Os campos da região Sul do Brasil são denominados como pampa, termo de origem indígena para região plana.



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Transcrição:

CAMPOS SULINOS Os campos da região Sul do Brasil são denominados como pampa, termo de origem indígena para região plana. Esta denominação, no entanto, corresponde somente a um dos tipos de campo, mais encontrado ao sul do Estado do Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina. Ocorrem áreas de transição com o domínio de araucárias. Em outras áreas encontram-se campos de fisionomia semelhantes à savana. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação arbustiva, como se verifica em vários trechos da área de distribuição dos Campos do Sul. Em geral, os solos são de baixa fertilidade natural e bastante suscetíveis à erosão. A vegetação campestre mostra uma aparente uniformidade, apresentando um tapete herbáceo baixo (de 60cm a 1m), pobre em espécies, predominando gramíneas, compostas e leguminosas.

Sete gêneros de cactos e bromeliáceas apresentam espécies endêmicas da região. A mata ciliar apresenta inúmeras espécies arbóreas de interesse comercial. Na APA do Rio Ibirapuitã, ocorrem formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações existentes no Brasil. A APA abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados de extinção, ratos d água, cervídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação. Há também espécies de peixe, como o cará (Gymnogeophagus sp.), endêmicas da bacia do rio Ibirapuitã. A vocação da região está na pecuária de corte. As pastagens são utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Outras atividades econômicas importantes, baseadas na utilização dos campos, são as culturas de arroz, milho, trigo e soja, muitas vezes praticadas em associação com a criação de gado. A expansão da soja e do trigo levou ao desaparecimento dos campos e à derrubada das matas, provocando diminuição gradativa da fertilidade dos solos, erosão, compactação e perda de matéria orgânica.

MATA ATLÂNTICA A Mata Atlântica é considerada como a quinta área mais ameaçada e rica em espécies endêmicas do mundo. A Mata Atlântica pode ser vista como um mosaico diversificado de ecossistemas, apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em função de diferenças de solo, relevo e características climáticas existentes na ampla área de ocorrência desse bioma no Brasil. Atualmente, restam cerca de 7,3% de sua cobertura florestal original. Na Mata Atlântica existem 1.361 espécies da fauna brasileira, com 261 espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis e 280 de anfíbios, sendo que 567 espécies só ocorrem nesse bioma. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies de plantas vasculares, das quais 8 mil só ocorrem na Mata Atlântica.

A Mata Atlântica apresenta árvores com folhas largas, perenes e há grande diversidade de epífitas. Várias espécies da fauna são bem conhecidas pela população, tais como mico-leões-dourados e muriquis. No sul da Bahia, foi identificada, recentemente, a maior diversidade botânica do mundo para plantas lenhosas, sendo registradas 454 espécies em um único hectare. A exploração da Mata Atlântica vem ocorrendo desde a chegada dos portugueses ao Brasil, cujo interesse primordial era a exploração do pau-brasil. O processo de desmatamento prosseguiu durante os ciclos da cana-de-açúcar, do ouro, da produção de carvão vegetal, da extração de madeira, da plantação de cafezais e pastagens, da produção de papel e celulose, do estabelecimento de assentamentos de colonos, da construção de rodovias e barragens, e de um amplo e intensivo processo de urbanização, com o surgimento das maiores capitais do país. A sua área atual encontra-se altamente reduzida e fragmentada com seus remanescentes florestais localizados, principalmente, em áreas de difícil acesso. Nesse bioma estão localizados mananciais hídricos essenciais para abastecimento da população brasileira.

CERRADO É o segundo maior bioma brasileiro, e a savana mais rica do mundo em biodiversidade. É favorecido pela presença de diferentes paisagens e de três das maiores bacias hidrogáficas da América do Sul. A bacia Amazônica (Araguaia-Tocantins) com 78% de suas nascentes no Cerrado; A bacia do Paraná-Paraguai, formada por 48% de suas nascentes no Cerrado; A bacia do São Francisco, que dispõe de quase 50% de seu volume de água proveniente do Cerrado. Conhecido como "berço das águas", o Cerrado possui uma malha de nascentes, córregos e rios de fundamental importância para o país. Infelizmente o Cerrado já possui 80% de sua área desmatada e ocupada, 19% ainda intacta e menos de 3% protegida por lei.

Concentra um terço da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. Sob o ponto de vista fisionômico temos: o cerradão, o cerrado típico, o campo cerrado, o campo sujo e o campo limpo (tais formações apresentam altura e biomassa vegetal em ordem decrescente). A típica vegetação que ocorre no Cerrado possui seus troncos tortuosos, de baixo porte, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. A vegetação nativa do Cerrado não apresenta essa característica pela falta de água, mas devido a outros fatores edáficos. Possui flora com mais de 10.000 espécies de plantas, com 4.400 endêmicas. A fauna apresenta 837 espécies de aves; 161 espécies de mamíferos, das quais 19 endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das quais 45 endêmicas; 120 espécies de répteis, das quais 45 endêmicas. Com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura. Restam apenas 20% de área em estado conservado.

Não período de seca, o tapete rasteiro de gramíneas parece palha. Isso favorece o quê? a propagação de incêndios. Quais as adaptações das árvores ao fogo? raízes profundas; caules subterrâneos; caules grossos - cutícula espessa no caule (cortiça) que age como isolante térmico.

CAATINGA O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas, com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7m), caducifólias, com grande quantidade de plantas espinhosas (leguminosas), entremeadas de outras espécies como as bromeliáceas. No q diz respeito à CAATINGA, descreva o clima. quente e seco. As estações de seca são prolongadas (cerca de 8 meses por ano), provocando o esgotamento da maioria dos rios. O nome caatinga vem do tupi-guarani e significa mata branca. Correlacione o nome ao bioma: na época da seca, a caatinga não tem folhas e seu aspecto é esbranquiçado. Quais as adaptações da vegetação típica desse bioma? folhas transformadas em espinhos, estômatos reduzidos, caules modificados p/ armazenamento de água. Qual a principal ameaça? desmatamento e conseqüente desertificação.

BIOMAS COSTEIROS A costa brasileira abriga um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental. Ao longo do litoral brasileiro podem ser encontrados manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões rochosos, baías, brejos, falésias, estuários, recifes de corais e outros ambientes importantes do ponto de vista ecológico. Os manguezais, de expressiva ocorrência na zona costeira, cumprem funções essenciais na reprodução biótica da vida marinha. Desempenham importante papel como exportador de matéria orgânica para os estuários, contribuindo para a produtividade primária na zona costeira. Constituem-se em ecossistemas complexos e dos mais férteis e diversificados do planeta. O solo de manguezal caracteriza-se por ser úmido, salgado, pouco oxigenado e muito rico em nutrientes.

Por possuir grande quantidade de matéria orgânica em decomposição (que serve de alimento à base de uma extensa cadeia alimentar), por vezes apresenta odor característico, mais acentuado se houver poluição. Em virtude do ambiente salino, do fundo lodoso e da deficiência de oxigênio, a vegetação dos mangues é tolerante à salinidade e possui adaptações como raízes de escora (que permitem a sustentação das árvores no fundo lodoso) e raízes respiratórias (pneumatóforos). Encontrados ao longo de todo o litoral brasileiro, sua biodiversidade faz com que essas áreas se constituam em grandes "berçários" naturais, tanto para as espécies típicas desses ambientes, quanto para animais como aves, peixes, moluscos e crustáceos, que encontram condições ideais para reprodução, alimentação e abrigo. Com relação à pesca, os manguezais produzem grande parte do alimento que o homem captura no mar. Assim sendo, a sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno. Maiores problemas: especulação imobiliária, lançamento de produtos químicos, esgotos domésticos, derramamento de petróleo.

PANTANAL O PANTANAL é a maior planície de inundação contínua do planeta. Sua localização geográfica é de particular relevância, uma vez que representa o elo entre o Cerrado (no Brasil Central), o Chaco (na Bolívia), e a região Amazônica (ao Norte), identificando-se com a bacia do alto Paraguai. O Pantanal funciona como um grande reservatório, provocando uma defasagem de até cinco meses entre as vazões de entrada e saída. Os solos, de modo geral, apresentam limitações à lavoura. Como área de transição, a região do Pantanal ostenta um mosaico de ecossistemas terrestres, com afinidades, sobretudo, com os Cerrados e, em parte, com a floresta Amazônica, além de ecossistemas aquáticos e semiaquáticos, interdependentes em maior ou menor grau.

Os planaltos e as terras altas da bacia superior são formados por áreas escarpadas e testemunhos de planaltos erodidos, conhecidos localmente como serras e são cobertos por vegetações predominantemente abertas, tais como campos limpos, campos sujos, cerrados e cerradões, determinadas, principalmente, por fatores de edáficos e climáticos e, também, por florestas úmidas, prolongamentos do ecossistema amazônico. A planície inundável que forma o Pantanal representa uma das mais importantes áreas úmidas da América do Sul. Esses ambientes, periodicamente inundados, apresentam alta produtividade biológica, grande densidade e diversidade de fauna. Uma série de atividades de impacto direto sobre o Pantanal pode ser observada, como garimpo de ouro e diamantes, caça, pesca, turismo e agropecuária predatória, construção de rodovias e hidrelétricas. No planalto, o padrão de crescimento urbano foi acelerado e cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul não têm infra-estrutura adequada para minimizar o impacto ambiental do crescimento acelerado, causado principalmente pelo lançamento de esgotos domésticos e

industriais nos cursos d água da bacia. Esse tipo de poluição repercute diretamente na planície pantaneira, que recebe os sedimentos e resíduos das terras altas. Na fronteira, o processo de expansão foi responsável pelo aproveitamento dos cerrados para a agropecuária, o que causou o desmatamento de vastas áreas do planalto para a implantação de lavouras de soja e arroz, além de pastagens. O manejo agrícola inadequado nessas lavouras resultou, entre outros fatores, em erosão de solos e no aumento significativo de carga de partículas sedimentáveis de vários rios. Além disso, agrava-se o problema de contaminação dos diversos rios com biocidas e fertilizantes. A presença de ouro e diamantes na baixada cuiabana e nas nascentes dos rios Paraguai e São Lourenço vem atraindo milhares de garimpeiros, cuja atividade causa o assoreamento e compromete a produtividade biológica de córregos e rios, além de contaminá-los com mercúrio. Segundo a WWF (1999), existem no Pantanal 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de répteis.

Que fator é responsável pela fertilidade do solo do Pantanal? Solo é fértil não tanto por sua composição, mas devido ao material orgânico trazido pelos rios. Na época de chuvas, o pantanal fica alagado, deixando várias lagoas nos meses restantes, quando os rios voltam ao seu curso normal. Quais os 2 grupos faunísticos de maior diversidade no Pantanal? aves e peixes. Quais os maiores problemas enfrentados por esse bioma? crescimento da pecuária; construção de estradas; práticas agrícolas e conseqüente contaminação da fauna por agrotóxicos; erosão dos solos e conseqüente assoreamento dos rios (importância da mata ciliar); mineração: poluição por mercúrio.

AMAZÔNIA Em território brasileiro, os ecossistemas amazônicos abrangem os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. A Amazônia é reconhecida como a maior floresta tropical existente, o equivalente a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas e o maior banco genético do planeta. Contém 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e um patrimônio mineral não mensurado. A fertilidade natural dos solos é baixa, em contraste com a exuberância das florestas ombrófilas que nelas se desenvolvem. A floresta Amazônica é um ecossistema autosustentável, ou seja, se mantém com seus próprios nutrientes num ciclo permanente.

Há grande variedade de ecossistemas, dentre os quais se destacam: matas de terra firme, várzeas e igapós. Onde se localizam e como se caracterizam as matas de terra firme? Localizam-se em regiões mais altas, distantes dos rios, onde não ocorrem inundações; São formadas por árvores alongadas e finas, apresentando espécies como a castanha-do-pará, o cacaueiro e as palmeiras; Apesar das árvores serem de grande porte, as raízes não são pivotantes e sim com muitas ramificações superficiais, conseguindo uma melhor sustentação à custa de raízes tabulares; Possuem grande quantidade de espécies de madeira de alto valor econômico; A trama de raízes e a densa folhagem ajudam a reter a umidade do solo. Quais as características da Várzea? Vegetações próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios; Apresenta maior variedade de espécies;

Parte da vegetação é semelhante às da mata de terra firme (várzeas com período curto de inundação): árvores altas e frondosas; outra parte é semelhante ao igapó (várzeas com maior permanência de água); É como uma zona de vegetação de transição ; É o habitat da seringueira e das palmáceas. Descreva os Igapós: Situam-se em áreas baixas, próximas ao leito dos rios, permanecendo inundadas durante quase o ano todo; A vegetação possui adaptações ao ambiente alagado; A vitória-régia é muito comum nestas matas. Abriga uma infinidade de espécies vegetais e animais: 1,5 milhão de espécies vegetais catalogadas; três mil espécies de peixes; 950 tipos de pássaros; e ainda insetos, répteis, anfíbios e mamíferos. Como também é chamada a Amazônia? iléia brasileira : nome dado por 2 naturalistas um alemão e um francês, para a floresta equatorial úmida da América do Sul. O índice pluviométrico é alto ou baixo?

ALTO, chuvas ausentes apenas num período de 1 a 3 meses. Qual o bioma que seria o oposto da Amazônia no que diz respeito à umidade relativa e índice pluviométrico? Caatinga, onde as chuvas estão presentes apenas num período de 3 meses. O que contribui p/ a destruição do bioma Amazônia? Assoreamento dos rios; Desmatamentos (agricultura, pecuária, extração de madeira e minérios); Caça predatória; Contaminação dos rios por mercúrio (garimpo). O que pode acontecer ao clima e ao solo da região, com o desmatamento? Com a retirada das árvores, a pequena parcela de nutrientes do solo é arrastada pelas chuvas, facilitando a erosão, podendo levar à desertificação ou à formação de um clima semi-árido na região (devido à diminuição da umidade já que grande parte da água das chuvas resulta da transpiração da própria floresta).