SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 O MUNDO E SUAS REPRESENTAÇÕES Para começo de conversa Páginas 3-4 1. Resposta pessoal. Porém, para um bom aproveitamento do exercício proposto, é preciso uma ação sua junto aos alunos, visto que é incomum o uso de mapas fora do espaço escolar. É muito provável que as pessoas passem a vida inteira numa cidade sem conhecer o mapa desse espaço. Além disso, não há mapas nos espaços públicos nem nos sistemas de transportes para orientar os percursos, tampouco para localizar pontos importantes. Sendo assim, dependendo do que acontecer com a proposição inicial, talvez seja necessário que você pense em formas de apresentação desse mapa da cidade e proponha alguns exercícios de localização para que os estudantes se familiarizem com ele. 2. O interessante nesse exercício que os alunos vão realizar (desenhar um mapa na verdade um croqui, pois não é necessário fazer escala que mostre o percurso da escola até sua residência) é você: examinar se o mapa desenhado indica alguma familiaridade com o mapa da cidade ou se é alheio a esse aspecto; verificar se há noção de escala (se ele não dá distâncias maiores para percursos mais curtos e distâncias menores no mapa para ruas e avenidas mais longas); averiguar que referências ele indica para facilitar a locomoção (se são edifícios marcantes para todos, avenidas importantes ou, então, referências muito subjetivas, somente perceptíveis para o autor do mapa). Todos esses aspectos são elementos reveladores da percepção de espaço do estudante, que acabam por ser referências para a continuidade do seu trabalho com os alunos. 3. Aeroportos, estações de trem e estações rodoviárias costumam exibir mapas de suas localidades. Nesses locais há balcões de informações turísticas que fornecem mapas e outros materiais informativos sobre o lugar onde estão situados. Isso porque quem chega pode estar vindo pela primeira vez e precisa saber se locomover o mais breve 1
possível. Os mapas são compreensíveis por todos, mais do que textos, e é uma obrigação das cidades orientar e receber bem seus visitantes. 4. Um dos elementos importantes da qualidade de uma residência é sua localização. Bairros com boa infraestrutura valorizam as moradias. Os vendedores de imóveis fazem mapas nas propagandas para valorizar as localizações dos bens que estão vendendo. Além disso, é preciso que o interessado saiba chegar ao imóvel. Se os alunos não se lembrarem desse tipo de anúncio, é importante que você disponibilize alguns exemplos na sala de aula. Jornais costumam inserir mapas em seus anúncios de imóveis e, muitas vezes, esses anúncios são distribuídos em locais de grande circulação de pessoas. Desafio! Página 4 Após mostrar um exemplo de mapa de um grupo social distante, muito diferente dos mapas que nos são familiares, pede-se que os alunos, em grupo, façam mapas usando recursos semelhantes. Esse exercício tem como objetivo levar os alunos a vivenciar a experiência da representação sem exigências formais. É um trabalho criativo e nele os estudantes vão representar realidades geográficas com materiais inusitados, mas terão de se empenhar na comunicabilidade dessa representação. É interessante ressaltar que foi improvisando e usando o que era possível que ao longo da história o ser humano foi registrando e controlando suas realidades espaciais. No exemplo do mapa de moradores das Ilhas Marshall é importante destacar que esse mapa ajudava-os na navegação, por mais que atualmente olhemos e digamos que não é um mapa bom ou um mapa correto. Os livros didáticos de Geografia que já traziam mapas multiplicam em suas páginas a presença de mapas. Não é incomum, até mesmo, apresentar a história da Cartografia, mostrando mapas de povos antigos, de culturas isoladas etc. Por isso, usar livros didáticos é uma boa medida para fazer a breve pesquisa proposta. Se o acesso à internet for possível, aí então as referências vão se multiplicar. A internet está inundada de mapas, há sites e sites especializados desde em mapas atuais até em mapas antigos e exóticos. 2
Durante a criação dos mapas pelos grupos, você pode enfatizar a importância da legibilidade dos símbolos escolhidos, ou seja, se as informações selecionadas para a representação do entorno da escola serão compreendidas pelos demais alunos. Leitura e Análise de Imagem e Mapa Páginas 5-7 1. Representam a mesma área com recursos diferentes. Até mesmo a escala de ambas as representações é idêntica. 2. São visíveis as cidades representadas por diversos símbolos conforme seu tamanho. As menores são bolinhas pretas, as maiores, duas grandes metrópoles, são quadrados pretos. Também são visíveis as redes de transportes, em especial rodovias. Isso é o principal. 3. As duas maiores regiões metropolitanas do Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro) estão representadas no mapa por quadrados pretos, bem visíveis. Na imagem de satélite as duas metrópoles aparecem em áreas bem marcadas por uma tonalidade de roxo. São Paulo é maior que o Rio de Janeiro, conforme a imagem. 4. Dá para notar, além das metrópoles, um rio (Rio Paraíba do Sul) e diferentes situações espaciais, alternando formações naturais e realidades geográficas construídas pelo ser humano, como represas (ao norte de Caraguatatuba, por exemplo). 5. Espera-se que os alunos percebam que no mapa estão selecionados alguns elementos que se quer mostrar: as cidades (de acordo com seus diversos tamanhos), as rodovias etc. Para mostrar esses elementos são utilizados símbolos que, como tais, são mais visíveis no mapa. A imagem de satélite, por sua vez, não tem símbolos; é como uma fotografia da Terra. É mais difícil de interpretar, mas a dimensão geográfica dos fenômenos está mais próxima da realidade. As imagens de satélite servem (entre outros usos) para que, a partir delas, confeccionem-se mapas. Esses usam linguagem apropriada, destacam fenômenos específicos, conforme seu autor. Assim, mapas e imagens de satélite não têm a mesma função e, por isso, uns não podem ser substituídos pelos outros. 3
Página 8 O estudante deve fazer uma lista dos mapas encontrados e descrever que função o mapa exercia na publicação em que foi encontrado. O contexto em que o mapa estava exposto vai ajudar a definir que funções ele possuía. Ele pode, por exemplo, estar apenas localizando um lugar mencionado numa reportagem; mas pode também indicar dados populacionais de um lugar etc. Página 8 Para demonstrar que essa afirmação faz sentido vale a pena voltar ao exemplo de comparação entre a imagem de satélite e o mapa Eixo Rio de Janeiro-São Paulo. No mapa escolheu-se representar as estradas, mas decidiu-se não representar, por exemplo, as redes de fios de eletricidade nem o volume de população que habita essa localidade coberta pelo mapa. Todo mapa é assim. Sempre uma seleção de fenômenos. Mesmo aqueles mapas que parecem representar tudo não conseguem essa façanha. Esse é o caso da denominada carta topográfica. 4
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 ORIENTAÇÃO RELATIVA: A ROSA DOS VENTOS Para começo de conversa Página 9 1. De fato, a impressão que temos, em função das grandezas e da velocidade dos movimentos terrestres, é a de que realmente a Terra está parada, de que ela é estática. Por isso, o arco que vemos do Sol primeiro a Leste, depois sobre nossas cabeças e então desaparecendo a Oeste nos dá a impressão de movimento do Sol, quando na verdade é a Terra que está se movimentando. 2. O movimento aparente do Sol é uma referência que permite identificarmos os pontos cardeais. Se a janela do lado direito da classe, na posição do aluno, estiver voltada para onde nasce o Sol, esse lado será o Leste; o lado contrário o Oeste; à frente o Norte; e atrás o Sul. 3. A resposta deve estar vinculada à localidade da escola. É preferível que haja referência às cidades próximas. Não há problema que os alunos consultem mapas. Pode parecer um exercício muito fácil, mas surpresas podem aparecer. O objetivo é sedimentar a familiaridade com os pontos cardeais para que os alunos efetivamente apreendam o conceito. Páginas 10-12 1. a) Espera-se que os alunos respondam positivamente, pois, como esse movimento é aparente, o Sol parece estar em diversas posições durante o dia. Os alunos precisam assimilar essa percepção, que nem sempre é óbvia. b) É interessante que você estimule essa observação e que os alunos, ao notarem onde o Sol nasce e onde desaparece, indiquem uma referência que possa ser reconhecida por todos. Por exemplo: o Sol nasce do lado direito da escola, na direção 5
do morro tal; o Sol desaparece do lado esquerdo da escola, na direção do rio tal. Isso vai permitir verificar se todos da classe estão percebendo da mesma maneira. c) É um movimento aparente. Não é possível demonstrar se os alunos não perceberem que o Sol muda de posição no decorrer do dia. A discussão sobre o movimento para essa mudança de posição vem em segundo lugar. 2. a) Trata-se do movimento da Terra em torno de seu próprio eixo, conhecido como movimento de rotação. b) Sem dúvida há uma relação direta. Durante o período de 24 horas (23h56min), que dura o movimento de rotação, parte da Terra fica exposta ao Sol (dia), enquanto a parte oposta do planeta não é iluminada pelo Sol (noite). c) Os polos Sul e Norte e as posições Leste e Oeste. 3. Professor, chame a atenção dos alunos para o fato de que esse esquema foi feito para fins didáticos. A proporção entre o Sol e a Terra e a distância entre eles não são essas. a) Trata-se do movimento da Terra em torno do Sol. O movimento de translação que leva 365 dias e 6 horas. b) A translação é um movimento anti-horário (ao contrário do movimento dos ponteiros de um relógio), o que é perceptível pelas setinhas desenhadas no percurso da Terra. A figura mostra também que a Terra se movimenta em torno do Sol, com seu eixo inclinado em relação ao plano de translação. Assim, nas diversas posições, num momento o Hemisfério Sul é que está mais exposto ao Sol e, noutro, o Hemisfério Norte. As datas de máxima desigualdade de iluminação nos hemisférios Norte e Sul (22 ou 23 de junho e 22 ou 23 de dezembro) são chamadas de solstício, enquanto as datas de máxima igualdade de iluminação nos hemisférios Norte e Sul (20 ou 21 de março e 22 ou 23 de setembro) são chamadas de equinócio. c) Essas diversas posições da Terra em relação ao Sol no decorrer do ano explicam as diferentes intensidades da chegada de energia calorífera nos dois hemisférios latitudinais da Terra (o Sul e o Norte). A distribuição diferenciada dessa energia implicará o que chamamos estações do ano. Na figura, na posição dos dias 22 ou 23 de junho, a Terra está com o Hemisfério Norte projetado em direção ao Sol, o que vai fazer com que os ângulos dos raios solares estejam mais próximos de 90º na 6
latitude do Trópico de Câncer, o que significa mais energia calorífera. Essa maior exposição deve-se, como mostrado na figura, à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano da órbita. Por isso é verão naquele hemisfério e inverno no Hemisfério Sul, que, nesse momento, está menos projetado em relação ao Sol, e os raios solares chegam num ângulo mais inclinado. Isso vai significar menos energia calorífera. Com essa mesma lógica explicam-se as outras estações do ano. Página 13 Esse exercício do presente para o passado é bem interessante. É um exercício de reconhecimento do outro que contribui para o desenvolvimento de uma competência muito importante: o compreender. O que se sabia na Antiguidade, o que se interpretava dependia de observação direta, de olhar a natureza. É essa criança que receberá a carta. Logo, para convencê-la sobre o fato de que o movimento do Sol é apenas aparente é preciso empregar estratégias próprias. O fato de o estudante ter isso em mente, e ser obrigado a fazer raciocínios específicos para a situação, já é de extrema valia e justifica o exercício. Incentive os alunos a elaborar ilustrações que auxiliem na sua explicação, exercício esse que auxiliará na compreensão do conceito trabalhado. Páginas 13-14 1. O nome da figura que representa os pontos colaterais é Rosa dos Ventos. Nela se representam os pontos cardeais (principais) e os pontos colaterais (intermediários entre os cardeais). 2. Com o braço direito estendido em direção à nascente do Sol chega-se ao Leste, logo o braço esquerdo indica o Oeste. 3. Com o braço esquerdo voltado para o Oeste e o direito para o Leste, o menino tem a sua frente o Norte e atrás o Sul. 7
4. Entre o Norte (N) e o Leste (L) Entre o Sul (S) e o Oeste (O) Entre o Norte (N) e o Oeste (O) Entre o Sul (S) e o Leste (L) Nordeste (NE) Sudoeste (SO) Noroeste (NO) Sudeste (SE) 5. Esse aparelho é a bússola. Ele está para o espaço assim como o relógio está para o tempo. Página 14 É relativamente simples construir uma bússola em casa. A maior dificuldade está em encontrar um ímã. São pequenos objetos naturais ou artificiais que têm a propriedade de magnetismo, quer dizer, de atrair materiais ferrosos. Alerte os estudantes sobre o manuseio da agulha para evitar que eles se firam. O professor de Ciências pode ajudar a localizar, pois é comum nessa disciplina se propor experiências com o magnetismo. O interessante é que, ao esfregar uma agulha no ímã, as propriedades magnéticas passarão para a agulha, elemento-chave para a construção da bússola. Na Terra há um acúmulo de materiais magnéticos próximo ao Norte magnético, e uma agulha imantada sempre se deslocará para essa direção. Página 15 Até agora os pontos cardeais foram encontrados, nas proposições anteriores, utilizando a posição onde o Sol nasce (Leste) e daí deduziu-se o Oeste, o Norte e o Sul. Agora essa localização será feita com um aparelho. Ela poderá ser feita à noite, por exemplo. Este momento aplicativo é chave para a concretização desse conteúdo. 8
Desafio! Página 15 Caro professor, dependendo do mapa utilizado, as respostas podem ser um pouco diferentes. Se o mapa tiver os limites municipais representados, os alunos terão outra visualização da que teriam se o mapa apenas indicasse, com símbolos (bolas, por exemplo), o centro dos municípios do Estado. Por esse motivo, você precisa estar atento ao mapa selecionado e acompanhar a realização da atividade a fim de verificar se os alunos sabem lidar corretamente com os pontos cardeais e colaterais. 1. Iguape está a(o) Nordeste de Cananeia e a(o) Leste de Registro. 2. Marília está a(o) Nordeste de Assis e a(o) Sudoeste de São José do Rio Preto. 3. São José dos Campos está a(o) Nordeste de São Paulo e a(o) Sudeste de Mogi Mirim. 4. Fernandópolis e Ituverava estão situadas no Norte do Estado de São Paulo. 5. Teodoro Sampaio situa-se no Oeste do Estado de São Paulo. Página 16 1. Alternativa e. Espera-se que os alunos compreendam que o movimento do Sol na abóbada celeste é aparente e que resulta do giro da Terra em torno de si mesma. 2. Rotação: duração 24 horas (23h56min). Movimento da Terra em torno de seu próprio eixo, é responsável pelos dias e pelas noites. Todos os outros planetas do Sistema Solar estão em rotação; as velocidades são diferentes, mas é esse movimento o responsável pela forma arredondada dos planetas, inclusive da Terra. Translação: duração 365 dias (365 e 6 horas). É uma trajetória da Terra em torno do Sol, e nesse percurso a Terra expõe diferentemente seus hemisférios em relação ao Sol (em razão da inclinação do eixo da Terra). É um dos responsáveis pela ocorrência das diferentes estações do ano. 9
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS Para começo de conversa Página 17 1. Não, essa informação não é suficiente porque quando se indica um ponto cardeal ou um colateral é preciso dar uma referência. Norte em relação a que ponto, a que cidade? Uma mesma cidade pode estar ao Norte de uma cidade qualquer e ao Sul de outra. 2. Norte em relação a quê? Que pontos de referência existem? 3. É sempre necessário usar outros pontos de referência para melhor localizar um ponto num espaço. Nenhum ponto é o Norte absoluto (a não ser o núcleo do Polo Norte). Todo Norte será Norte em relação a outro ponto que estará ao Sul. Páginas 17-18 A figura é clara. A Terra é esférica e o navio no horizonte de um oceano vai parecendo cada vez mais próximo em razão da curvatura do planeta. Aliás, essa é uma das formas indiretas que nos faz perceber a curvatura da Terra. Páginas 18-21 1. a) Essa linha é o Equador. A palavra vem de equalis, que quer dizer igual. O Equador corta a Terra em duas metades iguais. b) A metade de cima é o Hemisfério Norte, e a metade de baixo é o Hemisfério Sul. 10
c) O exercício de colorir é um recurso com o objetivo de familiarização com o Hemisfério Norte e com o Hemisfério Sul. 2. a) Neste globo não estão todas as coordenadas geográficas. Estão apenas alguns paralelos. O Equador é um dos paralelos, aliás, o paralelo 0º, que serve de referência para a medida dos demais paralelos. b) Esses números indicam a posição do paralelo no interior da circunferência que representa a Terra. Uma circunferência possui 360º (esse o pequeno representa a medida em grau). Porém, para efeitos de medida das latitudes, que são linhas paralelas na circunferência, optou-se em se medir as latitudes a partir do Equador contando de 0 o a 90º Sul e de 0 o a 90º Norte. Isso dá 180º. Acontece que as duas extremidades do paralelo estão contempladas; logo, se somássemos, chegaríamos aos 360º. c) Para posicionar corretamente os paralelos indicados será útil o estudante usar um transferidor. 3. a) Em relação à primeira figura, a diferença deste globo é que a grade de coordenadas não está completa: só estão representados os meridianos. b) Diferentemente da marcação dos paralelos, que se dá numa figura geométrica que é a circunferência, os meridianos são estabelecidos numa esfera. São meio círculos de polo a polo e um conjunto de dois meridianos opostos que constituem um círculo inteiro. Qualquer meridiano divide a esfera em duas partes iguais, mas um deles foi escolhido para ser o meridiano de referência, o meridiano 0º. Trata-se do Meridiano de Greenwich, que corta a Inglaterra. A Leste (à direita) tem 180º e a Oeste (à esquerda) tem mais 180º. Isso explica os números e o uso das iniciais dos pontos cardeais. c) Para acrescentar mais duas linhas de meridiano na posição correta pode-se usar também o transferidor. d) Essa área é chamada de Hemisfério Oeste ou Ocidental (tecnicamente) e popularmente de Ocidente. 11
4. Preenchendo os vazios do quadro: Característica Coordenada geográfica Permite situar Demarca as metades leste e oeste Greenwich Hemisférios Oriental e Ocidental Demarca as metades norte e sul Equador Hemisférios Sul e Norte Perpendiculares a Greenwich Paralelos Latitudes Perpendiculares ao Equador Meridianos Longitudes Páginas 21-22 1. Palmas (TO). 2. Macapá (AP) ou São Gabriel da Cachoeira (AM). 3. Rio Branco (AC). Página 23 1. A latitude é uma medida em graus obtida por paralelos traçados numa circunferência que representa a Terra. Os paralelos vão de 0 o a 90º em direção ao Sul e de 0 o a 90º em direção ao Norte. Cada paralelo é uma latitude Sul ou Norte. 2. a) O movimento de rotação permite determinar as longitudes, que são medidas em tempo, antes de tudo. Se soubermos a hora na longitude 0 o e ao mesmo tempo a hora em outra longitude a Oeste, dá para saber que longitude é essa. b) Para que a Terra complete o movimento de rotação são necessárias 24 horas (duração do dia), ou exatas 23h56min. 3. Para girar 15º a Terra leva uma hora em seu movimento de rotação, a 15º de um ponto qualquer a Leste será uma hora a mais. Por exemplo, se forem 8 horas nesse ponto, em 15º a Leste já serão 9 horas e em 15º a Oeste serão 7 horas. 12
4. Decidiu-se por um ponto para ser a referência de medição das diversas horas da Terra num mesmo momento e também para a medida das longitudes. Esse ponto de referência é o Meridiano de Greenwich na Inglaterra. O meridiano 0 o, a longitude 0 o. A partir desse ponto se estabelecem os fusos horários. Páginas 24-25 1. Em direção a Leste as horas estão adiantadas em relação a Greenwich. 2. Em direção a Oeste as horas estão atrasadas em relação a Greenwich. 3. Se a diferença em relação a Greenwich for de uma hora, isso corresponde a 15º de diferença de longitude. 4. Cálculo das horas da Copa do Mundo. a) Em Londres, na Inglaterra, o jogo será assistido às 17 horas do dia 20 de junho. b) Em Nairóbi, no Quênia, às 20 horas do dia 20 de junho. c) Na Cidade do México será às 11 horas do dia 20 de junho. d) Em Sydney, na Austrália, será às 3 horas da manhã do dia seguinte, 21 de junho. e) Em Los Angeles, nos EUA, será às 9 horas do dia 20 de junho. Observação: de acordo com a Lei n o 11.662, de 24 de abril de 2008, a partir da zero hora de 24 de junho de 2008 vigoram no Brasil três fusos horários. Página 26 Para se determinar a posição exata de um ponto qualquer do globo, é preciso definir a longitude e a latitude desse ponto. Cruzando esses dois elementos chega-se à posição exata de um ponto qualquer. 13
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 OS ATRIBUTOS DOS MAPAS Para começo de conversa Página 27 1. Não é sempre assim. Essas cores (o azul e o verde) são usadas em mapas para várias finalidades e não são exclusivas para representar as águas e a vegetação. 2. Os mapas políticos representam, especialmente, fenômenos humanos como cidades, estradas etc. Enquanto isso, os mapas físicos representam fenômenos naturais como rede de rios, altitudes dos terrenos, distribuição das formações vegetais etc. 3. Com uma escala de cores. Cada cor representa uma altitude e isso pode ser consultado na legenda. 4. Um mapa de São Paulo dentro do mapa do Brasil pode ter menos detalhes que um mapa isolado de São Paulo. Existem mapas maiores e mapas menores de um mesmo local, e essa variação chama-se escala cartográfica. Páginas 28-31 1. a) Estão representados os Estados brasileiros. Isso é perceptível porque para cada Estado há uma cor e traços que delimitam um Estado do outro. Essa delimitação e o fato de existirem Estados é um fenômeno humano. Os alunos podem também identificar os rios e alguns países da América do Sul. b) Por intermédio de cores. c) Os principais elementos representados são fenômenos humanos: divisão dos Estados e das principais cidades do Brasil. d) Mapa político do Brasil. 14
2. a) Não há mais divisão marcando a existência de Estados nem indicação de cidades. As cores assinalam os terrenos conforme as altitudes, o que pode ser observado na legenda. É importante notar que as zonas verdes correspondem a certa altitude (entre as mais baixas) e não a zonas de florestas. Do amarelo para o marrom são terrenos altos e não terras sem vegetação. Aparece também uma densa malha de rios: a rede hidrográfica. b) Por cores diferentes se destacaram os terrenos de diversas altitudes médias. Mas só é possível identificar quais as áreas mais altas e as mais baixas observando a legenda, o que é um problema nesse mapa. c) A cor verde não representa florestas, e sim determinada altitude (que está entre as mais baixas). Isso demonstra que nos mapas existentes as cores têm um uso diverso e nenhuma cor tem um uso exclusivo, nem mesmo o azul para a água. d) São elementos da natureza: altitude e malha de rios. Logo, nesse mapa predominam fenômenos naturais. e) Mapa físico do Brasil. 3. a) No primeiro mapa foram utilizados símbolos para representar as cidades. Na legenda é possível ver que a bolinha com um ponto preto e um círculo representa as capitais e a bolinha preta, outras cidades. Além disso, também são utilizados símbolos para diferentes vias de acesso e limites territoriais. b) Rio Branco, identificável no mapa pelo símbolo de Capital de Estado. c) Foram utilizados os recursos da cor. A escala de cor empregada vai de um verdeescuro (altitude mais baixa) até um marrom-escuro (a altitude mais elevada). Essa escala compõe a linguagem do mapa. d) Com esse recurso ficamos sabendo onde as terras são mais altas (altitude média). Elas ficam em todas as áreas assinaladas com marrom-escuro. Mas o mapa faz uso também de pequenos símbolos que não aparecem na legenda, mas que indicam os picos mais altos: o mais alto fica ao Norte do Brasil e é conhecido como Pico da Neblina, com 2 994 metros, na fronteira com a Venezuela. 15
Páginas 32-34 1. Sim, a Região metropolitana de São Paulo está representada nos dois mapas, mas apenas no mapa da Região metropolitana de São Paulo constam os municípios que a compõem. 2. O mapa Região metropolitana de São Paulo, pois nesse o território da área em questão foi menos reduzido. 3. O mapa Brasil: regiões metropolitanas, 2005 seria o mais adequado. Ele possui escala menor, e isso permite visualizar as regiões metropolitanas na extensão do Brasil. 4. Não, não seria possível. A escala do mapa Brasil: regiões metropolitanas, 2005 é pequena demais para representar esse tipo de detalhe. Página 35 1. A resposta vai depender da escala gráfica do mapa escolhido. 2. Alternativa e. 6 centímetros x 50 quilômetros, que é o valor de cada intervalo da escala gráfica. 3. a) O título nos indica o tema que será tratado no mapa. Por exemplo: Distribuição da população do Brasil; Rede hidrográfica do Brasil etc. b) A legenda apoia a linguagem do mapa. Ela traduz o que os símbolos e as cores utilizados significam. Embora necessários, não são os elementos mais importantes dos mapas. O mais importante é o mapa em si, que é o visual propriamente dito. 16
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 A CARTOGRAFIA TEMÁTICA Para começo de conversa Página 36 1. A resposta é pessoal e depende do material pesquisado. Porém é provável que se encontrem mapas nas duas situações. 2. Os mapas que pretendem representar tudo o que existe na superfície terrestre (o que não é possível) são os mapas de base. 3. Os que representam apenas um ou dois fenômenos são os temáticos. Cada fenômeno é um tema. 4. Atualmente, é cada vez mais comum mapas que mostrem fluxos. Por exemplo, onde se produz petróleo e onde ele vai ser processado e consumido (e também em que quantidade). Esse é um tipo de mapa temático e a representação é chamada representação dinâmica (mostra movimentos). 5. Depende dos mapas encontrados. Em geral, se representam os locais de produção com símbolos que remetem a fábricas, usinas, centros de extração etc. A legenda nesse caso indica e traduz a simbologia. Página 37 É provável que a esta altura os estudantes não tenham dificuldades para identificar e selecionar esses mapas temáticos e classificá-los de acordo com os grupos de fenômenos naturais e humanos. 1. Em geral, os mapas têm indicação da escala cartográfica, mas nem sempre ela é necessária, em função de uma série de detalhes técnicos da cartografia, área que estuda e produz mapas. 2. Depende dos mapas pesquisados. 3. Varia de acordo com o que foi pesquisado, mas, de um modo geral, os mapas são muito reduzidos, visto que predominam mapas do mundo, mapas do Brasil e dos 17
Estados em nossa cultura escolar. E, para representar vastos territórios, os mapas devem ser muito reduzidos. 4. Depende do material pesquisado. É importante exercitar esse olhar para a qualidade das representações e isso deve começar cedo. 5. Encontrados os mapas que representam fenômenos naturais, é importante que os alunos listem os recursos de linguagem que foram empregados para a representação: cores, símbolos etc. Mas é melhor fazer a observação antes de olhar as legendas. 6. Depende dos mapas pesquisados. No mais, os mesmos comentários da proposta anterior se aplicam aqui. Páginas 38-39 1. a) O mapa representa a situação dos países em relação ao poderio nuclear militar e aos tratados e convenções internacionais que visam a impedir a proliferação de armas de destruição massiva. Nota-se que apenas alguns países possuem armamentos nucleares. b) Sim, esse é um mapa qualitativo, pois representa ocorrências de fenômenos diversos: 1. Posições diferentes de alguns países em relação às armas nucleares de destruição massiva; 2. Localidades não signatárias de tratados e convenções internacionais contra a proliferação de armas de destruição massiva. 2. a) Trata-se de um mapa-múndi sobre o qual foram aplicados círculos de diversos tamanhos. Nota-se uma maior concentração desses círculos em certas áreas, enquanto em outras há maior dispersão, por exemplo, na América do Sul. Fica muito evidente onde se compram mais armas. Os círculos maiores representam compradores mais significativos de armas. A relação é direta. b) Sem dúvida, esse é um mapa quantitativo, visto que mostra, por intermédio dos círculos proporcionais (que podem ser quantificados exatamente recorrendo ao ábaco legenda de mapa quantitativo), as quantidades de armas que estão sendo compradas e por quais países estão sendo adquiridas. 18