Introdução à Liturgia Respostas dos Exercícios de Revisão



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Transcrição:

Introdução à Liturgia Respostas dos Exercícios de Revisão

XV. Revisão TRA LE SOLLICITUDE (de São Pio X) 1. Conforme TS 1, qual o fim geral da música sacra e da liturgia como um todo? A glória de Deus e a santificação dos fiéis (p. 4). 2. Segundo TS 2, quais são as qualidades próprias da liturgia? Santidade, delicadeza das formas e universalidade (p. 4). MEDIATOR DEI (de Pio XII) 3. De que forma MD 3 compreende que a Igreja continua o ofício sacerdotal de Cristo? A Igreja continua o ofício sacerdotal de Cristo pela liturgia (p. 6). 4. Segundo MD 21, qual o elemento essencial do culto divino? O elemento interno (p. 8). 5. Como MD 73 exemplifica tanto a boa quanto à má participação na liturgia? Má participação: assistência passiva, negligente e distraída; Boa participação: empenho e fervor que os ponha em contato íntimo com o sumo sacerdote. (p. 9) 6. De acordo com MD 160, qual a relação entre liturgia e atos de piedade? Os atos de piedade visam a voltar e dirigir para Deus as nossas almas, porque as purificam dos pecados, as dispõem à conquista da virtude e as estimulam à verdadeira piedade, habituando-as à meditação das verdades eternas, e tornando-as mais capazes da contemplação dos mistérios da natureza humana e divina de Cristo. Além disso, nutrindo intensamente nos fiéis a vida espiritual, preparam-nos para participar das sagradas funções com fruto maior, e evitam o perigo de se reduzirem as orações litúrgicas a um ritualismo vão. Por outro lado, a liturgia alimenta a alma e desperta o desejo pelos atos de piedade (p.10). SACROSANCTUM CONCILIUM 7. Segundo SC 5, qual a relação entre a Encarnação e o culto divino? A Encarnação do Verbo, a sua humanidade, foi o instrumento da nossa salvação. Por isso, em Cristo se realizou plenamente a nossa reconciliação e se nos deu a plenitude do culto divino (p.11). 8. Com base na SC 6, explique o papel fundamental do Batismo e da Eucaristia no eixo dos sacramentos da Igreja. Pelo Batismo são os homens enxertados no mistério pascal de Cristo e transformam-se em verdadeiros adoradores. Pelo Batismo, recebem o dom do sacerdócio comum. E sempre que comem a Ceia do Senhor, alimentam os dons recebidos e anunciam igualmente a sua morte até Ele vir a Eucaristia projeta a perspectiva escatológica da Liturgia (p.11). 9. Conforme SC 7, de que maneira Cristo está presente nas ações litúrgicas? Na pessoa do ministro; nas espécies eucarísticas; nos Sacramentos; na palavra proclamada; na comunidade reunida em oração (p. 12). 10. O que são ações litúrgicas? São os sinais sensíveis realizados pela Igreja à luz do Cristo, sumo sacerdote, para a santificação dos fiéis. 11. Leia SC 8 e diga qual o papel da liturgia na espiritualidade cristã. Despertar a consciência de se estar presente misteriosamente ao culto celebrado nos céus e antecipar, por isso, a glória do louvor divino eterno (p. 12). Página 2

12. De que maneira se pode explicar a expressão na SC 10: a liturgia é fonte e cume de toda a ação da Igreja? A Liturgia é a fonte da vida da Igreja, porque é dela que a Igreja tira sua vida e a força do ardor missionário. Ao mesmo tempo, a Liturgia, ou seja, o louvor a Deus é o objetivo final para onde se dirigem todos os esforços missionários da Igreja (p. 13). 13. Segundo SC 11, como deve ser a participação dos fiéis na liturgia? Participação consciente, ativa e frutuosa (p. 13). 14. O que se entende por participação ativa? Cada fiel realizando tudo e somente aquilo que cabe a cada um (SC 28; p. 13). 15. Qual a orientação da SC sobre a língua litúrgica? Conversando-se o latim, com a utilização da língua vernácula em alguns momentos (SC 36; p. 13). OFÍCIO DIVINO 16. Qual o objetivo do Ofício Divino? Seu objetivo é santificar as horas do dia pela oração do povo de Deus; é oração de louvor e de súplica: oração da Igreja, com Cristo e a Cristo (p. 21). 17. Onde a oração cristã encontra o fundamento de sua dignidade? Explique. O fundamento da dignidade da oração encontra-se em Cristo e no fato de que Ele mesmo orou: participar da piedade mesma do Filho Unigênito para com o Pai e daquela oração que Ele, durante a sua vida cá na terra expressou por palavras e continua agora, sem interrupção, em toda a Igreja e em cada um dos seus membros (p. 22). 18. De que maneira, além da Eucaristia, a Liturgia das Horas também santifica e consagra o tempo? A Liturgia das Horas alarga aos diferentes momentos do dia o louvor e ação de graças, a memória dos mistérios da salvação, as súplicas, o antegozo da glória celeste, contidos no mistério eucarístico, centro e vértice de toda a vida da comunidade cristã (p. 23). 19. Qual a relação entre o louvor a Deus e a santificação dos homens se identifica na liturgia? O louvor a Deus opera a santificação do homem. Os que tomam parte da Liturgia colhem os frutos da santificação, em virtude da Palavra de Deus, que nela ocupa lugar importantíssimo (p. 24). ANO LITÚRGICO 20. O que é Ano Litúrgico? É o próprio Cristo, ou seja, a celebração da memória sagrada do Mistério de sua vida durante todo o ano (p. 26). 21. Qual dia é o fundamento de todo o Ano Litúrgico? Explique. O domingo, pois nele celebra-se a ressurreição de Cristo, o Mistério Pascal, a nossa Salvação. (p. 27) 22. Como se deve compreender a repetição contínua do Ano Litúrgico no contexto do amadurecimento cristão? A repetição contínua do Ano Litúrgico deve favorecer ao aprofundamento sempre maior na meditação dos mistérios da nossa salvação (p 36). 23. Quais são os dois grandes ciclos do Ano Litúrgico e quais os cinco tempos? Ciclo do Natal e Ciclo da Páscoa. Tempo do Advento; Tempo do Natal; Tempo da Quaresma; Tempo da Páscoa e Tempo Comum (p. 36 a 38). Página 3

24. Como são divididos os domingos e os dias da semana do Ano Litúrgico? Os domingos são divididos em A, B e C, nos quais se leem os Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas, respectivamente. Os dias da semana são divididos em dois anos: ano par e ano ímpar (p. 38). ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA 25. Para se falar em espiritualidade litúrgica, é possível reduzir a liturgia somente ao sequenciamento de regras de uma celebração? A espiritualidade litúrgica deve levar à vida vivida, experimentada, não sendo reduzida ao simples cumprimento do preceito, mas surgindo como um momento desejado pela alma. Não deve haver, tampouco uma ruptura entre o interior e o exterior, pois são aspectos indissolúveis do ser humano, que auxiliam a nos colocar em contato com a divindade (p. 40). 26. Qual a relação entre oração e liturgia? A oração é um momento particular de nossa existência, no qual se realiza uma especial relação com Deus, que nenhuma outra reunião ou assembleia humana poderá substituir. Oração é ação comunitária e eclesial, que invade toda a celebração litúrgica, constituindo o substrato catalisador de toda a celebração (p. 40). 27. Explique porque se diz que a espiritualidade litúrgica é comunitária, sem excluir a vivência pessoal. Existe um fluxo recíproco que supõe o intercâmbio das experiências de natureza interior. Celebrase em comum; adora-se em particular, mas sem que a dimensão privada deixe de ser interior e, ao mesmo tempo, comunitária (p. 41). 28. Qual o centro da espiritualidade litúrgica? Explique. A celebração da Eucaristia é o centro da espiritualidade litúrgica, pois o efeito desse sacramento é a conversão do ser humano a Cristo: é beber da fonte de onde brota a totalidade da vida da Igreja (p. 41). 29. Descreva o aspecto escatológico da espiritualidade litúrgica. A comunidade que celebra a Eucaristia torna-se uma só com Cristo. Não queremos somente aderir a Cristo, mas queremos também nos unir a ele, porque, se nos separarmos dele, pereceremos, conforme afirma São João Crisóstomo. A participação na vida gloriosa de Cristo, no seu banquete e no louvor que ele ergue ao Pai, já antecipa o banquete escatológico, união entre o tempo e a plenitude de Cristo (p. 42). DOUTRINA DO MISTÉRIO 30. De que forma o Mistério divino se articula no Antigo Testamento, no Novo e no tempo da Igreja? Deus, em seu Mistério se revela desde os Profetas do Antigo Testamento, imanente e transcendente, age na história da humanidade, revelando-se plenamente em seu Filho, Jesus Cristo, Verbo Encarnado, que por sua Paixão, Morte e Ressurreição, abre ao homem a porta da salvação. Essas presenças do Senhor passam para os mistérios celebrados na Igreja e mantêmse vivos nessas celebrações (p. 14). 31. Qual a relação entre o Mistério do culto e o Mistério de Cristo? No Mistério do culto, Cristo, imperceptível aos nossos sentidos, o Mistério de sua vida, da nossa Redenção, permanece presente de modo espiritual e ativo (p. 14). 32. Quais as semelhanças e diferenças entre Mistério e Liturgia? Mistério e Liturgia significam a mesma coisa, mas de um ponto de vista diferente. Mistério referese à obra redentora que o Senhor glorioso opera e aplica pelos ritos sagrados que instituiu, enquanto Liturgia designa a parte que toca à Igreja nessa ação redentora de Cristo especificamente, a atividade cultual da Igreja (p. 15). Página 4

33. De que forma o Mistério de Cristo pode ser expresso em nossas vidas na Liturgia? A essência do Mistério pode ser vivenciada pelas ações e palavras instituídas pelo Senhor. O simbolismo reformulado por Cristo a partir da Antiga Aliança é, novamente, reinterpretado pela Igreja, que continua sua ação salvífica no mundo. Ao utilizar os gestos e as palavras da Liturgia, podemos experimentar o Mistério de Cristo em nós (p. 16). 34. De que forma todo o povo cristão pode participar do culto divino? A participação interior deve ter um caráter decisivo. Contudo, deve ser uma participação ativa, cada um tomando sempre mais consciência do seu sacerdócio comum, recebido no Batismo (p. 17). 35. Qual o perigo profetizado por Dom Odo Casel na última parte de seu texto? O perigo é compreender a participação ativa como uma tendência democrática, onde a Liturgia deixa de ser expressão do culto da Esposa para o Cordeiro Imolado e passa a ser expressão das vontades e dos gostos particulares de cada comunidade, ou pior, pode-se pensar que em uma votação igualitária, o peso da autoridade do ministro ordenado é equivalente a dos fiéis leigos (p. 18). DIMENSÃO CORPORAL DA LITURGIA (Verdadeiro ou Falso) 36. ( V ) Na Liturgia, devemos vivenciar a verdade celebrada, mais do que elaborar conceitos abstratos. 37. ( F ) De acordo com Romano Guardini, é possível estudar Liturgia somente pela leitura e pesquisa. 38. ( V ) Somente pela observação e comprovação não se pode chegar à essência da Liturgia. A perda do olhar contemplativo foi a causa da decadência da Liturgia. 39. ( F ) Segundo Bento XVI, a Liturgia é um diálogo: o sacerdote fala com Deus e Deus fala somente com o Sacerdote. 40. ( V ) Na oração litúrgica, é preciso que a mente concorde com a voz. 41. ( V ) Segundo Bento XVI, quando o sacerdote se dá conta do sentido das palavras que profere, a ação ritual torna-se naturalmente cheia de significado, capaz de sensibilizar quem o vê. 42. Qual a relação da frase a liturgia é um mundo de acontecimentos misteriosos e santos transformados em figura sensível, de Romano Guardini, com o conceito de Mistério de Odo Casel? Proposta de resposta: A Liturgia se apropria das ações salvíficas de Cristo e as repete, de modo a tornar presente o Mistério da nossa Redenção, que se estende desde a Cruz até nós pela ação da Liturgia, sobretudo pelas celebrações com linguagem e gestos compreensíveis pelo homem. Aquela salvação que não poderia ser imaginada pelo homem, é celebrada na Liturgia. DIES DOMINI (Verdadeiro ou Falso) 43. ( F ) O domingo guarda pouca relação com a ressurreição de Cristo. 44. ( V ) O repouso tem valor sagrado, conforme ensinamento do livro do Êxodo. 45. ( F ) Os cristãos somente celebram a Páscoa anualmente. 46. ( V ) O domingo é o centro de todo o culto litúrgico*. * São João Paulo II, no n. 19 da Carta Apostólica Dies Domini, apresenta o domingo como centro do culto devido à sua relação essencial com a ressurreição, que lhe confere o atributo de sacramento da Páscoa, conforme expressão de Santo Agostinho. 47. ( V ) O domingo expressa também, como oitavo dia, o futuro escatológico da criação. 48. ( F ) O domingo cristão é dedicado exclusivamente ao culto. Página 5

49. De que forma o domingo expressa mais perfeitamente o conceito de dia do Senhor do AT? O domingo aperfeiçoa o conceito de Dia do Senhor do AT à medida que o Mistério Pascal de Cristo constitui a revelação plena do mistério das origens e do Êxodo do Egito, o cume da história da salvação, cumprimento pleno das promessas de Deus, e anúncio perene da parusia (DD 18, p. 32). 50. Qual a relação do domingo com a criação? A salvação em Cristo, celebrada no domingo, é uma nova criação, pois torna o homem novo em Cristo, novo Adão. Além disso, essa nova criação evoca o Batismo, nascimento para a vida nova em Cristo, dia em que todos os fiéis foram novamente criados para Deus (p. 33). 51. Qual a importância do dia do repouso no domingo? O repouso permite voltar o olhar somente a Deus e observar o dia do Senhor com mais propriedade. Além disso, a alternância entre repouso e trabalho também expressa a vontade de Deus, que ordenou o repouso ao homem (Gn 2). O descanso dominical também faz com que as preocupações e os afazeres quotidianos reencontrem sua justa dimensão: as coisas materiais dão lugar ao espírito e são reordenadas em nossa vida (p. 34 e 35). Página 6