NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL



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NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL Gracielle Veloso Advogada. Consultora Notarial, Registral e Imobiliária A eficácia da sentença estrangeira no Brasil depende de prévia verificação de determinados requisitos legais que certifiquem a compatibilidade da sentença com o ordenamento jurídico brasileiro (NCPC, art. 961 c/c art. 15, Lei de Introdução ao Direito Brasileiro). Tal reconhecimento é feito pelo Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, I, i alterado pela EC nº 45/04) mediante procedimento denominado Homologação de decisão estrangeira (art. 960, NCPC), cuja finalidade é o [...] reconhecimento da eficácia jurídica da sentença estrangeira perante a ordem jurídica brasileira. (Rechsteiner, 2012, p. 349). Assim, todo tipo de sentença proferida no exterior está sujeito à homologação pelo STJ, dentre elas as sentenças estrangeiras meramente declaratórias do estado civil das pessoas, caso do divórcio, seja litigioso ou por mútuo consentimento. Por outro lado, crescente influência doutrinária defende que as sentenças estrangeiras cujos efeitos são exclusivamente declaratórios deveriam ser dispensadas de homologação (RECHSTEINER, 2012, p. 349). Nesse diapasão, com a vigência do Novo Código de Processo Civil essa tendência doutrinária ganhou força, notadamente no que se refere à sentença estrangeira de divórcio consensual, a qual, a partir de março deste ano, não precisará mais ser submetida à homologação. Vejamos: Art. 961 [...] 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 6º Na hipótese do 5o, competirá a qualquer juiz examinar a validade da decisão, em caráter principal ou incidental, quando essa questão for suscitada em processo de sua competência. Ressalte-se que, diante do estabelecido no art. 1.046 também do NCPC, essa novidade legislativa surtirá efeitos diretos sobre os processos de homologação de sentença estrangeira de divórcio consensual que estiverem em curso quando o novo diploma processual entrar em vigor, defendendo alguns a sua extinção em razão da perda superveniente de seu objeto. Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos

processos pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Como se verifica apenas a sentença referente a divórcio realizado por consenso está isenta de homologação, permanecendo tal exigência quanto aos divórcios litigiosos. Ocorre que, instado a se manifestar nas ações de homologação de sentenças estrangeiras em curso, especialmente àquelas referentes a divórcio consensual, o Superior Tribunal de Justiça dividiu-o em divórcio consensual simples ou puro, que não depende de homologação judicial, nos termos do atual CPC e divórcio consensual qualificado que continuará dependendo de homologação daquele Tribunal. Entende-se por divórcio consensual qualificado aquele que, além da dissolução do guarda e/ou alimentos e/ou partilha de bens. Nesse sentido as atuais decisões monocráticas do STJ: SENTENÇA ESTRANGEIRA Nº 15.079 - ES (2015/0320657-9) O presente caso versa sobre sentença qualificado, que, além da dissolução do guarda de filhos menores. Tendo em vista o início de vigência do novo Código de Processo Civil no dia 18/3/2016, de acordo com o qual esse tipo de sentença estrangeira continua exigindo homologação do Superior Tribunal de Justiça, cite-se a parte requerida, por carta de ordem, no endereço indicado na inicial. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 05 de abril de 2016. SENTENÇA ESTRANGEIRA Nº 15.498 - US (2016/0074821-0) Versando o presente caso sobre sentença qualificada, que, além da dissolução do guarda e/ou alimentos e/ou partilha de bens, e, considerando o início de vigência do novo Código de Processo Civil no dia 18/03/2016, de acordo com o qual este tipo de sentença estrangeira continua

exigindo homologação do Superior Tribunal de Justiça, tendo em vista a interpretação sistemática das normas insertas nos art. 23, inciso III e 961, 5º, ambos do referido diploma legal, bem como do disposto no Código Civil, intime-se a requerente para, no prazo de 30 (trinta) dias, proceder à juntada aos autos das chancelas consulares brasileiras referentes ao documento que alterou o seu sobrenome (fl. 22) e à sentença estrangeira que se pretende homologar (fl. 25-29). Brasília (DF), 04 de abril de 2016. SENTENÇA ESTRANGEIRA Nº 15.181 - DE (2016/0017688-5) Defiro o pedido de assistência judiciária gratuita. Trata-se de pedido de homologação de sentença estrangeira em que a parte, por não ter recursos, pede que se proceda à tradução do texto estrangeiro. Entretanto, antes do deferimento do requerimento, que irá gerar custos ao erário, deverá a requerente esclarecer se o presente caso versa sobre sentença estrangeira relativa a divórcio consensual simples, ou puro, que, além da dissolução do matrimônio, não envolve nenhuma disposição sobre guarda, alimentos, adoção e/ou partilha de bens. Isso porque, tendo em vista o início de vigência do novo Código de Processo Civil no dia 18/3/2016, que se aplica imediatamente aos processos em curso conforme o disposto em seu art. 14, está em vigor o art. 961, 5º, o qual dispõe que a sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. Sendo assim, determino a intimação da parte requerente, para que se manifeste, no prazo de 10 dias, sobre o referido dispositivo, tendo em vista a previsão constante dos arts. 9º e 10, também do Código de Processo Civil. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 05 de abril de 2016.

SENTENÇA ESTRANGEIRA Nº 15.204 - DE (2016/0021866-9) Versando o presente caso sobre sentença qualificada, que, além da dissolução do guarda e/ou alimentos e/ou partilha de bens, e tendo em vista o início de vigência do novo Código de Processo Civil no dia 18/03/2016, de acordo com o qual este tipo de sentença estrangeira continua exigindo homologação do Superior Tribunal de Justiça, tendo em vista a interpretação sistemática do disposto no art. 23, inciso III, com o disposto no 5º do art. 961 e com o disposto no Código Civil, intime-se a requerente para, no prazo de 30 (trinta) dias, proceder à juntada aos autos da chancela consular brasileira referente à sentença estrangeira que se pretende homologar. No mesmo prazo, deverá esclarecer se pretende promover a citação do requerido indicando, nesse caso, o endereço para a sua localização ou juntar aos autos declaração de anuência daquele ao pedido de homologação de sentença estrangeira, acompanhada de chancela consular brasileira e de tradução por profissional juramentado no Brasil, se for o caso. Publique-se. Brasília (DF), 21 de março de 2016. Ou seja, ainda que verse sobre divórcio consensual, se a sentença estrangeira, além da dissolução do casamento, tratar de guarda, alimentos ou partilha de bens, será necessária sua homologação. Tendo em vista a sistemática trazida pelo Novo Código de Processo Civil somado ao entendimento do Superior Tribunal Justiça, o Registrador Civil das Pessoas Naturais ao ser instado a averbar sentença estrangeira de divórcio consensual deverá analisar primeiramente se o divórcio consensual é: - Puro: quando trata apenas da dissolução do casamento; ou, - Qualificado: quando contém disposições acerca de guarda e/ou alimentos e/ou partilha de bens. Sendo divórcio consensual qualificado, deverá orientar a parte a requerer a devida homologação judicial perante o STJ (art. 961, NCPC).

Tratando-se de divórcio consensual puro, a parte deverá apresentar ao Oficial (Resolução nº 09 do STJ): a) Requerimento devidamente assinado pelo interessado; b) Sentença estrangeira devidamente traduzida por Tradutor Público Juramentado no Brasil e registrada no Cartório do Registro de Título e Documentos (art. 129, item 6º da Lei nº 6.015/73); c) Certificação do trânsito em julgado; d) Autenticação consular brasileira. Referências: BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de Dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015consolidado.htm. BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de Março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Decisões monocráticas nos processos 2015/0320657-9 (05 de abril de 2016), 2016/0017688-5 (05 de abril de 2016), 2016/0074821-0 (04 de abril de 2016) e 2016/0021866-9 (21 de março de 2016). BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. BRASIL. Decreto n. 4.657, de 4 de setembro de 1942. Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657compilado.htm. RECHSTEINER, Beat Walter. Direito internacional privado: teoria e prática. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.