Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais Linha de Financiamento BNDES Exim Automático Classificação: Ostensivo Capítulo II - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DAS OPERAÇÕES FORMALIZADAS POR MEIO DE DESCONTO DE CARTAS DE CRÉDITO 1. PEDIDO DE FINANCIAMENTO O pedido de financiamento deverá ser formalizado mediante Ficha Resumo de Operação FRO-Exim Automático (Anexo 1), a ser enviada para o endereço eletrônico exim.automatico@bndes.gov.br pelo Exportador, diretamente ou por intermédio do Banco Mandatário, respeitada a validade da linha de crédito. 2. HOMOLOGAÇÃO 2.1. Após a verificação de conformidade do pedido de financiamento em relação à linha de crédito aprovada à Instituição Financeira devedora, será encaminhada, pela Área de Comércio Exterior do BNDES, carta ao Exportador, comunicando acerca da homologação. 3. LIBERAÇÃO 3.1. Para a liberação de recursos, o Banco Mandatário deverá encaminhar ao BNDES os documentos relacionados abaixo: 3.2. a) Instrumento de Cessão de Direitos e Pedido de Liberação PL assinada pelos representantes legais do Banco Mandatário e do Exportador (Anexo 2), no qual estejam discriminados o número do Registro de Operação de Crédito (RC), que deve mencionar o termo DEFERIDO, no campo Status e apresentar condições financeiras idênticas àquelas aprovadas pelo BNDES à Instituição Financeira devedora, e todos os Registros de Exportação RE obtidos junto ao SISCOMEX, através do sistema NOVOEX, que devem apresentar o status AVERBADO no campo Situação do RE. Adicionalmente, o Instrumento de Cessão de Direitos e Pedido de Liberação PL deverá tratar da cessão de direitos da carta de crédito pelo Exportador ao BNDES, relativa 1 ao financiamento homologado. a.1) No verso do Instrumento de Cessão de Direitos e Pedido de Liberação PL também devem estar assinadas as seguintes declarações: (i) Declaração de Compromisso do Exportador (Combate à Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais) 2 ; 1 Alínea alterada conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015. 2 Subalíena alterada conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015.
(ii) Declaração de inexistência de decisão administrativa final sancionadora, exarada por autoridade ou órgão competente, em razão da prática de atos, pelo Exportador ou por seus dirigentes, que importem em discriminação de raça ou gênero, trabalho infantil ou trabalho escravo, e/ou de sentença condenatória transitada em julgado, proferida em decorrência dos referidos atos, ou ainda, de outros que caracterizem assédio moral ou sexual, ou importem em crime contra o meio ambiente; (iii) Declaração de inexistência de inadimplemento com a União, seus órgãos e entidades das Administrações direta e indireta, excluídas as obrigações cuja comprovação de adimplemento deva ser feita por intermédio de certidão, em razão da legislação vigente; (iv) Declaração de inexistência das vedações estabelecidas na Constituição Federal, artigo 54, incisos I e II; e (v) Declaração de inexistência contra si e seus dirigentes de decisão condenatória administrativa ou judicial, que importe em proibição de contratar com instituições financeiras oficiais ou com a Administração Pública, ou de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, em razão da prática de atos ilícitos definidos em lei, tais como nas Leis nº 8.429, de 2 de junho de 1992; nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (ou outras normas de licitações e contratos da administração pública); nº 9.504, de 30 de setembro de 1997; nº 12.529, de 30 de novembro de 2011; e n 12.846, de 1º de agosto de 2013 3. b) Cópia da Carta de Crédito, emitida durante a validade da linha de crédito, acompanhada do Certificate of Compliance (Anexo 5); c) Comprovação de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, mediante apresentação, pelo Exportador, de Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União (CND) ou de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União (CPEND), expedida conjuntamente pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), por meio da INTERNET, a ser extraída do endereço www.receita.fazenda.gov.br ou www.pgfn.fazenda.gov.br, válida até a data de transferência de recursos para o Exportador; a comprovação de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional também poderá ser feita mediante a apresentação de Certidão Positiva de Débito (CPD), desde que seja comprovado pelo Exportador, neste caso, que o(s) débito(s) ou pendência(s) não decorre(m) de contribuições sociais previstas nas alíneas a, b e c do parágrafo único do artigo 11 da Lei nº 8.212/91, de contribuições 3 Subalínea alterada conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015.
incidentes a título de substituição e/ou de contribuições devidas, por lei, a terceiros; 4 d) Comprovação de que o Exportador está em dia com as obrigações relativas ao FGTS, mediante apresentação de Certificado de Regularidade do FGTS, expedido pela Caixa Econômica Federal, a ser extraído pelo Exportador e cuja autenticidade deverá ser verificada pelo BNDES no endereço eletrônico www.caixa.gov.br; e) Comprovação de que o Exportador está em dia com a entrega da Relação Anual de Informações Sociais RAIS; e f) outros documentos julgados necessários pelo BNDES. 3.3. O prazo para a apresentação dos Instrumentos de Cessão de Direitos e Pedido de Liberação PL vinculados a cada FRO-Exim Automático será de 360 (trezentos e sessenta) dias, a contar da data da homologação, conforme item 2, podendo ser prorrogado, a critério do BNDES. 3.4. A liberação de recursos está condicionada, ainda, à inexistência de inadimplemento de qualquer natureza perante o Sistema BNDES, por parte da Instituição Financeira devedora, do Exportador ou de empresa integrante do grupo econômico a que estes pertençam 5, ou de qualquer fato que venha a alterar a situação econômico-financeira das referidas empresas e que, a critério do BNDES, possa afetar a segurança da realização da operação, nos termos aprovados pelo BNDES. 3.5. O Instrumento de Cessão de Direitos e Pedido de Liberação PL só deverá ser submetido pelo Banco Mandatário ao BNDES após a conferência dos poderes e abono das assinaturas. 3.6. O valor a ser desembolsado pelo BNDES será apurado mediante a aplicação da taxa de desconto às cartas de crédito emitidas ou confirmadas pela Instituição Financeira devedora, conforme fórmula de cálculo apresentada no Anexo 3. 3.7. A liberação será processada por meio de crédito em conta-corrente de titularidade do Banco Mandatário, por este indicada, na forma estabelecida pelo BNDES, e comunicada mediante aviso de crédito, que ficará à disposição do Banco Mandatário no protocolo do BNDES. 3.8. O Banco Mandatário deverá transferir ao Exportador, ou à sua ordem, os recursos liberados pelo BNDES, até o primeiro dia útil seguinte à data dessa liberação, deduzida a Comissão do Banco Mandatário. 4. CARACTERÍSTICAS DAS CARTAS DE CRÉDITO 4.1. A carta de crédito deverá ser emitida ou confirmada em caráter irrevogável e intransferível, com observância das práticas e usos uniformes para créditos documentários, inclusive no que tange aos seus 4 Subalínea alterada conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015. 5 Subitem alterado conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015.
requisitos essenciais de forma, consoante a Brochura nº 600 da Câmara de Comércio Internacional e respectivas revisões. As informações da carta de crédito deverão ser completas e precisas, especialmente em relação aos requisitos previstos no Anexo 4 6. 4.1.1. O valor das prestações (valores de principal e de juros) e as respectivas datas de pagamento deverão constar, obrigatoriamente, do Certificate of Compliance. 4.2. Todos os valores constantes das cartas de crédito, aí incluídos o principal e os juros compensatórios, deverão ser expressos em dólares dos Estados Unidos da América ou em euros. 4.3. As parcelas referentes à amortização de principal e aos juros deverão ter vencimento semestral. As parcelas de juros deverão ser calculadas sobre o saldo devedor e serão devidas nas mesmas datas de vencimento das parcelas de principal, exceto no caso de homologação pelo BNDES de prazo de carência de principal, hipótese em que os juros permanecerão exigíveis durante o período de carência, obedecida a sistemática de pagamento semestral. 5. PAGAMENTO 5.1. A Instituição Financeira devedora deverá realizar o pagamento do financiamento por meio de crédito em conta-corrente informada pelo Banco Mandatário e nas datas constantes do fluxo de principal e juros informado no Certificate of Compliance. 5.1.1. O Banco Mandatário é o responsável pela cobrança no exterior e 7 pelo fechamento de câmbio para o BNDES. 6 Subitem alterado conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015. 7 Subitem alterado conforme a Circular AEX nº 04/2015, de 06 de abril de 2015.
Relação de Anexos Anexo 1 - Ficha Resumo de Operação de Exportação FRO-Exim Automático Anexo 2 - Instrumento de Cessão de Direitos e Pedido de Liberação PL Anexo 3 - Sistemática de Cálculo do Valor da Liberação Anexo 4 - Modelo de Campos Obrigatórios da Carta de Crédito Anexo 5 - Modelo de Certificate of Compliance