CONCURSO PÚBLICO PARA A CEDÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PRIVATIVA, CONSTRUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE UM POSTO DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS, ESTAÇÃO DE SERVIÇO E DE UM ESTABELECIMENTO DE RESTAURAÇÃO E BEBIDAS, A CONSTITUIR EM DIREITO DE SUPERFÍCIE, SOBRE PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO DE COIMBRA, NA ADÉMIA CADERNO DE ENCARGOS 1
Caderno de Encargos Artigo 1.º OBJETO, PRAZO, VALOR BASE E FORMA DE PAGAMENTO 1. É objeto do presente concurso a Cedência de Utilização Privativa, Construção e Exploração de um posto de abastecimento de combustíveis, estação de serviço e de um estabelecimento de restauração e bebidas, a constituir em Direito de Superfície, sobre um imóvel e a uma parcela de terreno confinantes entre si, pertencentes ao domínio privado do Município de Coimbra, abaixo identificados: a) Prédio urbano da união de freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, sito na Adémia, inscrito na matriz respetiva sob o n.º4958 e descrito sob o n.º1367, da extinta freguesia de Eiras, a confrontar, de acordo com o registo, a Norte com a Câmara Municipal, a Sul, Nascente e Poente com o domínio público municipal, com a área total de 2000m2. b) Parcela de terreno com 2086m2 pertencente ao domínio privado municipal destinada à construção e exploração, em direito de superfície, de um estabelecimento de restauração e bebidas, confrontando, a Norte, Nascente e Poente com o domínio público municipal e a Sul com o Município de Coimbra. 2. O valor base para efeito de concurso é de 720.000,00 (setecentos e vinte mil euros). 3. O prazo contratual é de 20 (vinte) anos, a contar da data da assinatura do contrato, não renovável. 4. O concurso é público, podendo apresentar propostas todas as entidades que se encontrem nas condições gerais estabelecidas por lei. 5. Como forma de pagamento, a ter início aquando da assinatura do contrato, é definida a modalidade de pagamento por prestações anuais mediante a seguinte fórmula: Pa=Vc/20 em que Pa corresponde à prestação anual, Vc corresponde ao valor do contrato e 20 ao número de anos do contrato. 2
Artigo 2.º CONTRATO O contrato, sujeito à forma solene de escritura pública, é reduzido a escrito e obedece ao disposto: a) Nas peças integrantes do respetivo concurso; b) Na Lei n.º31/2014, de 30 de Maio de 2014; c) No Código Civil; d) Na demais legislação aplicável; Artigo 3.º DURAÇÃO DO CONTRATO 1. O contrato tem a duração de 20 (vinte) anos, contado a partir da data de assinatura do mesmo, obrigando-se todos os concorrentes a apresentar proposta considerando este prazo. 2. O contrato não é renovável. Artigo 4.º USO EFETIVO DO LOCADO O adjudicatário deve usar o imóvel exclusivamente para o fim contratado. Artigo 5.º REALIZAÇÃO DE OBRAS 1. As construções a erigir ou a demolir são da responsabilidade do adjudicatário, estão sujeitas à prévia autorização da Câmara Municipal e ao pagamento das taxas respetivas e regem-se pelo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação. 3
2. As construções a erigir estão sujeitas ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação e são da responsabilidade do adjudicatário, devendo o seu licenciamento ser requerido no prazo máximo de 60 dias contado a partir da data da assinatura do contrato. 3. O licenciamento inerente à atividade exercida é da responsabilidade do adjudicatário. 4. Compete ao adjudicatário a execução dos trabalhos de remodelação de terrenos, a construção das infraestruturas e a execução dos arranjos exteriores necessários à instalação do posto de abastecimento de combustíveis, a concluir no prazo máximo de 120 dias após a emissão da competente licença. Artigo 6.º CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL Durante a vigência do contrato a transmissão da posição contratual decorrente do presente concurso estará dependente da autorização do Município de Coimbra. Artigo 7.º OBRIGAÇÕES DO ADJUDICATÁRIO Constituem encargos e obrigações do adjudicatário, de entre outros: a) Pagar as despesas inerentes ao abastecimento de água, eletricidade e outros serviços que possua; b) Contratar e manter seguro que garanta a segurança das instalações, nomeadamente quanto a risco de incêndio, roubo e destruição da edificação a construir no terreno por causas naturais ou ação humana; c) Facultar ao Município de Coimbra a inspeção do imóvel; d) Não aplicar ao imóvel fim diverso daquele a que se destina; e) Liquidar todos os impostos nos termos da lei; f) Não permitir condutas ofensivas dos bons costumes e de moral pública, bem como práticas suscetíveis de provocar incómodo para os utentes; 4
g) Informar o Município de Coimbra sobre qualquer circunstância que possa condicionar o normal desenvolvimento da atividade; h) Tolerar as reparações urgentes bem como quaisquer obras ordenadas pela Câmara Municipal incidentes sobre o imóvel; i) Manter em perfeito estado de asseio e funcionamento todo o espaço e equipamento; j) Realizar a manutenção preventiva de modo a evitar a degradação das instalações e dos equipamentos, sendo da sua responsabilidade a reparação de todas as avarias, assim como a substituição de todos os equipamentos quando necessário; k) Em caso de destruição, parcial ou total, da edificação a construir, independentemente da respetiva causa, reconstruí-la no prazo máximo de 2 anos contados da data da destruição. l) Obter todas as licenças, certificações, credenciações e autorizações necessárias ao exercício da atividade integrada ou de algum modo relacionada com o objeto do contrato, salvo estipulação contratual em contrário; m) Restituir o imóvel livre de quaisquer ónus ou encargos findo o contrato. Artigo 8.º OBRIGAÇÕES DO MUNICÍPIO DE COIMBRA Compete ao Município de Coimbra assegurar a manutenção das instalações fixas de água, esgotos, eletricidade e outros serviços fixos exteriores ao edifício. Artigo 9.º FUNCIONAMENTO O horário de funcionamento dos estabelecimentos referentes ao presente concurso deverá respeitar a legislação em vigor e obedecerá ao que determina o Regulamento Municipal sobre esta matéria. 5
Artigo 10.º BENFEITORIAS As construções de raiz necessárias à instalação e ao funcionamento do objeto do contrato, que abrange os imóveis propriedade do Município agora lançados a concurso, bem como os edifícios construídos no âmbito do presente concurso, ficando dela excluídos os bens mobiliários tais como as bombas, compressores, reservatórios, maquinismos e outros equipamentos e as benfeitorias que puderem ser levantadas sem detrimento dos prédios serão propriedade do Município de Coimbra, findo o contrato. Artigo 11.º CONDIÇÕES DE RESTITUIÇÃO DO IMÓVEL 1. Constitui obrigação do adjudicatário, de entre outros, restituir o imóvel, findo o contrato, em perfeitas condições de conservação, ressalvadas as deteriorações inerentes a uma prudente utilização, em conformidade com os fins do contrato e livre de quaisquer ónus ou encargos. 2. O adjudicatário tem a obrigação de promover o cancelamento das inscrições e descrições relativas aos averbamentos ou inscrições efetuados aos prédios objeto de concurso junto da Autoridade Tributária e da Conservatória do Registo Predial, a suas expensas, cabendo ao Município de Coimbra prestar toda a colaboração necessária à concretização desse ato, emitindo, nomeadamente, os documentos requeridos pelo adjudicatário. Artigo 12.º INDEMNIZAÇÃO PELO ATRASO NA RESTITUIÇÃO DO IMÓVEL 1. Uma vez terminado o contrato, o adjudicatário é obrigado a proceder à restituição do imóvel objeto do contrato e aos cancelamentos respetivos nos termos do artigo 11.º. 2. Se o imóvel não for restituído por qualquer causa, no prazo de 30 dias seguidos após o término do contrato, o arrendatário é obrigado a pagar, a título de indemnização e até ao momento da restituição, o valor de 500,00 (quinhentos euros) por cada dia de atraso. 6
3. Para efeito de cálculo dos dias de indemnização e não sendo cumprido o prazo de restituição do imóvel definido em 2, a contagem de prazo é iniciada a partir do dia seguinte ao término do contrato. Artigo 13.º HIPOTECA As obras e os edifícios construídos no imóvel objeto do contrato não poderão ser hipotecados sem autorização expressa do Município de Coimbra. Artigo 14.º RESOLUÇÃO DO CONTRATO 1.O Município de Coimbra reserva-se no direito de resolver o contrato com o adjudicatário sem proceder a qualquer indemnização e sem necessidade de quaisquer formalidades, exceto a notificação por carta registada com aviso de receção com pré-aviso de 5 (cinco) dias úteis, revertendo para o Município de Coimbra o imóvel livre de ónus e encargos e as construções ou benfeitorias nele existentes, bem como as importâncias já entregues, se aquele deixar de dar exato e integral cumprimento às respetivas condições contratuais. 2.No caso de resolução por razões de interesse público ou por acordo entre as partes, o adjudicatário terá direito a uma indemnização determinada pelo valor real da obra ao tempo em que a indemnização se calcula, o qual incluirá as benfeitorias que tenham sido efetuadas, tomando-se como base o custo da construção a essa data e descontando-se quer as depreciações derivadas do mau estado de conservação e de outras causas que lhe diminuam o valor para ulterior utilização, e havendo demonstração de interesse nessa utilização por parte do Município de Coimbra, quer todos os encargos financeiros decorrentes do contrato que estiverem por liquidar. 3. Na ausência de acordo sobre o montante da indemnização, será este fixado por uma comissão arbitral composta por três peritos, dos quais cada uma das partes nomeará um, sendo o terceiro nomeado em comum acordo por ambas as partes. 7
4. Os encargos com a comissão arbitral serão suportados por ambas as partes. Artigo 15.º ENCARGOS E DESPESAS 1. Os encargos e despesas correntes respeitantes ao fornecimento de bens ou serviços relativos ao imóvel objeto do contrato são da responsabilidade do adjudicatário. 2. É ainda da responsabilidade do adjudicatário o pagamento de todas as contribuições, impostos, taxas, multas e demais encargos devidos ao Estado, ao Município de Coimbra ou a outras entidades. Artigo 16.º INSPEÇÃO AO IMÓVEL 1. O Município de Coimbra reserva-se no direito de efetuar inspeções ao imóvel e ao estado de conservação das infraestruturas afetas ao posto de abastecimento de combustíveis. 2. A fiscalização dará conhecimento, por escrito, ao adjudicatário, das deficiências verificadas devendo aquele promover a sua correção. Artigo 17.º ENCARGOS DO CONTRATO São da inteira responsabilidade do adjudicatário as despesas resultantes da celebração do contrato, bem como da prestação da caução. 8
Artigo 18.º SEGUROS 1. As obrigações e responsabilidades legais e contratuais do adjudicatário devem ficar abrangidas por apólices de responsabilidade civil que cubram a totalidade do prazo do contrato e que tenham por objeto todos os riscos respeitantes à atividade exercida no imóvel. 2. O adjudicatário manterá válida e atualizada a apólice de seguro, devendo exibi-la sempre que o Município de Coimbra o exija. 9