REGIMENTO DA TUTORIA

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Transcrição:

REGIMENTO DA TUTORIA

O Decreto-lei n.º 75/2008 de 22 de Abril enquadra no seu artigo 44 a figura do professor tutor, remetendo para o Regulamento Interno dos Estabelecimentos de Ensino a definição de outras competências consideradas pertinentes. Assim sendo, o Plano de Acção Tutorial (PAT) entende-se como uma acção dinâmica e colaborativa em que participam diferentes intervenientes da comunidade educativa de forma a resolver dificuldades de aprendizagem dos alunos, facilitar a sua integração na escola e nos grupos e atenuar eventuais situações que possam afectar o seu percurso de aprendizagem. O Plano de Acção Tutorial faz parte integrante do Projecto Curricular de Turma e é um instrumento onde se clarificam os seguintes aspectos: Os critérios e procedimentos para a organização e monitorização do trabalho tutorial. As linhas de actuação que o professor desenvolve com os alunos e respectivas famílias. A equipa educativa envolvida na sua elaboração, divulgação, implementação e monitorização. Todas as medidas previstas para a concretização do PAT junto dos alunos nomeadamente objectivos, actuações, responsáveis e calendarização. Esta acção será sempre alicerçada em princípios orientadores que a seguir se explicitam: 1. Respeito absoluto pelas características específicas de cada aluno e pelo sigilo das informações a ele inerentes. 2. Desenvolvimento de competências de auto-regulação, orientação e responsabilidade. 3. Educação para valores e princípios básicos da dimensão humana. 4. Implicação dos diferentes intervenientes no processo educativo. 5. Continuidade da acção ao longo dos ciclos leccionados no Agrupamento. 6. Respeito pelas prioridades definidas no Projecto Educativo do Agrupamento.

GRANDES PRIORIDADES TEMAS OBJECTIVOS GERAIS RELAÇÃO SOLIDARIEDADE Promover, despertar e desenvolver o prazer em ajudar os outros Desenvolver o espírito de entreajuda/cooperação INTERPESSOAL RESPEITO PELA O SUCESSO ESCOLAR DIFERENÇA BRIO/GOSTO POR APRENDER PAPEL DA FAMÍLIA AUTO-ESTIMA E RESPONSABILIDADE Aceitar e tolerar a diversidade Incentivar o ser bom aluno Valorizar o processo ensino/aprendizagem Sensibilizar a família para a importância da sua participação no percurso escolar do aluno Responsabilizar a família pelo sucesso do aluno O CONHECI- MENTO E A DESCOBERTA A CIÊNCIA Despertar a curiosidade científica Desenvolver o espírito científico Promover a protecção ambiental

A ARTE Estimular o sentido estético Valorizar e proteger o património cultural Perfil do Aluno a Integrar num PAT A designação do aluno a ser acompanhado por um professor tutor deverá ter em conta os seguintes aspectos: Risco de abandono escolar. Dificuldades de integração. Fraco acompanhamento familiar. Dificuldades na(s) aprendizagem(ns). O Tutor A figura do tutor deve ser entendida como a de um profissional que conhecendo bem os currículos e as opções dos alunos e das suas famílias, promove as acções necessárias para ajustar posições e expectativas. A sua designação deverá ter em conta os seguintes aspectos: Ser um docente profissionalizado com experiência adequada, preferencialmente ser professor da turma (mas não Director de Turma da mesma). Ser um docente profissionalizado ou um técnico com formação especializada. Ter facilidade em relacionar-se, nomeadamente com os alunos e respectivas famílias. Ter capacidade de mediar diferentes situações e/ou conflitos.

Ter capacidade de trabalhar em equipa. Comprometer os alunos e fazê-los participar na definição de objectivos, tornando-os mais responsáveis pelo seu percurso de aprendizagem e pelo seu papel dentro da comunidade educativa. Criar pontes com a comunidade enquadrando, se necessário, apoio externo. Ser coerente, flexível, persistente e receptivo. Conhecer em profundidade o nível de escolaridade dos alunos com os quais trabalha. Funções do Tutor * Obter um conhecimento aprofundado das características próprias dos alunos. - Preenchimento de uma ficha de identificação individual. - Registo de informações colhidas através dos encarregados de educação e/ou outro intervenientes envolvidos. - Registo de sugestões do Conselho de Turma. - Actualizar a informação sempre que a situação se altere. * Preparar um Plano de Acção Tutorial. * Acompanhar de forma individualizada o processo educativo de um grupo restrito de alunos, de preferência ao longo do seu percurso escolar dentro do Agrupamento. * Facilitar a integração dos alunos na escola e na turma fomentando a sua participação nas diversas actividades. * Contribuir para o sucesso educativo e para a diminuição do abandono escolar, conforme previsto no Projecto Educativo de Escola. * Ensinar os alunos a expressarem-se, a definirem objectivos pessoais, a autoavaliarem-se de forma realista e a serem capazes de valorizar e elogiar os outros.

* Aconselhar e orientar no estudo e nas tarefas escolares. * Promover a articulação das actividades escolares dos alunos com outras actividades formativas. * Esclarecer os alunos sobre as suas possibilidades educativas e os percursos de educação e formação/ cursos profissionais disponíveis. * Esclarecer os alunos sobre o mundo laboral e os procedimentos de acesso ao mesmo, promovendo, se possível, atitudes de empreendedorismo. * Implicar os pais/ encarregados de educação em actividades de controlo do trabalho escolar e de integração e orientação dos seus educandos. * Facilitar a cooperação educativa entre os docentes do aluno e pais/encarregados de educação. * Implicar os docentes das disciplinas em que dificuldades em actividades de apoio à recuperação. os alunos revelam mais * Informar sempre que solicitado, os pais/ encarregados de educação, o Conselho de Turma e os alunos sobre as actividades desenvolvidas e respectiva avaliação. * Elaborar, por período, ou sempre que necessário, relatórios claros sobre os resultados da acção de tutoria a serem entregues no Conselho Executivo e facultados aos Conselhos de Turma e aos pais/encarregados de Educação. * Desenvolver um trabalho articulado com e os Serviços de Psicologia e Orientação. o Departamento de Ensino Especial * Organizar todos os documentos e informações pertinentes num dossiê próprio. Actividades a Desenvolver pelo Tutor O d esempenho das funções implica o desenvolvimento de três níveis de actividades: com os alunos, com os professores e com os pais/encarregados de educação.

Alunos Professores Pais e Encarregados de Educação Explicitar as funções da tutoria envolvendo os alunos na programação das actividades. Implementar um programa de entrevistas individuais de natureza informativa e orientadora. Aplicar metodologias que permitam definir as características de cada aluno. Preparar os momentos de avaliação das áreas curriculares em que os alunos revelem mais dificuldades. Ponderar sobre os resultados das mesmas com o aluno. Enquadrar e acompanhar a tomada de decisões Promover e coordenar actividades de colaboração que promovam a integração do aluno na comunidade educativa. Preparar o PAT explicitando o grau de envolvimento de cada professor. Definir os aspectos prioritários da intervenção de cada professor. Transmitir todas as informações sobre os alunos que lhes possam ser úteis. Colaborar em pleno com os elementos da comunidade educativa. Explicitar as funções da tutoria. Promover o envolvimento dos pais e encarregados de educação na programação das actividades. Reunir com os pais/encarregados de educação sempre que se entenda pertinente de forma a antecipar ou participar na resolução de situações.

CONSELHO DE PROFESSORES TUTORES Este conselho é constituído por todos os professores tutores e tem como competências: Assegurar a articulação e normalização de procedimentos a adoptar na tutoria. Identificar necessidades de formação no âmbito da tutoria. Conceber e desencadear mecanismos de formação e apoio aos tutores e a outros docentes da escola. Propor e planificar formas de actuação junto de alunos, pais e encarregados de educação, professores e outras entidades. Funcionamento: O Conselho dos professores tutores reúne ordinariamente no início do ano lectivo e no inicio de cada período e extraordinariamente sempre que necessário. Podem ainda realizar-se reuniões sectoriais dos professores tutores para analisar problemas específicos. As reuniões anteriormente referidas têm a duração máxima de duas horas. No caso da ordem de trabalhos não ser cumprida no tempo previsto, os elementos presentes decidirão: prolongar a sua duração ou marcar nova reunião imediatamente, ficando dispensada a sua convocatória. As convocatórias para as reuniões ordinárias e extraordinárias, com a respectiva ordem de trabalhos, serão afixadas no local destinado ao efeito, com a antecedência de 48 horas. As reuniões serão secretariadas, rotativamente, pelos Professores Tutores. As actas serão registadas em impresso próprio e arquivadas no respectivo dossier, depois de lidas e aprovadas. O original das mesmas será entregue no Conselho Executivo.