Sacramento significa sagrado. Sacramentos são também os sinais que Jesus nos deixou.

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«Jesus, lembra-te de mim quando entrares no Teu reino». Ele respondeu-lhe : «Em verdade te digo : Hoje estarás comigo no Paraíso».(Lc.23,42-43).

Transcrição:

Sacramento significa sagrado. Sacramentos são também os sinais que Jesus nos deixou.

Em cada sacramento existe: O MINISTRO, que em nome de Jesus cumpre o rito, e que os celebra segundo o ensino da Igreja ( em comunhão com ela). A FORMA, isto é a fórmula, que o ministro pronuncia. A MATÉRIA, o sinal sensível (que se vê e se pode tocar).

SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO Batismo Crisma - Eucaristia SACRAMENTOS DE CURA (Sanação) Reconciliação e Unção dos Enfermos SACRAMENTOS DE SERVIÇOS NA COMUNIDADE Matrimónio e Ordem Sagrada

SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO Batismo Crisma - Eucaristia São a base da vida Cristã, porque oferecem ao homem parte do mistério de Deus e unem a sua vida à vida da Igreja.

SACRAMENTOS DE CURA (Sanação) Reconciliação e Unção dos Enfermos Nestes Sacramentos, a Igreja torna presente a misericórdia, o amor e bondade de Deus por nós. Ele ama as suas criaturas e está próximo de todos os que sofrem, sempre pronto a ajudá-los. Recebe-se tratamentos de cura (como no episódio do Bom Samaritano) das feridas da alma (os pecados) e o sofrimento do corpo.

SACRAMENTOS DE SERVIÇOS NA COMUNIDADE Matrimónio e Ordem Sagrada Baseiam-se nas RELAÇÕES entre os homens, e por isso têm como finalidade a santificação DOS OUTROS. Assim, de dois modos diversos vive-se o mesmo AMOR: o padre exprime o amor de Deus como ministro (servo, como Jesus), num amor geral ; os esposos amam-se, num amor concreto, e com o seu amor geram os filhos.

O CARÁCTER O BATISMO, o CRISMA e a ORDEM imprimem em nós um caráter, um sinal que nunca mais sai (irremovível). Deste modo, um batizado permanece para sempre filho de Deus, um crismado pertence para sempre a Cristo, um consagrado permanece para sempre diácono, padre ou bispo.

Antes de partir para o céu, Jesus disse aos seus discípulos: Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. (Mt 28, 19-20)

Obedecendo ao mandato de Jesus, a Igreja usa a forma: Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ao mesmo tempo, como matéria, derrama-se por três vezes um pouco de ÁGUA sobre a cabeça da criança. Por outro lado, no Rito, usam-se outros sinais: o Óleo dos Catecumenos, o Santo Crisma, uma pequena veste branca e uma vela.

O ministro ordinário do Batismo é o Diácono, o Sacerdote e o Bispo. Quando uma criança está para morrer sem ter recebido o Batismo, e não é possível chamar um ministro dos referidos acima, QUALQUER PESSOA, que atue segundo o ensinamento da Igreja, pode celebrar o Batismo, pronunciando a fórmula e usando um pouco de água.

No Batismo das crianças, os pais comprometem-se a educar os filhos segundo os ensinamentos de Jesus e da Igreja. São ajudados por um PADRINHO e/ou uma MADRINHA, pessoas vizinhas da família, em posição de acompanhar o crescimento da criança e de ensiná- -la a viver segundo a fé.

Na última ceia, Jesus, tomou o pão, e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em memória de mim. (Lc 22,19)

Na Celebração da Eucaristia renova-se aquilo que se passou com os discípulos de Emaús, quando Jesus apareceu aos dois discípulos, na noite do dia de Páscoa: Explicou-lhes as escrituras e partiu o pão. Na Eucaristia, Jesus torna-se presente sobre o altar e celebramos a sua vida paixão, morte e ressurreição.

Todos os que estão na Eucaristia celebram, só que com funções diferentes. O sacerdote preside, isto é, representa na comunidade o próprio Jesus. O ministro da Eucaristia é por isso o sacerdote. Não se pode celebrar a Missa se não temos PÃO e VINHO. A Eucaristia não é só pão, mas também o vinho. O pão deve ser ázimo (não levedado, igual ao pão usado por Jesus) e o vinho deve ser vinho de uva (não um sumo de fruta, por exemplo).

A parte central da Missa é a ORAÇÃO EUCARÍSTICA, na qual o sacerdote invoca o Espírito Santo e relata o que Jesus mesmo fez na última ceia. A nossa participação na Missa é plena se recebemos a COMUNHÃO. Para fazêlo, não podemos ter o coração cheio de ataduras (ter cometido um pecado grave) e devemos não ter comido pelo menos na hora antes da comunhão.

A Eucaristia é o que de mais belo e grandioso a Igreja celebra, é por isso o pilar que sustem a vida cristã de toda a Igreja. Por isso, à Eucaristia se chama também SANTÍSSIMO SACRAMENTO. Em todas as Igrejas o Pão Consagrado conserva-se no TABERNÁCULO (sacrário), onde todos se detêem em adoração. Por isso, chegando a uma igreja, devemos fazer a genuflexão.

Jesus prometeu: Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor. E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio. (Jo 15,26-27)

O ministro do Crisma é o Bispo. Em caso de necessidade, também o sacerdote pode fazê-lo, tendo recebido essa ordem da parte do Bispo. Uma cruz traçada na testa com o SANTO ÓLEO DO CRISMA é a matéria; o Bispo impõe as mãos sobre os crismandos, e este renova a promessa do Batismo.

O ministro pronuncía a forma: Recebe o sinal do Espírito Santo, o dom de Deus. Este sinal indica CONFIRMAÇÃO e consagração : o crismado compromete-se a ser parte viva da Igreja e recebe em plenitude o Espírito Santo, já recebido quando foi batizado. Também no Crisma aparece um PADRINHO ou uma MADRINHA: devem ser para o crismado ponto de referência para a sua vida cristã, que a partir deste momento deve assumir por si próprio.

Depois do mandato de Jesus, os discípulos, partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demónios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos (Mc 6,12-13)

Hoje como nesse tempo, os sacerdotes (os ministros da Unção dos Enfermos) visitam a pessoa doente, oram com ela e ungem-lhe a testa e as mãos com o ÓLEO DOS ENFERMOS, dizendo: Por esta santa unção e pela sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo. Para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos.

Jesus, antes de subir ao céu, disse aos Apóstolos: A Paz esteja convosco! Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos. (Jo 20,21.23)

Cada noite, antes de deitar, é muito bom que cada um faça um bom EXAME DE CONSCIÊNCIA. Façamos um exame ao nosso relacionamento com Deus nesse dia, e vejamos onde é que a nossa AMIZADE com Ele não foi cultivada. Tão cedo quanto possível nos damos conta de que as coisas não vão bem, e que a nossa vida está um pouco suja,... busquemos o sacerdote, que é o ministro da Reconciliação.

Durante a Confissão, expressamos os nossos pecados (o sinal concreto): é como que pô-los fora de nós mesmos, pô-los nas mãos de Deus. Depois o sacerdote fala-nos da bondade de Deus, e ao mesmo tempo ajuda-nos a entender a gravidade do nosso erro.

Depois de um ATO DE ARREPENDIMENTO (Meu Deus, porque sois tão bom, tenho muita pena de vos ter ofendido, ajudai-me a não tornar a pecar), o sacerdote pronuncia a forma: Eu te absolvo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo Para quê confessar-se.ppt

Jesus subiu depois a um monte, chamou os que Ele queria e foram ter com Ele. Estabeleceu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar. (Mc 3,13-14)

O gesto principal do rito da ORDENAÇÃO é a imposição das mãos da parte do Bispo. Ele é o ministro do sacramento da Ordem. Logo depois, pronunciasse uma oração de ordenação. O mesmo sacramento é formado por 3 graus: 1. o DIACONADO 2. o PRESBITERADO 3. o EPISCOPADO Os três graus recebem-se por acumulação: o sacerdote não deixa nunca de ser também diácono, nem o bispo de ser diácono e padre!

Jesus, ensinando, disse: Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois um só. Portanto já não são dois mas um só. O que Deus uniu não o separe o homem. (Mt 19, 5-6)

Casando-se na Igreja, o homem e a mulher consagram diante de Deus o quererem-se bem e prometem fidelidade para toda a vida. Por este motivo são os própios ESPOSOS os ministros do seu Matrimónio. O Diácono ou o sacerdote apenas testemunham a sua união e tornam-na oficial.

No momento do Matrimónio, normalmente durante a missa, os esposos unem a mão direita (sinal de juramento) e dizem: Eu recebo-te por minha esposa/meu esposo e prometo serte fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. Como sinal de testemunho da sua união, os esposos trocam entre si uma aliança que o sacerdote benze.