Os cubistas adotaram uma atitude mais analítica. Ao contrário dos expressionistas alemães. Desenvolveram um novo método de estruturação sistemática do quadro, que consiste na reprodução de volumes como ritmos de superfície. Decompunham os objetos para depois voltar a compô-los reduzindo-os a elementos esteriométricos (parte da geometria que trata da medição dos volumes dos sólidos) como cubos, cilíndros, cones e esferas. Representaram vários ângulos de um objeto, ignorando a sua forma original, para assim os exibir de uma maneira mais completa. Não viam no quadro uma ilusão, mas sim um organismo sujeito as leis próprias e relacionado a superfície e o formato do quadro. Para pôr em relevo, na tela, as relações internas, o ritmo e as formas do quadro, os cubistas renunciaram com freqüência a um cromatismo que produzisse sentimentos ou acentuasse a imagem representada. Limitavam-se a tons castanhos ou cinzentos, geralmente.
O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes. Principais características: geometrização das formas e volumes; renúncia à perspectiva; o claro-escuro perde sua função; representação do volume colorido sobre superfícies planas; sensação de pintura escultórica; cores austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um castanho suave. Decomposição NÃO segundo a forma e SIM segundo a imaginação.
Picasso Fase azul (1901-1904) Representa a tristeza e a melancolia dos mais pobres Fase rosa (1905-1907) quando pinta acrobatas e arlequins
Descobre a arte africana e compreende que o artista negro não pinta ou esculpe de acordo com as tendências de um determinado movimento estético, mas com maior liberdade. Com isso desenvolveu uma revolução na arte. Começa a elaborar a estética cubista. Pablo Picasso - Espanhol As meninas d Avignon, 1907
Casa e L Estaque 1908 George Braque Le Viaduc à L'Estaque 1908 George Braque
Cubismo Analítico : (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos. Essa fragmentação foi tão grande, que se tornou impossível o reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos tons de castanho, cinza e bege. O fundo do quadro não se distingue do primeiro plano porque se interpenetram. Comparando um elemento com outro que parece estar no primeiro plano, torna-se elemento de fundo ao ser comparado a um terceiro. DIFÍCIL IDENTIFICAÇÃO O Português George Braque
Cubismo Sintético: (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando também no observador as sensações táteis. Colagem, fotomontagem, montagem George Braque Mulher com violão, 1913
Colagem, fotomontagem, montagem. Materiais: letras, palavras, números, pedaços de madeira, jornais, vidro e metal fragmentos reais ou representados de objetos do cotidiano. Desperta sensações táteis nas pessoas. A ideia é transformar o quadro no objeto a ser exposto ao observador. Natureza Morta com Fruteira Sobre a Mesa, 1914 Pablo Picasso
Natureza Morta em Cadeira de Palha, Pablo Picasso, 1912 Natureza morta, Pablo Picasso
Pablo Picasso - Espanhol Retrato de Dora Maar, 1937
Mural Guernica, 1937 - Pablo Picasso Espanhol A Guerra Republicana Espanhola durou 3 anos e foi prelúdio da 2ª Guerra Mundial. Protesto pessoal à destruição à cidade Guernica por um bombardeio dos Alemães. A pedido do Governo Espanhol Picasso decompôs segundo sua imaginação. Grito de horror e amarga acusação pânico, dor. Alvo dos bombardeios do regime fascista traduz o horror, consternação, aflição. Fragmentos, formas distorcidas, destroçadas, cores limitadas representação do aniquilamento Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Os princípios cubistas Fernand Léger Elementos mecânicos, 1918-1923 Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Decomposição com linguagem ingênua. Cubismo -> Surrealismo Decomposição com linguagem ingênua. Cubismo -> Futurismo Eu e a Vila (1911), Marc Chagall Marcel Duchamp Nu a Descer uma escada, 1912
Futurismo 1909-1915 REAÇÃO À ESTÁTICA DO CUBISMO Tempo Entusiasmo pelas inovações técnicas e uma grande confiança no futuro. Captar as imagens fugazes que passam diante da retina no espaço de segundos, reunindo num quadro numerosas impressões como se tratasse de uma fotografia demasiado exposta à luz. Escondia-se a tentativa de conferir uma nova dimensão à pintura, a qual, de fato, era estática: a dimensão do tempo, ou melhor, o decorrer de uma ação num lapso de tempo. Se a fotografia levou os Impressionistas a uma nova forma de expressão, agora o filme a sucessão de imagens estáticas que despertava novas idéias nos artistas. Arquitetura Explosão em ângulos Trabalho Movimento Velocidade O RUÍDO ADQUIRE FORMA VISÍVEL Bruitismo: Bruit, Ruído Umberto Boccioni O ruído da rua penetra dentro de casa, 1911 Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Futurismo 1909-1915 O primeiro manifesto foi publicado no Le Fígaro de Paris, em 22/02/1909, e nele, o poeta italiano Marinetti, dizendo que "o esplendor do mundo enriqueceu-se com uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um automóvel de carreira é mais belo que a Vitória de Samotrácia". O segundo manifesto, de 1910, resultou do encontro do poeta com os pintores Carlo Carra, Russolo, Severini, Boccioni e Giacomo Balla. Os futuristas saúdam a era moderna, aderindo entusiasticamente à máquina. Para Balla, "é mais belo um ferro elétrico que uma escultura". Para os futuristas, os objetos não se esgotam no contorno aparente e seus aspectos se interpenetram continuamente a um só tempo, ou vários tempos num só espaço. O grupo pretendia fortalecer a sociedade italiana através de uma pregação patriótica que incluía a aceitação e exaltação da tecnologia. O futurismo é a concretização desta pesquisa no espaço bidimensional. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço. Umberto Boccioni O ruído da rua penetra dentro de casa, 1911
Futurismo 1909-1915 Cubismo + Dinamismo = Futurismo Lyonel Feininger Foz do Rega III, 1929-30 48x77cm Lyonel Feininger Sailboats, 1929 48x77cm
Futurismo 1909-1915 Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Futurismo 1909-1915 Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Futurismo 1909-1915 Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Futurismo 1909-1915 Criação: Ana Cláudia B.Sanches
Futurismo 1909-1915 Dinamismo de Um Cão na Coleira (1912) Giacomo Balla