ARTIGO TÉCNICO. Título: Estufa de secagem de chá fabricada com embalagens PET e Tetra Pak

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Transcrição:

1 SILVA, Vagner Fabiano. secagem de chá fabricada com embalagens PET e Tetra Pak. São Bernardo do Campo; 2009. [Monografia apresentada à Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental, como requisito da disciplina de Projetos Ambientais, sob orientação do Prof. Esp. Ricardo Emilio Cecatto, Profª. MSc. Maria Cristina Tagliari Diníz e do Prof. MSc. Fernando Codelo Nascimento]. ARTIGO TÉCNICO Título: secagem de chá fabricada com embalagens PET e Tetra Pak Autor: Vagner Fabiano da Silva Resumo: Este trabalho teve por objetivo, avaliar e oferecer uma alternativa para o reaproveitamento de embalagens PET e Tetra Pak, utilizando-as na construção de uma estufa de secagem de folhas de chás e infusões. Para a elaboração do mesmo, foi realizado um estudo descritivo e exploratório. O parâmetro utilizado para se determinar a eficiência da estufa de Tetra Pak, foi a comparação desta com uma estufa de metal, mediante o teste de perda de umidade de folhas de hortelã, erva-doce e erva-cidreira por dessecação. Chegou-se a resultados relevantes, comprovando-se desta forma, que a reutilização de embalagens PET e Tetra Pak para esse fim constitui-se numa alternativa viável para o reaproveitamento desses resíduos. Palavras chave: reaproveitamento de embalagens, estufa, dessecação INTRODUÇÃO A geração e o descarte inadequado de resíduos constituem um dos principais problemas ambientais enfrentados na atualidade. As embalagens de alimentos, apesar de serem produzidas em sua maioria por materiais recicláveis, representam grande parte desses resíduos descartados de forma inadequada no meio ambiente. As embalagens PET e Tetra Pak são exemplos de resíduos que podem ser reciclados ou reaproveitados para outros fins, minimizando desta forma os impactos ambientais causados pelo seu descarte inadequado. Uma estufa de secagem de folhas de chás é a resposta quando se questiona sobre quais as possíveis aplicações para as embalagens PET e Tetra Pak, sendo assim, o principal objetivo desse trabalho foi construir a estufa com esses materiais.

2 Justificou-se a realização desse trabalho por sua característica de servir como uma alternativa para o reaproveitamento de resíduos gerados, contribuindo também para a diminuição do volume de embalagens descartadas de forma prejudicial ao meio ambiente. Quanto à metodologia de pesquisa foi realizado um estudo descritivo e exploratório, tendo como alguns instrumentos para a coleta de dados o uso de artigos, teses, dissertações, monografias, livros, fotos, etc. Processo de montagem Para a construção das laterais da estufa, foram utilizadas três fileiras iguais formadas por três caixas Tetra Pak cada uma. Cada caixa foi colada pelas extremidades e pelas laterais com cola branca conforme ilustrado na Figura 1. Figura 1 Lateral da estufa Conforme observado na Figura 1, as caixas foram montadas como se fossem os tijolos de uma parede. Esta forma de montagem garante uma melhor fixação das caixas. A parte de trás da estufa foi montada de forma semelhante às laterais utilizando-se de quatro fileiras compostas por três caixas e meia.

3 Figura 2 Parte de trás da estufa Na Figura 2, é possível observar que foram utilizadas doze caixas inteiras formando quatro fileiras, sendo que em cada fileira para completar a formação foi colada metade de uma caixa. A parte de baixo e a de cima da estufa foram montadas cada uma por três fileiras compostas por duas caixas cada. Na parte de baixo foi instalada a lâmpada e na de cima foi instalado o respiro. PARTE DE BAIXO PARTE DE CIMA LÂMPADA Figura 3 Parte de cima e de baixo da estufa RESPIRO Para a instalação do soquete da lâmpada e do respiro foram cortadas duas caixas Tetra pak e inseridos o soquête e o respiro em cada uma. O respiro foi confeccionado com quatro bocas de garrafas coladas com adesivo instantâneo, de forma a se produzir um tubo de 88 mm de comprimento por 22 mm de diâmetro.

4 Figura 4 Respiro da estufa de Tetra Pak O comprimento do respiro deve ter essa medida para que o mesmo possa atravessar toda a embalagem Tetra Pak. Para a confecção da porta da estufa, foram formadas duas fileiras contendo cinco caixas cartonadas cada. Figura 5 Porta da estufa A porta representada na Figura 5 é formada por duas colunas paralelas de embalagens Tetra Pak coladas de forma alinhada. Após a montagem estrutural da estufa, a mesma foi revestida internamente pela parte espelhada de embalagens cartonadas.

5 Figura 6 Revestimento interno da estufa A parte interna das embalagens Tetra Pak tem o aspecto metalizado por causa da camada de alumínio presente. Esta camada foi utilizada para revestir a parte interna da estufa conferindo a mesma, a qualidade de refletir a luz e o calor emitido pela lâmpada. As laterais, o chão, o teto, a porta e a parte de trás da estufa foram construídos individualmente, para que em seguida fosse efetuada a montagem completa da estufa, colando-se as partes individuais Na Figura 7, pode-se visualizar o fluxograma da construção de parte da estufa.

6 TETO DA ESTUFA RESPIRO L A T E R A L A (1) LÂMPADA (2) L A T E R A L B (3) CHÃO DA ESTUFA Figura 7 Construção da estufa, fluxograma (I) Conforme ilustrado na Figura 7, a construção da estufa se iniciou colando-se perpendicularmente o chão e o teto à lateral A, formando a estrutura (2). Em seguida, foi colada á essa estrutura a lateral B formando o retângulo (3). A montagem da porta e da parte traseira da estufa pode ser visualizada na Figura 8 a seguir.

7 PARTE TRASEIRA VISTA FRONTAL ESTUFA PRONTA Figura 8 Construção da estufa, fluxograma (II) PORTA Observa-se na Figura 8, a montagem da parte traseira e da porta da estufa. As dobradiças da porta foram feitas com tiras de embalagens cartonadas e fixadas com cola e percevejos. Perda por dessecação - procedimento Utilizando-se de uma balança analítica pesou-se em cápsulas de porcelana as amostras de erva-doce, hortelã e erva-cidreira e em seguida essas amostras foram colocadas para secar nas estufas de Tetra Pak e de metal. Após o processo de secagem nas estufas, as amostras foram pesadas novamente em uma balança analítica obtendo-se assim, os dados necessários para o seguinte cálculo:

8 100 x N ----------- = umidade ou substância voláteis a 105 C por cento m/m P N= massa em gramas da umidade perdida P= massa inicial da amostra. em gramas Figura 9 cálculo para determinação do teor de umidade das amostras Fonte: INSTITUTO ADOLFO LUTS, 1985 Esse cálculo mostrado na Figura 9 foi efetuado para todas as amostras referidas e tem por objetivo a determinação do teor de umidade que cada amostra perdeu após a secagem. Na Tabela 1 a seguir, é possível observar os resultados obtidos após a secagem nas estufas de Tetra Pak e de metal. Tabela 1: Teor de umidade perdida pelas amostras após os testes A, B e C. erva-doce Tetra Pak metal hortelã Tetra Pak metal erva-cidreira Teste A Teste B Teste C Média Diferença 87,66% 82,38% 85,74% 85,26% 2,18% 84,92% 81,94% 82,38% 83,08% 82,62% 89,25% 88,23% 86,7% 0,61% 85,97% 83,63% 88,67% 86,09% 72,66% 70,08% 71,37% Tetra Pak 5,78% 78,67% 75,62% 77,15% metal

9 Na Tabela 1, observa-se o teor de umidade que cada amostra perdeu pelo processo de secagem na estufa Tetra Pak e na estufa de metal, a média e a diferença entre esses valores. Discussão dos resultados Conforme os valores tabelados, observou-se que o grau de eficiência da estufa Tetra Pak para a secagem da erva doce foi de 85,26%, enquanto que o grau de eficiência da estufa de metal para a secagem da mesma erva foi de 83,08%, uma diferença de 2,1%. No caso da hortelã o grau de eficiência de secagem da estufa Tetra Pak foi de 86,7% e na de metal 86.09%, uma diferença de 0,61%, ou seja, tanto para erva-doce quanto para a hortelã os resultados foram próximos, enquanto que para a erva-cidreira a diferença entre as estufas foi de 5,78%, na qual o grau de eficiência obtido na estufa Tetra Pak foi de 71,37% e na de metal 77,15%. No caso da erva-doce esse desvio pode ser explicado pela potencia do equipamento ou então pela distancia entre a fonte de calor e os recipientes com as ervas. No caso da estufa metálica a diferença entre a resistência e as cápsulas foram de 28 cm. Enquanto que na estufa Tetra Pak a distancia foi de 10 cm. Ou seja, o calor por irradiação na Tetra Pak apresenta uma quantidade de energia maior, logo isto explica essa diferença de desvio. No caso da erva-cidreira o desvio foi mais acentuado ainda, isto pode ser explicado por uma maior dissipação do calor por radiação e também pela espessura da erva ser maior, isso dificulta uma maior uniformidade da folha, pois a área da superfície de contato na erva cidreira é maior em relação às outras. A perda de umidade desta erva na estufa de metal foi 5,78% maior em relação à estufa Tetra Pak. A temperatura média da estufa de metal controlada com potenciômetro de aquecimento foi em média 110ºC, já com relação à estufa de Tetra Pak a temperatura média atingiu a faixa de 120ºC. Essa diferença de temperatura da estufa Tetra Pak em relação à de metal se deve provavelmente pela diferença de dimensionamento do volume da estufa. Pois a estufa Tetra Pak construída, apresenta um volume significativamente menor em relação à estufa de metal e a distância entre a fonte de calor e a grade na qual são colocadas as amostras também é menor. Com isso as ondas de propagação do calor na estufa Tetra Pak atingem a cápsula de porcelana no menor espaço de tempo diminuindo assim as perdas por dissipação. CONCLUSÃO De acordo com a discussão dos resultados conclui-se que é perfeitamente possível utilizar uma estufa Tetra Pak para a secagem de folhas de chás e infusões. Isso pode ser feito em locais onde não se tem acesso muito fácil a aquisição de equipamentos elétricos como as estufas de pequeno porte, por exemplo, em locais agrícolas.

10 O material Tetra Pak apresenta ainda algumas vantagens em relação à estufa metálica como, por exemplo: essa estufa é muito mais leve e fácil de transportar. No projeto considerado, é possível concluir que o custo de construção de uma estufa de Tetra Pak é menor em relação ao custo de construção de uma estufa metálica. Para se ter uma idéia na estufa Tetra Pak o material e mais as caixas utilizadas na construção da mesma saiu com um custo aproximado de R$ 200,00. Enquanto que o custo de construção de uma estufa elétrica já contando com as resistências, o material de vedação e outros, sai por volta de R$1.500,00. Isso quer dizer que a estufa comum sai a um custo 7,5 maior do que o custo da estufa Tetra Pak considerada no estudo. Finalmente conclui-se que é necessário realizar um ajuste de potência de lâmpada e também das dimensões da estufa, para que seja viável a utilização da mesma. Agradecimentos Agradeço ao meu orientador Prof. Esp. Ricardo Emílio Cecatto pela colaboração e paciência no decorrer desse trabalho. A professora MSc. Maria Cristina Tagliari Diniz palas preciosas sugestões e colaboração. Ao Professor coordenador MSc. Fernando Codelo Nascimento pela disposição em ajudar e ensinar, e pela compreensão. A minha família, vizinhos e colegas de faculdade que contribuíram com o fornecimento de embalagens PET e Tetra pak Referencial INSTITUTO ADOLFO LUTS, Normas analíticas do Instituto Adolfo Luts. V. 1: Métodos químicos e físicos para a análise de alimentos, 3. Ed. São Paulo: IMESP, 1985.