12. PDS8_V2... 12-2 12.1 Ciclos de acesso a dispositivos... 12-2 12.1.1 Ciclo de leitura... 12-3 12.1.2 Ciclo de escrita... 12-3 12.



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Transcrição:

12. PDS8_V2... 12-2 12.1 Ciclos de acesso a dispositivos... 12-2 12.1.1 Ciclo de leitura... 12-3 12.1.2 Ciclo de escrita... 12-3 12.2 Temporização dos sinais de saída... 12-4 12.3 Ciclos de acesso do PDS8_V2... 12-5 12.4 strutura do PDS8_V2... 12-5 12.5 Diagrama de blocos do PDS8_V2... 12-7 12.6 Módulo de controlo... 12-9 12.6.1 ASM do módulo de controlo... 12-11 12.6.2 ROM de descodificação... 12-12

12. PDS8_V2 O módulo de controlo do PDS8_V1, não levou em consideração os tempos de reacção dos dispositivos endereçados e escritos. No sentido de corrigir estas deficiências e de aproximar o PDS8_V1 das arquitecturas reais, vamos construir uma nova versão que denominaremos PDS8_V2, que continuando a ser uma arquitectura de ciclo único, em relação à anterior apresenta as seguintes alterações: Implementação do controlo de modo a produzir as necessárias temporizações no acesso aos dispositivos de memória; Passagem do modelo Harvard a Von Neumann. addr addr addr Code Memory data PDS8_V1 Data Memory data R/nW PDS8_V2 Memory data O W a) b) igura 12-1 Diagrama de blocos: Modelo Harvard e Von Neumann O PDS8_V1 apresenta uma arquitectura Harvard, ou seja, o espaço de endereçamento de código é separado do espaço de endereçamento de dados como mostra a igura 12-1 a). Como veremos adiante, esta divisão apresenta algumas inconveniências no que diz respeito à gestão do espaço de memória, razão pela qual as arquitecturas comerciais apresentarem arquitectura Von Neumann, ou seja, um único espaço de endereçamento para código e dados como se mostra na igura 12-1 b), assim sendo, iremos introduzir esta alteração no PDS8_V2 no sentido de a aproximar às arquitecturas reais. Antes de introduzirmos estas alterações, é importante ter presente o diagrama temporal dos ciclos de leitura (read) e de escrita (write) dos vários tipos de dispositivos presentes no espaço de endereçamento do CPU, bem como algumas características das máquinas estado síncronas. 12.1 Ciclos de acesso a dispositivos O espaço de endereçamento do PDS8_V2 vai ser povoado por vários tipos dispositivo de memória e entrada/saída, todos eles de característica estática. stes dispositivos apresentam diagramas temporais de leitura e escrita semelhantes, pelo que analisaremos somente os da memória RAM por serem dispositivos de leitura e escrita. As memórias RAM podem apresentar uma de duas formas de controlo: Um sinal R/nW que selecciona leitura ou escrita e outro C que inibe ou desinibe a acção seleccionada. Um sinal O para accionar a leitura e outro W para accionar a escrita, sendo estes sinais activados em exclusão. Para controlo de consumo de energia e facilitar a concatenação de vários dispositivos, dispõe de um sinal C para inibição e desinibição do dispositivo. As memórias RAM disponíveis no mercado, permitem ser configuradas para as duas formas de controlo, no entanto, por razões que adiante estudaremos, iremos adoptar a segunda forma, o que levará a adicionar dois sinais ao CPU, um RD para controlo da leitura e outro WR para escrita. José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-2

Dados os tempos de propagação e reacção dos vários elementos que compõem a RAM (ver capítulo 8), os ciclos de leitura e escrita, terão que respeitar os tempos associados à descodificação de endereços e de Set Up Time e Hold Time dos registos constituintes. Na igura 12-2 e igura 12-3 são apresentados os diagramas temporais de um ciclo de leitura e escrita com as siglas dos tempos normalmente utilizadas pelos fabricantes deste tipo de dispositivo. 12.1.1 Ciclo de leitura t ACC Address no Data t ACC t O t OHZ t O t OHZ igura 12-2 Ciclo de leitura (time ACCess) tempo mínimo de acesso à informação. (O to Output valid) tempo que media entre a activação do sinal no e a presença no data bus, de informação estável em baixa impedância posta disponível pelo dispositivo. (Output Disable to Output High Z) tempo que media entre a desactivação do sinal no e libertação do data bus por parte do dispositivo. 12.1.2 Ciclo de escrita t AS t WP t HA Address nw Data t DS t DH t AS t WP t DS igura 12-3 Ciclo de scrita (Address Setup Time) intervalo de tempo mínimo a respeitar entre o estabelecimento de um endereço e a activação do sinal nw. (Write Pulse Width) duração mínima do sinal nw. (Data Setup Time) intervalo de tempo mínimo a respeitar entre o estabelecimento de informação valida no data bus e a desactivação do sinal nw. José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-3

t DH t HA (Data Hold Time) tempo mínimo durante o qual ainda se torna necessário manter os dados estáveis no bus após ter terminado o sinal de nw. (Hold Address) tempo mínimo durante o qual ainda se torna necessário manter o endereço estável após ter terminado o sinal de nw. Como se pode observar no diagrama temporal do ciclo de escrita, ver rror! Reference source not found., só é possível activar o sinal W após a estabilização do endereço. Por outro lado é necessário manter o endereço e os dados estáveis depois de desactivar o sinal W. No caso do PDS8_V1, esta especificação da memória de dados não é respeitada. Quanto ao ciclo de leitura, o comportamento do PDS8_V1 produz um conflito no bus de dados, pois quando passa de leitura a escrita não espera que o dispositivo de memória liberte o bus de dados (t OHZ). Se observarmos o diagrama temporal do ciclo de leitura, ver rror! Reference source not found., não existe nenhum problema se variarmos o endereço quando o sinal RD está activo, no entanto, como veremos mais adiante, o espaço de memória do CPU vai ser povoado por outro tipo de dispositivos além da memória, como sejam dispositivos para entrada e saída de dados para o exterior do sistema. Se imaginarmos um dispositivo que está a receber uma cadeia de caracteres, e que cada vez que é lido pelo CPU entrega um carácter da cadeia recebida, facilmente se percebe que a leitura descontrolada de um endereço de memória é neste caso nefasta. Por esta razão o CPU deverá gerar tempos de guarda em torno do sinal RD relativamente à variação dos endereços. 12.2 Temporização dos sinais de saída Dado que é necessário gerar temporizações para os vários sinais, leva a que a implementação do módulo de controlo do PDS8_V2, recorra a uma máquina de estados síncrona. Como já foi estudado anteriormente, nas máquinas de estado síncronas, as evoluções de estado dão-se no momento da transição do sinal de clock, com o intervalo mínimo de um período do sinal clock. Os tempos dos sinais de saídas que estas máquinas podem gerar estão assim limitados ao período deste clock. No entanto dispusermos de um sinal em contra fase com o clock, poderemos produzir acontecimentos com duração de meio período de clock. Assim sendo e, como acontecia no PDS8_V1, iremos gerar dois sinais 1 e 2, em contra fase com duty cycle de 50%, sendo 1 para o módulo de controlo e 2 para o módulo funcional. José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-4

12.3 Ciclos de acesso do PDS8_V2 Como já vimos anteriormente, no PDS8_V1, o processamento é concretizado pela sucessão das acções fetch execute, existindo meio clock entre a leitura da instrução e a sua execução. Mantendo a mesma lógica, ou seja, após a leitura de uma instrução (fetch), passamos à execução e assim sucessivamente e, considerando que meio clock é suficiente para os tempos t OHZ, t ACC, t AH, t AS e t DH, poderemos pensar num diagrama temporal para a actividade dos buses de endereços, dados e controlo do CPU como é mostrado na igura 12-4. ste diagrama temporal tem em conta os diagramas temporais característicos dos dispositivos de memória e tende a minimizar os tempos de acesso para assim se obter um melhor desempenho do CPU. xec Op code etch xec Op code etch Read Data xec Op code etch Write Data CLK Addr 0-7 PC PC dir PC RB Data 0-7 add ra ld ra,dir Data memory st ra,[rb] RA nrd nwr igura 12-4 Diagrama temporal de actividade dos buses A igura 12-4 apresenta três exemplos: um ciclo de fetch para uma instrução que tem execução interna ao CPU; o fetch de uma instrução cuja execução implica a leitura de um dado da memória; o fetch de uma instrução cuja execução implica a escrita de um dado na memória. 12.4 strutura do PDS8_V2 A nova especificação do PDS8_V2 implica alterações ao módulo funcional do PDS8_V1 como a seguir se descreve: Como se pode observar na igura 12-4, no ciclo máquina de leitura de memória (fetch ou execute), o sinal RD fica activo durante um período de clock. Internamente ao CPU a informação lida da memória pode ser captada em dois momentos distintos: a meio do sinal de RD com 2, ou no final do sinal de RD. A captação a meio do sinal RD, que seria a mais natural dado o módulo funcional estar sincronizado com 2, implica que o t O do dispositivo acedido, somado com o t DS do registo do CPU não possa exceder meio período de clock. A captação no final do RD é vantajosa porque dá mais tempo a que o dispositivo responda permitindo maior frequência de clock do CPU. Por essa razão, iremos adoptar a captação no final do sinal RD. A captação no final de RD, implica que o momento em que o CPU armazena internamente a informação lida, é o mesmo em que indica à memória a finalização da leitura. sta simultaneidade leva a que se possam gerar meta-estados no registo que estava a captar a informação, adulterando a informação lida. Para evitar este facto, vamos adicionar um registo do tipo transparente LATCH, denominado por MBR (Memory Buffer Register). ste registo deverá ter como característica principal um t DH muito pequeno a fim de evitar a leitura José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-5

errónea de informação. A introdução do registo MBR como elemento de recepção dos dados vindos do exterior, tem também como vantagem apresentar ao exterior um único elemento da estrutura, definindo assim, uma impedância característica de entrada do bus de dados do CPU; Na fase fetch, o processador lê da memória a instrução a executar. Como a instrução tem que permanecer na entrada do módulo de controlo até ao momento da execução, é necessário adicionar um registo para armazenar a instrução lida da memória. ste registo normalmente denominado por IR (Instruction Register), assegura a estabilidade dos vários sinais durante a fase de execução e da preparação do próximo valor do registo PC; No PDS8 o bus de endereços é estabelecido pelo conteúdo do registo PC na fase fetch e na fase execute, através de um multiplexer, pelo parâmetro direct, ou pelos registos RB ou RA+RB. Como se pode observar na igura 12-4 o bus de endereço é estabelecido em 2 e o módulo de controlo que estabelece os bits de selecção do multiplexer transita em 1. No sentido de assegurar a estabilidade do bus de endereços com a temporização estabelecida na igura 12-4, é necessário adicionar um registo denominado MAR (Memory Address Register) sincronizado por 2 e no qual, no início de cada ciclo de acesso à memória, é registado o endereço que se pretende aceder para leitura ou escrita. A não existência do registo MAR levava a que a modificação do endereço se fizesse em 1 o que não garantia t AS no ciclo de leitura e escrita esta ultima com mais gravidade. A alternativa seria a inserção de mais um ciclo antes da activação do sinal RD ou WR tornando a arquitectura mais lenta; Ao registo PC é adicionado uma entrada de nable para condicionar a sua evolução a dois momentos: na fase fetch para incrementar de 1, e na fase execute para a instrução jump. A acção de Reset, embora com início assíncrono passa a ter finalização síncrona, A acção de reset tem a duração mínima de um clock; José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-6

12.5 Diagrama de blocos do PDS8_V2 Com as modificações assim propostas obtemos o diagrama de blocos do PDS8_V2 mostrado na igura 12-5. PDS8_V2 RD IR D 0-7 MBR IR D 0-7 D 1-4 Zeroill R D 0 dec S 1 0 RA SD 0 1 2 RB SR D 0-7 Data 0-7 D 0 D 1-3 D 1-4 D 0-4 SR Zeroill Sigxt ALU 1 0 1 SO + 1 0 SI 0 1 PC ODB P C SA 0 1 2 3 4 M M A R Memory 256x8 Addr 0-7 Z RST MCLK D Q Q P D 2-7 R G CL PSW C R O M S SD SA SI SO P IR M PC R D Q RD WR ODB O W nxrst D Q RST igura 12-5 Diagrama de blocos do PDS8_V2 José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-7

Como podemos observar na igura 12-5, para controlo do sinal ODB, foi necessário adicionar um flip-flop sincronizado com 2, no sentido de assegurar que no ciclo de escrita o bus de dados só é desactivado meio clock depois de desactivado o sinal de WR. A ligação existente entre a entrada do registo PC e a entrada do registo MAR prende-se com a execução das instruções de jump. Isto porque, no mesmo instante em que se estabelece um novo valor para o registo PC é o mesmo em que se dá início a um ciclo de fetch no novo endereço agora estabelecido para o PC. Os registos constituintes da estrutura têm a seguinte especificação: Os registos RA, RB, PSW, PC, MAR e PC, são síncronos (edge trigger) com controlo de nable; Os registos MBR e IR, são do tipo transparente LATCH; Como se pode observar na igura 12-5 todos os registos síncronos são afectados na transição descendente de clock ( 2), enquanto os vários sinais de selecção são estabelecidos na transição ascendente ( 1). Descrição dos sinais de entrada: A activação da entrada XRST leva a que os registos PC e MAR tomem o valor zero, e simultaneamente coloca a zero o registo de estado corrente associado ao controlo. Descrição dos sinais de controlo: SI (Select index) permite realizar a instrução jmp RB, pois quando activo selecciona para a entrada do PC o valor de RB, estabelecendo um novo endereço de fetch; SO (Select Offset) determina se o próximo fetch se realiza no endereço dado por PC+1, ou em PC mais o parâmetro offset contido na instrução; SD (Select Data) selecciona qual a informação a carregar nos registos RA ou RB. Para a instrução LD,#const4 selecciona a constante que é parâmetro da instrução. Na instrução LD,direct4 selecciona o valor que está a ser lido da memória de dados. Nas instruções de processamento, selecciona o resultado da ALU. SA (Select Address) selecciona qual o parâmetro que estabelece o endereço. No caso de LD/ST R,direct4, selecciona o parâmetro contido na instrução. Caso o modo de endereçamento seja indirecto, selecciona o registo de indirecção RB. Se o modo é indexado, selecciona o valor calculado pela ALU, no início do fetch selecciona o registo PC. SR (Select Register) é utilizado pela instrução ST R,(ndereço destino) para seleccionar qual dos registos RA ou RB vai fornecer o valor a ser escrito na memória de dados. O parâmetro R está contido na instrução. R (nable Registers) é utilizado pela instrução LD R,(parâmetro fonte) e pelas instruções aritméticas e lógicas. No caso da instrução LD, serve para registar em R o parâmetro fonte, estando o parâmetro R (RA ou RB) também contido na instrução. Nas instruções lógicas e aritméticas para registar em R o resultado da operação realizada pela ALU. P (nable PSW) controla a escrita das flags no registo PSW aquando das operações lógicas e aritméticas. PC (nable PC) controla a escrita no registo PC. M (nable MAR) controla a escrita no registo MAR no início da fase fetch. IR (nable IR) controla a escrita no registo IR. RD (ReaD) controla a leitura da memória, no sentido de informar o dispositivo endereçado que deve colocar em baixa impedância os dados a serem lidos pelo CPU. José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-8

WR (WRite) controla a escrita na memória. ODB (Output Data Bus), dado que o bus de dados é bidireccional, este sinal controla a impedância de saída do bus de dados. C (stado Corrente) vector que representa o estado corrente da máquina de controlo. S (stado Seguinte) vector que representa o estado seguinte da máquina de controlo. 12.6 Módulo de controlo A nova estrutura assim constituída apresenta um módulo funcional relativamente complexo e implica sequencialidade nas transferências entre registos, tornando enfadonha e confusa a sua descrição através de um ASM e tabelas de verdade. Por esta razão, iremos recorrer para análise do PDS8_V2 à sua descrição em basic schemata. begin 1 T end lpc rm; inc fetch Z R RA RB alu lp = PSW ==1 ==1 wd wc wo IR lb = MBR = lir lmx = lmi = lmd = + adpc wm rm MAR = lpc PC +1 0 Reset inc M M O R Y lir ld r,# ld r,dir wc lmd rm wd ld r,[b] lmi rm wd ld r,[a+b] lmx rm wd st r,dir lmd wm st r,[b] lmi wm lp alu T T lp; wo jmp adpc jmp [b] lb jz Z T adpc jf T adpc execute igura 12-6 Basic schemata do PDS8_v2 (I e SA) Como se pode observar no I da igura 12-6, com a passagem ao modelo Von Neumann o espaço de memória é único, levando a que o registo MAR tenha como fonte os registos PC para Op code fetch e IR, RA ou a ALU para execute. A interface entre o CPU e a memória é concretizada pelo registo MAR que estabelece o endereço e pelo registo MBR que capta a informação lida. Na escrita, os dados são fornecidos pelo registo RA ou RB. Os registos RA e RB são acedidos numa de duas formas: de forma individualizada, como acontece quando são operandos da ALU; ou como estrutura de dois registos R (Register ile) endereçáveis pelo bit R presente no IR. José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-9

Descrição dos vários operadores presentes no I do PDS8_V2: adpc PC=PC+IR.offset ;add PC lpc load PC ;MAR=PC inc PC++ ;inc PC rm Read mem ;mbr=memory[mar] lir IR=MBR ;load IR wc write const ;R[IR.R]=MBR.const lmd MAR=IR.direct ;load MAR direct wd write direct ;R[IR.R]=MBR. direct lmi MAR=RA ;load MAR Indirect wm write mem ;memory[mar]=r[ir.r] lmx MAR=RA+RB ;load MAR Indexed wo write result ;R[IR.R]=alu(IR.op,RA,RB) lp PSW=,Z ;load PSW Como se pode observar no SA da igura 12-6, o fetch é igual para todas as instruções. O fetch é concretizado pela seguinte sequência de acções: carrega no MAR o valor do PC para estabelecer o endereço da próxima instrução a ser executada; o código da instrução apontado pelo MAR é lido para o MBR; o valor do PC é incrementado no sentido de apontar para a próxima instrução; por fim o código da instrução é transferido para o registo IR. A operação de escrita sobre o conjunto dos registos RA e RB, que é concretizada pelos operadores wd, wc e wo, é vectorizada pelo bit R contido no código da instrução. Antes de desenharmos o módulo de controlo do PDS8_V2, é necessário identificar o momento de cada acção no diagrama temporal. Neste sentido, é apresentado na igura 12-7, o diagrama temporal dos ciclos máquina Op code etch, Data Read e Data Write do PDS8_V2 onde estão identificados os momentos de fetch do registo PC e de execução da instrução bem como a codificação do estado. Porque o fetch do registo PC se realiza antes da fase de execute é necessário tomar em consideração este facto no cálculo do offset das instruções de jump. T1 T2 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 xec PC fetch xec xec 1 Addr 0-7 PC PC dir PC RA Data 0-7 add ra ld ra,dir Data memory st rb,[ra] RB nrd nwr igura 12-7 Diagrama temporal dos buses do PDS8_V2 Assim sendo, o bus do PDS8_V2, apresenta as seguintes especificações: A duração do ciclo máquina de escrita ou de leitura são dois períodos de clock; O Op code fetch de uma instrução tem início a meio de T1 e termina no fim de T2; O código da instrução que vai ser executada é considerado disponível no CPU no fim de T2; A execução é realizada a meio de T1, pelo que a descodificação tem que ser realizada em meio período do clock; O fetch do registo PC é realizado a meio de T2; José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-10

No ciclo de escrita, como o sinal WR é activado no início T4, o tempo t AS para estabilização dos endereços é de apenas meio período de clock. Quanto ao bus de dados fica em baixa impedância desde o início de T4 até meio de T1. 12.6.1 ASM do módulo de controlo stabelecido o diagrama de blocos, o diagrama temporal do PDS8_V2 e a sequência das acções a realizar, estamos em condições de desenhar um ASM para o controlo do CPU. Na igura 12-8 está representado o ASM do módulo de controlo do PDS8_V2, que controla os vários sinais da estrutura, no sentido de executar as várias instruções, e gerar os vários sinais do bus com o encadeamento estabelecido no diagrama temporal da igura 12-7. Para que o ASM tenha uma leitura mais fácil, os sinais de saída que não estão relacionados com a evolução de estados do processador, não foram representados. M 1 0 exec & code addr fetch PC;M;SA=3 Reset T LD AL JP T SA=4;R SA=4 SA=3;PC 2 RD;IR;PC read instruction & PC fetch LM ST T M 3 exec addr fetch direct T [RB] T SA=2 SA=0 SA=1 4 exec data read/write RD T LD WR stado 0: stado 1: igura 12-8 ASM-chart módulo de controlo stado inicial do controlo, só atingido por activação da entrada externa XRST e aqui permanecendo enquanto XRST se mantiver activa. O controlo, neste estado activa o sinal M, o PC e selecciona a entrada 3 do multiplexer do MAR para iniciar os registos PC e MAR com o valor zero. O estado 1 corresponde ao estado de execução e preparação de endereço. Quanto à execução, se a instrução presente no IR é uma instrução de LOAD (LD) ou aritmética (AL) activa R e selecciona a fonte de dados correspondente. Se a instrução é de JUMP (JP) e a condição é verdadeira, activa PC. Quanto á preparação do endereço, é activado o sinal M e caso a instrução não seja de salto, ou sendo de salto não exista condição, é sempre selecciona a José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-11

stado 2: stado3: stado4: entrada 4 do multiplexer do MAR, utilizando o valor corrente do PC. Se a instrução promove a alteração do PC, selecciona a entrada 3 do multiplexer do MAR para que o PC e o MAR tomem o mesmo valor. Neste estado é realizada a leitura da instrução e o fetch do PC. Para tal o CPU activa o sinal de RD para ler da memória a instrução a executar e, simultaneamente, incrementa o valor do registo PC para indicar o endereço da próxima instrução a ser lida. Neste estado, caso a instrução seja LOAD com acesso a memória (LM) ou STOR (ST), o próximo estado será o 3, caso contrário será o zero. Preparação do endereço para leitura ou escrita da memória de dados. Se a instrução é LOAD (LD) activa o sinal RD, caso contrário activa o sinal WR. 12.6.2 ROM de descodificação Na Tabela 12-1 está representada a programação da ROM de descodificação, na qual podemos observar o comportamento das várias saídas do controlo e a evolução de estados. Na implementação do controlo do PDS8_V2, iremos utilizar a ROM para conter o micro-code e gerar o estado seguinte. Por esta razão a dimensão da ROM será de 1024x18, pois tem como entrada os 5 bits mais significativos do código da instrução, as duas flags do PSW e os 3 bits que codificam o estado corrente. IIIII 76543Z C 0-2 S 0-2 SD SA SI SO M PC R P IR RD WR Reset ------- 0 2-3 - - 1 1 0 0 0 0 0 xec/addr fetch LD R,[RA+RB] 00000-- 1 2 1 4 0-1 0 1 0 0 0 0 LD R,[RB] 00001-- 1 2 1 4 0-1 0 1 0 0 0 0 ST R,[RB] 00010-- 1 2-4 0-1 0 0 0 0 0 0 JMP RB 00011-- 1 2-3 1-1 1 0 0 0 0 0 LD R,direct4 001---- 1 2 1 4 0-1 0 1 0 0 0 0 LDI R,#const4 010---- 1 2 0 4 0-1 0 1 0 0 0 0 ST R,direct4 011---- 1 2-4 0-1 0 0 0 0 0 0 JZ offset5 100--0-1 2-4 0-1 0 0 0 0 0 0 JZ offset5 100--1-1 2-3 0 1 1 1 0 0 0 0 0 J offset5 101---0 1 2-4 0-1 0 0 0 0 0 0 J offset5 101---1 1 2-3 0 1 1 1 0 0 0 0 0 JMP offset5 110---- 1 2-3 0 1 1 1 0 0 0 0 0 ALU 111T--- 1 2 2 4 0-1 0 T 1 0 0 0 Op code fetch AL JP 2 1 - - 0 0 0 1 0 0 1 1 0 LD ST 2 3 - - 0 0 0 1 0 0 1 1 0 Address fetch LD+ST direct4 3 4-2 - - 1 0 0 0 0 0 0 LD+ST [RB] 3 4-0 - - 1 0 0 0 0 0 0 LD+ST [RA+RB] 3 4-1 - - 1 0 0 0 0 0 0 Data Read/Write LD 4 1 - - - - 0 0 0 0 0 1 0 ST 4 1 - - - - 0 0 0 0 0 0 1 C 0-2 stado Corrente S 0-2 stado Seguinte I 3-7 bits do Instruction Register Tabela 12-1 - Programação da ROM de descodificação José Paraiso (Ver 1.2) Página 12-12