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Transcrição:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO AGRAVADA QUE DEFERE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA DETERMINAR AO MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO A DISPONIBILIZAÇÃO DE CONSULTA MÉDICA DE NEUROLOGISTA. RECURSO DO RÉU. Direito à Saúde. Garantia Constitucional do Direito à Vida. Inteligência dos artigos 5º, 6º e 196 da CRFB/88. O réu reconhece a possibilidade de atendimento da agravada na Policlínica Silvio Henrique Braune. Autora com sérios problemas de coluna (hérnia), com muitas dores, que há tempos tenta tratamento de saúde em outra unidade de saúde municipal. Assim, ainda que não seja a sua função precípua, cabe a intervenção do Poder Judiciário, quando provocado, ante a omissão estatal, a fim de garantir direitos constitucionalmente positivados. Valor da multa diária em R$ 300,00 (trezentos reais), limitado a R$ 10.000,00 (dez mil reais) que não se considera excessivo, sendo sua fixação necessária na hipótese de eventual descumprimento da ordem emanada, tendo em vista a relevância dos bens que se pretende resguardar, quais sejam, a saúde e a vida da agravada. Precedente jurisprudencial. Recurso a que se nega seguimento, na forma do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil. DECISÃO MONOCRÁTICA Recurso de agravo de instrumento interposto contra a decisão proferida pelo Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Nova Friburgo, cuja cópia se encontra no doc. eletrônico nº 04 do anexo 1, que deferiu em parte a antecipação de tutela para 1

que o réu realize a consulta médica com médico neurocirurgião dos quadros do SUS, ou na impossibilidade, que custeie consulta particular com médico neurocirurgião de livre escolha da autora, em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 300,00, Iimitada a R$ 10.000,00. Alega o agravante que a própria agravada informa que foi atendida por diversas vezes no Hospital Municipal Raul Sertã, não se podendo falar em omissão do Município, e que a avaliação médica a ser feita na mesma é realizada pelo Neurologista que atende na Policlínica Silvio Henrique Braune, situada no Bairro do Suspiro, devendo a autora se dirigir àquela unidade de saúde e marcar o atendimento pleiteado, como todos fazem. Afirma que não consta nos autos qualquer informação de que foi negado à agravada o atendimento médico na unidade de saúde, não se podendo instituir qualquer discriminação no atendimento a pessoas que possam estar nas mesmas condições. Sustenta que merece reforma da decisão agravada, em razão do dano irreparável ou de difícil reparação na hipótese de o agravante ter que suportar o pagamento de multa que pode chegar ao valor de R$ 10.000,00, trazendo à lume ainda a questão da reserva do possível bem como a impossibilidade de o Poder Judiciário se sobrepor aos preceitos jurídicos que disciplinam a organização política do Município, notadamente, sua administração financeira, garantias orçamentárias, definição de políticas e estratégias de melhor aplicação dos recursos públicos. Requer, assim, seja afastada a obrigação de marcar consulta médica no prazo de 48 horas sob pena de multa diária de R$ 300, 00 (trezentos reais). 2

É o breve relatório. Passo a decidir. Presentes os requisitos de admissibilidade, conheço do recurso. Não assiste razão ao agravante. O direito à vida e à saúde é assegurado a todos pelos artigos 5º, 6º e 196 da CRFB/88, não podendo o Município se recusar a custear o tratamento necessário à manutenção da saúde da agravada, que necessita de avaliação médica de neurologista em razão de seus sérios problemas de coluna. O próprio agravante reconhece a possibilidade de atendimento da agravada na Policlínica Silvio Henrique Braune, mas não se resigna com a disponibilização da consulta à autora no prazo de 48 horas, pois entende que é a própria quem deve se dirigir àquela unidade para a marcação, como todos fazem. Entretanto, da narrativa da petição inicial da ação originária (doc. eletrônico 08 do anexo 1) verifica-se que a agravada já tenta solucionar seu problemas há tempos em outra unidade de saúde municipal, necessitando de resposta imediata e eficaz às suas dores causadas por lesões na coluna (hérnia), de onde se extrai no caso concreto o perigo na demora. Assim, ainda que não seja a sua função precípua, cabe a intervenção do Poder Judiciário, quando provocado, ante a omissão estatal, a fim de garantir 3

direitos constitucionalmente positivados, o que justifica a determinação judicial à agravante de disponibilizar a consulta médica à agravada, no prazo razoável de 48 horas. Ressalta-se ainda que não se considera excessivo o valor da multa diária fixado em R$ 300,00 (trezentos reais), sendo sua fixação necessária na hipótese de eventual descumprimento da ordem emanada, tendo em vista a relevância dos bens que se pretende resguardar, quais sejam, a saúde e a vida da agravada. Ora, basta o agravante cumprir a decisão agravada para que não seja obrigado a arcar com o pagamento de tal valor. A propósito, destaca-se o seguinte julgado deste E. Tribunal: Processo : 0023116-79.2013.8.19.0000 1ª Ementa - AGRAVO DE INSTRUMENTO DES. RENATA COTTA - Julgamento: 06/05/2013 - TERCEIRA CAMARA CIVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO. SAÚDE PÚBLICA. REALIZAÇÃO DE EXAME. DECISÃO QUE DEFERIU O PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. MULTA COERCITIVA. INCIDÊNCIA DO VERBETE Nº 59 DESTE TRIBUNAL. A antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional foi consolidada em nosso ordenamento jurídico, a partir do advento da Lei nº 8.952/94 em resposta aos anseios dos doutrinadores e da jurisprudência pátria, como um das formas de celeridade e garantia da efetividade da prestação jurisdicional. Na hipótese, estão presentes os requisitos autorizadores da tutela de mérito previstos no art. 273, do CPC. Na hipótese, o juízo a quo deferiu a antecipação dos efeitos da tutela e determinou que os réus providenciassem, no prazo de 72 horas, a realização do exame em ambulatório de hematologia para a avaliação da 4

autora que é portadora de leucopenia (prescrição médica - fls. 30/36), em qualquer unidade hospitalar, pública ou privada, ou conveniada ao SUS, arcando os réus (Estado do Rio de Janeiro e Município de Nilópolis) com o custeio integral do exame. Com efeito, a saúde é um bem jurídico que goza de amparo constitucional no plano federal, estadual e municipal, expresso no art.23 da Carta Magna e a negativa de fornecimento de medicamentos viola as garantias dos cidadãos, máxime dos carentes. O direito à saúde está intrinsecamente ligado ao direito à vida, garantia constitucional esculpida no artigo 5º, caput, da Constituição Federal. Logo, o comando constitucional do art.196, da CF, não obstante, norma programática, deixa claro que o necessitado tem o direito de receber do Estado, assim entendido União, Estados, Distrito Federal e Municípios, o suporte efetivo para a tutela do bem jurídico mais importante da sociedade, qual seja, a vida. Inteligência do Verbete nº 65, deste Tribunal. Multa única imposta por ser medida de natureza coercitiva, com o fim de compelir o réu ao cumprimento da determinação judicial. No caso em tela, In casu, o juízo a quo fixou multa única no valor de R$ 10.000,00 no caso de descumprimento da decisão o que, considerando as circunstâncias e a gravidade do caso concreto é razoável, eis que a autora conta com 63 anos de idade e é portadora de leucopenia. Decisão agravada que não se afigura teratológica, contrária à lei ou à prova dos autos. Hipótese de incidência da Súmula 59, do TJRJ. Recurso a que se nega seguimento. À conta de tais fundamentos, com respaldo na regra do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, eis que contrário à jurisprudência deste Tribunal de Justiça. Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2014. Desembargador MARCO AURÉLIO BEZERRA DE MELO Relator 5