GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA



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Transcrição:

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Filipe Carneiro Candeia, João Pereira Amorim Filho, Tatiana Cristina Vasconcelos e Marcelo Xavier de Oliveira Faculdades Integradas de Patos RESUMO: A gravidez precoce na adolescência é entendida como fator de risco para as jovens mães. É crescente a necessidade de pesquisas que aprofundem os aspectos envolvidos nessa questão. Este estudo descritivo tem como objetivo identificar as diferenças existentes entre adolescentes que vivem a experiência de gravidez. Para o presente estudo será utilizado alguns levantamentos bibliográficos acerca da adolescência e os atenuantes para a gravidez nesta fase de vida, relacionando-os com os relatos das jovens mães. Neste trabalho busca-se relacionar os fatores atenuantes para a gravidez na adolescência e, se estes estão associados a fatores psicossociais e econômicos e/ou negligência em relação ao não uso de preservativos e desuso de métodos anticoncepcionais pelos adolescentes, e ainda, ressaltar que a educação sexual constitui um fator importante na prevenção da gravidez indesejada na adolescência, contribuindo para o desenvolvimento de competências e adaptações do comportamento biopsicossocial saudável e responsável. Palavras-Chave: Adolescência, Gravidez, Sexualidades.

INTRODUÇÃO A adolescência é o período em que o individuo está desenvolvendo algumas capacidades emocionais e cognitivas, acumulando experiências, vivenciando as experiências desta fase e posteriormente adentrar na fase adulta. Do ponto de vista psicológico, a adolescência corresponde ao período que se estende da terceira infância até a idade adulta, marcado por intensos processos conflituosos e persistentes e por esforços de autoafirmação (Ferreira, 1975). E o amadurecimento sexual nestes adolescentes, de acordo com Tiba (1996), acontece de forma rápida, juntamente ao amadurecimento emocional e intelectivo, iniciando então, o processar na formação dos valores de independência, gerando pensamentos e atitudes contraditórios, especialmente quanto a parceiros. Na atual sociedade ocidental houve mudanças significativas, inclusive na representação social destes adolescentes que, tem sobre si, a cobrança de tornaremse qualificados no âmbito profissional e escolar para inserir-se no mercado de trabalho. Desta forma, a gravidez na adolescência, que vem aumentando no Brasil e no mundo, é motivo de preocupação por representar um paradoxo. A gravidez não planejada nessa etapa da vida é conflitante e provoca mudanças bruscas no dia-a-dia da adolescente. Vários fatores colaboram com a ocorrência em grande numero de adolescentes grávidas, dentre elas a negligência em relação ao não uso de preservativos e desuso de métodos anticoncepcionais. O surgimento dos anticoncepcionais possibilitou que a mulher escolha o melhor momento para ser mãe. Porem é preciso que a menina se assuma enquanto mulher adulta para utilizar anticoncepcional. Também não podemos deixar de levar em conta que ainda hoje a sexualidade é um tabu, e adotar métodos anticoncepcionais significa quebrar esse tabu. E é por isso que informação sobre contraceptivos não implica mudança de atitude (Vitória, 1994). Embora haja muitas evidências que quanto maior a ignorância sobre a sexualidade, menor a possibilidade de proteção (Papalia e Olds, 1998; Newcombe, 1999). Conforme Medrado e Lyra (1999) uma questão que deveria ser considerada é o ciclo da pobreza, pois os índices de gravidez não planejada são mais

elevados em jovens analfabetas ou com instrução mínima. Alguns autores postulam que o abandono à escola é por motivo da gravidez dessas adolescentes, mas é controverso, já que muitas vezes as questões socioeconômicas são mais determinantes para essa evasão escolar. Por exemplo, (Fávero e Mello, 1997) fala que a gravidez na adolescência pode ser entendida como causa ou como consequência da interrupção dos estudos. Um fenômeno pouco explorado diz respeito à gravidez desejada pela adolescente; justificado pelo vislumbre de ter a chance de um projeto de vida e a oportunidade de construir uma identidade, corroborando para que a adolescente deseje ser mãe durante a adolescência. Outro atenuante é a não inserção no mercado de trabalho dessas adolescentes, provocando nestas, sensação de pouca ou nenhuma representação social. Portanto, a gravidez, por vezes, se refere à aquisição de um status de mãe que é valorizado socialmente. Santos e Shor (2003) expõem que a gravidez, particularmente na adolescência, pode manifestar necessidades inconscientes, sendo uma experiência simbólica de renascimento, ou o bebê pode ser considerado alguém que pode preencher uma carência afetiva, suprindo uma relação de insatisfação com a mãe. Ainda, Dadoorian (1998) também ressalta que as adolescentes que engravidam na nesta fase estabelecem uma equivalência em que exercer a sexualidade implica ter um filho, o que simboliza sua entrada na vida adulta. Hoje em dia, o tema sexualidade tem mais visibilidade do que há alguns anos atrás, tanto que, mesmo que a escola não se interesse em falar sobre estes assuntos, possivelmente em outros espaços do convívio do adolescente serão abordadas essas temáticas. É preciso considerar a relevância de abordar essas temáticas que norteiam a sexualidade, essencialmente, no contexto educacional, pois é o meio competente para divulgar informações consistentes e de qualidade, contribuindo na prevenção de DST s e questões sobre gravidez não planejada. É uma tarefa difícil explicar a causa de existir tantas grávidas nessa fase, já que as informações sobre métodos contraceptivos estão cada vez mais disseminados e abordados em ambientes educacionais e meios de comunicação. Encontramos pesquisas realizadas através de instituições de ensino superior ou do

Ministério da Saúde brasileiro, onde revelam constantemente que grande parte da população tem tido a informação básica necessária a cerca de métodos preventivos quanto à gravidez indesejada. Cabe a este estudo refletir acerca dos atenuantes que levam as adolescentes a participarem desses números estatísticos, tendo em vista que este fenômeno implica em mudanças macrossociais, principalmente, na saúde pública. Diante do exposto pelos teóricos acerca das questões psicossociais no fenômeno da gravidez na adolescência, este estudo visa conhecer as questões vivenciadas por jovens mães no período gestacional, e compreender as implicações e dificuldades enfrentadas por estas, inseridas num contexto socialcultural onde, a gravidez na adolescência é, por muitas vezes, vista de uma forma negativa ou negligente. METODOLOGIA A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo, correlacional de abordagem qualitativa, onde a mesma será realizada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Patos, Paraíba. A pesquisa será realizada com uma amostra de 10 grávidas adolescentes que procuram o serviço de pré-natal na Unidade Básica de Saúde (UBS), com idades entre 14 e 17 anos, por meio de amostragem não probabilística por conveniência. Os instrumentos utilizados serão um questionário sociodemográfico e econômico e uma entrevista semiestruturada acerca dos atenuantes e condições psicossociais das adolescentes grávidas. REFERÊNCIAS DADOORIAN, D. A gravidez desejada na adolescência. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 50, n. 3, p. 60-70, 1998. FAVERO, M. H. & MELLO, R M Adolescência, Maternidade e vida escolar: a difícil conciliação de papéis. Psicol. Teor. Pesqu, v. 13, n. 1, p. 131-136, 1997. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. MEDRADO, B. & LYRA, J. A adolescência desprevenida e a paternidade na adolescência: uma abordagem geracional e de gênero. In M. S. F. T. MOTA & V. C. BRANCO (Eds.). Cadernos Juventude, Saúde e Desenvolvimento. Brasília: Ministério da

Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, 1999. NEWCOMBE, N. Desenvolvimento infantil Abordagem de Mussen. 8ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. PAPALIA, D. E. & OLDS, S. W. O mundo da criança da infância à adolescência. 2ª edição. São Paulo: Makro Books, 1998. SANTOS, S. R. & SCHOR, N. Vivências da maternidade na adolescência precoce. Rev. Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.37, n. 1, fev. 2003. TIBA, I.. Sexo na adolescência. 9ª edição. São Paulo: Editora Ática, 1996. VITÓRIA, G. Barrigas de anjo. Isto É, p. 68-73. São Paulo, 1994.