PROJETO DE LEI Nº. 72 /2012 A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA:



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Transcrição:

PROJETO DE LEI Nº. 72 /2012 Institui a obrigatoriedade de instalação de Balanças do consumidor nos estabelecimentos comerciais, supermercados, mercearias, padarias e similares e dá outras providências. A DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA: Art. 1º - Fica determinado aos estabelecimentos comerciais do Estado do Espírito Santo, a instalação de balanças do consumidor para aferimento do peso de produtos embalados ou negociados com a utilização de balanças particulares. 1º Entende- se como estabelecimentos comerciais tratados no caput do artigo anterior, supermercados, mercearias, padarias e similares que comercializem produtos alimentícios embalados ou não. 2º- As balanças deverão ser instaladas em locais de fácil acesso aos consumidores e deverão ser acompanhadas de placa informativa, visível a todos, com os seguintes dizeres: ESTA BALANÇA DESTINA-SE AO AFERIMENTO DO PESO DE PRODUTOS EMBALADOS. Art. 2º- O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 90 dias, estabelecerá penalidades e a forma de fiscalização.

Art. 3º - Essa lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Domingos Martins, 28 de fevereiro de 2012. Lúcia Dornellas Deputada Estadual PT

JUSTIFICATIVA O direito à informação adequada sobre os produtos que adquire é um dos direitos básicos garantidos ao consumidor, conforme previsto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor: São direitos básicos do consumidor: I-... II-... III- a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; O direito a informação no Código de Defesa do Consumidor teve reconhecimento internacional como direito de natureza fundamental, mediante a Resolução nº39/248 da Assembléia Geral das Nações Unidas, de 16 de maio de 1985 e determina a criação e incentivo a programas de educação e informação, buscando a propagação da informação com relação às leis de amparo ao consumidor. Vale ressaltar que não são poucos os casos em que os consumidores ao aferirem o peso dos produtos embalados, deparam-se com diferenças para menor, o que, certamente, causa-lhes danos materiais e reclamações. Entretanto, somente um pequeno número de consumidores busca verificar o peso do produto já embalado. Com a presente proposta, o consumidor terá em suas mãos, de forma acessível a

balança, que lhe permitirá tal verificação e a certeza de que o produto está em consonância com o anunciado. Não se perca de vista, também, que a medida é uma forma de proteger o próprio fornecedor que é responsável pela veracidade das informações contidas nos produtos que comercializa, consoante dispõe o artigo 18 e 19 do Código de Defesa do Consumidor: Art.18- Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. Art.19- Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que,respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou massagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha...

Seguramente, a ausência da informação vem causando muitas dificuldades aos consumidores, dando oportunidade as inúmeras reclamações que podem ser minimizadas através da presente lei. A Constituição Federal e Estadual autorizam que o Estado, de forma concorrente com a União, legisle sobre proteção ao Consumidor, como é o caso da presente iniciativa. Ademais, a matéria aqui disposta não infringe a competência exclusiva do Poder Executivo para legislar, pelo que, não há óbice legal, constitucional ou jurídico para aprovação da presente proposta. Neste sentido, acreditando que a presente propositura merece ser debatida nesta Casa de Leis, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação desse projeto de lei em questão.