS CHUVAS NO SUL DO BRASIL

PROVA ESPECÍFICA Cargo 48. Na reação de hipersensibilidade imediata do tipo I, qual dos seguintes mediadores é neoformado nos tecidos?

Transcrição:

HEMANGIOMA DA INFÂNCIA CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO E ATUALIZAÇÃO TERAPÊUTICA Ana Elisa Kiszewski Bau - Dermatologista Pediatra. Vice-Presidente do Departamento de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Professora Adjunta de Dermatologia da UFCSPA. Kerstin Taniguchi Abagge - Pediatra e Dermatologista. Presidente do Departamento de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Conceito: Hemangiomas são lesões cutâneas vasculares onde há um componente proliferativo. Eles são verdadeiros tumores, onde o componente proliferativo está constituído por células endoteliais imaturas. Com base neste conceito, a nomenclatura utilizada hoje segue sendo a sugerida por Mulliken em 1982. Com o trabalho de Mulliken, definiu-se dois grandes grupos de lesões: os hemangiomas e as malformações vasculares. Os hemangiomas apresentam história típica de aparecimento nos primeiros dias ou semanas de vida como lesões precursoras (áreas anemicas ou telangiectásicas), com um período de crescimento rápido, estabilização e lenta involução. Já as malformações receberiam o nome do componente predominante (capilares, venosas, arteriais, linfáticas ou mistas). Com essa classificação, as lesões vasculares planas, não proliferativas (antes chamadas hemangiomas planos) passaram a serem chamadas de malformação vascular capilar ou mancha vinho do porto e o hemangioma tuberoso, cavernoso, racemoso, etc. passou a ser chamado simplesmente hemangioma da infancia. Posteriormente, estudos do comportamento biológico dos hemangiomas e marcadores de imunohistoquímica (GLUT1) possibilitaram a criação da classificação de diferentes tipos de hemangiomas. Desta forma, a International Society for the Study of Vascular Anomalies revisou a classificação anterior e o consenso atual é o de dividir as lesões vasculares em tumores e malformações (http://www.issva.org/content.aspx?page_id=22&club_id=298433&module_id=1 52904). As malformações são divididas de acordo com o vaso predominante, são geralmente presentes ao nascimento, não tem tendência à regressão espontânea e podem aumentar com o tempo e os tumores são classificados

em: 1. Benignos 2. Localmente agressivos ou borderline 3. Malignos O hemangioma da infância (HI) entra no grupo dos TUMORES VASCULARES BENIGNOS: 1- Hemangioma da infância (HI) 2- Hemangioma congênito RICH, NICH e PICH 3- Hemangioma em tufo 4- Hemangioma de células fusiformes

5- Hemangioma epitelióide 6- Granuloma piogênico O hemangioma da infância (HI) pode ainda ser classificado do ponto de vista de profundidade em superficial, profundo e misto. Os hemangiomas mistos são os mais prevalentes, e os hemangiomas profundos podem ter uma maior dificuldade diagnóstica, necessitando de exames de imagens (ecodoppler, tomografia computadorizada com contraste, angiotomografia ou angioressonância) para sua avaliação. O Hemangioma da Infância (HI) é o tipo mais prevalente em crianças menores de 1 ano, afetando 5 a 10% desta população. Tem o marcador GLUT1 (anticorpo monoclonal para imunohistoquímica) positivo e ele está presente apenas nos HI. A história natural do hemangioma da infância é característica: o bebê nasce sem lesão ou com uma mancha anêmica ou vascular (lesão precursora). A mancha prolifera nas semanas seguintes, tornando-se uma placa ou uma tumoração. A lesão cresce de forma acelerada nos dois primeiros meses e mais lentamente até aproximadamente o oitavo mês de vida. Após este período ocorre a estabilização da lesão que dura até 1 ano e meio de vida. Após, ocorre um período de regressão lenta até os 10 anos de idade, momento em que 90% dos hemangiomas desaparece completamente. Por isso, a conduta é expectante e conservadora na maioria dos hemangiomas. Por outro lado, se estima que 10 a 20% dos hemangiomas irão necessitar de algum tratamento. O hemangioma congênito é aquele que apresenta a fase de crescimento intraútero e a criança nasce com a tumoração. O seu comportamento é diferente do HI e provavelmente trata-se de lesão distinta do HI. Enquanto que no hemangioma RICH ocorre a rápida involução do hemangioma até o sexto mês de vida, no NICH a involução não ocorre. O hemangioma RICH, NICH e PICH possuem o marcador GLUT1 negativo. A complicação mais frequente do HI é a ulceração que ocorre em 15 a 25% dos hemangiomas. Fatores de risco para ulceração incluem: hemangiomas grandes, segmentários com componente superficial, periorificiais e áreas intertriginosas. Atualmente, o tratamento de escolha dos hemangiomas é o PROPRANOLOL. O reconhecimento por parte dos pediatras das lesões precursoras (que podem estar presentes já ao nascimento) e o encaminhamento precoce (dentro dos primeiros dois meses de vida) a um serviço de referência podem se cruciais no resultado estético final da lesão, visto que grande

parte dos hemangiomas já concluiu a maior parte de seu crescimento até os 5 meses de idade. Dessa forma, quanto mais cedo se inicia o tratamento (seja tópico ou sistêmico), melhor será o resultado final. HEMANGIOMAS QUE PODEM NECESSITAR DE INVESTIGAÇÃO: Hemangiomas em linha média pequenos ou grandes podem estar associados com malformações, disrafismos e hemangiomas em órgãos internos. Hemangiomatose múltipla cinco ou mais pequenos hemangiomas distribuídos pelo corpo, cabeça e membros. Apresentam risco de hemangioma em órgãos internos e hipotireoidismo. Hemangiomas segmentares extensos. Hemangiomas como parte de síndromes: Síndrome SACRAL (spinal dysraphism, anogenital, cutaneous, renal and urological anomalies, associated with an angioma of lumbosacral localization) Síndrome de PHACES (posterior fossae abnormalities, hemangioma, arterial/aortic anomalies, cardiac anomalies, eye abnormalities and sternal/supraumbilical raphe), PELVIS (perineal hemangioma, external genitalia malformations, lipo myelomeningocele, vesicorenal abnormalities, imperforate anus, and skin tag), entre outras. HEMANGIOMAS QUE SÃO INDICATIVOS DE TRATAMENTO: Ainda não existe um protocolo padrão para o tratamento de hemangiomas, mas em situações específicas o tratamento deve ser iniciado nos seguintes casos: Oclusão palpebral a oclusão palpebral nos primeiros meses de vida pode ocasionar amaurose por falta de estímulo luminoso ou ambliopia. Hemangioma genital/anal- com freqüência crescem e ulceram causando uma úlcera dolorosa, além de perda de tecido e desfiguração estética Além disso, são em geral complicados por infecção secundária. Hemangioma labial/borda palpebral e conduto auditivo (periorificiais)- com freqüência ulceram causando desfiguração estética. Hemangioma em ponta de nariz (em Cirano) crescem muito em volume e, forma secundária, podem promover a destruição das

cartilagens nasais. Também produz desfiguração estética. Apresentam tendência a regredir muito lentamente e deixam uma deformidade nasal permanente, de difícil correção. Hemangiomas segmentares extensos: Síndrome de PHACE, PELVIS, SACRAL. Hemangiomas de qualquer localização com crescimento acelerado e prejuízo estético significativo. Hemangioma congênito NICH. Este hemangioma pode necessitar de tratamento dependendo da localização. A tendência é crescer e não regredir com o passar do tempo. Síndrome de Kasabach-Merrit. A maioria dos casos apresenta histologia de hemangioendotelioma kaposiforme ou hemangioma em tufo. A lesão aumenta de volume, levando a plaquetopenia (hemangioma seqüestrador de plaquetas), CIVD e eventualmente morte. Hemangiomas viscerais (hemangiomatose múltipla com envolvimento visceral) - hemangiomas podem estar presentes no fígado e SNC. TRATAMENTO: Medicamentos tópicos e sistêmicos: Como o principal tratamento sistêmico dos hemangiomas era o corticóide em altas doses, ele era reservado apenas àquelas lesões que levavam a comprometimento funcional e desfiguração. Entretanto, atualmente, com a utilização do propranolol tópico ou sistêmico, o tratamento dos hemangiomas tem sofrido modificações consideráveis, com início mais precoce e mesmo naqueles que não oferecem risco a alguma função ou estética. Propranolol tópico: ainda não disponível no Brasil. O ótimo efeito do propranolol sistêmico estimulou a utilização de betabloqueadores tópicos no tratamento das lesões pequenas ou sem comprometimento funcional. Os primeiros trabalhos foram em hemangiomas palpebrais com utilização do colírio de timolol a 0,5% com resultados promissores. Como o crescimento do hemangioma é muito rápido já nos primeiros meses, os beta-bloqueadores tópicos podem ser utilizados já nesta fase, de forma a se tentar evitar o crescimento rápido da lesão e a

estabilização mais precoce com indução da involução mais rápida. Propanolol oral: 2 a 3 mg/kg/dia. Apresenta melhores efeitos que o corticóide sistêmico, início de ação mais rápido e menos efeitos colaterais, embora ainda não contenha esta indicação em bula. È recomendada a avaliação cardiológica prévia. Os principais efeitos colaterais são: hipoglicemia, bradicardia, hipotensão e broncoespasmo. Parece aumentar o risco de acidente vascular cerebral em crianças com síndrome de PHACE e anomalias artérias associadas, devendo seu uso ser avaliado caso a caso nesses pacientes. Outros beta-bloqueadores tem sido testados para esse fim. Prednisolona: dose 1 a 4 mg/kg/dia tem indicação de uso somente durante a fase proliferativa, nos casos que não respondem ao propranolol e com uso limitado por 1 a 3 meses. Interfere com o calendário de vacinação e quase sempre resulta em Síndrome de Cushing. Vincristina: tumores vasculares e hemangiomas agressivos e complicados que não respondam ao corticóide e propanolol. Interferon Alfa: atualmente em desuso pelo risco de diplegia espástica em menores de 1 ano. Outras modalidades: Laser (pulsed dye laser), o qual somente tem indicação na fase residual dos hemangiomas, no tratamento das telangectasias residuais, uma vez que sua penetração é pequena e não reduz a parte tumoral. Bibliografia: 1. Bruckner, A.L. and I.J. Frieden, Infantile hemangiomas. J Am Acad Dermatol, 2006. 55(4): p. 671-82. 2. Leaute-Labreze, C., et al., Propranolol for severe hemangiomas of infancy. N Engl J Med, 2008. 358(24): p. 2649-51. 3. Li, J., et al., Demographic and Clinical Characteristics and Risk Factors for Infantile Hemangioma: A Chinese Case-Control Study. Arch Dermatol, 2011. 4. Leaute-Labreze, C. and V. Sans-Martin, [Infantile hemangioma]. Presse Med, 2010. 39(4): p. 499-510. 6. McHoney, M., Early human development: neonatal tumours: vascular tumours.

Early Hum Dev, 2010. 86(10): p. 613-8. 7. Leaute-Labreze, C., S. Prey, and K. Ezzedine, Infantile haemangioma: Part II. Risks, complications and treatment. J Eur Acad Dermatol Venereol, 2011. 8. Enjolras, O. and F. Gelbert, Superficial hemangiomas: associations and management. Pediatr Dermatol, 1997. 14(3): p. 173-9. 9. Garzon, M., Hemangiomas: update on classification, clinical presentation, and associated anomalies. Cutis, 2000. 66(5): p. 325-8. 10. Bruckner, A.L. and I.J. Frieden, Hemangiomas of infancy. J Am Acad Dermatol, 2003. 48(4): p. 477-93; quiz 494-6. 12. Chamlin, S.L., et al., Multicenter prospective study of ulcerated hemangiomas. J Pediatr, 2007. 151(6): p. 684-9, 689 e1. 15. Haggstrom, A.N., et al., Patterns of infantile hemangiomas: new clues to hemangioma pathogenesis and embryonic facial development. Pediatrics, 2006. 117(3): p. 698-703. 17. Tollefson, M.M. and I.J. Frieden, Early Growth os Infantile Hemangiomas: What Parents' Photographs Tell Us. Pediatrics, 2012. 130(2): p. e314 - e320. 18. ISSVA Classification of Vascular Anomalies 2014 International Society for the Study of Vascular Anomalies Available at "issva.org/classification" Accessed April 2014