QUEIXAS E SINTOMAS VOCAIS PRÉ FONOTERAPIA EM GRUPO



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Transcrição:

QUEIXAS E SINTOMAS VOCAIS PRÉ FONOTERAPIA EM GRUPO [ALMEIDA, Anna Alice Figueirêdo de; SILVA, Priscila Oliveira Costa; FERNANDES, Luana Ramos; SOUTO, Moama Araújo; LIMA-SILVA, Maria Fabiana Bonfim] Centro de Ciências da Saúde /Departamento de Fonoaudiologia/ PROBEX RESUMO: Introdução. O sintoma vocal é uma queixa relatada pelo indivíduo que o pode sentir de diferentes modos, através das sensações relacionadas à fonação. A prevalência de sintomas vocais pode indicar uma alteração vocal, assim é de suma importância a realização de orientações aos indivíduos para a prevenção de agravos a saúde vocal. Objetivo: descrever as queixas e sintomas vocais dos participantes do projeto de extensão e educação em saúde vocal (EDUCVOX). Desenvolvimento: Na atualidade, a prática fonoaudiológica em grupo constitui-se como uma ferramenta importante de intervenção, pois além de ser educativa, favorece o maior conhecimento e a troca de experiências entre os integrantes, propiciando resultados positivos para todos. Em relação ao gênero na formação dos grupos até o presente momento teve-se uma maior presença de mulheres. A queixa vocal mais presente entre os integrantes foi a de rouquidão, corroborando com a literatura consultada. Os principais sintomas auditivos foram: rouquidão, mudança da voz depois do uso, dificuldade em projetar a voz, dificuldade para agudos e falhas na voz. Já os sintomas sensoriais/cinestésicos foram: garganta seca, dor de garganta, seguidos de sensação de bolo na garganta e pigarro. Considerações finais: O conhecimento da população, a cerca dos cuidados básicos com a voz é de extrema importância como um mecanismo de promoção e de prevenção das alterações, visto que tal conhecimento possibilita uma maior conscientização em relação aos cuidados com a voz, prevenindo assim os problemas vocais. Palavras-chaves: Sintomas e queixas vocais, terapia em grupo, voz. INTRODUÇÃO A voz é o resultado da ação harmoniosa das estruturas anatômicas do aparelho fonador, constituído pela laringe e pelas cavidades de ressonância. Logo, a voz é o produto da vibração das pregas vocais junto com a modulação do som pelas cavidades de ressonância (VIEIRA ET AL., 2007). O sintoma vocal é uma queixa relatada pelo indivíduo que o pode sentir de diferentes modos, através das sensações relacionadas à fonação e pode manifestar-se em razão de uma

desordem mais geral. Inúmeras são as causas consideradas responsáveis pela sintomatologia vocal como: os distúrbios alérgicos, faríngeos, bucais, nasais, além de hábitos inadequados como: o tabagismo, etilismo e fatores relacionados ao comportamento vocal, entre outros (FERREIRA ET AL., 2009). Desta forma, a informação relacionada à saúde vocal é de suma importância para prevenir o surgimento dos sintomas vocais e consequentemente a disfonia. O presente estudo tem como objetivo de descrever as queixas e sintomas vocais dos participantes do projeto de extensão e educação em saúde vocal (EDUCVOX). DESENVOLVIMENTO O projeto de extensão Educação em Saúde Vocal (EDUCVOX) é voltado a toda a sociedade da grande João Pessoa e adjacências e tem como público alvo indivíduos com e sem queixas de voz, profissionais ou não da voz. O objetivo desse projeto é de trabalhar junto a esses indivíduos a promoção da saúde vocal e a prevenção de distúrbios vocais. O termo grupo é definido como sendo um conjunto de pessoas reunidas em torno de uma tarefa comum. Na atualidade, a prática fonoaudiológica em grupo constitui-se uma ferramenta importante de intervenção, além de ser educativa, tal prática favorece o maior conhecimento, troca de experiências e incentiva o vinculo entre os integrantes do grupo, gerando resultados positivos para todos (FREITAS ET AL., 1999; RIBEIRO ET AL., 2011). Foram descritos as características dos grupos atendidos na clínica escola de Fonoaudiologia da Universidade Federal da Paraíba no período de maio a setembro de 2013, em relação às queixas e aos sintomas vocais auditivos e cinestésicos apresentados pelos participantes. RESULTADOS Em relação à idade dos indivíduos, observou-se que houve uma variação entre 19 anos a 76 anos de idade. Além disso, houve maior número de mulheres em comparação aos homens, como demonstra o Gráfico 1. Até o presente momento, obteve uma maior presença de mulheres nos grupos, o que confirma que os hábitos de prevenção que em geral são mais praticados pelas mulheres do que pelos homens. Este aspecto é apresentado no estudo de GOMES (2007), em que é mencionado que os homens procuram menos os serviços de saúde do que as mulheres. Uma das explicações para esse fato é relacionado ao cuidar feminino, ou seja, a mulher costuma cuidar-se mais do que os homens, já os homens estão associados à força e vitalidade.

A queixa vocal mais presente entre os integrantes dos grupos foi a de rouquidão (Gráfico 1), fato constatado na literatura pesquisada, que aponta este dentre diversos outros sintomas vocais comuns decorrentes de quadros disfônicos. A rouquidão ocorre a partir da irregularidade vibratória da mucosa das pregas vocais durante a fonação (CHOI-CARDIM 2010; SERVILHA & PENA, 2010). Gráfico 1- Queixas vocais mais relatadas pré fonoterapia de grupo Rouquidão Articulação Voz fina aperfeiçomento vocal Os sintomas vocais cinestésicos foram os mais predominantes entre os indivíduos (40, 59,7%), enquanto 27 (40,3%) citações de sintomas vocais auditivos, no total de 67 sintomas vocais (Gráfico 2). Os sintomas cinestésicos corresponderam a características que o indivíduo sente, como por exemplo: esforço para falar e pigarro. Já os sintomas auditivos são referentes a aqueles percebidos pelo ouvinte, um exemplo disso é a rouquidão e falhas na voz. Gráfico 2 - Número de sintomas vocais relatados pré fonoterapia de grupo Número de sintomas Sintomas Auditivos Sintomas cinéstesicos Total Os indivíduos apresentaram um total de 27 sintomas auditivos, sendo os mais prevalentes a rouquidão, seguido de voz muda depois do uso, dificuldade em projetar a voz, dificuldade para agudos e falhas na voz (Gráfico 3). Tais sintomas representam sinais auditivos que servem como alerta para investigação e podem ser indicativos de alterações vocais. Investigar a presença desses e discutir seus aspectos associados, atividade executada neste grupo

de extensão, pode representar, portanto, uma importante estratégia de prevenção de agravos à saúde vocal. Gráfico 3 - Sintomas auditivos relatados pré fonoterapia de grupo Já os sintomas cinestésicos mais presentes foram: garganta seca, dor de garganta, seguidos de sensação de bolo na garganta e pigarro (Gráfico 4). Tais sintomas provocam desconforto fonatório, levando ao individuo a desenvolver ajustes vocais inadequados o que pode agravar ainda mais um quadro inicial. Gráfico 4 - Sintomas sensoriais/cinestésicos relatados pré fonoterapia de grupo FERREIRA ET AL. (2012) cita que a prevalência de sintomas vocais deve ser considerada como indicio de suspeita de distúrbio vocal, e que tais sintomas devem ser investigados, mesmo que ocorram de maneira isolada. Ainda, segundo a autora, são apontados

como causas da sintomatologia vocal as afecções respiratórias altas, o uso intensivo da voz, tabagismo e o estresse. De forma geral, os participantes da terapia vocal em grupo apresentaram um total de 67 sintomas vocais, um dado bastante evidente. A realização da terapia vocal em grupo com esses indivíduos já representa, segundo o relato dos mesmos, um fator de grande importância na melhora da sintomatologia vocal apresentada inicialmente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Independente da faixa etária ou do sexo, os sintomas vocais podem estar presentes e a prevenção é um aspecto fundamental para que estes não venham a representar danos à saúde vocal. O conhecimento da população acerca dos cuidados básicos com a voz é de extrema importância como um mecanismo de promoção e prevenção dos distúrbios vocais, pois tal conhecimento possibilita uma maior conscientização em relação aos cuidados com a voz. REFERÊNCIAS CHOI-CARDIM K.; BEHLAU M.; ZAMBON F. Sintomas vocais e perfil de professores em um programa de saúde vocal. Rev CEFAC. v.12(5):811-819.2010. FREITAS A.P.; LACERDA M.C.; PANHOCA I. O grupo terapêutico fonoaudiológico ensaios preliminares. Rev Bras Fonoaudiol.v.7, n.1, p. 57-64. 1999 FERREIRA L. P. et al. Relação entre os sintomas vocais e suas possíveis causas estudantes universitários. Arch. Otorhinolaryngol. v.16, n.3.2012. FERREIRA, L. P.;SANTOS, J. G.; LIMA, M. F. B. Sintoma vocal e sua provável causa: levantamento de dados em uma população. Rev. CEFAC, São Paulo, v.11, n.1, Jan./Mar.2009. GOMES R.; NASCIMENTO E.F.; ARAÚJO F.C. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública. v.23, n.3, p.565-574.2007. RIBEIRO V.V, PANHOCA I, DASSIE-LEITE A. P, BAGAROLLO M. F. Grupo terapêutico em Fonoaudiologia: Revisão de literatura. Rev. CEFAC. 2011. SERVILHA E.A.M.; PENA J. Tipificação de sintomas relacionados à voz e sua produção em professores identificados com ausência de alteração vocal na avaliação fonoaudiológica. Rev CEFAC. v.12, n.3, p.454-461. 2010. VIEIRA, A. B. C. et al. Fatores causais e profilaxia da disfonia na prática docente. Cadernos de Educação, Pelotas, v. 28, p. 255-270. Jan/Jun. 2007.