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Art. 2º - Os débitos de que trata o artigo anterior, existente para com a Fazenda Municipal, poderão ser pagos de acordo com os seguintes critérios:

Transcrição:

Fl. 17 Fls. 1 Coordenação Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 24 Data 12 de novembro de 2012 Origem DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM CORONEL FABRICIANO MG ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. PARCELAMENTO. CONFISSÃO DE DÍVIDA. A ASSINATURA DO SUJEITO PASSIVO NO PEDIDO DE PARCELAMENTO (PEPAR) E DISCRIMINATIVO DO DÉBITO A PARCELAR (DIPAR) SUPRE FALTA DE ASSINATURA NO LANÇAMENTO DE DÉBITO CONFESSADO (LDC) O parcelamento é confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário. Para a concessão do parcelamento de contribuições previdenciárias, a apresentação dos formulários Pedido de Parcelamento de Débitos (PEPAR) e Discriminação do Débito a Parcelar (DIPAR), devidamente assinados pelo sujeito passivo ou seu representante legal, supre eventual ausência de assinatura no formulário Lançamento de Débito Confessado (LDC). Dispositivos Legais: Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, art.155 A; Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, arts. 32, 2º, e 33, 7º; Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, arts. 10, 12 e 14 C; Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, arts. 1º, 1º, e 5º; Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, arts 225, 1º, 230, I e II, 240, 243, 244, 8º e 245, 1º; Instrução Normativa SRF nº 557, de 11 de agosto de 2005, arts. 1º e 2º; Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009, arts. 460 e 464; Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15, de 15 de dezembro de 2009, art. 1º, 1º, e arts. 6º, 12 a 31. Relatório Trata se de consulta interna formulada pela Delegacia da Receita Federal do Brasil em Coronel Fabriciano MG que indaga se os documentos de parcelamento Pedido de Parcelamento de Débitos (Pepar) e Discriminação do Débito a Parcelar (Dipar), devidamente assinados pelo contribuinte, já seriam instrumentos hábeis e suficientes para constituir o crédito tributário via confissão de dívida e para a cobrança administrativa, para o ajuizamento e para a execução da contribuição previdenciária não declarada em Guia de Recolhimento do FGTS e 1

Fl. 18 Fls. 2 Informações à Previdência Social (GFIP), dispensando se, assim, a formalização do documento denominado Lançamento do Débito Confessado (LDC). 2. O órgão consulente informa que, ao efetuar o pedido de parcelamento, o contribuinte preenche um pedido de parcelamento (Pepar) e um formulário discriminativo dos débitos a serem parcelados (Dipar), com clara identificação do fato gerador, competência, vencimento e valor do débito, e que no próprio Pepar o contribuinte declara estar ciente de que o pedido importa em confissão irretratável da dívida e configura confissão extrajudicial, nos termos dos artigos 348, 353 e 354 do Código de Processo Civil. 3. A Divisão de Tributação da Superintendência Regional da 6ª Região Fiscal apresentou a Solução de Consulta Interna concluindo pela necessidade de assinatura no LDC pelo sujeito passivo ou seu representante legal, nos casos de contribuições previdenciárias não sujeitas à declaração em GFIP e não incluídas em auto de infração ou notificação de lançamento. 3.1. Em consonância com o disposto na Ordem de Serviço nº 1, de 5 de setembro de 2011, art. 5º, a solução foi encaminhada para a Divisão de Tributação da Superintendência Regional da 8ª Região Fiscal, que concordou com o entendimento expressado pela Disit/6ªRF, e encaminhou para manifestação desta Coordenação. Fundamentos 4. O cerne da questão é definir se os débitos de Contribuições Previdenciárias discriminados em LDC não assinado pelo sujeito passivo ou seu representante legal, que posteriormente tenham sido objeto de parcelamento, estão aptos à cobrança administrativa ou judicial. 5. A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, dispõe sobre a forma por meio da qual o crédito de contribuição previdenciária é constituído: pela notificação de lançamento, pelo auto de infração, pela GFIP e pela confissão de dívida, conforme segue: Art. 32. A empresa é também obrigada a: III prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) IV declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, na forma, prazo e condições estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 2

Fl. 19 Fls. 3 2 o A declaração de que trata o inciso IV do caput deste artigo constitui instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, e suas informações comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). 7 o O crédito da seguridade social é constituído por meio de notificação de lançamento, de auto de infração e de confissão de valores devidos e não recolhidos pelo contribuinte. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009). (grifou se) 6. Por sua vez, o Decreto nº 3.048, de 06 de maio de 1999, regulamentando a Lei nº 8.212, de 1991, assim dispõe: Art. 225. A empresa é também obrigada a: 1º As informações prestadas na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social servirão como base de cálculo das contribuições arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social, comporão a base de dados para fins de cálculo e concessão dos benefícios previdenciários, bem como constituir se ão em termo de confissão de dívida, na hipótese do não recolhimento. Art. 230. A Secretaria da Receita Federal é o órgão competente para: I arrecadar e fiscalizar o recolhimento das contribuições sociais previstas nos incisos VI e VII do parágrafo único do art. 195; II constituir seus créditos por meio dos correspondentes lançamentos e promover a respectiva cobrança; Art. 240. Os créditos de qualquer natureza da seguridade social, constituídos ou não, que forem objeto de parcelamento serão consolidados na data da concessão e expressos em moeda corrente. Art. 244. As contribuições e demais importâncias devidas à seguridade social e não recolhidas até seu vencimento, incluídas ou não em notificação fiscal de lançamento, após verificadas e confessadas, poderão ser objeto de acordo, para 3

Fl. 20 Fls. 4 pagamento parcelado em moeda corrente, em até sessenta meses sucessivos, observado o número de até quatro parcelas mensais para cada competência a serem incluídas no parcelamento. 8º O acordo de parcelamento será imediatamente rescindido, aplicando se o disposto no 1º do art. 245, salvo se a dívida já tiver sido inscrita, procedendose a sua cobrança judicial, caso ocorra uma das seguintes situações: I falta de pagamento de qualquer parcela nos termos acordados; II perecimento, deterioração ou depreciação da garantia oferecida para obtenção da Certidão Negativa de Débito, se o devedor, avisado, não a substituir ou reforçar, conforme o caso, no prazo de trinta dias contados do recebimento do aviso; ou III descumprimento de qualquer outra cláusula do acordo de parcelamento. Art. 245. O crédito da seguridade social é constituído por meio de notificação fiscal de lançamento, auto de infração, confissão ou documento declaratório de valores devidos apresentado pelo contribuinte ou outro instrumento previsto em legislação própria 1º As contribuições, a atualização monetária, os juros de mora, as multas, bem como outras importâncias devidas e não recolhidas até o seu vencimento devem ser lançados em livro próprio destinado à inscrição em Dívida Ativa do Instituto Nacional do Seguro Social e da Fazenda Nacional, após a constituição do respectivo crédito.(grifou se) 7. O Decreto nº 3.048, de 1999, além de repetir as hipóteses de constituição do crédito tributário a título de contribuições previdenciárias previstas na Lei nº 8.212/91, acresce a possibilidade de parcelamento de tais contribuições, estando elas já constituídas ou não, que, se rescindido, será objeto de inscrição em DAU. Aqui, já se tem resposta à indagação da consulente: débitos objeto de LDC, ainda que não assinada pelo sujeito passivo ou por seu representante legal, que venham a ser parcelados, podem ser inscritos em Dívida Ativa da União. 8. Tanto a lei como o decreto não estabelecem de que forma a contribuição previdenciária devida e não recolhida pode ser confessada. Esta forma foi dada pela Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009: Art. 460. São documentos de constituição do crédito tributário relativo às contribuições de que trata esta Instrução Normativa: I Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), é o documento declaratório da obrigação, caracterizado como instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário; II Lançamento do Débito Confessado (LDC), é o documento por meio do qual o sujeito passivo confessa os débitos que verifica; 4

Fl. 21 Fls. 5 III Auto de Infração (AI), é o documento constitutivo de crédito, inclusive relativo à multa aplicada em decorrência do descumprimento de obrigação acessória, lavrado por AFRFB e apurado mediante procedimento de fiscalização;(grifou se) IV Notificação de Lançamento (NL), é o documento constitutivo de crédito expedido pelo órgão da Administração Tributária; V Débito Confessado em GFIP (DCG), é o documento que registra o débito decorrente de divergência entre os valores recolhidos em documento de arrecadação previdenciária e os declarados em GFIP; e Art. 464. O LDC é o documento constitutivo de crédito relativo às contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º da Lei nº 11.457, de 2007, não declaradas em GFIP, decorrente de confissão de dívida pelo sujeito passivo. 1º O LDC será emitido quando o sujeito passivo comparecer na unidade da RFB de sua jurisdição para, espontaneamente, reconhecer contribuições devidas. 2º O LDC será assinado pelo representante legal, mandatário ou preposto do sujeito passivo. 3º Caso a obrigação tributária não seja quitada nem parcelada no prazo de 30 (trinta) dias, contados da assinatura do LDC, bem como no caso de rescisão de parcelamento, o processo administrativo será encaminhado à PGFN, para fins de inscrição do crédito tributário em dívida ativa e cobrança, juntamente com cópia da comunicação ao sujeito passivo sobre sua inclusão no Cadin. 9. Do texto acima, tem se que o LDC é o documento de confissão de débito de contribuições previdenciárias a ser emitido pela RFB quando o sujeito passivo comparecer em uma de suas unidades para reconhecer se devedor. Emitido o LDC, o sujeito passivo ou seu representante legal assinará o documento, confirmando sua confissão e constituindo o crédito tributário respectivo. De posse do LDC, o sujeito passivo poderá recolher o valor devido por meio de GPS ou poderá parcelar tal valor. Não quitando o LDC nem o parcelamento, esse valor confessado será objeto de cobrança e de inscrição em DAU. 10. A dúvida aqui posta é quando, por descuido do servidor que emitiu o LDC ou outro motivo qualquer, este não é assinado pelo sujeito passivo, mas foi objeto de parcelamento. Estando os requisitos exigidos para o parcelamento devidamente atendidos, com o Pepar e o Dipar corretamente preenchidos e assinados pelo sujeito passivo ou por seu representante legal, e tal parcelamento venha a ser rescindido, pode se considerar que os débitos, objeto do LDC e parcelados, estão aptos a serem inscritos em DAU, ainda que no LDC não conste a assinatura necessária para que caracterize a confissão de dívida? 11. Para que o LDC seja reconhecido como confissão e constituição do crédito tributário precisa que, após sua emissão, ele seja assinado pelo sujeito passivo ou seu representante legal. E somente assinado, se não pago, o LDC poderá ser inscrito em Dívida Ativa da União. Entretanto, se esse mesmo débito foi objeto de parcelamento, cumpridos os requisitos legais deste, está ele confessado e apto para ser cobrado e executado se não pago, ainda que o LCD não esteja assinado. 5

Fl. 22 Fls. 6 12. A despeito de o Decreto nº 3.048/99 prever o parcelamento de contribuições previdenciárias como confissão de débito também, a Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, traz, como regra geral, o parcelamento como confissão de dívida, prescindindo, assim, de que os débitos parcelados tenham sido constituídos por qualquer outra forma. Ou seja, o parcelamento também é constituição de crédito de contribuição previdenciária além da GFIP, do Auto de Infração, da Notificação de Lançamento, do DGC e do LDC (art. 460 da IN RFB nº 971/2009). 13. Assim, repita se, o LDC para ser considerado válido e produzir efeitos de confissão de dívida, apto para todos os fins, deverá estar devidamente assinado. Dúvidas não há quanto a isso. Ocorre que o LDC é uma forma de confissão de crédito previdenciário não declarado em GFIP, mas não é a única, ou seja, ela não elide que o crédito triubtário seja confessado por outro meio válido, qual seja, pelo parcelamento. 14. O Código Tributário Nacional CTN dispõe que o parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica: Art. 155 A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 15. No caso dos tributos federais, o regramento ordinário de parcelamentos está consolidado na Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, especialmente nos arts. 10 a 16, sendo importante para a análise da presente consulta os seguintes dispositivos: Art. 10. Os débitos de qualquer natureza para com a Fazenda Nacional poderão ser parcelados em até sessenta parcelas mensais, a exclusivo critério da autoridade fazendária, na forma e condições previstas nesta Lei.(Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002) Art. 12. O pedido de parcelamento deferido constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário, podendo a exatidão dos valores parcelados ser objeto de verificação. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 14 C. Poderá ser concedido, de ofício ou a pedido, parcelamento simplificado, importando o pagamento da primeira prestação em confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 16. Ressalvados os parcelamentos especiais previstos em várias leis específicas, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, o parcelamento ordinário, previsto na Lei nº 10.522/2002, está regulamentado na Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15, de 15 de dezembro de 2009. Art. 1º Os débitos de qualquer natureza para com a Fazenda Nacional poderão ser parcelados em até 60 (sessenta) prestações mensais e sucessivas, observadas as disposições constantes desta Portaria. 6

Fl. 23 Fls. 7 1º Às contribuições sociais previstas nas alíneas " a", " b" e " c" do parágrafo único do art. 11 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, devidas a terceiros, assim entendidas outras entidades e fundos, aplica se ao disposto no caput. Art. 6º O requerimento do parcelamento deverá ser: I formalizado em modelo próprio, conforme Anexos I e II, se o parcelamento for requerido no âmbito da RFB, ou Anexo V, se o parcelamento for requerido perante a PGFN; II distinto para cada inscrição, tributo ou outra exação qualquer, com a discriminação dos respectivos valores; III assinado pelo devedor ou por seu representante legal com poderes especiais, nos termos da lei; Art. 12. A formalização do parcelamento importa em adesão aos termos e às condições estabelecidos nesta Portaria. 1º No âmbito da RFB, o parcelamento será formalizado com o protocolo dos documentos previstos no art. 6º, exigíveis conforme o caso. 2º No âmbito da PGFN, o parcelamento será formalizado com a assinatura do Termo de Parcelamento de Débito, após a entrega e análise dos documentos previstos no art. 6º. 3º No caso de pedido de parcelamento pela Internet, a formalização se dará com a confirmação do pagamento da 1ª (primeira) parcela. Art. 28. Implicará rescisão do parcelamento a falta de pagamento de: 2º Rescindido o parcelamento, apurar se á o saldo devedor, providenciando se, conforme o caso, o encaminhamento do débito para inscrição em DAU ou o prosseguimento da cobrança. Art. 29. Poderá ser concedido, de ofício ou a pedido, parcelamento simplificado para o pagamento dos débitos cujo valor seja igual ou inferior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Art. 30. A proposta de parcelamento efetuada de ofício pode ser realizada no momento da notificação da constituição ou da inscrição do débito, ou a qualquer momento pela unidade que administra a cobrança, inclusive por meio eletrônico. 1º A formalização do parcelamento simplificado proposto de ofício se dará com o pagamento da 1ª (primeira) parcela. 2º O pedido de parcelamento simplificado formalizado importa em adesão ao sistema legal de parcelamento de débitos para com a Fazenda Nacional. 7

Fl. 24 Fls. 8 Art. 31. Ao parcelamento simplificado aplicam se as disposições previstas nesta Portaria, exceto as vedações contidas no art. 27. 17. Como se verifica, o pedido de parcelamento para ser válido deverá atender os requisitos do art. 6º da Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15/2009, que inclui os formulários de Pepar Pedido de Parcelamento do Débito (Anexo I) e Dipar Discriminação do Débito a Parcelar (Anexo II) e assinatura, dentre outros. Já para o parcelamento feito na internet, a assinatura será a digital, nos termos da IN SRF 557/2005 ou por meio do e CAC com código de acesso. E para o parcelamento simplificado basta o pagamento da primeira parcela para considerar confessado o débito (art. 14 C da Lei nº 10.522/2002). IN SRF nº 557, de 11.08.2005 Art 1 o O parcelamento de débitos relativos aos tributos e contribuições federais administrados pela Secretaria da Receita Federal (SRF), de que trata a Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 2, de 31 de outubro de 2002, poderá ser efetuado pela Internet, observadas as disposições desta Instrução Normativa. Parágrafo único. O contribuinte deverá possuir certificação digital e CPF ou e CNPJ para efetuar o parcelamento na forma prevista no caput. Art. 2 o O pedido de parcelamento deverá ser formalizado por meio do "Pedido de Parcelamento pela Internet", na página da SRF na Internet, no endereço <www.receita.fazenda.gov.br>, mediante utilização de certificação digital e CPF ou e CNPJ. 1º Compõe o pedido de que trata o caput o formulário Autorização para Débito em Conta de Prestações de Parcelamento pela Internet, conforme modelo constante do Anexo Único. 18. Por seu turno, a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15, de 2009, não estabelece, dentre os documentos necessários para a concessão do parcelamento de contribuições previdenciárias, a necessidade do LDC. 19. Portanto, a Contribuição Previdenciária confessada em parcelamento está apta para cobrança administrativa ou judicial, prescindindo da constituição prévia em LDC, em Notificação de Lançamento, em Auto de Infração, em DCG ou em GFIP. 20. Apenas por apego ao detalhe, embora desnecessário, observa se que não há restrição ao parcelamento de crédito tributário não constituído nas formas estabelecidas no regramento legal. É o que se verifica, por exemplo, na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009: Art. 1 o Poderão ser pagos ou parcelados, em até 180 (cento e oitenta) meses, nas condições desta Lei, os débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e os débitos para com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, inclusive o saldo remanescente dos débitos consolidados no Programa de Recuperação Fiscal REFIS, de que trata a Lei n o 9.964, de 10 de abril de 2000, no Parcelamento Especial PAES, de que trata a Lei n o 10.684, de 30 de maio de 2003, no Parcelamento Excepcional PAEX, de que trata a Medida Provisória n o 303, de 29 de junho de 2006, no parcelamento previsto no art. 38 da Lei n o 8.212, de 24 de julho de 1991, e no parcelamento previsto no art. 10 da Lei n o 8

Fl. 25 Fls. 9 10.522, de 19 de julho de 2002, mesmo que tenham sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos, bem como os débitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI oriundos da aquisição de matérias primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados TIPI, aprovada pelo Decreto n o 6.006, de 28 de dezembro de 2006, com incidência de alíquota 0 (zero) ou como não tributados. 1 o O disposto neste artigo aplica se aos créditos constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa da União, mesmo em fase de execução fiscal já ajuizada, inclusive os que foram indevidamente aproveitados na apuração do IPI referidos no caput deste artigo.(grifou se) 21. E mais especificamente, no caso de Contribuições Previdenciárias, é o que se depreende do já citado art. 240 do Decreto nº 3.048/99. Art. 240. Os créditos de qualquer natureza da seguridade social, constituídos ou não, que forem objeto de parcelamento serão consolidados na data da concessão e expressos em moeda corrente.(grifou se) 22. Assim, na existência de LDC não assinado, os mesmo débitos nele lançados, que forem objeto de parcelamento, estarão confessados e sujeitos à cobrança e inscrição em DAU, passíveis de execução. Conclusão Diante do exposto, soluciona se a consulta interna respondendo à consulente que o parcelamento é confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito tributário. Para a concessão do parcelamento de contribuições previdenciárias, a apresentação dos formulários Pedido de Parcelamento de Débitos (PEPAR) e Discriminação do Débito a Parcelar (DIPAR), devidamente assinados pelo sujeito passivo ou seu representante legal, supre eventual ausência de assinatura no formulário Lançamento de Débito Confessado (LDC). À consideração superior. (ASSINADO DIGITALMENTE) ANDRÉA BROSE ADOLFO Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil (RFB) De acordo. Encaminhe se à Coordenadora da Copen. (ASSINADO DIGITALMENTE) CARMEM DA SILVA ARAÚJO Auditora Fiscal da RFB Chefe da Ditri 9

Fl. 26 Fls. 10 De acordo. À consideração do Coordenador Geral da. (ASSINADO DIGITALMENTE) MIRZA MENDES REIS Auditora Fiscal da RFB Coordenadora da Copen Despacho de Aprovação nº 31 Data: 12 de novembro de 2012 Aprovo a Solução de Consulta Interna. Divulgue se na internet da RFB. (ASSINADO DIGITALMENTE) FERNANDO M Auditor Fiscal da RFB Coordenador Geral da 10