MANUAL MÓDULOS DE INJEÇÃO ELETRÔNICA Para YAMAHA XTZ250 LANDER e YS250 FAZER



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Transcrição:

MANUAL MÓDULOS DE INJEÇÃO ELETRÔNICA Para YAMAHA XTZ250 LANDER e YS250 FAZER Setembro de 2008 Revisão 04 1/73

INFORME IMPORTANTE LEITURA OBRIGATÓRIA Estes produtos não estão homologados para o uso em estradas e vias públicas. Seu uso é de inteira responsabilidade do usuário. A linha de produtos Servitec Performance é destinada para o uso em testes e competições. Os produtos descritos neste manual não garantem de nenhuma forma índices de emissão de gases e de poluição sonora compatíveis com as normas vigentes. Seu uso deverá ser apenas em competições e testes. A Servitec se isenta de qualquer responsabilidade pelo uso indevido de seus produtos. Setembro de 2008 Revisão 04 2/73

HISTÓRICO DE REVISÕES DESTE MANUAL A última revisão deste manual pode ser obtida na web page da Servitec em http://www.servitecmoto.com.br/download. Data Revisão Modificações Fevereiro/2008 01 - Redação inicial PRELIMINAR. Março/2008 02 - Atualização das figuras do software Configurador Servitec. Abril/2008 03 - Avisos sobre o uso de adaptador USB; - Inclusão de funcionalidade: Tabela de Correção Percentual da EV; - Inclusão de funcionalidade: Marcar Trace; - Inclusão da descrição das variáveis da Tela Variáveis Em Tempo Real. Setembro/2008 04 - Inclusão de alerta de uso produto somente para competição e testes; - Inclusão de situações de uso do Configurador Servitec; - Retirada do Produto 50.111.05 (sem previsão de lançamento); - Atualização das telas do Configurador Servitec para adequação a versão 1.04. Setembro de 2008 Revisão 04 3/73

SOBRE A SERVITEC O fantástico crescimento do mercado de motos no Brasil nas últimas décadas, com motores e sistemas com tecnologias cada vez mais avançadas, tem sido o combustível e a motivação da Servitec Indústria Eletrônica. Atualmente a Servitec possui uma vasta linha de módulos de ignição e reguladores de tensão, além de outros produtos para motos e testes elétricos. Possui também uma linha de módulos de ignição voltada ao mercado de competição. Com representantes, distribuidores e revendas em todas as regiões do Brasil, a Servitec atua no mercado de motopeças desde 1991. Com o lançamento da Yamaha YS250 Fazer, em 2005, a Servitec iniciou suas pesquisas para desenvolver um módulo de injeção (ECU). Com o lançamento da XTZ250 Lander os esforços aumentaram. Em 2007 a Servitec já estava com módulos de injeção rodando em motocicletas de teste. Mais informações na web page da Servitec: http://www.servitecmoto.com.br. Setembro de 2008 Revisão 04 4/73

PRODUTOS DESCRITOS NESTE MANUAL Este manual atende aos seguintes produtos: 50.111.10 ECU YS/XTZ 250 Básico 50.111.15 ECU YS/XTZ 250 SemiPró 50.111.20 ECU YS/XTZ 250 Pró 50.111.11 KIT com: 50.111.10 ECU YS/XTZ 250 Básico e 50.111.30 Cabo de Comunicação para produtos Servitec 50.111.16 KIT com: 50.111.15 ECU YS/XTZ 250 SemiPró e 50.111.30 Cabo de Comunicação para produtos Servitec 50.111.21 KIT com: 50.111.20 ECU YS/XTZ 250 Pró e 50.111.30 Cabo de Comunicação para produtos Servitec 50.111.30 Cabo de Comunicação para produtos Servitec Setembro de 2008 Revisão 04 5/73

ÍNDICE INFORME IMPORTANTE LEITURA OBRIGATÓRIA... 2 HISTÓRICO DE REVISÕES DESTE MANUAL... 3 SOBRE A SERVITEC... 4 PRODUTOS DESCRITOS NESTE MANUAL... 5 ÍNDICE... 6 1 - INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INJEÇÃO ELETRÔNICA... 8 1.1 - IGNIÇÃO... 8 1.2 - INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL... 9 1.2.1 - Mistura Pobre, Rica e Estequiométrica... 9 1.2.2 - Quantidade Adequada de Combustível... 11 1.2.3 - A Quantidade Básica.... 11 1.2.4 - As Correções.... 12 1.3 - SENSORES... 13 1.4 - ATUADORES... 13 2 - CABO DE COMUNICAÇÃO 50.111.30... 15 3 - ECUs SERVITEC para YS/XTZ 250... 16 3.1 - INSTALAÇÃO DA ECU NA MOTO... 17 4 - CONFIGURAÇÃO DA ECU SERVITEC... 18 4.1 - CONCEITOS SOBRE A CONFIGURAÇÃO DA ECU SERVITEC... 18 4.2 - INSTALANDO O CONFIGURADOR SERVITEC... 19 4.3 - CONECTANDO A ECU AO PC... 20 5 - USANDO O SOFTWARE CONFIGURADOR SERVITEC... 22 5.1 - Tela Variáveis em Tempo Real... 23 5.1.1 - Descrição das Variáveis... 26 5.2 - Menu Arquivo... 28 5.3 - Menu Configurações da ECU... 28 5.3.1 - Gerais... 29 5.3.2 - Controle da Marcha Lenta... 31 5.3.3 - Injeção... 32 5.3.4 - Ignição... 34 5.3.5 - EGO (Sonda Lambda) ( B) ( S)... 35 5.3.6 - Aceleração e Redução... 38 5.3.7 - Calibração dos Sensores ( B) ( S)... 41 5.3.8 - Verificação de Erros... 42 5.3.9 - Senha... 43 5.4 - Menu Tabelas... 44 5.4.1 - Edição de Tabelas em Duas Dimensões... 44 5.4.2 - Speed Density (MAP x RPM) Eficiência Volumétrica... 52 5.4.3 - Speed Density (MAP x RPM) Correção Percentual... 53 5.4.4 - Alpha-N (TPS x RPM) Falso MAP ( B)... 55 5.4.5 - Ponto (MAP x RPM) Avanço APMS... 56 Setembro de 2008 Revisão 04 6/73

5.4.6 - Correções pela Temperatura (CTS)... 57 5.5 - Menu Informações da ECU... 59 5.5.1 - Informações da ECU... 59 5.5.2 - Histórico de Eventos... 59 5.5.3 - Atualização do Firmware (Software) da ECU... 60 5.5.4 - Verificar Atualização do Firmware (Web Site da Servitec)... 64 5.6 - Menu Configuração do Software... 65 5.6.1 - Porta Serial... 65 5.6.2 - Escalas... 66 5.7 - Menu Ajuda... 66 5.7.1 - Versão do Software... 66 5.7.2 - Verificar Atualização (Web Site da Servitec)... 66 5.8 - Menu Data Logging OFF/ON Ativar/Desativar... 67 6 - LIMITES ELÉTRICOS DAS ECUs... 69 7 - EXEMPLOS DE AJUSTES... 70 7.1 - Alterando o limitador de rotações do motor... 70 7.2 - Alterando o avanço do ponto de ignição... 70 7.3 - Ajustando a injeção para outro combustível... 70 7.4 - Corrigindo mudança de pressão da bomba de combustível... 71 7.5 - O bico injetor foi alterado, como ajustar?... 71 7.6 - Retirando o sensor de inclinação ( B) ( S)... 71 GLOSSÁRIO... 72 SUPORTE... 73 - Indica alguma dica ou informação importante. - Indica um assunto de leitura obrigatório. ( B) - Indica recurso não disponível para a versão Básica 50.111.10. ( S) - Indica recurso não disponível para a versão SemiPró 50.111.15. Setembro de 2008 Revisão 04 7/73

1 - INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INJEÇÃO ELETRÔNICA Antes de utilizar os módulos de injeção eletrônica Servitec é recomendável que se leia este capítulo do manual. O sistema de injeção é o conjunto de componentes do motor com a função de adicionar uma quantidade adequada de combustível ao ar que está sendo admitido pelo motor. Atualmente todos os sistemas de injeção incorporaram também a função de gerar a ignição da mistura de ar e combustível que foi admitida pelo motor. Todos os sistemas de injeção eletrônica possuem uma unidade controle, chamada de ECU (Electronic ou Engine Control Unit), que recebe os sinais dos vários sensores, analisa estes sinais e envia comandos aos atuadores. Sensores são os componentes que detectam as condições do motor. Por exemplo: bobina de pulsos, sensor de pressão na admissão. Atuadores são os componentes que agem de alguma forma sobre o motor. Por exemplo: bobina de ignição, bico injetor, bomba de combustível. Apesar do sistema de injeção efetuar as funções de injeção e ignição, é mais simples abordar as duas funções separadamente. 1.1 - IGNIÇÃO A cada ciclo do motor, sua câmara de combustão se enche da mistura ar e combustível. Esta mistura deve queimar para que o motor gere energia mecânica em forma de força de rotação. Porém a mistura não pode queimar a qualquer momento. Sua queima deve iniciar no momento mais favorável para que se obtenha uma grande pressão dentro da câmara de combustão, porém sem gerar riscos ao motor. O momento do início da queima, ou ignição da mistura, é chamado de Ponto de Ignição, ou simplesmente Ponto. O Ponto é definido pela posição do pistão. Há duas posições do pistão que podem ser usadas como referência: PMS (Ponto Morto Superior) e PMI (Ponto Morto Inferior). A figura ao lado mostra a posição do pistão quando ele está no PMS e no PMI. Marcação do PMS e PMI Para identificar a posição do pistão utiliza-se a posição do volante. Como o pistão está preso no virabrequim pela biela e o virabrequim está preso ao volante, suas posições estão diretamente ligadas. A posição do volante é medida em graus, sendo que quando o pistão está no PMS considerase o volante em 0º. A cada volta completa do volante (360º) o pistão sai do PMS, passa pelo PMI Setembro de 2008 Revisão 04 8/73

e retorna ao PMS. Na grande maioria dos motores, o Ponto sempre ocorre Antes do PMS (APMS). Assim sendo, o Ponto é medido ou definido em ºAPMS. Por exemplo: Se o Ponto ocorrer quando o volante está na posição de 350º, então ocorreu em 10ºAPMS. Para um bom rendimento do motor, o Ponto deve variar de acordo com algumas condições de uso do motor, entre elas: velocidade de rotação do motor, quantidade de mistura dentro do motor, temperatura, entre outras. O aumento da posição do Ponto em ºAPMS chama-se avanço do Ponto. Sua diminuição chama-se atraso do Ponto. Por exemplo: se o Ponto passou de 10ºAPMS para 20ºAPMS então ele avançou 10º. A variação do Ponto, atraso e avanço, quando relacionada com as condições de uso do motor é chamada de curva de avanço e é definida por uma tabela de dados. Para a ignição da mistura no Ponto definido é necessário que ocorra algum fenômeno dentro da câmara de combustão. O mais comum é a centelha, ou faísca, gerada nos eletrodos da vela de ignição por uma descarga elétrica de alta tensão. Para gerar uma descarga de alta tensão sempre é utilizada uma bobina de ignição. A bobina de ignição, de maneira bem simples, pode ser considerada como um multiplicador de tensão, que ao receber um impulso elétrico de baixa ou média tensão em um dos seus terminais faz aparecer no outro terminal, que fica ligado na vela de ignição, um pulso de alta tensão. O impulso elétrico de baixa ou média tensão sobre a bobina é gerado pela descarga de uma quantidade de energia elétrica que foi previamente armazenada. Esta energia pode ser armazenada na própria bobina de ignição ou então no circuito eletrônico Faísca na vela de ignição ligado nela. 1.2 - INJEÇÃO DE COMBUSTÍVEL A cada ciclo do motor, a câmara de combustão recebe uma quantidade de ar. Este ar deve receber uma quantidade adequada de combustível para que quando esta mistura queime, se obtenha um bom rendimento do motor sem comprometer ou gerar danos aos seus componentes. 1.2.1 - Mistura Pobre, Rica e Estequiométrica Quando a mistura de ar e combustível dentro da câmara de combustão queima, o oxigênio deste ar é consumido. Admissão da mistura de ar e combustível Setembro de 2008 Revisão 04 9/73

Se a quantidade de combustível misturado no ar é pequena (falta combustível) então nem todo o oxigênio presente será consumido na queima. Esta situação é chamada de mistura pobre. A mistura pobre tem vantagens e desvantagens: Vantagem da Mistura Pobre Economia. Desvantagens da Mistura Pobre Pode causar superaquecimento e até quebra do motor; Baixo rendimento (potência). Se a quantidade de combustível misturado no ar é grande (sobra combustível) então todo o oxigênio presente será consumido na queima e sobrará combustível sem queimar. Esta situação é chamada de mistura rica. Assim como a mistura pobre, a mistura rica possui vantagens e desvantagens: Vantagens da Mistura Rica Alto rendimento (potência); Aquecimento reduzido; Condição segura para o motor. Desvantagens da Mistura Rica Alto consumo; Excessivamente rica pode causar falhas na queima da mistura. Uma terceira possibilidade é quando a quantidade de combustível é exatamente a necessária para consumir todo o oxigênio presente. Após a queima não sobra nem oxigênio e nem combustível. Esta situação é chamada de mistura estequiométrica. Como as outras possibilidades, há vantagens e desvantagens: Vantagens da Mistura Estequiométrica Boa condição de uso; Reduzida emissão de poluentes; Consumo moderado. Desvantagens da Mistura Estequiométrica Não é a situação de maior rendimento do motor (potência); É difícil de ser mantida em condições de variação, como em aceleração. Entre as três possibilidades para a mistura, a mais usual é a mistura rica, pois é a mais segura para o motor. Algumas informações sobre combustível e ar: 1 kg de Gasolina Pura tem aproximadamente 1,35litros; 1 kg de Álcool Hidratado tem aproximadamente 1,25litros; 1 kg de Ar tem aproximadamente 800litros. Formam uma mistura estequiométrica (aproximadamente): 14,7kg de Ar com 1 kg de Gasolina Pura; 9,0kg de Ar com 1 kg de Álcool (Etanol) Puro; 13,3kg de Ar com 1 kg de Gasolina Brasileira (mistura de 75% e gasolina com 25% de álcool) Setembro de 2008 Revisão 04 10/73

1.2.2 - Quantidade Adequada de Combustível A quantidade adequada de combustível que será misturada ao ar depende de uma grande quantidade de fatores, e também deve atender alguns requisitos, entre eles: Requisitos que influenciam a mistura Desempenho; Economia; Durabilidade; Normas (poluição); E outras... Fatores que influenciam a mistura Eficiência volumétrica do motor; Pressão no coletor de admissão; Velocidade de rotação do motor; Temperatura do motor; Temperatura do ar; Pressão barométrica; Condição de aceleração; Condição de desaceleração; Condição de partida; Condição de marcha lenta; Condição de afogamento do motor; E outras... A quantidade adequada de combustível é definida, normalmente, por uma quantidade básica e correções. 1.2.3 - A Quantidade Básica. A quantidade básica é baseada na quantidade de ar que entra no motor a cada ciclo. A quantidade de ar deve ser definida em massa e não em volume, pois para saber quanto combustível deve ser misturado ao ar é necessário saber quantas moléculas de ar há e não qual seu volume (litros). A quantidade de ar pode ser medida diretamente ou indiretamente. Diretamente pode ser medida por um sensor de massa de ar (MAF), porém este método é pouco usado devido ao alto valor do sensor. Indiretamente, que é o método mais comum, é medida baseada nos sinais de três sensores: de velocidade de rotação, de pressão (MAP) e de temperatura do ar (MAT) na admissão. A velocidade de rotação e a pressão do ar são usadas para obter a eficiência volumétrica (EV) do motor, que é sua principal característica. O método que define a EV do motor em função da velocidade de rotação e da pressão do ar é chamado de Speed Density. É o método mais usado. A temperatura do ar é usada para definir a densidade do ar admitido. Normalmente a temperatura do ar entra no cálculo da quantidade básica de combustível como uma correção, sendo que a temperatura padrão (sem correção) é 20ºC. Setembro de 2008 Revisão 04 11/73

Outra forma de definir a EV do motor é através do sensor de posição do acelerador (TPS). São usados então o TPS e a velocidade de rotação do motor. Este método é usado principalmente em caso de falha do MAP ou em baixas rotações, quando o sinal do MAP é instável. A forma mais comum é usar o sinal do TPS e da velocidade de rotação para definir um valor correto para a pressão na admissão. Neste caso o sensor MAP é ignorado e é usado o valor de pressão definido. O método que define a EV do motor em função da velocidade de rotação e da posição do acelerador é chamado de Alpha-N. É o método normalmente usado quando o sensor de pressão na admissão falha ou quando a leitura da pressão é inconsistente. Um exemplo: se em uma situação de velocidade de rotação de 4.000 RPM e pressão absoluta na admissão de 30kPa (quilo pascal) um motor de 0,25 litros, com um cilindro, tem eficiência volumétrica de 50%, então nessa condição este motor admite o correspondente a 50% do volume de 0,25 litros de ar, ou seja: 0,125 litros de ar. Resumindo: quanto maior a eficiência volumétrica do motor, maior será a quantidade de ar que ele conseguirá admitir por ciclo e por conseqüência maior será a quantidade de combustível necessária. Sabendo a massa de ar que está entrando no motor pode-se definir quanto combustível será necessário, sem as correções. A quantidade de combustível é definida pelas características do combustível, e por algumas características do sistema. De forma básica define-se qual o tempo que a válvula injetora de combustível (bico injetor) deve ficar aberta para atender uma eficiência volumétrica de 100%. No exemplo anterior, a eficiência volumétrica foi de 50%, o que indicaria que o bico injetor deveria ficar a metade do tempo aberto quando comparado à situação de eficiência volumétrica de 100%, sendo considerado somente a variação da eficiência volumétrica. O tempo de abertura em função da eficiência volumétrica corresponde à quantidade básica de combustível. 1.2.4 - As Correções. As correções são modificações no tempo que o bico injetor fica aberto ou acionado. As correções são diversas e aplicadas de várias formas. Não são citadas todas as correções neste capítulo, apenas algumas que servirão de exemplo para a compreensão. Como em muitos casos as correções são somadas, é usual definir 100% para sem correção, acima de 100% para acréscimos e abaixo de 100% para decréscimos. A temperatura do ar indica sua densidade. Quanto mais quente o ar, menos denso; quanto mais frio, mais denso. Exemplo: em uma situação onde o tempo de abertura do bico injetor é de 10ms quando o ar está a 20ºC, então se o ar estiver a 40ºC (93,6% da densidade do ar a 20ºC) o tempo será de: 10 ms 93,6% = 9, 36ms Em outras palavras: se o ar está mais quente a quantidade de moléculas de ar para o mesmo volume é menor, logo a quantidade de combustível deve ser menor também. Setembro de 2008 Revisão 04 12/73

O bico injetor tem a característica de demorar um tempo para abrir, porém fecha quase instantaneamente. O tempo para abrir depende da tensão aplicada ao bico injetor, que por sua vez depende da tensão da bateria. Exemplo: com uma tensão de bateria de 13,2V um bico injetor leva 0,8ms para abrir, mas com uma tensão de 11,2 levará mais tempo: 1,0ms. Assim o tempo em que o bico injetor fica acionado deve aumentar 0,2ms para que o tempo em que ele está aberto se mantenha o mesmo. 1.3 - SENSORES Sensores são os componentes no sistema de injeção usados para detectar ou medir uma determinada condição do motor ou do veículo/motocicleta. Já foram mencionados alguns sensores como o MAP e o TPS. A grande maioria dos sensores é conhecida pela abreviatura do seu nome em inglês. A seguir uma lista com os mais comuns: Sensor MAP Manifold Absolute Pressure Sensor MAT Manifold Air Temperature ou ACT Air Charge Temperature ou IAT Intake Air Temperature TPS Throttle Position Sensor Descrição Sensor de pressão absoluta no coletor de admissão Sensor de temperatura do ar do coletor de admissão Sensor de posição do acelerador CLT Coolant Liquid Temperature Sensor Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento CTS Coolant Temperature Sensor Sensor de temperatura do motor Bobina de Pulso Variable Reluctor Sensor ou Sensor de posição do volante ou virabrequim CKP Crankshaft Position VSS Vehicle Speed Sensor Sensor de velocidade do veículo/motocicleta BARO Barometric Pressure Sensor Sensor de pressão barométrica, normalmente é usado o próprio MAP EGO Exhaust Gas Oxygen ou HEGO Heated EGO ou Sensor de oxigênio presente nos gases do escape Sonda Lambda ou Sonda O2 AFS Air Flow Sensor MAF Mass Air Flow VAF Volume Air Flow sensor KS Knock Sensor Sensor de fluxo de ar Sensor de massa de ar Sensor do volume do fluxo de ar Sensor de detonação 1.4 - ATUADORES Atuadores são os componentes no sistema de injeção usados para agir sobre o motor ou sobre outros componentes do sistema. Já foram mencionados alguns atuadores como a bobina de ignição. Os atuadores podem ser eletro-eletrônicos ou não. Os mais comuns são: Setembro de 2008 Revisão 04 13/73

Atuador Bico Injetor Bomba de combustível Bobina de ignição Fast Idle ou Fastidle IAC Idle Air Control Válvula do Acelerador Throttle Valve Conversor Catalítico ou Catalisador Regulador de Pressão da Linha de Combustível Amortecedor de Pulsação Vela de Ignição Sistema de indução de ar no escape Descrição Válvula que injeta combustível ao ar que será admitido pelo motor. Bomba que pressuriza o combustível que será injetado. Bobina que transforma baixa e média tensão em alta tensão para aplicação sobre a vela de ignição. Válvula de passagem de ar que facilita a partida e mantém a marcha lenta. Refere-se à válvula de controle do ar de marcha lenta, também conhecida por motor de passo da marcha lenta. Válvula que ajusta a passagem do ar que será admitido pelo motor, pode ser manual e elétrica quando o motor é drive-bywire. Provoca reações químicas nos gases do escape reduzindo a quantidade de gases poluentes. Limita a pressão na linha combustível antes do bico injetor Componente usado em sistemas sem retorno (sem linha de retorno de combustível para o tanque) reduz a variação de pressão na linha antes do bico injetor. Componente usado para gerar o arco elétrico que fará a ignição da mistura dentro da câmara de combustão. Sistema usado para misturar ar aos gases do escape com o objetivo de redução dos poluentes Setembro de 2008 Revisão 04 14/73

2 - CABO DE COMUNICAÇÃO 50.111.30 Alguns produtos Servitec possuem um conector, do padrão MiniFit Macho de 8 pinos, para comunicação de dados com o computador e ligação de acessórios. A conexão entre o produto Servitec e o computador deve ser feita com o Cabo de Comunicação 50.111.30. DB9 Fêmea O Cabo de Comunicação possui 3 conectores: Conector DB9 Fêmea: deve ser ligado na porta serial do computador. Conector MiniFit Fêmea de 8 pinos: deve ser ligado ao produto Servitec. Conector MiniFit Macho de 8 pinos: fica disponível para a conexão de acessórios no produto Servitec. Se o produto Servitec tiver algum acessório conectado será necessário desconectar o acessório, conectar o cabo de comunicação e conectar o acessório no cabo de comunicação. MiniFit Macho MiniFit Fêmea Setembro de 2008 Revisão 04 15/73

3 - ECUs SERVITEC para YS/XTZ 250 As ECUs Servitec para as motos Yamaha YS250 Fazer e XTZ250 Lander foram totalmente desenvolvidas na Servitec. São de fácil instalação. Possuem conector de comunicação e expansão, que pode ser usado para a conexão com sensores adicionais e com o cabo de comunicação 50.111.30. Todos os modelos possuem comunicação com o software Configurador Servitec e são configuráveis. Todos os modelos possuem análise de erros e modos de controle alternativo que permitem que a moto continue rodando mesmo com a falha de algum determinado sensor. Todos os modelos suportam atualização do seu software interno (firmware). As atualizações de firmware são disponibilizadas na web page da Servitec em http://www.servitecmoto.com.br/download e podem ser feitas com o uso do software de computador Configurador Servitec. Também é possível a alteração de modelo, mas somente mediante envio para a fábrica da Servitec. IMPORTANTE: o serviço de alteração de modelo não é gratuito! As ECUs Servitec saem de fábrica configuradas para permitir ligar a moto e trafegar com ela, mas não é uma configuração com objetivo de aumentar rendimento, pois, assim como a ECU original, é baseada na moto como ela sai da fábrica. As ECUs Servitec estão disponíveis em Kits, com a ECU e o cabo de comunicação, ou somente a ECU. Os acessórios são comercializados separadamente. A lista completa e atualizada de acessórios está disponível em http://www.servitecmoto.com.br/injecao.htm. São três modelos de ECUs disponíveis para as YS250 Fazer e XTZ250 Lander: Setembro de 2008 Revisão 04 16/73

50.111.10 50.111.15 50.111.20 Básico SemiPró Pró Indicada para modificações básicas na moto; Configuração básica; Não suporta acessórios. Indicada para modificações intermediárias ou profundas na moto; Configuração média; Não suporta acessórios. Indicada para modificações profundas na moto; Configuração avançada; Suporta todos acessórios. Este manual atende qualquer uma das ECUs indicadas. 3.1 - INSTALAÇÃO DA ECU NA MOTO Para instalar a ECU Servitec siga os seguintes passos: 1. Desligue o corta corrente da moto; 2. Desligue e retire a chave da ignição; 3. Solte o banco e encontre a ECU; 4. Substitua a ECU original pela ECU Servitec; 5. Fixe a ECU Servitec adequadamente; 6. Ligue o corta corrente; 7. Coloque a chave na ignição e ligue; 8. Verifique se a bomba de combustível foi acionada e desligou; 9. Pode dar partida na moto. Corta Corrente Ignição Caso a moto possua fiação modificada tome cuidado para não aproximar a ECU da bobina de ignição e cabo de vela. O sistema de ignição gera elevada interferência e pode causar mau funcionamento da ECU. Setembro de 2008 Revisão 04 17/73

4 - CONFIGURAÇÃO DA ECU SERVITEC Para monitorar, configurar ou atualizar o firmware da ECU Servitec é necessário o uso do software Configurador Servitec. A versão mais atual do software Configurador Servitec pode ser obtida na web page da Servitec em http://www.servitecmoto.com.br/downloads.htm. 4.1 - CONCEITOS SOBRE A CONFIGURAÇÃO DA ECU SERVITEC A ECU Servitec possui três memórias: Memória volátil, que pode ser modificada em qualquer momento e que perde todos os dados quando a ECU é desligada; Memória permanente, que pode ser modificada em condições especiais e que nunca perde seus dados, mesmo que a ECU fique desligada por um longo período; Memória do firmware, que nunca perde seus dados, mesmo que a ECU fique desligada por um longo período e só pode ser alterada por uma atualização de firmware. Sempre que a ECU é ligada, uma cópia de toda sua configuração é feita da memória permanente para a memória volátil, sendo que a ECU utiliza sempre as informações da memória volátil. As modificações na configuração feitas com o Configurador Servitec são realizadas na memória volátil. Se a ECU é desligada as modificações são perdidas. Para não perder a configuração, é possível salvá-la na memória permanente da ECU. Para salvar a configuração da memória volátil para a permanente utiliza-se o botão do Configurador Servitec. Isto vale para todas as configurações, inclusive a senha. Detalhes serão apresentados no decorrer deste capítulo. Para realizar qualquer alteração na configuração é necessário informar a senha correta da ECU. A senha pode ser alterada. A senha padrão de fábrica é ABCDE (em maiúsculo). Algumas configurações podem tirar o módulo de funcionamento ou fazer a moto parar. Neste caso é possível recuperar a configuração de fábrica. Na memória do firmware há uma cópia da configuração padrão que pode ser restaurada. Sempre que a configuração padrão é restaurada, a senha retorna para ABCDE. Quando a configuração padrão é Setembro de 2008 Revisão 04 18/73

recuperada ela não é salva na memória permanente, somente é copiada para a memória volátil. Para salvar na memória permanente é necessário usar o botão. Se a senha de um módulo não é conhecida, não é possível alterar suas configurações. A única possibilidade é restaurar o padrão de fábrica, recuperando a senha padrão e perdendo a configuração anterior. O firmware pode ser atualizado pelo processo de upgrade. Sempre que a Servitec identificar uma melhoria ou corrigir alguma anomalia no firmware da ECU, será disponibilizado na web page da Servitec em http://www.servitecmoto.com.br/downloads.htm o firmware atualizado para o upgrade. 4.2 - INSTALANDO O CONFIGURADOR SERVITEC Para instalar o Configurador Servitec é necessário verificar se o computador atende todos os requisitos necessários: Interface Serial ou Interface USB com adaptador USB-Serial*; Serial USB Windows 95 ou Windows XP; 256MB de memória RAM ou mais; Monitor com resolução 800x600 ou superior; 20MB de espaço de disco rígido (HD) ou mais; Drive de CDROM ou conexão com a internet. * O adaptador USB-Serial pode ser adquirido em lojas de informática. Setembro de 2008 Revisão 04 19/73

Para instalar o software insira o CD que acompanha o Kit no drive de CDROM do computador e aguarde a execução do instalador. Se isso não ocorrer, utilize o Windows Explorer e execute o arquivo CS- Setup.exe do CD. Siga as instruções do instalador. Outra opção é fazer o download do instalador CS-Setup.exe diretamente da web page da Servitec em http://www.servitecmoto.com.br/downloads.htm. 4.3 - CONECTANDO A ECU AO PC Para que a ECU comunique com o software Configurador Servitec é necessário conectá-la ao computador. Para conectar a ECU ao computador utilize o cabo de comunicação Servitec 50.111.30, seguindo os passos indicados: 1. Desligue a moto e retire a chave da ignição; 2. Desconecte qualquer acessório no conector auxiliar da ECU; Conector Auxiliar 3. Conecte o acessório ao cabo de comunicação 50.111.30; 4. Conecte o cabo de comunicação na ECU; 5. Se o computador não possui interface serial veja mais adiante sobre a utilização de adaptador USB-Serial; Setembro de 2008 Revisão 04 20/73

6. Conecte o cabo de comunicação à interface serial do computador; 7. Coloque a chave na ignição e ligue; 8. Execute o software Configurador Servitec. ADAPTADOR USB-SERIAL Se o computador não possui interface serial então um adaptador USB-Serial pode ser usado. Instale o adaptador USB-Serial conforme as instruções do fabricante do adaptador. Tenha certeza que ele está instalado e funcionando corretamente. Em alguns computadores o uso de adaptador USB-Serial pode causar instabilidade na conexão da ECU com o computador quando o motor está em funcionamento. Até o momento não foi possível identificar e resolver este problema. 6. Conecte o cabo de comunicação ao adaptador USB-Serial; 7. Coloque a chave na ignição e ligue; 8. Execute o software Configurador Servitec. Setembro de 2008 Revisão 04 21/73

5 - USANDO O SOFTWARE CONFIGURADOR SERVITEC Todos os recursos descritos são baseados no Configurador Servitec Versão 1.04 e nos firmwares disponíveis durante a edição deste manual. Versões diferentes podem conter recursos diferentes. Recomenda-se verificar periodicamente a existência de atualizações tanto para o Configurador Servitec quando para o firmware da ECU. Para executar o Configurador Servitec procure pelo ícone ou vá em. Quando executado, o software Configurador Servitec apresenta uma tela inicial informando sua versão. Após dois segundos o Configurador tenta estabelecer a comunicação com a ECU usando a última porta COM configurada. Setembro de 2008 Revisão 04 22/73

5.1 - Tela Variáveis em Tempo Real Esta tela é usada para monitorar os sinais recebidos e gerados pela ECU e avaliar os resultados das configurações realizadas. O Configurador Servitec recebe as informações da ECU a cada 0,1 segundos. Os dados apresentados na tela Variáveis em Tempo Real são todos lidos pelo Configurador Servitec da ECU, ou seja, mostra o estado atual da ECU a cada 0,1 segundos. A tela de variáveis em tempo real apresenta as principais entradas e saídas da ECU. Ela é dividida em vários campos. São eles: Setembro de 2008 Revisão 04 23/73