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Transcrição:

304 Ibirité i - Diagnóstico O município de Ibirité, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 159.026 habitantes, sendo que 158.662 habitantes correspondem à população urbana e 364 à população rural. O município encontra-se totalmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP, e não possui distritos, conforme o IBGE (2007). Em visita realizada ao município em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que o município de Ibirité possuía rede coletora, interceptores, fossas negras, fossas sépticas, elevatória de esgoto e uma ETE em fase de projeto. A titularidade dos serviços de esgotamento sanitário do município foi concedida à COPASA, desde o ano de 2004. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 87% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgotos era de 0%, conforme declarado pelo engenheiro civil da COPASA. ETE São Pedro Número do processo no COPAM: 22574/2005/001/2007 Na data da visita ao município, a ETE São Pedro estava em fase de projeto e a licitação estava prevista para ocorrer no dia 26 de abril de 2011. O projeto da estação foi elaborado pela Concremat e foi informado que a localização da ETE São Pedro será próximo à área da antiga Estação de Tratamento de Águas Fluviais ETAF, localizada na latitude S (20 00 27,9 ) e longitude WO (44 05 51,9 ). A ETE São Pedro operará com o sistema de lodos ativados, sendo constituído pelas seguintes unidades: tratamento preliminar, caracterizado por biofiltro, gradeamento, desarenadores e peneiramento; decantadores primários; dois reatores aerados; quatro decantadores secundários; processo físico-químico para remoção de fósforo; desinfecção com ultravioleta UV; desodorizador; flotador e digestores primário e

305 secundário de lodo. A estação fará o aproveitamento do gás produzido durante o tratamento do esgoto para a geração de 0,9 mw de energia. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE São Pedro. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE São Pedro Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Após haver o processamento do lodo gerado no tratamento, foi informado que o mesmo será destinado para o aterro sanitário de Sabará ou Betim, ou até mesmo para o aterro sanitário de Ibirité, quando este estiver operando. Já o efluente do tratamento será lançado na lagoa de Ibirité. A vazão de esgoto prevista para o início da operação da ETE São Pedro é de 140 L/s, havendo o atendimento de 115 mil habitantes. E a vazão final prevista é de 280 L/s, sendo atendidos 210 mil habitantes. Enquanto a ETE São Pedro não inicia sua operação, os esgotos do município de Ibirité estão sendo lançados in natura nos corpos d água, sendo que 90% deles dirigem-se para o ribeirão Ibirité e os restantes 10% são recebidos pelo córrego Pintado. Um dos pontos de lançamento de maior vazão de esgoto no ribeirão Ibirité está localizado na latitude S (20 00 26,1 ) e longitude WO (44 05 51,6 ). A data prevista para o início da implantação da ETE São Pedro é em julho de 2011 e a data de término da implantação é no ano de 2012.

306 Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE São Pedro estava com a LP, concomitante com a LI, em processo arquivado. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP086, que está localizada no ribeirão Sarzedo, próximo a foz no rio Paraopeba, município de Mário Campos. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do ribeirão Sarzedo. No 3 trimestre de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 42,9, que o classifica como índice de qualidade Ruim (25 < IQA 50) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no ribeirão Sarzedo são: o lançamento de esgoto sanitário, o lançamento de efluente industrial e a atividade minerária, que são principalmente decorrentes dos municípios de Mário Campos e Ibirité (IGAM, 2010). A ETE São Pedro estará localizada a, aproximadamente, 20,69 Km a montante da estação de amostragem BP086; e pode vir a ser um fator de influência para a melhoria do valor do IQA, tendo em vista a sua proximidade com o ponto de amostragem e os fatores de pressão para o curso d água. Figura 2 Vista geral da área destinada à ETE São Pedro, no município de Ibirité Figura 3 Área destinada à implantação da ETE São Pedro, no município de Ibirité

307 Figura 4 Ponto de lançamento do esgoto in natura no ribeirão Ibirité Figura 5 Esgoto bruto próximo ao ribeirão Ibirité ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Ibirité está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 26,1. Esse peso foi obtido no indicador PC. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Ibirité está classificado no grupo 3. O município não está cumprindo à referida DN, pois deveria ter formalizado o pedido da LO até setembro de 2010 e possuir ETE que atendesse a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência correspondesse a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Ibirité não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana.

308 Igarapé i Diagnóstico O município de Igarapé, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 34.879 habitantes, sendo que 32.675 habitantes correspondem à população urbana e 2.204 habitantes à população rural. O município e sua sede distrital encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do MRP. Conforme o IBGE (2007), Igarapé não apresenta distritos. Em visita realizada em março de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município possuía infraestrutura disponível de rede coletora, interceptores, fossas negras e fossas sépticas. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da COPASA. Conforme foi declarado pelo secretário municipal adjunto de infraestrutura de Igarapé na visita ao município, o percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 30% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%. O lançamento de esgoto in natura era realizado em dois corpos receptores, o córrego Fundo e o córrego do Machado; sendo que, o córrego Fundo recebia aproximadamente 30% do esgoto do município e o córrego do Machado recebia aproximadamente 70% do esgoto do município. O ponto principal de lançamento de esgoto in natura no córrego Fundo está localizado na latitude S (20 03 55,5 ) e longitu de WO (44 18 23,5 ). O córrego do Machado recebia o esgoto in natura de forma clandestina em vários pontos ao longo do seu percurso. Um dos pontos está localizado na latitude S (20 03 54,7 ) e longitude WO (44 17 34,1 ). O serviço de limpeza das fossas sépticas existente no município estava sob a responsabilidade da COPASA; e, conforme foi informado na visita, o lodo

309 proveniente das fossas era descartado na ETE Nossa Senhora da Paz, no município de São Joaquim de Bicas. Figura 1 Ponto de lançamento do esgoto bruto no Córrego Fundo Figura 2 Ponto de lançamento de esgoto clandestino no córrego do Machado ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Igarapé está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final 3. Esse peso foi obtido no indicador PC. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Igarapé está classificado no grupo 6 e, em atendimento à referida DN, o município deve preencher o Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento FCEI e obter a AAF da ETE que deve ser instalada nos prazos estabelecidos. Além disso, o município deve possuir os percentuais de população urbana atendida por tratamento de esgoto e com percentual de eficiência indicados dentro dos prazos da Tabela 1.

310 Tabela 1 Datas determinadas pela DN COPAM N 128 de 2008 para a regularização ambiental do Grupo 6 Requisito FCEI AAF 20% da população urbana atendida com eficiência de tratamento de 40% 31/03/2009 31/10/2009 60% da população urbana atendida com eficiência de tratamento de 50% 80% da população urbana atendida com eficiência de tratamento de 60% Fonte: DN COPAM N 128 de 2008 31/03/2010 31/03/2012 31/03/2015 31/03/2017 De acordo com a tabela acima, Igarapé, não atende à DN COPAM N 128 de 2008, uma vez que o município apresentou percentual de tratamento de esgotos igual a zero e não cadastrou o FCEI. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Igarapé não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Inhaúma i - Diagnóstico O município de Inhaúma, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 5.781 habitantes, sendo que 4.205 habitantes correspondem à população urbana e 1.576 habitantes correspondem à população rural. O município e sua sede estão totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do BRP. Inhaúma não possui distritos (IBGE, 2007). Em visita realizada em fevereiro de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município apresentava infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras, elevatória, uma ETE em

311 operação e uma ETE em fase de construção. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. O percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 35% e esse mesmo percentual correspondia à população urbana atendida por tratamento de esgoto, conforme foi informado na visita. ETE 1 Inhaúma Número do processo no COPAM: 00066/2003/001/2007 A ETE 1 Inhaúma está localizada na latitude S (19 29 08,2 ) e longitude WO (44 23 17,5 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego Inhaúma. O sistema de tratamento de esgoto adotado na ETE 1 Inhaúma era composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento e dois desarenadores; fossa séptica, filtro anaeróbio; e três leitos de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Inhaúma. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 O lodo proveniente das fossas era despejado na ETE 1 Inhaúma e, no local onde estava o mangote, que é ligado ao caminhão limpa fossa, havia grande quantidade de lodo e esgoto que percolava no solo.

312 Verificou-se ainda a presença de grande quantidade de material gradeado retido no gradeamento e de material sobrenadante nos desarenadores. Foi observado também que em um dos desarenadores, em que a comporta de saída e de entrada estavam fechadas, havia esgoto em seu interior. Já no outro desarenador a comporta de saída estava fechada. foi possível verificar o estado do tanque séptico porque a laje estava cedendo e apresentava rachaduras. Também não foi possível verificar o estado do filtro anaeróbio porque não havia escadas que fornecessem a devida segurança para serem utilizadas. Como pode ser notado, na data da visita a ETE 1 Inhaúma operava em condições precárias, uma vez que ela apresentou n4 itens mínimos, uma quantia de itens míninos esperados em uma ETE, e não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento. A estação não apresentava cercamento, o seu paisagismo era inadequado e no local havia animais e vestígios de queima. Foi observado que os leitos de secagem não apresentavam indícios de utilização. Conforme foi informado, o material retirado do tratamento preliminar era disposto na área da ETE 1 Inhaúma; e o caminhão de lixo da prefeitura recolhia e o encaminhava para o lixão do município, que está localizado na latitude S (19 29 13,9 ) e longitude WO (44 24 08,9 ). O funcionário da prefeitura que acompanhou na visita não soube informar qual a periodicidade que é realizada a limpeza da ETE e o recolhimento dos resíduos pelo caminhão de lixo. Devido à dificuldade de acesso ao ponto de lançamento do efluente da estação no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo realizado de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Inhaúma possuía AAF vencida desde abril de 2011. foi identificada estação de amostragem do projeto Águas de Minas localizada a uma distância aproximada de 30 Km a jusante da ETE-1Inhaúma.

313 Figura 2 Vista geral da ETE 1 Inhaúma Figura 3 Lodo proveniente das fossas percolando no solo Figura 4 Gradeamento e cerca gradeada da mangote do limpa fossa Figura 5 Desarenador 2 com a comporta de entrada fechada e com afluente em seu interior Figura 6 Desarenador 1 e 2 com as comportas de saída fechadas Figura 7 Laje do tanque séptico

314 Figura 8 Rachaduras no tanque séptico Figura 9 Escada imprópria para utilização Figura 10 Leitos de secagem Figura 11 Entrada da ETE sem cercamento Figura 12 Paisagismo inadequado Figura 13 Presença de animais

315 ETE 2 Inhaúma A ETE 2 Inhaúma, que estava em fase de construção, está localizada na latitude S (19 29 09,6 ) e longitude WO (44 23 17,5 ). C onforme foi informado, o lançamento do efluente será feito no córrego Inhaúma. O sistema de tratamento de esgoto adotado na ETE 2 Inhaúma será composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento e dois desarenadores; reator UASB; queimador de gás; filtro anaeróbio; e três leitos de secagem. Além disso, a ETE apresentará casa de apoio e laboratório. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Inhaúma. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Inhaúma Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Conforme informado na visita, as obras de construção deram início no ano de 2006 e não havia previsão para o término das obras. Foi informado que no momento em que a ETE 2 Inhaúma der início à sua operação, a ETE 1 Inhaúma será desativada. A ETE 2 Inhaúma foi projetada para atender a 100% da população urbana. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 2 Inhaúma não possuía regularização ambiental.

316 foi identificada estação de amostragem do projeto Águas de Minas localizada a uma distância aproximada de 30 Km a jusante da ETE 2 Inhaúma. Figura 2 Vista geral da ETE 2 Inhaúma Figura 3 Desarenadores da ETE 2 Inhaúma Figura 4 Local onde será implantado o laboratório ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Inhaúma está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final de 16,06. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC,

317 PT, Operacionalidade da ETE e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. Segundo os dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, Inhaúma recebe a verba vinculada a esse imposto, porque apresentou processo formalizado de atendimento por tratamento de esgoto de no mínimo, 50% da população urbana atendida e possui ETE com regularização ambiental válida. Entretanto, conforme informado na visita ao município, o percentual de tratamento de esgoto era de 35% da população urbana. Esse fato foi informado à gerência responsável da FEAM para que as providências cabíveis sejam adotadas. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Inhaúma está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Itatiaiuçu i - Diagnóstico O município de Itatiaiuçu, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 9.938 habitantes, sendo que 6.231 habitantes correspondem à população urbana e 3.707 habitantes à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP, e possui apenas o distrito de Santa Terezinha de Minas, com população de 2.390 habitantes (IBGE, 2007). A sede distrital está inserida na BHRP. Em visita realizada ao município em março de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que Itatiaiuçu possuía infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras e fossas sépticas. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura.

318 Conforme foi informado pelo secretário municipal de infraestrutura e meio ambiente de Itatiaiuçu na visita ao município, o percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 90% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%. O lançamento de esgoto in natura era realizado no ribeirão Vermelho e no ribeirão Velozo, que também é conhecido como rio Cajú. O ribeirão Velozo recebia o esgoto da área central do município em dois pontos de lançamento, um deles era proveniente do bairro Pinheiros, localizado na latitude S (20 11 40,8 ) e longitude WO (44 25 26,0 ). O ribeirão Vermelho recebia todo o esgoto do distrito de Santa Terezinha de Minas e, devido à dificuldade de acesso ao corpo hídrico, não foi possível chegar até o ponto lançamento do efluente. Foi informado durante a visita que o município de Itatiaiuçu realizava o mapeamento das fossas que necessitavam de limpeza e contratava o serviço do SAAE de Itaúna para a realização. O secretário de infraestrutura e meio ambiente, que acompanhou a visita, não soube informar o local de disposição final do lodo proveniente de fossas após o recolhimento pelo SAAE de Itaúna. Figura 1 Lançamento de esgoto in natura no ribeirão Velozo

319 ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Itatiaiuçu está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 30,33. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Itatiaiuçu está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Itatiaiuçu não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Itaúna i - Diagnóstico O município de Itaúna, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 85.396 habitantes, sendo que 80.391 habitantes correspondem à população urbana e 5.005 habitantes à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP e não apresenta distritos (IBGE, 2007). A sede do município encontra-se fora da BHRP. Em visita realizada em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município apresentava infraestrutura disponível de rede coletora, interceptores, fossas sépticas, doze ETE s que atendiam

320 a população rural e uma ETE em fase de projeto, a ETE Itaúna, que atenderá a população urbana. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era do SAAE. O percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 100% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%, conforme foi declarado pelo diretor de meio ambiente na visita ao município. Itaúna não possuía ETE para tratamento do esgoto sanitário da área urbana do município e o esgoto in natura era lançado no rio São João. As doze ETE s que atendiam a população rural estavam localizadas em cinco comunidades do município. A comunidade de Campos possuía quatro ETE s, que atendiam cerca de 48% da população da localidade; a comunidade Acácias possuía três ETE s, que atendiam cerca de 30% da população; a comunidade do Brejo Alegre possuía duas ETE s, que atendiam cerca de 51% da população da região; a comunidade São José das Pedras possuía uma ETE, que atendiam cerca de 55 % da população; e a comunidade do Capineira possuía duas ETE s, que atendiam cerca de 28% da população localidade. ETE Itaúna Número do processo no COPAM: 00323/1995/004/2006 Na data da visita, a ETE Itaúna estava em fase de projeto. Segundo foi informado, a localização dela será na latitude S (20 03 10,0 ) e longitude WO (44 36 24,5 ) e o efluente da estação será lançado no rio São João. O sistema de tratamento de esgoto da ETE será composto pelo tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, dois desarenadores e medidor Parshall; quatro reatores UASB; queimador de gás; e dois filtros biológicos percoladores. Além disso, haverá uma centrífuga para adensamento do lodo e tratamento do lodo por ultravioleta. A ETE apresentará ainda casa de apoio e laboratório. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Itaúna.

321 Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Itaúna Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 O SAAE informou que a vazão de esgotos de final de plano será de 256 L/s e que a disposição final do lodo será realizado no aterro sanitário de Itaúna. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Itaúna possuía LI válida até outubro de 2011. Figura 2 Vista da área onde será construída a ETE Itaúna

322 ETE 1 Campos A ETE 1 Campos está localizada na latitude S (20 0 7 59,2 ) e longitude WO (44 36 33,5 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no ribeirão do Capotos. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 1 Campos era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 10.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de 0,23 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Campos. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Campos Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 O ponto de lançamento do efluente tratado no corpo hídrico estava localizado a, aproximadamente, um metro de distância da área da ETE. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses e que a ETE 1 Campos opera desde o ano de 2006. O paisagismo da ETE 1 Campos era inadequado e a estação operava em precárias condições, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 8 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Campos não apresentava regularização ambiental.

323 Figura 2 Vista geral da ETE 1 Campos Figura 3 Vista do ponto de lançamento no corpo hídrico ETE 2 Campos A ETE 2 Campos está localizada na latitude S (20 0 8 13,1 ) e longitude WO (44 36 43,8 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no ribeirão do Capotos. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 2 Campos era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 10.000 L/dia e a estação apresentava uma vazão média de esgotos de 0,23 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Campos. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Campos Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

324 Na data da visita, a ETE 2 Campos operava em precárias condições, uma vez que, apesar dela executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 7 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação estava localizada dentro de uma área particular, não possuía cercamento e havia animais no local. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato da funcionária do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 2 Campos não apresentava regularização ambiental. Figura 2 Vista da ETE-2 Campos ETE 3 Campos A ETE 3 Campos está localizada na latitude S (20 0 8 36,1 ) e longitude WO (44 36 15,4 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no ribeirão do Capotos.

325 O sistema de tratamento de esgoto da ETE 3 Campos era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 25.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,23 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 3 Campos. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 3 Campos Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE 3 Campos operava em precárias condições, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 10 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi observado vestígios de animais na área da estação. O ponto de lançamento do efluente tratado no corpo hídrico estava localizado a, aproximadamente, 6 m de distância da área da ETE 3 Campos. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses e que a ETE 3 Campos operava desde 2009. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 3 Campos não apresentava regularização ambiental.

326 Figura 2 Vista da ETE 3 Campos Figura 3 Vista do ponto de lançamento no corpo hídrico Figura 4 Vestígios de animais ETE 4 Campos A ETE 4 Campos está localizada na latitude S (20 0 8 02,5 ) e longitude WO (44 36 20,5 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no ribeirão do Capotos. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 4 Campos era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 10.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,23 L/s.

327 A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 4 Campos. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 4 Campos Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE 4 Campos apresentava condições precárias de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 9 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação estava situada às margens da estrada e não possuía cercamento. Além disso, o paisagismo da ETE era inadequado. O ponto de lançamento do efluente tratado no corpo hídrico estava localizado a, aproximadamente, 3 m de distância da área da ETE. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 4 Campos não apresentava regularização ambiental.

328 Figura 2 Vista da ETE 4 Campos Figura 3 Vista do ponto de lançamento no corpo hídrico ETE 1 Acácias A ETE 1 Acácias está localizada na latitude S (20 11 12,1 ) e longitude WO (44 33 29,3 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego do Soldado. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 1 Acácias era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 7.500 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,02 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Acácias. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Acácias Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

329 Na data da visita, a ETE 1 Acácias apresentava condições precárias de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 9 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação estava situada às margens da estrada, seu paisagismo era inadequado e não havia cercamento do local. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato do funcionário do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo realizado de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Acácias não apresentava regularização ambiental. Figura 2 Vista geral da ETE 1 Acácias

330 ETE 2 Acácias A ETE 2 Acácias está localizada na latitude S (20 11 19,8 ) e longitude WO (44 33 26,8 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego do Soldado. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 2 Acácias era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 7.500 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,02 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Acácias. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Acácias Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE 2 Acácias operava em condições precárias, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 9 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação estava situada às margens da estrada, não tinha cercamento e apresentava paisagismo inadequado. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. O ponto de lançamento do efluente tratado no corpo hídrico estava localizado a, aproximadamente, 2 m da área da ETE 2 Acácias. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 2 Acácias não apresentava regularização ambiental.

331 Figura 2 Vista da ETE-2 Acácias Figura 3 Vista do ponto de lançamento no corpo hídrico ETE 3 Acácias A ETE 3 Acácias está localizada na latitude S (20 11 13,8 ) e longitude WO (44 33 35,2 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego do Soldado. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 3 Acácias era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 10.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,02 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 3 Acácias. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 3 Acácias Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

332 Na data da visita, a ETE 3 Acácias apresentava precárias condições de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 10 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O paisagismo da estação era inadequado. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da ETE, e pelo fato do funcionário do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo realizado de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 3 Acácias não apresentava regularização ambiental. Figura 2 Vista geral da ETE 3 Acácias

333 ETE 1 Capineira A ETE 1 Capineira está localizada na latitude S (20 11 16,4 ) e longitude WO (44 33 46,8 ) e, na data da visita, ela apresentava precárias condições de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 10 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O efluente da estação era lançado no córrego do Soldado. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 1 Capineira era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 25.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,10 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Capineira. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Capineira Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato do funcionário do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Capineira não apresentava regularização ambiental.

334 Figura 2 Vista da ETE 1 Capineira ETE 2 Capineira A ETE 2 Capineira está localizada na latitude S (20 11 03,1 ) e longitude WO (44 33 43,3 ) e, na data da visita, ela apresentava precárias condições de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 11 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O efluente da estação era lançado no córrego do Soldado. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 2 Capineira era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 25.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,10 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Capineira. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Capineira Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

335 Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato do funcionário do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 2 Capineira não apresentava regularização ambiental. Figura 2 Vista da ETE 2 Capineira ETE 1 Brejo Alegre A ETE 1 Brejo Alegre está localizada na latitude S (20 00 35,3 ) e longitude WO (44 40 09,6 ) e, na data da visita, o efluente d a estação era lançado no rio São João.

336 O sistema de tratamento de esgoto da ETE 1 Brejo Alegre era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 25.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,33 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Brejo Alegre. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Brejo Alegre Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE 1 Brejo Alegre operava em condições precárias e o paisagismo da ETE era inadequado. Apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 9 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato do funcionário do SAAE não saber o ponto do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Brejo Alegre não apresentava regularização ambiental.

337 Figura 2 Vista da ETE 1 Brejo Alegre ETE 2 Brejo Alegre A ETE 2 Brejo Alegre está localizada na latitude S (20 00 35,3 ) e longitude WO (44 40 09,6 ) e, na data da visita, o efluente d a estação era lançado no rio São João. O sistema de tratamento de esgoto da ETE 2 Brejo Alegre era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 25.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,33 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Brejo Alegre. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Brejo Alegre Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

338 Na data da visita, a ETE 2 Brejo Alegre operava em precárias condições, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 9 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O paisagismo da ETE era inadequado. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato do funcionário do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento está sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 2 Brejo Alegre não apresentava regularização ambiental. Figura 2 Vista da ETE 2 Brejo Alegre ETE São José das Pedras A ETE São José das Pedras está localizada na latitude S (20 00 41,7 ) e longitude WO (44 39 15,0 ) e, na data da visita, o efluent e da estação era lançado no rio São João.

339 O sistema de tratamento de esgoto da ETE São José das Pedras era composto por fossa séptica e filtro anaeróbio. A capacidade de tratamento do sistema era de 25.000 L/dia e a estação tinha uma vazão média de esgotos de 0,24 L/s. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE São José das Pedras. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE São José das Pedras Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE São José das Pedras apresentava condições precárias de operação, pois, além da ETE não executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 7 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi observado que a tubulação do PV de entrada estava rompida e que havia esgoto percolando no solo. Além disso, o paisagismo da ETE era inadequado e não havia cercamento no local. Foi informado pela funcionária do SAAE, que acompanhou a visita, que a limpeza do sistema de tratamento era realizada de seis em seis meses. O ponto de lançamento do efluente tratado no corpo hídrico estava localizado a, aproximadamente, 3 m da área da ETE São José das Pedras. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE São José das Pedras não apresentava regularização ambiental.

340 Figura 2 PV de entrada entupido da ETE São José das Pedras Figura 3 Efluente escoando superficialmente no solo Figura 4 Ponto de lançamento no corpo hídrico ii - Prognóstico O município de Itaúna não foi considerado na análise pelo IQES, pois os efluentes das suas ETE s eram lançados fora da BHRP.

341 Itaverava i - Diagnóstico O município de Itaverava, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 5.798 habitantes, sendo que 2.565 habitantes correspondem à população urbana e 3.233 habitantes correspondem à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do ARP e possui apenas o distrito de Monsenhor Isidra, com população total de 1.836 habitantes, conforme IBGE (2007). Em visita realizada ao município em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que Itaverava possuía rede coletora e fossas negras. O percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgotos era de 100% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos era de 0%, conforme declarado pela secretaria de turismo, meio ambiente e cultura. Os córregos Bananal, Vassouras e Santo Antônio, que é formado a partir da confluência dos outros dois, estavam recebendo todo o esgoto bruto do município. Na data da visita, a titularidade dos serviços de esgotamento sanitário era da prefeitura; e, a secretaria de meio ambiente local não soube informar sobre a existência de fossas sépticas no município. Figura 1 Córrego Vassouras Figura 2 Ponto de lançamento do esgoto in natura no córrego Vassouras

342 Figura 3 Pontos de lançamento do esgoto in natura no córrego Vassouras Figura 4 Córrego Bananal ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Itaverava está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 33,33. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Itaverava está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Itaverava não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana.

343 Jeceaba i - Diagnóstico O município de Jeceaba, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 5.396 habitantes, sendo que 2.979 habitantes correspondem à população urbana e 2.417 habitantes à população rural. O município e sua sede distrital encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do ARP. Jeceaba possui os distritos de Bituri e Caetano Lopes (IBGE, 2007). Em visita realizada em março de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município apresentava infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras e fossas sépticas. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. Mas, segundo foi informado, o serviço de limpeza de fossas era terceirizado pelo município. O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 85% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%, conforme foi declarado pelo engenheiro ambiental da prefeitura na visita ao município. O lançamento de esgoto in natura era realizado no rio Paraopeba e no rio Camapuã, em vários pontos ao longo dos seus percursos. O rio Camapuã recebe a maior parte do esgoto sanitário do município. Um dos pontos de lançamento dos esgotos no rio Camapuã está localizado na latitude S (20 32 11,8 ) e longitude WO (43 58 53,9 ). No rio Paraopeba, o maior ponto de lançamento se localiza na latitude S (20 32 06,8 ) e longitude WO (43 58 50,9 ). O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP026, que está localizada no rio Camapuã, no município de Jeceaba. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do rio Camapuã. No 3 trimestre

344 de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 64,6, que o classifica como índice de qualidade Médio (50 < IQA 70) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Camapuã são: o lançamento de esgoto sanitário, a pecuária, a agricultura, a erosão e o assoreamento (IGAM, 2010). De acordo com o IGAM (2010), os resultados de coliformes termotolerantes estiveram acima do limite legal em toda a série histórica do monitoramento pela BP026 e esse fato se deve à influência do lançamento de esgotos sanitários do município no rio Camapuã. Figura 1 Ponto de lançamento clandestino no rio Paraopeba Figura 2 Vista frontal do ponto de lançamento de esgoto bruto no rio Camapuã ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Jeceaba está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 28,83. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008.

345 De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Jeceaba está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Jeceaba não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Juatuba i - Diagnóstico O município de Juatuba, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 22.221 habitantes, sendo que 21.846 habitantes correspondem à população urbana e 375 habitantes à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do MRP. Juatuba possui apenas o distrito de Boa Vista da Serra, com população de 2.108 habitantes (IBGE, 2007). Em visita realizada em abril de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município possuía infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras, fossas sépticas e uma ETE. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da COPASA. O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 65% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 30%, conforme foi informado na visita.

346 Os 70% do esgoto do município que não eram tratados eram lançados em dois corpos d água, o córrego Serra Azul e o ribeirão Mateus Leme. O serviço de limpeza de fossas sépticas estava sob a responsabilidade da prefeitura e o lodo proveniente das fossas era lançado em uma ETE em Betim. ETE Juatuba Número do processo no COPAM: 00580/2007/001/2007 A ETE Juatuba está localizada na latitude S (19 56 52,1 ) e longitude WO (44 20 39,0 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego Serra Azul. O ponto de lançamento do efluente no corpo hídrico estava a, aproximadamente, 3 m da área da ETE. O sistema de tratamento adotado na ETE era composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, dois desarenadores e medidor Parshall; três reatores UASB; filtro aeróbio; e dois leitos de secagem. A ETE apresentava casa de apoio e laboratório. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Juatuba. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Juatuba Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

347 Segundo informado pelo operador da ETE Juatuba, a vazão média de esgotos que chegava à estação era de 6 L/s e, conforme a COPASA (2011), a população atendida pela ETE Juatuba era de 3.576 habitantes. Na data da visita, a ETE Juatuba apresentava boas condições de operação, pois a ETE executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 20 itens míninos esperados em uma ETE. No entanto, foi observado que a estação não apresentava queimador de gás. De acordo com o operador da ETE Juatuba, o lodo e o material proveniente do tratamento preliminar eram dispostos em uma caçamba e depois conduzidos ao aterro sanitário de Contagem. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011 a ETE Juatuba possuía AAF vencida desde o mês de março de 2011. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP069, que está localizada no ribeirão Serra Azul, em Juatuba. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do ribeirão Serra Azul. No 3 trimestre de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 41,5, que o classifica como índice de qualidade Ruim (25 < IQA 50) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no ribeirão Serra Azul, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário, o lançamento de efluente industrial e carga difusa (IGAM, 2010). A ETE Juatuba, classificada como em boas condições de operação, está localizada a, aproximadamente, 2,38 Km a montante da estação BP069. A ETE deve continuar a operar em boas condições para que não se torne um fator de influência para a queda do valor do IQA, tendo em vista a sua proximidade com o ponto de amostragem.

348 Figura 2 Vista geral da ETE Juatuba Figura 3 Tratamento preliminar da ETE Juatuba Figura 4 Caixa distribuidora de fluxo do reator UASB Figura 5 Ponto de lançamento no corpo hídrico ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Juatuba está enquadrado na classe Médio, pois alcançou peso final de 40,76. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT, Operacionalidade da ETE e Disposição final dos resíduos sólidos da ETE. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Juatuba está classificado no grupo 7. O município não está cumprindo à referida DN, pois não realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, o município

349 tem o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Juatuba não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida e não atende a, no mínimo, 50% da população urbana com sistema de tratamento de esgoto sanitário. Lagoa Dourada i - Diagnóstico O município de Lagoa Dourada, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 12.267 habitantes, sendo que 6.891 habitantes correspondem à população urbana e 5.376 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do ARP, e não possui distritos, conforme IBGE (2007). Em visita realizada no município, em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que o município apresentava rede coletora, interceptores e, segundo informado, havia a possibilidade da existência de fossas negras na área rural. A titularidade dos serviços de esgotamento sanitário era da prefeitura, mas havia a pretensão de se conceder a prestação desses serviços à COPASA. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgotos era de 100% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%, conforme declarado pelo secretário municipal de agricultura e meio ambiente de Lagoa Dourada. O lançamento do esgoto bruto era feito no córrego Gamarra, na latitude S (20 55 13,8 ) e longitude WO (44 03 52,3 ).

350 Figura 1 Lançamento do esgoto in natura no córrego de Gamarra Figura 2 Ponto de lançamento do esgoto bruto no córrego de Gamarra Figura 3 Perfuração na manilha que conduz o esgoto in natura para o córrego de Gamarra ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Lagoa Dourada está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 33,33. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC e Análise

351 adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Lagoa Dourada está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Lagoa Dourada não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Maravilhas i - Diagnóstico O município de Maravilhas, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 7.156 habitantes, sendo que 4.891 habitantes correspondem à população urbana e 2.265 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do BRP, e não possui distritos (IBGE, 2007). Em visita realizada em fevereiro de 2011 ao município, foi informado que Maravilhas possuía rede coletora, fossas negras, elevatória de esgoto, uma ETE operando, a ETE 1 Maravilhas, e outra que estava em fase de obras, a ETE 2 Maravilhas. O serviço de esgotamento sanitário estava sob a titularidade da prefeitura. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 98% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos era também de 98%, conforme declarado pelo chefe de gabinete do município.

352 ETE 1 Maravilhas A ETE 1 Maravilhas está localizada na latitude S (19 30 25,8 ) e longitude WO (40 40 12,7 ). Na data da visita, o sistema de t ratamento era composto apenas por uma lagoa não impermeabilizada e bastante assoreada, que estava em operação desde o ano de 1972. No início da sua operação, a lagoa possuía 1,2 m de profundidade e em fevereiro de 2011, devido ao processo de assoreamento, possuía apenas 80 cm de profundidade, tendo se tornado um pequeno curso d água. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Maravilhas. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Maravilhas Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE 1 Maravilhas operava em precárias condições, uma vez que a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 0 itens mínimos, uma quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação não possuía cercamento e estava encoberta pela vegetação. Próximo à lagoa havia depósito de material da construção civil e plantações. No local de lançamento do esgoto tratado, no córrego do Pardo, havia pontos de erosão e muita vegetação; era uma área de difícil acesso. O local de lançamento está localizado nas coordenadas latitude S (19 30 25,2 ) e longitude WO (44 40 11,5 ).

353 O lodo gerado na estação era lançado em um terreno particular localizado na latitude S (19 29 37,9 ) e longitude WO (44 40 69 ). O lodo já havia sido removido seis vezes desde o ano de 1972. Foi informado na visita que a ETE 1 Maravilhas será desativada assim que a ETE 2 Maravilhas iniciar sua operação. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Maravilhas não possuía regularização ambiental. foi identificada estação de amostragem do projeto Águas de Minas localizada a uma distância aproximada de 30 Km a jusante da ETE 1 Maravilhas. Figura 2 Vista geral da área da lagoa da ETE 1 Maravilhas Figura 3 Depósito irregular de resíduos de materiais de construção civil na área da ETE 1 Maravilhas Figura 4 Desembocadura do esgoto na lagoa da ETE 1 Maravilhas Figura 5 Assoreamento da lagoa da ETE 1 Maravilhas

354 Figura 6 Ausência de cercamento na área da estação Figura 7 Ponto de encontro do efluente da estação com o córrego do Pardo Figura 8 Local de disposição do lodo da lagoa da ETE 1 Maravilhas ETE 2 Maravilhas Na data da visita, a ETE 2 Maravilhas estava em obras em uma área a 700 m de distância da ETE 1 Maravilhas, na latitude S (19 3 0 10,5 ) e longitude WO (44 59 55,9 ). Foi informado durante a visita que a verba necessária para a construção da estação foi proveniente da SEDRU.

355 O sistema de tratamento da ETE 2 Maravilhas será composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento fino e dois desarenadores; uma lagoa anaeróbia de 26 m de circunferência e 3 m de profundidade; e uma lagoa facultativa de 94 m de circunferência e 1,5 m de profundidade. O efluente da ETE 2 será lançado no córrego do Pardo. As obras da estação iniciaram-se em outubro de 2010 e está prevista que a ETE 2 Maravilhas seja instalada até junho de 2011. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Maravilhas. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Maravilhas Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Segundo pesquisa realizada em junho de 2011, a ETE 2 Maravilhas não apresentava regularização ambiental. foi identificada estação de amostragem do projeto Águas de Minas localizada a uma distância aproximada de 30 Km a jusante da ETE 2 Maravilhas.

356 Figura 2 Área em que será construída a lagoa facultativa da ETE 2 Maravilhas Figura 3 Área destinada à implantação da lagoa anaeróbia da ETE 2 Maravilhas ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Maravilhas está enquadrado na classe Bom, pois alcançou peso final de 64,45. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT, Operacionalidade da ETE e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Maravilhas está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Maravilhas não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida.

357 Mário Campos i - Diagnóstico O município de Mário Campos, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 13.214 habitantes, sendo que 12.431 habitantes correspondem à população urbana e 733 à população rural. O município encontra-se totalmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP, e não possui distritos, conforme o IBGE (2007). Em visita realizada ao município em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que o município de Mário Campos possuía rede coletora, que atendia apenas a sede da cidade, interceptores e fossas sépticas, sendo que o lodo proveniente das fossas sépticas tem sido recolhido pelo caminhão limpa fossa da prefeitura e lançado, juntamente com o esgoto do município, no ribeirão Sarzedo. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 50% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos era de 0%, conforme declarado pelo secretário municipal de meio ambiente de Mário Campos. Um dos pontos de lançamento do esgoto in natura estava localizado na latitude S (20 03 05,4 ) e longitude WO (44 11 38,8 ). Próximo a este ponto de lançamento havia pessoas pescando no ribeirão Sarzedo. Durante a visita, foi informado ainda que o município estava participando de audiências públicas para conceder os serviços de esgotamento sanitário para a COPASA. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, o município possui AAF válida até maio de 2012, mesmo não possuindo ETE e nem o projeto de uma estação. Este fato foi informado à gerência responsável da FEAM para que sejam tomadas as providências cabíveis.

358 Figura 1 Ponto de lançamento do esgoto in natura no ribeirão Sarzedo Figura 2 Ponto de lançamento de esgoto in natura no ribeirão Sarzedo Figura 3 Pescadores no ribeirão Sarzedo, próximos ao lançamento do esgoto in natura Figura 4 Ribeirão Sarzedo

359 ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Mário Campos está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final de 7,5. Esse peso foi obtido no indicador PC. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Mário Campos está classificado no grupo 7. O município não está cumprindo à referida DN, pois não realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, Mário Campos tem até março de 2017 para atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Mário Campos não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Mateus Leme i - Diagnóstico Segundo dados do IBGE (2010), o município de Mateus Leme possui população total de 27.856 habitantes, sendo que 24.676 habitantes correspondem à população urbana e 3.180 habitantes correspondem à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do MRP. Mateus Leme possui os distritos de Azurita e Serra Azul (IBGE, 2007). Em visita realizada em março de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município possuía infraestrutura disponível de rede coletora e fossas negras. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da COPASA.

360 O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 59% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%, conforme foi informado na visita. O lançamento de esgoto in natura era realizado no ribeirão Mateus Leme, em vários pontos ao longo do seu percurso. Um dos pontos de lançamento de esgoto in natura no corpo hídrico receptor estava localizado na latitude S (19 59 01,2 ) e longitu de WO (44 25 40,0 ). Figura 1 Ponto de lançamento do esgoto in natura no ribeirão Mateus Leme ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Mateus Leme está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final de 8,85. Esse peso foi obtido no indicador PC. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Mateus Leme está classificado no grupo 6 e, em atendimento à referida DN, o município deve preencher o FCEI e obter a AAF da ETE que deve ser implantada nos prazos estabelecidos. Além disso, o município deve possuir os percentuais de população

361 atendida por tratamento de esgoto e com percentual de eficiência indicados dentro dos prazos da Tabela 1 da página 310. De acordo com essa tabela, Mateus Leme não atende à DN COPAM N 128 de 2008, uma vez que o município apresentou percentual de tratamento de esgotos sanitários igual a zero e não cadastrou o FCEI. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Mateus leme não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Moeda i - Diagnóstico O município de Moeda, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 4.700 habitantes, sendo que 1.793 habitantes correspondem à população urbana e 2.907 habitantes à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do ARP. Moeda possui apenas o distrito de Coco, com população de 529 habitantes (IBGE, 2007). Em visita realizada em março de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município apresentava infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras e fossas sépticas. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura e estava em fase de concessão para a COPASA. Conforme foi declarado pela secretária municipal de educação na visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 100% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%. O lançamento do esgoto sanitário bruto era realizado em três corpos receptores: o córrego da Contenda, o córrego de Porto Alegre e o rio Paraopeba.

362 No córrego Contenda havia três pontos de lançamentos de efluentes. O ponto 1 e o ponto 2 de lançamento estavam a, aproximadamente, 20 m de distância um do outro e estavam localizados na latitude S (20 19 46,1 ) e longitude WO (44 03 18,2 ). O ponto 3 de lançamento, que apresentava maior vazão, era o ponto final da galeria de esgoto do município e estava localizado na latitude S (20 19 45,9 ) e longitude WO (44 03 16,2 ). Foi observado que a área do antigo lixão do município, que estava sendo usado como bota-fora e estacionamento dos ônibus escolares de Moeda, estava localizada a menos de 50 m do córrego Contenda, na latitude S (20 19 47,3 ) e longitude WO (44 03 15,3 ). No córrego de Porto Alegre havia três pontos de lançamentos de efluentes, os pontos 4, 5 e 6. Destes, dois eram no bairro Porto Alegre: o ponto 4 de lançamento, que estava localizado na latitude S (20 20 54,2 ) e longitude WO (44 01 51,4 ) e o ponto 5 de lançamento, localizado na latitude S (20 20 57,4 ) e longitude WO (44 01 48,1 ). O ponto 6 de lançamento era do ba irro Pessegueiro, no córrego de Porto Alegre, e estava localizado na latitude S (20 21 23,3 ) e longitude WO (43 59 50,9 ). Foi observado que uma tubulação próxima ao ponto 6 de lançamento, que levava o esgoto de algumas casas do bairro Pessegueiro até o corpo hídrico receptor, estava rompida e que o esgoto estava acumulando e percolando no solo no local. No rio Paraopeba havia quatro pontos de lançamento de efluentes: o ponto 7 de lançamento, que estava localizado na latitude S (20 20 04,2 ) e longitude WO (44 03 50,7 ); o ponto 8 de lançamento, que estava localizado na latitude S (20 19 26,9 ) e longitude WO (44 03 57,8 ); o ponto 9 de lançamento, localizado na latitude S (20 19 03,5 ) e longitude WO (44 04 18,2 ) e o ponto 10 de lançamento. Esse último estava com a tubulação rompida e, por isso, o esgoto no local percolava no solo por, aproximadamente, 30 m até o rio Paraopeba. Conforme foi informado na visita, o município não se responsabiliza pela limpeza das fossas sépticas; sendo assim, o proprietário da fossa que é o responsável pela limpeza da mesma.

363 Figura 1 Ponto 1 de lançamento do esgoto bruto no córrego da Contenda Figura 2 Ponto 2 de lançamento do esgoto bruto no córrego da Contenda Figura 3 Ponto 3 de lançamento do esgoto bruto no córrego da Contenda Figura 4 Ponto 4 de lançamento de esgoto bruto no córrego de Porto Alegre Figura 5 Ponto 5 de lançamento de esgoto bruto no córrego de Porto Alegre Figura 6 Ponto 6 de lançamento de esgoto bruto no córrego de Porto Alegre

364 Figura 7 Esgoto empoçado próximo ao ponto 6 de lançamento no córrego de Porto Alegre Figura 8 Ponto 7 de lançamento Figura 9 Lançamento de esgoto sanitário sem tratamento no rio Paraopeba Figura 10 Ponto 8 de lançamento no rio Paraopeba

365 Figura 11 Ponto 10 de lançamento com a tubulação rompida ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Moeda está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final 30. Esse peso foi obtido no indicador PC. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Moeda está classificado no grupo 7. O município não está cumprindo à referida DN, pois não realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, o município tem o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Moeda não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana.

366 Ouro Branco i - Diagnóstico O município de Ouro Branco, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 35.260 habitantes, sendo que 31.606 habitantes correspondem à população urbana e 3.654 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do ARP, e não possui distritos (IBGE, 2007). Em visita realizada no município em março de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que o município apresentava rede coletora, interceptores, fossas negras, elevatórias, fossas sépticas e uma ETE. Os serviços de esgotamento sanitário haviam sido concedidos à COPASA. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 90% e esse mesmo percentual correspondia à população urbana atendida por tratamento de esgoto. ETE Ouro Branco Número do processo no COPAM: 00230/1990/003/2007 A ETE Ouro Branco está localizada na latitude S (20 31 47 ) e longitude WO (43 44 27,6 ). O sistema de tratamento era constituído pelo tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento manual e mecanizado e desarenador mecanizado; duas lagoas anaeróbias com 4 m de profundidade; duas lagoas facultativas com 1,5 m de profundidade; um medidor ultrasônico da vazão efluente da estação e um laboratório. A vazão que era tratada na ETE era de 48 L/s, sendo que ETE Ouro Branco foi projetada para receber uma vazão de 123 L/s. O corpo receptor do lançamento do esgoto tratado era o ribeirão Gurita. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Ouro Branco.

367 Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Ouro Branco Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE Ouro Branco apresentava boas condições de operação, uma vez que ela executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 15 itens mínimos esperados em uma ETE. No entanto, foi informado que o caminhão da prefeitura de Congonhas havia disposto o lodo proveniente das fossas sépticas para ser tratado juntamente com o esgoto sanitário na ETE Ouro Branco, o que ocasionou a formação de escuma nas lagoas anaeróbias. Juntamente com o lodo, havia resíduos sólidos que não haviam sido retidos no tratamento preliminar. Além disso, apesar da estação possuir cercamento, foi possível observar a presença e os vestígios de animais silvestres próximos às lagoas facultativas. O material gradeado, a areia e o lodo da ETE Ouro Branco eram dispostos em valas na própria área da estação. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Ouro Branco estava com a LO em processo arquivado. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP080, que está localizada no rio Maranhão, próximo de sua foz no rio Paraopeba, a jusante da cidade de Congonhas. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do rio Maranhão. No 3 trimest re de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 55, que o classifica como índice de qualidade Médio (50 < IQA 70) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Maranhão, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário dos municípios de Congonhas e Conselheiro Lafaiete, a agricultura e a atividade minerária (IGAM, 2010).

368 A ETE Ouro Branco, classificada como em boas condições de operação, está localizada a, aproximadamente, 30,76 Km a montante da estação BP080 e a ETE deve continuar a operar em boas condições para que não se torne um fator de influência na queda do valor do IQA. Figura 2 Portão de entrada da ETE Ouro Branco Figura 3 Laboratório da estação Figura 4 Gradeamento da unidade de tratamento preliminar Figura 5 Gradeamento fino mecanizado da unidade de tratamento preliminar

369 Figura 6 Desarenador da unidade de tratamento preliminar Figura 7 Coletor de areia sedimentada Figura 8 Distribuidores do esgoto para as lagoas anaeróbias Figura 9 Vista geral da lagoa anaeróbia da ETE Ouro Branco Figura 10 Material suspenso nas superfícies das lagoas anaeróbias Figura 11 Aparência do efluente da lagoa anaeróbia

370 Figura 12 Lagoa facultativa da ETE Ouro Branco Figura 13 Lagoa facultativa da ETE Ouro Branco Figura 14 Aparência do esgoto sendo tratado na lagoa facultativa Figura 15 Vertedor da lagoa facultativa

371 Figura 16 Medidor Parshall Figura 17 Medidor da vazão Figura 18 Vestígio de animal na ETE Ouro Branco Figura 19 Animal silvestre próximo à lagoa facultativa

372 Figura 20 Vala para disposição do material gradeado, areia e lodo da ETE Ouro Branco Figura 21 Lançamento de esgotos in natura nos cursos d água dos povoados do município de Ouro Branco ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Ouro Branco está enquadrado na classe Bom, pois alcançou peso final de 70,19. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT, Operacionalidade da ETE, Disposição final dos resíduos sólidos da ETE e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Ouro Branco está classificado no grupo 5 e, em atendimento à referida DN, o município protocolou o FCEI até junho de 2006 e formalizou o pedido da LO até junho de 2008.

373 Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Ouro Branco não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida. Ouro Preto i - Diagnóstico O município de Ouro Preto, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 70.227 habitantes, sendo que 61.082 habitantes correspondem à população urbana e 9.145 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do ARP, e possui os seguintes distritos: Amarantina, Antônio Pereira, Cachoeira do Campo, Engenheiro Correia, Glaura, Lavras Novas, Miguel Burnier, Rodrigo Silva, Santa Rita de Ouro Preto, Santo Antônio do Leite, Santo Antônio do Salto e São Bartolomeu (IBGE, 2007). Em visita realizada ao município em março de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que a infraestrutura disponível no município era de rede coletora, interceptores, fossas negras, elevatória, fossas sépticas e 3 ETE s, sendo que duas estavam em operação e a outra em fase de obras. Havia ainda os projetos para implantação de Sistemas de Esgotamento Sanitário SES na sub-bacia do rio Maracujá e no povoado de Mota, pertencente ao distrito de Miguel Burnier e único contribuinte para a BHRP. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 80% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0,57%, conforme declarado pela supervisora de controle da qualidade da SEMAE de Ouro Preto. Os projetos de SES para as áreas urbanas de distritos e povoados localizados na sub-bacia do rio Maracujá, pertencente à bacia hidrográfica do rio das Velhas, beneficiará uma população residente nesta sub-bacia de 13.164 habitantes (IBGE, 2007) localizados nos distritos de Cachoeira do Campo, Santo Antônio do Leite,

374 Amarantina, Glaura, e os seus povoados Coelhos, Maracujá e Bocaina. O suporte financeiro para os projetos foi fornecido pelo FHIDRO. Na data da visita, a titularidade dos serviços de esgotamento sanitário do município pertencia ao SEMAE. ETE Ouro Preto Número do processo no COPAM: 10932/2006/001/2008 Na data da visita, a ETE Ouro Preto estava sendo implantada na latitude S (20 23 56,9 ) e longitude WO (43 29 17,3 ). Suas obras deram início em maio de 2010 e a previsão do término é no ano de 2011. O projeto, elaborado pela DESPRO, previa o tratamento da vazão de 100 L/s de esgoto, atendendo a 100% da população da sede do município, sendo que o atendimento inicial seria de 85% da sede. A ETE Ouro Preto, que estava recebendo o financiamento da CEF e do SEMAE, apresentará as seguintes unidades: tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, desarenador e medidor Parshall; dois reatores UASB; dois filtros biológicos percoladores; dois decantadores secundários; dois leitos de secagem do lodo; queimador de gás; canal de desinfecção; e uma elevatória. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Ouro Preto. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Ouro Preto Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005

375 O lodo da estação e o material gradeado serão dispostos em aterro controlado, na própria área da ETE Ouro Preto. O efluente da estação será lançado no ribeirão Funil, que pertence à bacia do rio Doce. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Ouro Preto possuía LP, concomitante com a LI, vencida desde março de 2011. Figura 2 Obras de implantação da ETE Ouro Preto Figura 3 Implantação dos reatores UASB Figura 4 Erosão na área da construção da ETE Ouro Preto Figura 5 Planta do projeto da ETE Ouro Preto

376 ETE da Samarco Número do processo no COPAM: 21115/2010/001/2010 A ETE da Samarco está localizada na latitude S (20 17 23,6 ) e longitude WO (43 28 42,9 ). A estação apresentava apenas uma lagoa não impermeabilizada com 1 m de profundidade. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE da Samarco. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE da Samarco Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita a estação operava em condições precárias, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 1 item mínimo, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A lagoa apresentava-se com pontos de assoreamento e foi informado que havia animais silvestres no interior da lagoa. A área apresentava cercamento e a vegetação era abundante no local. O corpo receptor do efluente era o córrego Água Suja, pertencente à bacia do rio Doce. A vazão média da estação era de 1,8 L/s. Durante a visita, foi informado que há um projeto de aterrar a lagoa e implantar uma nova estação no local operando com o sistema de lodos ativados convencional, a ETE Antônio Pereira. O início das obras desse projeto estava previsto para o ano de 2011 e o término das obras, para o final do ano de 2012. O SEMAE informou também que não há informação sobre o local de disposição do lodo da lagoa no período em que a ETE pertencia a Samarco. Após a transição da titularidade da estação para o SEMAE não houve retirada do lodo da lagoa.

377 Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE da Samarco possuía AAF válida até junho de 2014, e a ETE Antônio Pereira apresentava AAF válida até dezembro de 2014. Figura 2 Vista geral da ETE Samarco Figura 3 Ponto de assoreamento na lagoa da ETE Samarco Figura 4 Tubulação de chegada do esgoto na lagoa da ETE Samarco Figura 5 Cercamento e paisagismo da ETE Samarco ETE São Bartolomeu Número do processo no COPAM: 16992/2009/001/2009 A ETE São Bartolomeu está localizada na latitude S (20 13 41,9 ) e longitude WO (43 34 48,9 ) e, na data da visita, sua vazão af luente de esgotos era de 1,15 L/s.

378 As unidades constituintes do sistema de tratamento da estação eram: tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, desarenador e medidor Parshall; um reator UASB, com tempo de retenção do lodo de 180 dias; dispositivo para saída de gás do reator UASB; um filtro anaeróbio; e dois leitos de secagem do lodo. O lodo, após passar pela secagem, era disposto em valas na própria área da ETE juntamente como material gradeado. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE São Bartolomeu. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE São Bartolomeu Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Segundo foi informado, o corpo receptor do efluente da estação era o rio das Velhas. A ETE apresentava precárias condições de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 9 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A ETE estava devidamente cercada e apresentava um paisagismo adequado. Observou-se, no entanto, a presença de animal doméstico na área da ETE e ausência do queimador de gás. foi possível verificar o distribuidor de vazão do reator UASB, devido à falta de escada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE São Bartolomeu possuía AAF válida até novembro de 2013.

379 Figura 2 Portão de entrada da ETE São Bartolomeu Figura 3 Vista geral da unidade de tratamento preliminar da ETE São Bartolomeu Figura 4 Gradeamento da unidade de tratamento preliminar Figura 5 Desarenador da unidade de tratamento preliminar Figura 6 Medidor Parshall da unidade de tratamento preliminar Figura 7 Sistema de bombeamento

380 Foto 8 Reator UASB Figura 9 Dispositivo de saída de gás do reator UASB Figura 10 Filtro anaeróbio Figura 11 Aspecto físico do esgoto sendo tratado no filtro anaeróbio

381 Figura 12 Leitos de secagem do lodo da estação Figura 13 Presença de animal na estação Figura 14 Vala de disposição do material gradeado, areia e lodo da ETE São Bartolomeu Figura 15 Ponto de lançamento do esgoto tratado no rio das Velhas

382 ETE do povoado de Mota A ETE do povoado de Mota, será instalada na latitude S (20 26' 29,35") e longitude WO (43 50' 1,46"). O sistema de tratamento que ser á implantado na estação constará de tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento médio e caixa de areia; reatores UASB; filtros biológicos percoladores; decantadores secundários; desinfecção por hipoclorito de cálcio; e leitos de secagem do lodo. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Mota. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Mota Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 A vazão esperada para a ETE do povoado de Mota é de, aproximadamente, 1 L/s. O ponto de lançamento do esgoto encontra-se localizado na S (20º 26 30,5 ) e longitude WO (43º 50 00,0 ), situado no córrego Carro Quebrado. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE do povoado de Mota não possuía regularização ambiental. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP080, que está localizada no rio Maranhão, próximo de sua foz no rio Paraopeba, a jusante da cidade de Congonhas. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do rio Maranhão. No 3 trimest re de 2010, o valor do IQA no

383 ponto de coleta apresentado foi de 55, que o classifica como índice de qualidade Médio (50 < IQA 70) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Maranhão, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário dos municípios de Congonhas e Conselheiro Lafaiete, a agricultura e a atividade minerária (IGAM, 2010). A ETE do Povoado de Mota, que estava em fase de projeto, estará localizada a, aproximadamente, 24,22 Km a montante do ponto de coleta da estação BP080. Caso a ETE venha operar em boas condições, ela poderá se tornar um fator de influência para a melhoria do valor do IQA. Figura 2 Área destinada à implantação da ETE do povoado de Mota ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Ouro Preto está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 24,5. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos indicadores PC e PT. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Ouro Preto está classificado no grupo 3. O município não está cumprindo à referida DN, pois não

384 formalizou o pedido da LO até setembro de 2010 e não atende a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Ouro Preto não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Papagaios i - Diagnóstico O município de Papagaios, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 13.171 habitantes, sendo que 11.916 habitantes correspondem à população urbana e 2.255 à população rural. O município se encontra parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do BRP, e não apresenta distritos (IBGE, 2007). Em visita realizada em fevereiro de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município de Papagaios apresentava rede coletora, interceptores, duas elevatórias de esgoto, uma ETE e fossas sépticas. Na data da visita, a titularidade dos serviços de esgotamento sanitário era da prefeitura. O percentual de população urbana atendida por rede coletora era de 50% e este mesmo percentual se aplicava para o tratamento de esgoto, conforme foi declarado pelo diretor do SMAE de Papagaios na visita ao município. ETE Papagaios Número do processo no COPAM: 01850/2002/001/2009 A ETE Papagaios está localizada na latitude S (19 26 45,1 ) e longitude WO (44 45 18,8 ) e apresentava vazão de 6,67 L/s. Durante a visita à estação, foi informado que a medição da vazão não é realizada diariamente.

385 O sistema de tratamento de esgoto da ETE Papagaios era composto pelo tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento grosso e médio não mecanizados, dois desarenadores e o medidor Parshall; reator UASB; lagoa de maturação; e leitos de secagem. A ETE possuía casa de apoio e laboratório. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Papagaios. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Papagaios Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 A ETE Papagaios operava em condições precárias no momento da visita, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 4 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação possuía cercamento, no entanto foram encontrados vestígios de animais, inclusive próximos à lagoa de maturação. O paisagismo da ETE não era o desejável, uma vez que havia vegetação crescendo no entorno da lagoa e nas mediações do laboratório da estação. Apesar de haver a estrutura do laboratório, o mesmo não se encontrava equipado. No local onde ocorreu a capina, ao redor do queimador de gás, a vegetação não havia sido retirada, o que poderia ocasionar incêndio. Foi verificado também que a água proveniente do lençol freático estava infiltrando nas tubulações de tratamento de esgoto e sendo tratado juntamente com este. Desse modo, poderia estar ocorrendo à contaminação do aquífero pelo esgoto. Outras inconformidades identificadas foram:

386 Para o tratamento preliminar: Infiltração de água nas paredes do local do tratamento preliminar, devido ao nível do lençol freático que é alto; Presença de esgoto no desarenador desativado. Para o reator UASB: No reator UASB foram colocados segmentos de conduite de 5 a 10 cm de comprimento, que têm por finalidade servir de suporte para o crescimento da biomassa. Contudo, devido ao rompimento da tela de contensão, os conduites estavam sendo encontrados nas canaletas de remoção de escuma do reator. O operador tem retornado com os conduites e a escuma para o sistema de tratamento, a partir do tratamento preliminar, e os conduites têm se acumulado no gradeamento. A disposição final dos conduites tem sido a própria área da ETE, a céu aberto, o que poderia ocasionar a contaminação do solo e do lençol freático; As tubulações para a coleta de amostras do lodo não demonstravam indícios de uso; O queimador de gás estava inoperante. Leitos de secagem: A estrutura dos leitos de secagem era coberta por lona em estado deteriorado; O leito de secagem em uso encontrava-se coberto, impedindo maior insolação; Presença de vegetação no interior dos leitos de secagem que não estavam sendo utilizados. Lagoa de maturação: Excesso de algas e presença de escuma no espelho d água; Criação e pesca de peixes na lagoa; Ausência de drenagem pluvial;

387 Presença de perfurações na lona que envolve a lagoa, o que tem possibilitado o crescimento de vegetação e a formação de bolhas de gás por baixo da lona; Má impermeabilização da lagoa, que tem ocasionado a infiltração do efluente e a formação de bolhas de gás no seu fundo; Ausência de defletor no vertedor da lagoa de maturação. Ponto de lançamento do efluente: O efluente do tratamento era lançado no solo e percolava no terreno até o córrego da Pontinha; Observou-se que o córrego possuía alta turbidez. Os resíduos da ETE Papagaios, material gradeado, areia e o lodo do leito de secagem, são dispostos no aterro controlado da prefeitura, localizado na latitude S (19 23 30,5 ) e longitude WO (44 43 16,6 ). Segundo pesquisa realizada no SIAM no mês de junho de 2011, a ETE Papagaios possuía AAF válida até abril de 2013. Figura 2 Portão de entrada da ETE Papagaios Figura 3 Estrutura destinada ao laboratório da ETE Papagaios

388 Figura 4 Vista geral da unidade de tratamento preliminar Figura 5 Gradeamento Figura 6 Desarenador desativado apresentando esgoto no seu interior Figura 7 Parede da unidade de tratamento preliminar com infiltrações Figura 8 Medidor Parshall Figura 9 Infiltração das águas do aquífero na tubulação por onde passa o esgoto

389 Figura 10 Vestígios de animais na estação Figura 11 Vista geral dos reatores UASB Figura 12 Área superior dos reatores UASB Figura 13 Interior do reator UASB apresentando conduites nas canaletas de remoção de escuma Figura 14 Torneiras de remoção do lodo do reator sem vestígio de uso Figura 15 Queimador de gás inoperante

390 Figura 16 Leitos de secagem do lodo Figura 17 Lodo com conduites Figura 18 Local de disposição dos conduites retirados da unidade de tratamento preliminar Figura 19 Presença de vegetação nas proximidades da lagoa de maturação

391 Figura 20 Lagoa de maturação da ETE Papagaios Figura 21 Presença de animais na lagoa de maturação Figura 22 Perfuração na lona de impermeabilização da lagoa de maturação Figura 23 Afloramento de algas

392 Figura 24 Formação de bolhas de gás no fundo da lagoa Figura 25 Perfuração da lona de impermeabilização, próxima ao local de saída do efluente da lagoa Figura 26 Vertedor da lagoa de maturação sem defletor Figura 27 Córrego da Pontinha, corpo d água receptor do efluente da ETE Papagaios ii - Prognóstico O município de Papagaios não foi considerado na análise pelo IQES, pois o efluente da ETE Papagaios era lançado fora da BHRP.

393 Pará de Minas i - Diagnóstico O município de Pará de Minas, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 84.252 habitantes, sendo que 79.646 habitantes correspondem à população urbana e 4.606 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP e possui cinco distritos: Ascensão, Carioca, Córrego do Barro, Tavares de Minas e Torneiros (IBGE, 2007). O município de Pará de Minas possui sua sede municipal localizada fora da BHRP. Em visita realizada em fevereiro de 2011 ao município, verificou-se que o município possuía rede coletora, interceptores, fossas negras, elevatórias, fossas sépticas e cinco ETE s. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 70% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 5%, segundo declarado pelo assessor técnico municipal de meio ambiente de Pará de Minas. O tratamento de esgoto estava sob a titularidade da prefeitura, porém a COPASA estava construindo uma ETE na sede de Pará de Minas e futuramente a titularidade do serviço será da companhia. ETE do povoado de Matinha A estação se localiza na latitude S (19 54 17,6 ) e longitude WO (44 33 33,3 ). Na data da visita ao povoado, a ETE do povoado de Matinha operava em condições precárias, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 1 item mínimo, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A estação possuía fossa séptica e filtro anaeróbio, que não estavam devidamente fechados; e havia presença de insetos no interior da fossa séptica. Apesar da ETE apresentar cercamento, não havia portão de entrada e

394 havia vestígios da presença de animais na sua área. Além disso, o paisagismo da ETE não era adequado. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Matinha. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Matinha Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 O percentual da população atendida pela estação era inferior a 50% da população total do povoado e o corpo receptor do efluente da ETE era o ribeirão Paciência. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE do povoado de Matinha não possuía regularização ambiental para operação. Figura 2 ETE do povoado de Matinha, no município de Pará de Minas Figura 3 Perfurações na manilha da fossa séptica

395 Figura 4 Aspecto do esgoto sanitário na fossa séptica Figura 5 Aspecto do efluente Figura 6 Aspecto do esgoto sanitário no filtro anaeróbio Figura 7 Vestígios de animal na área da estação Figura 8 Paisagismo na área da ETE do povoado de Matinha Figura 9 Ribeirão Paciência, corpo d água receptor do efluente da estação

396 ETE do povoado de Caetano Preto Número do processo no COPAM: 15709/2009/001/2009 A ETE do povoado de Caetano Preto está localizada na latitude S (19 55 24 ) e longitude WO (44 37 56,5 ). O sistema de tratame nto é composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, desarenador e medidor ultrasônico da vazão; um reator UASB; queimador de gás; e dois leitos de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Caetano Preto. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado do povoado de Caetano Preto Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 No momento da visita, a estação apresentava precárias condições de operação, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 7 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. A ETE estava devidamente cercada e com paisagismo adequado. No entanto, o queimador de gás estava inoperante e havia vestígios de queima de material no interior da estação. O percentual da população atendida por ela era de 80% da população total do povoado.

397 O corpo receptor do efluente da estação era o córrego do Caetano Preto. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE do povoado de Caetano Preto possuía AAF válida até outubro de 2013. Figura 2 Vista geral da ETE do povoado de Caetano Preto, no município de Pará de Minas Figura 3 Gradeamento da unidade de tratamento preliminar Figura 4 Desarenador da unidade de tratamento preliminar Figura 5 Vista geral da unidade de tratamento preliminar

398 Figura 6 Vestígio de queima de material na área da estação Figura 7 Queimador de gás do reator UASB inoperante Figura 8 Aspecto do esgoto sanitário no interior do reator UASB Figura 9 Aspecto do efluente no interior do reator UASB Figura 10 Leitos de secagem Figura 11 Bombeamento

399 ETE Pará de Minas Número do processo no COPAM: 03556/2007/001/2007 A ETE Pará de Minas, pertencente à COPASA, está localizada na latitude S (19 49 33,8 ) e longitude WO (44 36 59,3 ). No momento da visita, a estação se encontrava em fase de obras e a empreiteira responsável pela instalação da ETE era a SONEL Engenharia. As obras iniciaram-se em julho de 2009 e a previsão do término é até julho de 2011. O sistema de tratamento adotado na ETE Pará de Minas será composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento grosso, médio e fino mecanizados, três desarenadores e medidores de vazão na entrada e na saída do tratamento preliminar; três reatores UASB, divididos em duas células cada um; três filtros biológicos percoladores; três decantadores secundários; e quatro leitos de secagem de lodo. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Pará de Minas. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE de Pará de Minas Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Cada reator UASB receberá a vazão estimada de 60 L/s e futuramente é prevista a implantação de um quarto reator. O percentual de população atendida pela ETE Pará de Minas será de 90% da população da sede do município. A estação atenderá somente a sede Pará de Minas e a vazão prevista para a ETE é de 185 L/s de esgoto.

400 O corpo receptor do efluente da estação será o córrego Paciência. O material gradeado, a areia e o lodo provenientes da estação serão dispostos em aterro na própria área da ETE. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Pará de Minas possuía LP, concomitante com LI, válida até julho de 2011. Figura 2 Portão de entrada da ETE Pará de Minas Figura 3 Vista geral do local das obras da ETE Pará de Minas Figura 4 Obras da unidade de tratamento preliminar Figura 5 Interior do reator UASB

401 Figura 6 Obras dos reatores UASB Figura 7 Obras dos filtros biológicos percoladores Figura 8 Obras dos decantadores secundários Figura 9 Área dos leitos de secagem Figura 10 Obras dos laboratórios Figura 11 Córrego Paciência ao fundo

402 ETE do distrito de Torneiros A ETE do distrito de Torneiros está localizada na latitude S (19 52 41 ) e longitude WO (44 45 4,6 ). Na data da visita, em fevereiro de 2011, a estação atendia a, aproximadamente, de 30 a 40% da população do distrito que era de 1.365 habitantes, ou seja, o atendimento era no entorno de 410 a 546 habitantes. O sistema de tratamento da ETE era composto por uma fossa séptica, um filtro anaeróbio e um leito de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE do distrito de Torneiros. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE do distrito de Torneiros Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 No momento da visita, a estação operava em precárias condições, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 2 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Apesar de haver cercamento adequado, algumas inconformidades foram observadas: Plantação de milho e abóbora em toda a área da estação; Ausência de manutenção da ETE;

403 Paisagismo inadequado; Dificuldade de acesso ao ponto de lançamento do efluente no corpo hídrico, o córrego de Torneiros. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE do distrito de Torneiros não possuía regularização ambiental para operação. Figura 2 Portão de entrada da ETE do distrito de Torneiros, do município de Pará de Minas Figura 3 Fossa séptica Figura 4 Aspecto do esgoto interior da fossa séptica Figura 5 Aspecto do efluente no interior da fossa séptica

404 Figura 6 Aspecto do efluente no interior da fossa séptica da estação Figura 7 Filtro anaeróbio Figura 8 Vista geral do leito de secagem do lodo Figura 9 Leito de secagem do lodo Figura 10 Presença de resíduos sólidos na área da estação Figura 11 Quebra da tubulação que conduz o esgoto até a fossa séptica

405 ETE do povoado de Córrego das Pedras Número do processo no COPAM: 15704/2009/001/2009 A ETE do povoado de Córrego das Pedras está localizada na latitude S (19 46 44,6 ) e longitude WO (44 38 10,6 ). A estação atende a uma população de cerca de 300 habitantes. O sistema de tratamento da estação é semelhante ao da ETE do povoado de Caetano Preto, sendo composto por tratamento preliminar, caracterizado por grades médias, desarenador e vertedor triangular; um reator UASB; queimador de gás; e dois leitos de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Córrego das Pedras. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado de Córrego das Pedras Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 No momento da visita, a estação estava operando em condições precárias, pois, apesar da ETE executar os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento, ela apresentou 5 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O paisagismo da ETE era inadequado, não havia medidor

406 de vazão, o queimador de gás do reator UASB não apresentava chama, e um dos leitos de secagem estava sendo usado para depósito de material enquanto no outro crescia a vegetação. O corpo receptor do efluente tratado era o córrego das Pedras. O ponto de lançamento, localizado na latitude S (19 46 44,7 ) e longitude WO (44 38 11,0 ) era de difícil acesso. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE do povoado de córrego das Pedras possuía AAF válida até outubro de 2013. Figura 2 Portão de entrada na ETE do povoado de Córrego das Pedras, no município de Pará de Minas Figura 3 Gradeamento da unidade de tratamento preliminar Figura 4 Desarenador Figura 5 Vista geral do tratamento preliminar

407 Figura 6 Vertedor triangular localizado após o desarenador Figura 7 Conjunto de bombas Figura 8 Aspecto do esgoto sanitário no reator UASB Figura 9 Leitos de secagem do lodo Figura 10 Queimador de gás do reator UASB Figura 11 Ponto de lançamento do efluente da ETE no córrego das Pedras

408 ETE do distrito de Tavares de Minas A ETE do distrito de Tavares de Minas será futuramente implantada no município, porém ainda não há projeto e não há conhecimento da área onde será construída a estação. Ela será a única ETE de Pará de Minas que contribuirá com o lançamento do efluente na bacia do rio Paraopeba. Segundo informado durante a visita, o Termo de Ajustamento de Conduta TAC já foi assinado para ocorrer a implantação da estação. ii - Prognóstico O município de Pará de Minas não foi considerado na análise pelo IQES, pois os efluentes das ETE s eram lançados fora da BHRP. Paraopeba i - Diagnóstico O município de Paraopeba, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 22.571 habitantes, sendo que 19.671 habitantes correspondem à população urbana e 2.900 habitantes à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do BRP, e não apresenta distritos (IBGE, 2007). A sede distrital está inserida na BHRP. Em visita realizada em fevereiro de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que a infraestrutura disponível no município de Paraopeba possuía rede coletora, fossas negras e fossas sépticas. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. Conforme foi declarado pelo secretário municipal de obras e meio ambiente de Paraopeba na visita ao município, o percentual de população urbana atendida por

409 rede coletora de esgoto era de 90% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%. O município de Paraopeba não possuía ETE e o esgoto in natura era lançado em três corpos d água receptores, o córrego Cedro, o córrego Matias e o córrego do Beco. Um dos pontos de lançamento de esgoto in natura no córrego Cedro estava localizado na latitude S (19 15 34,0 ) e longitu de WO (44 26 01,9 ) e recebia aproximadamente, 20% do esgoto do município. Além disso, o córrego Cedro recebia todo o lodo proveniente das fossas sépticas do município. No córrego Matias, um dos pontos de lançamento de esgoto sanitário bruto estava localizado na latitude S (19 16 11,9 ) e longitu de WO (44 24 02,6 ) e recebia, aproximadamente, 10% do esgoto do município. Um dos pontos de lançamento de esgoto sem tratamento no córrego do Beco estava localizado na latitude S (19 16 32,1 ) e longitu de WO (44 24 21,5 ) e recebia 70% do esgoto do município em diversos pontos ao longo do seu curso, e também recebia efluentes industriais. Foi informado que não há previsão de implantação de uma ETE para o tratamento do esgoto sanitário do município. Figura 1 Córrego do Cedro Figura 2 Vista geral do córrego do Beco

410 Figura 3 Córrego do Beco Figura 4 Ponto de lançamento de efluente industrial no córrego do Beco Figura 5 Lançamento de esgoto sanitário in natura no Córrego do Matias Figura 6 Córrego do Matias ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Paraopeba está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 30,33. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008.

411 De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Paraopeba está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Paraopeba não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Pequi i - Diagnóstico O município de Pequi, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 4.075 habitantes, sendo que 2.953 habitantes correspondem à população urbana e 1.122 habitantes à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do BRP. Conforme o IBGE (2007), Pequi não possui distritos. Em visita realizada em fevereiro de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município possuía infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras, fossas sépticas e uma ETE. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 50% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 35%, conforme foi declarado pelo prefeito de Pequi na visita.

412 ETE Pequi A ETE Pequi se localiza na latitude S (19 37 28,5 ) e longitude WO (44 39 20,9 ). O sistema de tratamento adotado na ETE Pequi era composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, dois desarenadores e medidor Parshall; dois reatores UASB; dois filtros anaeróbios; e dois leitos de secagem. Além disso, a ETE possuía uma casa de apoio. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Pequi. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Pequi Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE Pequi operava em precárias condições, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 8 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Verificou-se que no tratamento preliminar um dos desarenadores estava desativado e com esgoto no seu interior. A comporta de entrada estava fechada e a comporta de saída estava aberta. Nos reatores UASB foi observado grande quantidade de sólidos grosseiros que não estavam sendo retidos no gradeamento, uma vez que as grades eram grossas e muito espaçadas uma das outras. Além disso, os dois reatores UASB estavam com algumas caixas distribuidoras de fluxo colmatadas; e não havia queimador de gás.

413 Foi verificado ainda infiltrações nas paredes dos dois filtros anaeróbios da ETE Pequi, a presença de animais e vestígios de queima na área da estação. A prefeitura, que era responsável pela ETE Pequi, estava plantando cerca viva com o intuito de amenizar os odores provenientes da ETE e melhorar o paisagismo da área. Foi informado durante a visita que o lodo da estação era aterrado em valas na própria área da ETE Pequi. O prefeito do município, que acompanhou na visita, informou que o efluente da estação era lançado no solo, recoberto de areia e brita, e percolava até o córrego Fundo. Porém, devido à dificuldade de acesso ao ponto de lançamento no corpo hídrico não foi possível verificar se o lançamento estava sendo realizado da forma descrita. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Pequi não apresentava regularização ambiental. foi identificada estação de amostragem do projeto Águas de Minas localizada a uma distância aproximada de 30 Km a jusante da ETE Pequi. Figura 2 Vista geral da ETE Pequi Figura 3 Comporta de entrada de um dos desarenadores fechada e a de saída aberta

414 Figura 4 Material sobrenadante no reator UASB Figura 5 Gradeamento grosso manual Figura 6 Caixas distribuidoras de fluxo do reator UASB 1 colmatadas Figura 7 Caixas distribuidoras de fluxo do reator UASB 2 colmatadas

415 Figura 8 Ponto de infiltração na parede do filtro anaeróbio 1 Figura 9 Ponto de infiltração na parede do filtro anaeróbio 2 Figura 10 Vala utilizada para a disposição final dos resíduos sólidos da ETE

416 ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Pequi está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 31,31. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT, Operacionalidade da ETE, Disposição final dos resíduos sólidos da ETE e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Pequi está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Pequi não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida e não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Piedade dos Gerais i - Diagnóstico O município de Piedade dos Gerais, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 4.645 habitantes, sendo que 2.122 habitantes correspondem à população urbana e 2.523 à população rural. O município encontra-se totalmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do ARP, e não possui distritos (IBGE, 2007). Em visita realizada ao município em março de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que a infraestrutura disponível para o esgotamento sanitário do município era de fossas negras e sépticas. O lodo

417 proveniente das fossas sépticas já foi disposto no lixão, antes do ano de 2007, quando houve a sua desativação. O antigo lixão está localizado na latitude S (20 29 2,1 ) e longitude WO (44 12 14,4 ) e, na da ta da visita, era uma área de recuperação. Conforme foi informado, após o ano de 2007 não foi necessário realizar a limpeza das fossas. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 0% e esse mesmo valor correspondia ao percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos, conforme declarado pelo secretário municipal de obras de Piedade dos Gerais Apenas 95% da população total do povoado da Gruta Imaculada Conceição, de aproximadamente 150 habitantes, possuem rede coletora de esgotos, porém não foram feitas ligações na rede, pois no momento da visita não havia ainda a ETE na região. A prefeitura possuía a titularidade dos serviços de esgotamento sanitário, porém estava em processo de firmar o convênio com a COPASA. ETE do Povoado da Gruta da Imaculada Conceição Número do processo no COPAM: 06069/2010/001/2010 Na data da visita ao município, foi informado que a ETE do povoado da Gruta Imaculada Conceição não havia sido implantada por falta de verba. Houve somente a implantação da rede coletora com o financiamento do Ministério do Turismo e da CEF. A área onde a ETE operaria está localizada na latitude S (20 27 19,9 ) e longitude WO (44 13 29,3 ). O projeto da ETE era da HS Consultoria Ambiental. Tratava-se de uma estação compacta da SANEQUE constituída pelas seguintes unidades: tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, desarenador e medidor Parshall; um reator UASB; um filtro anaeróbio; e uma caixa coletora de amostras. O efluente da estação seria lançado no rio Macaúbas. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado da Gruta Imaculada Conceição.

418 Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE do povoado da Gruta da Imaculada Conceição Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE do povoado da Gruta Imaculada Conceição possuía AAF válida até maio de 2014. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP032, que está localizada no rio Macaúbas, a jusante de Bonfim e a montante de sua foz no rio Paraopeba. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do rio Macaúbas. No 3 trimestre de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 73,3, que o classifica como índice de qualidade Bom (70 < IQA 90) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Macaúbas, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário do município de Bonfim, a pecuária, a agricultura, a erosão e o assoreamento (IGAM, 2010). A ETE de Piedade dos Gerais, que estava em fase de projeto, estará localizada a, aproximadamente, 31,58 Km a montante do ponto de coleta da estação BP032. Caso a ETE venha operar em boas condições, ela poderá se tornar um fator de influência para a melhoria do valor do IQA do rio Macaúbas.

419 Figura 2 Área prevista para a implantação da ETE do povoado da Gruta da Imaculada Conceição Figura 3 Área de recuperação do antigo lixão, no município de Piedade dos Gerais ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Piedade dos Gerais está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final de 10. Esse peso foi obtido no indicador Regularização ambiental. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Piedade dos Gerais está classificado no grupo 7. O município não está atendendo à referida DN, pois não realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, o município tem o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Piedade dos Gerais não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana.

420 Pompéu i - Diagnóstico O município de Pompéu, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 29.083 habitantes, sendo que 25.744 habitantes correspondem à população urbana e 3.339 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do BRP, e apresenta apenas o distrito de Silva Campos. Esse distrito possui população urbana de 539 habitantes e população rural de 711 habitantes, e está a 20 Km de Pompéu (IBGE, 2007). O município de Pompéu possui sua sede municipal localizada fora da BHRP. Em visita realizada ao município em fevereiro de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que Pompéu apresentava rede coletora, fossas negras, uma ETE no distrito de Silva Campos e outra, em obras, para atendimento da sede do município, aguardando a licitação. Conforme foi informado, as fossas do município não são profundas, o que pode aumentar o risco de contaminação do aquífero. O percentual de população urbana atendida por rede coletora em Pompéu era de 75% e o percentual para tratamento era de 0%, conforme declarado pelo viceprefeito e secretário municipal de governo de Pompéu. Para o distrito de Silva Campos, o percentual de população urbana atendida tanto por rede coletora quanto por tratamento era de 90%, o que corresponde ao atendimento de 290 casas, totalizando 450 a 500 habitantes. Na época da visita, a prefeitura detinha a titularidade dos serviços de esgotamento sanitário. ETE 1 Pompéu Número do processo no COPAM: 06376/2007/004/2009 Foi realizada visita à área onde será implantada a ETE 1 Pompéu, localizada na latitude S (19º 13 13,8 ) e longitude WO (45º 01 14,82 ). O projeto é da empresa Solução Engenharia Ambiental LTDA e apresentará o seguinte sistema de tratamento: tratamento preliminar, composto por gradeamento, desarenador e

421 medidor Parshall; reator UASB; queimador de gás; duas lagoas facultativas; e leito de secagem. Foi mencionado que o lodo gerado terá uso agrícola, apesar de não haver a etapa de desinfecção do mesmo no projeto. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Pompéu. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 1 Pompéu Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 A obra está prevista para ser licitada até meados de junho de 2011. A vazão média esperada é de 57 L/s e a estação atenderá a 100% do município, com eficiência esperada de 94%. O corpo d água que receberá o efluente da ETE 1 Pompéu será o córrego Mato Grosso. Na data da visita, ele estava recebendo o lodo proveniente das fossas sépticas. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 1 Pompéu possuía LI válida até setembro de 2011.

422 Figura 2 Área destinada à implantação da ETE 1 Pompéu ETE 2 Pompéu A ETE 2 Pompéu está localizada no distrito de Silva Campos, na latitude S (19º 05 20,49 ) e longitude WO (44º 56 35,76 ). Ela está sob a responsabilidade da Associação dos Moradores de Silva Campos ASMOC, que tem um convênio com a prefeitura de Pompéu. A COPASA presta assistência técnica à estação. A ETE 2 Pompéu iniciou sua operação em 03 de março de 1992 com o sistema de tratamento preliminar incompleto, caracterizado por gradeamento e medidor Parshall; dois filtros anaeróbios; dois decantadores secundários; uma lagoa; e um leito de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Pompéu.

423 Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE 2 Pompéu Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 O número de habitantes atendidos pela ETE era de 450, o que correspondia a uma vazão média de esgotos de 0,62 L/s. O córrego que recebia o efluente da ETE 2 Pompéu era o Buritizal, com uma vazão mínima de esgoto tratado visualmente menor que a vazão de entrada à estação, o que indica a ocorrência de infiltração do efluente, decorrente da ausência de impermeabilização da lagoa. Na data da visita, a ETE operava em precárias condições, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 5 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. As inconformidades obtidas para a ETE 2 Pompéu foram as seguintes: Paisagismo inadequado; Vestígios de animais na ETE, apesar da existência de cercamento; Os operadores não usavam EPI s no momento da visita e transitavam entre a Estação de Tratamento de Água ETA e a ETE com riscos de contaminação da ETA; Ausência de impermeabilização na lagoa; Crescimento exacerbado de algas na lagoa;

424 Disposição inadequada do material gradeado no solo na área da ETE, a céu aberto; Queima do lodo da ETE de 6 em 6 meses; Vertedor inadequado para impedir a saída de algas, escuma e material suspenso; Perfuração na tubulação que deságua o efluente na lagoa (o efluente percola e infiltra no solo até à lagoa); A tubulação lança o efluente da estação diretamente no solo e o efluente percola até o córrego Buritizal. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE 2 Pompéu não possuía regularização ambiental. Figura 2 Córrego Buritizal Figura 3 Portão de entrada da ETE 2 Pompéu do distrito de Silva Campos

425 Figura 4 Vista geral da ETE 2 Pompéu Figura 5 Gradeamento da unidade de tratamento preliminar Figura 6 Unidade de tratamento preliminar caracterizado por gradeamento e medidor Parshall Figura 7 Filtro anaeróbio Figura 8 Decantador secundário Figura 9 Leito de secagem

426 Figura 10 Crescimento de espécies frutíferas no leito de secagem do lodo Figura 11 Vertedor da lagoa Figura 12 Perfuração na tubulação que deságua o efluente na lagoa Figura 13 Lagoa sem impermeabilização da ETE 2 Pompéu Figura 14 Vestígios de animais na estação Figura 15 Vista geral da unidade de tratamento preliminar

427 ii - Prognóstico O município de Pompéu não foi considerado na análise pelo IQES, pois os efluentes das ETE s eram lançados fora da BHRP. Queluzito i - Diagnóstico O município de Queluzito, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 1.866 habitantes, sendo que 853 habitantes correspondem à população urbana e 1.013 habitantes à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do ARP. Conforme o IBGE (2007), Queluzito não possui distritos. Em visita realizada em abril de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município apresentava infraestrutura disponível de rede coletora, interceptores, fossas negras e uma ETE. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 90% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 30%, conforme foi informado na visita. Os 70% da população urbana, que não era atendida por tratamento esgoto, realizava o lançamento do esgoto bruto no córrego Rincão e no rio Paraopeba. Conforme informado pela funcionária da prefeitura que acompanhou a visita, havia vários pontos de lançamento do esgoto bruto ao longo do percurso do córrego Rincão e do rio Paraopeba. Um ponto de lançamento de esgoto in natura no rio Rincão estava localizado na latitude S (20 45 01,1 ) e na longitude WO (43 52 47,4 ). No rio Paraopeba, havia um ponto de lançamento na latitude S (20 44 43,9 ) e longitude WO (43 53 13,6 ).

428 ETE Queluzito A ETE Queluzito está localizada na latitude S (20 44 22,2 ) e longitude WO (43 52 41,4 ). O sistema de tratamento adotado na ETE Queluzito era composto por fossa séptica, filtro anaeróbio e uma adaptação de filtro biológico percolador. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Queluzito. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Queluzito Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita a ETE Queluzito operava em precárias condições, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 3 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi observado no momento da visita que a fossa séptica estava entupida e que havia esgoto transbordando e percolando no solo. Além disso, o paisagismo da ETE Queluzito era inadequado. Segundo a funcionária da prefeitura que acompanhou a visita, a limpeza da fossa séptica era realizada mensalmente por uma empresa contratada pela prefeitura. O efluente da ETE Queluzito era lançado em um brejo que desaguava no córrego Pombal e, devido à dificuldade de acesso ao local, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo realizado da forma descrita.

429 Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Queluzito não apresentava regularização ambiental. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP079, que está localizada no rio Paraopeba, a montante da foz do rio Pequeri, em São Brás do Suaçuí. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do rio Paraopeba. No 3 trimestre de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 80,2, que o classifica como índice de qualidade Excelente (70 < IQA 100) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Paraopeba, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário, o lançamento de efluente industrial e a expansão urbana (IGAM, 2010). A ETE Queluzito, classificada como em precárias condições de operação, está localizada a, aproximadamente, 25,58 Km a montante do ponto de coleta da estação BP079. A ETE pode ser considerada um fator de influência para a queda do valor do IQA, tendo em vista a sua proximidade com o ponto de amostragem, a sua classificação de operação e os fatores de pressão para o curso d água. Figura 2 Vista geral da ETE Queluzito Figura 3 Vista geral da ETE Queluzito

430 Figura 4 Efluente transbordando da fossa Figura 5 Efluente percolando no solo Figura 6 Adaptação de filtro biológico percolador Figura 7 Vista do ponto de lançamento no córrego Rincão Figura 8 Vista do ponto de lançamento no rio Paraopeba

431 ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Queluzito está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 39,41. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT e Operacionalidade da ETE. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Queluzito está classificado no grupo 7. O município não está atendendo à referida DN, pois não realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, o município tem o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Queluzito não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida e não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Resende Costa i - Diagnóstico O município de Resende Costa, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 10.918 habitantes, sendo que 8.782 habitantes correspondem à população urbana e 2.136 à população rural. O município encontra-se parcialmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do ARP, e possui apenas o distrito de Jacarandira, com população total de 9.745 habitantes, conforme IBGE (2007). Em visita realizada no município, em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi declarado pelo secretário municipal de agropecuária e meio ambiente, que o percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 80% e que o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 0%.

432 Na data da visita, estava ocorrendo a implantação da rede coletora, antes inexistente, que visa atender a totalidade da população urbana. Havia também a construção de cinco elevatórias e de uma ETE. Segundo informado, o município de Resende Costa possuía interceptores de esgoto, fossas negras e sépticas. A titularidade dos serviços de esgotamento sanitário estava concedida à COPASA. ETE Resende Costa Número do processo no COPAM: 00031/1996/002/1999 A ETE Resende Costa estava localizada na latitude S (20 54 48,1 ) e longitude WO (44 13 32,5 ). O início da implantação da estaçã o foi em setembro de 2009 e a previsão para o término das obras é em outubro de 2011. O sistema de tratamento da ETE Resende Costa será constituído pelas seguintes unidades: tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, desarenador e medidor Parshall; um reator UASB; um filtro biológico percolador; um decantador secundário; elevatória de recirculação; e um leito de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Resende Costa. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Resende Costa Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Segundo o secretário municipal de agropecuária e meio ambiente, a vazão de esgoto projetada para ser tratada na ETE Resende Costa será de 39 L/s, uma vazão

433 correspondente ao atendimento de 15.377 habitantes (população estimada para o ano de 2028). O efluente da estação será lançado no córrego do Tejuco e o lodo gerado durante o tratamento será disposto em valas na própria área da ETE Resende Costa. Na data da visita, o lodo proveniente das fossas era recolhido pelos caminhões da prefeitura e da COPASA, e disposto, juntamente com resíduos da construção civil, em uma voçoroca localizada na latitude S (20 56 0 0,6 ) e longitude WO (44 13 12,3 ). Segundo pesquisa realizada em junho de 2011 no SIAM, a ETE Resende Costa possuía LI vencida desde maio de 2000. Figura 2 Área destinada à implantação da ETE Resende Costa Figura 3 Local onde será construída a ETE Resende Costa

434 Figura 4 Córrego do Tejuco, que receberá o efluente da ETE Resende Costa Figura 5 Local onde é disposto o lodo proveniente das fossas sépticas Figura 6 Voçoroca que tem sido recoberta com resíduos da construção civil e o lodo gerado das fossas sépticas ii - Prognóstico O município de Resende Costa não foi considerado na análise pelo IQES, pois o efluente da ETE Resende Costa será lançado fora da BHRP.

435 Rio Manso i - Diagnóstico O município de Rio Manso, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 5.267 habitantes, sendo que 2.833 habitantes correspondem à população urbana e 2.434 habitantes à população rural. O município encontra-se totalmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP e possui apenas o distrito de Souza, com população total de 1.727 habitantes, segundo o IBGE (2007). Em visita realizada ao município em março de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, foi informado que Rio Manso não possuía rede coletora de esgoto e ETE. Segundo declarado pela secretária de meio ambiente de Rio Manso, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 0% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos também era de 0%. No município, 90% da população dispunham seus esgotos em fossas negras, 5% em fossas sépticas e 5% lançavam os esgotos in natura no rio Manso. Na maioria das vezes, eram utilizados tubos de policloreto de vinila PVC na condução dos esgotos das residências para as fossas negras e também das residências para as manilhas de concreto que conduziam para a rede pluvial, direto para o rio Manso. Por desconhecimento, não foi informado o município para onde é transportado o lodo proveniente das fossas sépticas e a empresa contratada que realiza esse serviço. Na época da visita, foi informado que os serviços de esgotamento sanitário haviam sido concedidos à COPASA, restando apenas à assinatura do contrato pela companhia.

436 ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Rio Manso está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final de 3,33. Esse peso foi obtido no indicador Análise adicional, com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Rio Manso está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Rio Manso não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. São Brás do Suaçuí i - Diagnóstico O município de São Brás do Suaçuí, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 3.512 habitantes sendo que, 3.128 habitantes correspondem à população urbana e 384 habitantes à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do ARP. Conforme o IBGE (2007), São Brás do Suaçuí não possui distritos. Em visita realizada em abril de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município possuía

437 infraestrutura disponível de fossas negras e fossas sépticas. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. O percentual da população urbana atendida por rede coletora de esgoto e por tratamento era de 0%, conforme informado na visita. ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de São Brás do Suaçuí está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final de 3,33. Esse peso foi obtido no indicador Análise adicional, com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de São Brás do Suaçuí está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município tem o prazo de at é março de 2017 para obter a AAF de sua ETE que deve ser instalada e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de São Brás do Suaçuí não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. São Joaquim de Bicas i - Diagnóstico O município de São Joaquim de Bicas, segundo dados do IBGE (2010), apresenta população total de 25.619 habitantes sendo que, 18.652 habitantes correspondem à população urbana e 6.967 habitantes à população rural.

438 O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do MRP. Conforme o IBGE (2007), São Joaquim de Bicas não possui distritos. Em visita realizada em março de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que a infraestrutura disponível no município era de rede coletora, interceptores, fossas negras, fossas sépticas e uma ETE. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município pertencia à COPASA. O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 40% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 10%, conforme foi declarado pelo secretário municipal adjunto de meio ambiente de São Joaquim de Bicas na visita ao município. O esgoto sem tratamento era lançado em cinco corpos d água: o rio Paraopeba, o córrego Farofa, o córrego São Joaquim, o córrego Fundo e o córrego Elias. O serviço de limpeza das fossas sépticas estava sob a responsabilidade da prefeitura e o lodo proveniente das fossas era jogado na ETE do município. No momento da visita, foi informado que o serviço de limpeza das fossas estava sendo concedido à COPASA. ETE Nossa Senhora da Paz A ETE Nossa Senhora da Paz está localizada na latitude S (20 05 38,4 ) e longitude WO (44 15 00,3 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego Farofas. De acordo com o operador da ETE, a população atendida pela estação era de 2.500 habitantes. O sistema de tratamento adotado na ETE era composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, dois desarenadores e medidor Parshall; bypass; reator UASB; queimador de gás; filtro anaeróbio; aerador em cascata; e leito de secagem. Além disso, a ETE apresentava uma casa de apoio.

439 A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Nossa Senhora da Paz. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Nossa Senhora da Paz Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita, a ETE Nossa Senhora da Paz estava operando em condições precárias, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 11 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi informado pelo operador da ETE que uma das bombas da elevatória estava estragada e, por esta razão, grande parte do esgoto estava sendo lançado no corpo hídrico sem tratamento. Além disso, o queimador de gás não estava operante, e foi observado grande quantidade de espuma, devido à presença de material surfactante, no ponto de entrada do efluente no reator anaeróbio. Também foi verificado que o PV de entrada do afluente estava com seu entorno assoreado e que havia afluente percolando no solo. Havia presença de animais na estação e o paisagismo da ETE era inadequado, com disposição de entulho no local. De acordo com o operador da ETE, o lodo e o material proveniente do tratamento preliminar eram dispostos em uma caçamba e depois recolhidos pela COPASA.

440 Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Nossa Senhora da Paz não apresentava regularização ambiental. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP070, que está localizada no rio Paraopeba, a jusante do ribeirão Sarzedo; e a estação de amostragem BP072, que está localizada no rio Paraopeba, a jusante da foz do rio Betim, na divisa dos municípios de Betim e de Juatuba. Ambas as estações têm por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas superficiais do rio Betim (IGAM, 2010). No 3 trimestre de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta BP070 foi de 55,9, que o classifica como índice de qualidade Médio (50 < IQA 70), e da estação BP072 o valor do IQA foi de 61,1, que o classifica como índice de qualidade Médio (50 < IQA 70) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Paraopeba, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário, o lançamento de efluente industrial, a expansão urbana e a agricultura (IGAM, 2010). A ETE Nossa Senhora da Paz, classificada como em precárias condições de operação, está localizada a, aproximadamente, 10,62 Km a montante do ponto de coleta da estação BP070, e a 28,08 Km a montante da estação BP072. A ETE pode ser considerada um fator de influência para a queda do valor do IQA, tendo em vista a sua proximidade com os pontos de amostragem, a sua condição de operação e os fatores de pressão para o curso d água.

441 Figura 2 Vista geral da ETE Nossa Senhora da Paz Figura 3 Vista do tratamento preliminar da ETE Nossa Senhora da Paz Figura 4 Grande quantidade de efluente no medidor Parshall Figura 5 Ponto de lançamento do esgoto in natura

442 Figura 6 Queimador de gás inoperante Figura 7 Presença de material surfactante Figura 8 Presença de material surfactante na entrada do filtro anaeróbio Figura 9 Gramíneas germinando no lodo disposto no leito de secagem Figura 10 Presença de animais e entulho na área da ETE Figura 11 PV de entrada do afluente assoreado e com esgoto percolando no solo

443 Figura 12 Vista do ponto de lançamento do esgoto tratado Figura 13 Ponto de lançamento do efluente ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de São Joaquim de Bicas está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 20,8. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT, Operacionalidade da ETE e Análise adicional, esse último com relação ao item Atendimento à DN COPAM N 128 de 2008. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de São Joaquim de Bicas está classificado no grupo 7 e, em atendimento à referida DN, o município cadastrou o Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, para continuar cumprindo a DN COPAM N 128 de 2008, o município te m o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de São Joaquim de Bicas não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida e não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana.

444 São José da Varginha i - Diagnóstico O município de São José da Varginha, segundo dados do IBGE (2010), apresenta uma população total de 4.201 habitantes, sendo que 2.375 habitantes correspondem à população urbana e 1.826 habitantes à população rural. O município e sua sede encontram-se totalmente inseridos na BHRP, mais precisamente na região do BRP. Conforme o IBGE (2007), São José da Varginha não possui distritos. Em visita realizada em fevereiro de 2011 ao município, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município apresentava infraestrutura disponível de rede coletora, fossas negras, elevatória e uma ETE fora de operação. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era da prefeitura. O percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 40% e o percentual da população atendida por tratamento de esgoto era de 0%, conforme foi declarado pelo secretário municipal de obras de São José da Varginha na visita ao município. ETE Principal A ETE Principal de São José da Varginha está localizada na latitude S (19 42 39,7 ) e longitude WO (44 33 29,7 ). A unidade de tratamento preliminar se encontrava nas seguintes coordenadas: latitude S (19 42 32,1 ) e longitude WO (44 33 34,7 ), em local separado das demais unid ades. A ETE foi construída com capacidade para receber uma vazão de esgotos de 2,3 L/s. O sistema de tratamento adotado na ETE era composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento e desarenador; um reator UASB; um queimador de

445 gás; um filtro biológico percolador; dois leitos para escoamento superficial de esgoto no solo; e dois leitos de secagem. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Principal. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Principal Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 No momento da visita, a estação encontrava-se inoperante devido às obras de revitalização da ETE Principal que iriam ser iniciadas. No entanto, não havia data prevista para o início das obras. Foi informado que a ETE operou apenas nos anos de 2003 e 2004, e que todo o esgoto e o lodo, proveniente das fossas sépticas, eram lançados no córrego Sudão. Na data da visita, a ETE Principal estava fora de operação. A área da unidade de tratamento preliminar não estava cercada e o esgoto estava sendo lançado diretamente no solo, percolando superficialmente até o córrego Sudão, a 300 m de distância da unidade. No local do tratamento preliminar havia presença de animais de pastagem. Foi verificado também que não havia esgoto e lodo no interior do reator UASB e do filtro biológico percolador, pois ambos haviam sido removidos e lançados no córrego Sudão para a desativação da estação.

446 Além disso, o paisagismo da ETE Principal era inadequado e havia pontos em que a cerca estava danificada. Foi verificado também que um dos leitos de secagem do lodo não estava impermeabilizado e que havia vestígios de queima no seu interior. A tubulação que conduzia o efluente para o leito de escoamento superficial estava quebrada em uma das rampas e na outra a tubulação era inexistente, e não havia os canais coletores na parte inferior das rampas de tratamento para a coleta do efluente. Conforme foi informado na visita, quando a ETE estava em operação, o lançamento de efluente tratado era realizado no córrego Sudão. Porém o engenheiro não soube informar o local que era feita a disposição final do lodo. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Principal não possuía regularização ambiental. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP082, que está localizada no rio Paraopeba, na localidade de São José, em Esmeraldas. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas superficiais do rio Paraopeba. No 3 trimestre de 2 010, o valor do IQA no ponto de coleta BP082 apresentado foi de 60, que o classifica como índice de qualidade Médio (50 < IQA 70) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no rio Paraopeba, que influenciam diretamente no valor de IQA, são: o lançamento de esgoto sanitário, o lançamento de efluente industrial, a expansão urbana e a agricultura (IGAM, 2010). A ETE Principal, que está atualmente fora de operação, caso retome as suas atividades operando em boas condições, pode vir a se tornar um fator de influência na elevação do valor do IQA do rio Paraopeba no ponto BP082.

447 Figura 2 Vista geral da área do tratamento preliminar Figura 3 Vista geral da área da ETE Figura 4 Tratamento preliminar Figura 5 Esgoto in natura lançado no solo Figura 6 Animais na área do tratamento preliminar Figura 7 Interior do reator UASB

448 Figura 8 Filtro biológico percolador Figura 9 Paisagismo inadequado Figura 10 Cerca danificada Figura 11 Leitos de secagem e vestígios de queima em seu interior

449 Figura 12 Tubulação rompida Figura 13 Inexistência de canais de coleta na rampa de tratamento ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de São José da Varginha está enquadrado na classe Muito ruim, pois alcançou peso final 6. Esse peso foi obtido no indicador PC. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de São José da Varginha está classificado no grupo 7. O município não está atendendo à referida DN, pois não realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, o município tem o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de São José da Varginha não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida e não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana.

450 Sarzedo i - Diagnóstico O município de Sarzedo, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 25.798 habitantes, sendo que 25.516 habitantes correspondem à população urbana e 5.192 à população rural. O município encontra-se totalmente inserido na BHRP, mais precisamente na região do MRP, e não possui distritos, conforme o IBGE (2007). Em visita realizada ao município em abril de 2011, para levantamento da situação dos serviços esgotamento sanitário, foi informado que o município de Sarzedo possuía rede coletora, interceptores, fossas negras, fossas sépticas, elevatória e uma ETE, construída com recursos da própria prefeitura. Na data da visita, o percentual da população urbana atendida por rede coletora era de 75% e o percentual da população urbana atendida por tratamento de esgotos era de 22%, segundo declarado pelo diretor municipal de departamento de Sarzedo O lançamento do esgoto não tratado no município era realizado no córrego Malongo. A titularidade dos serviços de esgotamento sanitário havia sido recentemente concedida à COPASA. A concessão ocorreu no dia 01 de abril de 2011. ETE Sarzedo A ETE Sarzedo está localizada na latitude S (20 01 48,2 ) e longitude WO (44 09 13,8 ) e, conforme foi informado, a COPASA pretende desativá-la e construir uma nova estação. Na data da visita, o sistema de tratamento de esgotos da ETE Sarzedo era composto pelo tratamento preliminar, caracterizado por dois gradeamentos manuais iniciais, que bloqueavam a passagem dos sólidos grosseiros para o bombeamento, e um terceiro gradeamento manual seguido de desarenador; dois reatores UASB; dois filtros anaeróbios; e dois leitos de secagem do lodo. Parte do líquido do lodo

451 biológico gerado era captado, após ser disposto no leito de secagem, e conduzido para o tratamento preliminar. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Sarzedo. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Sarzedo Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita a ETE Sarzedo operava em precárias condições, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 10 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi informado que a vazão de esgoto que é tratada na ETE Sarzedo era de 7,80 L/s, valor superior para o qual ela havia sido projetada. Sendo assim, os reatores UASB e os filtros anaeróbios chegavam a transbordar os efluentes. Além disso, essas unidades se apresentavam com bastante corrosão e os reatores UASB possuíam apenas dispositivo de saída de gás, sem ocorrer a queima ou o reaproveitamento do mesmo. Alguns dos distribuidores dos reatores UASB encontravam-se colmatados e verificou-se a presença de animais domésticos na estação, o plantio de alguns cultivos e abundante vegetação ao redor do tratamento secundário. O esgoto tratado na ETE Sarzedo era lançado no ribeirão Sarzedo e o ponto de lançamento estava localizado na latitude S (20 01 48,1 ) e longitude WO (44 09

452 17,1 ). Antes do lançamento do efluente da ETE Sarzedo, o mesmo passava por uma filtragem em um pequeno tanque recoberto por pedras brita. Conforme foi informado, a COPASA realizava o monitoramento deste efluente e também de pontos a montante e a jusante do ribeirão Sarzedo. O material gradeado e parte da areia retidos no tratamento preliminar eram dispostos em valas próximas à área da ETE Sarzedo e o lodo, após oito dias no leito de secagem, juntamente com a areia, eram encaminhados para o Horto Florestal da Prefeitura, onde eram utilizados no cultivo de mudas de plantas ornamentais. Conforme foi informado, as pessoas que realizavam o manuseio do lodo no Horto Florestal nem sempre utilizavam luvas. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Sarzedo não possuía regularização ambiental. O projeto Águas de Minas possui a estação de amostragem BP086, que está localizada no ribeirão Sarzedo, próximo à sua foz no rio Paraopeba, município de Mário Campos. Essa estação tem por objetivo realizar o monitoramento da qualidade das águas do ribeirão Sarzedo. No 3 tri mestre de 2010, o valor do IQA no ponto de coleta apresentado foi de 42,9, que o classifica como índice de qualidade Ruim (25 < IQA 50) (IGAM, 2010). Os principais fatores de pressão no ribeirão Sarzedo são: o lançamento de esgoto sanitário, o lançamento de efluente industrial e a atividade minerária, que são principalmente decorrentes dos municípios de Mário Campos e Ibirité (IGAM, 2010). A ETE Sarzedo, classificada como em precárias condições de operação, está localizada a, aproximadamente, 9,32 Km a jusante da estação de amostragem BP086 e a ETE pode ser considerada um fator de influência para a queda do valor do IQA do ribeirão Sarzedo, tendo em vista a sua proximidade com o ponto de amostragem, a sua condição de operação e os fatores de pressão para o curso d água.

453 Figura 2 Tubulação que conduz o esgoto bruto para o córrego Malongo Figura 3 Portão de entrada da ETE Sarzedo Figura 4 Vista geral da unidade de tratamento preliminar Figura 5 Entrada do esgoto na unidade de tratamento preliminar Figura 6 Gradeamento da unidade de tratamento preliminar Figura 7 Gradeamento de proteção do bombeamento na unidade de tratamento preliminar

454 Figura 8 Tubulação que conduz o esgoto da unidade de tratamento preliminar para os reatores UASB Figura 9 Reatores UASB e filtros anaeróbios Figura 10 Terceiro gradeamento, localizado na parte superior dos reatores UASB Figura 11 Desarenador localizado após o gradeamento secundário Figura 12 Distribuidores do reator UASB Figura 13 Dispositivos de saída de gás dos reatores UASB

455 Figura 14 Reatores UASB, ao fundo, e filtros anaeróbios Figura 15 Corrosão nas paredes dos filtros anaeróbios Figura 16 Vista da corrosão na parede dos filtros anaeróbios Figura 17 Leitos de secagem do lodo

456 Figura 18 Disposição temporária do lodo na área próxima aos leitos de secagem Figura 19 Saída da parte líquida do lodo e retorno para a unidade de tratamento preliminar Figura 20 Filtração do efluente da ETE Sarzedo no tanque com britas antes do lançamento no ribeirão Sarzedo Figura 21 Lançamento do efluente da ETE Sarzedo no ribeirão Sarzedo

457 Figura 22 Local de saída de lodo para o solo Figura 23 Plantio de espécies frutíferas na área da ETE Sarzedo Figura 24 Horta na área da ETE Sarzedo Figura 25 Área de cultivo agrícola na área da ETE Sarzedo

458 Figura 26 Presença de animais domésticos na ETE Sarzedo Figura 27 Local de disposição do material gradeado e da areia provenientes da ETE Sarzedo Figura 28 Vista da entrada do Horto florestal do município de Sarzedo Figura 29 Horto florestal do município de Sarzedo ii - Prognóstico Segundo prognosticado pelo IQES (Planilha 3), o município de Sarzedo está enquadrado na classe Ruim, pois alcançou peso final de 31,79. Esse resultado foi obtido pela soma dos pesos obtidos nos seguintes indicadores: PC, PT, Operacionalidade da ETE e Disposição final dos resíduos sólidos da ETE. De acordo com a DN COPAM N 128 de 2008, o municípi o de Sarzedo está classificado no grupo 7. O município não está atendendo à referida DN, pois não

459 realizou o cadastro do Relatório Técnico até março de 2009. Contudo, o município tem o prazo de até março de 2017 para obter a AAF de sua ETE e atender a 80% da população urbana com um sistema de tratamento de esgoto cuja eficiência corresponda a 60%. Com relação aos dados do quarto trimestre de 2010 do ICMS Ecológico, o município de Sarzedo não recebe a verba vinculada a esse imposto, porque o município não possui ETE com regularização ambiental válida e não possui sistema de tratamento de esgoto sanitário que atenda a, no mínimo, 50% da população urbana. Sete Lagoas i - Diagnóstico O município de Sete Lagoas, segundo dados do IBGE (2010), possui população total de 214.071 habitantes, sendo que 208.879 habitantes correspondem à população urbana e 5.192 habitantes à população rural. Sete Lagoas encontra-se parcialmente inserida na BHRP, mais precisamente na região do BRP e não apresenta distritos (IBGE, 2007). A sede do município encontra-se fora da BHRP. Em visita realizada ao município em fevereiro de 2011, para levantamento da situação dos serviços de esgotamento sanitário, diagnosticou-se que o município possuía infraestrutura disponível de rede coletora, interceptores, elevatória, fossas sépticas e seis ETE s: ETE Monte Carlo, ETE Tamanduá, ETE Jardim Primavera, ETE Cidade de Deus, ETE Iporanga II e ETE Barreiro. A titularidade do serviço de esgotamento sanitário do município era do SAAE. O percentual de população urbana atendida por rede coletora de esgoto era de 99% e o percentual de população urbana atendida por tratamento de esgoto era de 8%, conforme foi declarado pelo secretário municipal de Sete Lagoas na visita ao município.

460 O lodo proveniente das fossas sépticas era recolhido e lançado no PV de entrada da ETE Cidade de Deus. ETE Monte Carlo Número do processo no COPAM: 04841/2008/001/2008 A ETE Monte Carlo está localizada na latitude S (19 26 55,0 ) e longitude WO (44 12 34,6 ) e foi projetada para atender uma população de 2.740 habitantes, tratando uma vazão média final de esgotos de 3,45 L/s. O sistema de tratamento de esgoto da ETE Monte Carlo era composto pelo tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento e dois desarenadores; fossa séptica; e filtro anaeróbio. A estação apresentava casa de apoio. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Monte Carlo. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Monte Carlo Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Devido à dificuldade de acesso ao local do lançamento do efluente da ETE, e ao funcionário do SAAE não saber o ponto exato onde ele era feito no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento no córrego Matadouro era adequado. Na data da visita a ETE Monte Carlo operava em condições precárias, pois a ETE não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 4 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE.

461 Devido à dificuldade de acesso ao filtro anaeróbio não foi possível verificar se havia efluente no seu interior. Além disso, o paisagismo da ETE era inadequado e havia RSU s dispostos na área da estação. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Monte Carlo possuía AAF válida até agosto de 2012. Figura 2 Vista geral da ETE da Monte Carlo Figura 3 Afluente dentro do tratamento preliminar Figura 4 Afluente dentro da fossa séptica Figura 5 Paisagismo inadequado e presença de lixo na área da estação

462 ETE Tamanduá Número do processo no COPAM: 04846/2008/001/2008 A ETE Tamanduá está localizada na latitude S (19 2 7 01,4 ) e longitude WO (44 11 51,0 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego Matadouro. Conforme informado pelo SAAE, a ETE Tamanduá foi projetada para atender uma população de 1.300 habitantes, recebendo uma vazão média final de esgotos de 3,45 L/s. O sistema de tratamento de esgoto da ETE era composto pelo tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento e dois desarenadores; tanque séptico; e filtro anaeróbio. A estação possuía uma casa de apoio. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Tamanduá. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Tamanduá Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita a ETE Tamanduá operava em precárias condições, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 3 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi verificado que havia grande quantidade de material retido no gradeamento, apesar da ausência de algumas grades que compõem a unidade. Além disso, as comportas dos dois desarenadores estavam fechadas.

463 Foi observado também que a vazão afluente ao sistema de tratamento era baixa, em comparação à vazão que estava saindo próximo ao PV de saída, sem passar pelo tratamento. O esgoto bruto percolava no solo até o corpo receptor, percorrendo aproximadamente 150 m de distância. Além disso, o paisagismo da ETE era inadequado, o portão de entrada da estação não tinha tranca e havia grande quantidade de RSU s e vestígios de animais no local. Foi informado pelo funcionário do SAAE que o antigo operário da estação tinha criação de galinhas no local. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Tamanduá possuía AAF válida até agosto de 2012. Figura 2 Vista da entrada da ETE Tamanduá Figura 3 Vista do tratamento preliminar da ETE Tamanduá Figura 4 Paisagismo inadequado Figura 5 Local da criação de galinhas

464 Figura 6 Gradeamento Figura 7 Desarenador Figura 8 PV de saída com efluente transbordando Figura 9 Efluente percolando no solo Figura 10 Ponto de encontro do efluente com o corpo hídrico receptor

465 ETE Jardim Primavera Número do processo no COPAM: 12988/2008/001/2008 A ETE Jardim Primavera está localizada na latitude S (19 25 41,1 ) e longitude WO (44 12 32,6 ). Conforme foi informado pelo SAAE, a ETE Jardim Primavera foi projetada para atender uma população de 3.000 habitantes, tratando uma vazão média final de esgotos de 5,2 L/s. O sistema de tratamento de esgoto da ETE era composto pelo tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento e desarenador; dois reatores UASB; duas adaptações de filtro biológico percolador; e um decantador secundário. A ETE apresentava uma casa de apoio. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Jardim Primavera. Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Jardim Primavera Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 No momento da visita a ETE Jardim Primavera operava em condições precárias, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 9 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O operador da estação informou que a ETE operava durante 30 minutos por dia, porque a vazão afluente à estação era insuficiente para manter a ETE em operação durante todo o dia. foi possível fazer a verificação do distribuidor de vazão dos reatores UASB porque as tampas estavam fechadas. Além disso, os amostradores de lodo dos

466 reatores UASB não tinham indícios de utilização e a estação não apresentava queimador de gás. Os filtros biológicos percoladores utilizam a própria carga hidráulica dos esgotos para a sua aplicação através dos distribuidores rotativos sobre o meio de suporte (Von Sperling, 2005). No entanto, as adaptações de filtro biológico percolador da ETE Jardim Primavera, utilizava distribuidores rotativos binários mecanizados, sendo que um dos distribuidores mecanizados apresentava-se defeituoso. Além disso, a tubulação que conduzia os esgotos para o distribuidor central do filtro estava rompida, de modo que a distribuição dos esgotos no filtro ocorria de forma pontual. Nas duas adaptações de filtros biológicos percoladores não havia o leito de material grosseiro, que serve como meio de suporte para o crescimento da biomassa. Além das condições precárias de operação, a ETE Jardim Primavera apresentava paisagismo inadequado, vestígios de queima e também entulhos na área da estação. O efluente da ETE Jardim Primavera era lançado no córrego Matadouro. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento, e pelo fato do operador da estação não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Jardim Primavera possuía AAF válida até novembro de 2012.

467 Figura 2 Vista geral da ETE Jardim Primavera Figura 3 Interior da casa de apoio Figura 4 Distribuidor do reator UASB fechado Figura 5 Amostrador do reator UASB Figura 6 Ausência do leito de material grosseiro do filtro biológico percolador Figura 7 Tubulação desconectada do filtro biológico percolador

468 Figura 8 Vestígios de queima Figura 9 Entulho na área da ETE ETE Cidade de Deus A ETE Cidade de Deus, também conhecida como ETE Areias, está localizada na latitude S (19 26 16 ) e longitude WO (44 11 2 5,7 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego Matadouro. Conforme foi informado pelo SAAE, a ETE Cidade de Deus foi projetada para atender uma população de 5.000 habitantes. O sistema de tratamento de esgoto da ETE era composto por tratamento preliminar, três reatores UASB, filtro aeróbio e três leitos de secagem. A estação apresentava uma casa de apoio. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Cidade de Deus.

469 Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Cidade de Deus Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita à estação a ETE Cidade de Deus operava em precárias condições, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 4 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. O tratamento preliminar da ETE Cidade de Deus está localizado na latitude S (19 26 30,3 ) e longitude WO (44 20 03,8 ) e, devi do ao paisagismo inadequado da estação, não foi possível identificar as suas unidades e verificar as suas condições de operação. Os esgotos sanitários estavam passando apenas pelo tratamento preliminar e eram lançados no corpo hídrico receptor. Além disso, havia grande quantidade de vegetação nos três leitos de secagem da estação, o cercamento da ETE estava danificado e havia vestígios de animais e de moradores na casa de apoio. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da estação, e pelo fato de o funcionário do SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo feito de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Cidade de Deus não possuía regularização ambiental para operação.

470 Figura 2 Vista dos reatores UASB da ETE Cidade de Deus Figura 3 Vista da casa de apoio da ETE Cidade de Deus Figura 4 Vista frontal do tratamento preliminar da ETE Cidade de Deus Figura 5 Vista lateral do tratamento preliminar da ETE Cidade de Deus Figura 6 Vestígios de animais Figura 7 Vestígios dos antigos moradores na casa de apoio

471 Figura 8 Leitos de secagem ETE Iporanga II Número do processo no COPAM: 04845/2008/001/2008 A ETE Iporanga II está localizada na latitude S (19 29 18,5 ) e longitude WO (44 14 01,9 ) e, na data da visita, o efluente da estação era lançado no córrego do Machado. Conforme informado pelo SAAE, a ETE Iporanga II foi projetada para atender uma população de 2.500 habitantes, tratando uma vazão média final de esgotos de 4,60 L/s. O sistema de tratamento de esgoto da ETE era composto por tratamento preliminar, caracterizado por gradeamento, dois desarenadores e vertedor; fossa séptica; e filtro anaeróbio. A Figura 1 apresenta o fluxograma do sistema de tratamento da ETE Iporanga II.

472 Figura 1 Fluxograma do sistema de tratamento da ETE Iporanga II Fonte: Adaptado de von Sperling, 2005 Na data da visita a ETE Iporanga II operava em condições precárias, pois não executava os procedimentos operacionais inerentes ao seu tipo de tratamento e apresentou 2 itens mínimos, quantia insuficiente de itens míninos esperados em uma ETE. Foi observada grande quantidade de material retido no gradeamento, de forma que havia vegetação crescendo no material gradeado. Além disso, os dois desarenadores estavam com as comportas de saída fechadas e havia acúmulo de esgotos no interior deles. foi possível verificar o estado de funcionamento do tanque séptico, pois os dois pontos para verificação e limpeza do tanque estavam difíceis de serem abertos devido à ferrugem. Foi observado ainda um rompimento na tubulação do PV de entrada e, por isso, a vazão de esgotos afluente à ETE era pequena. A maior parte dos esgotos estava percolando no solo até o corpo hídrico receptor. Nessa área havia animais de pastagem. O paisagismo da estação estava inadequado e havia vestígios de animais no local. O funcionário do SAAE, que acompanhou a visita, não soube informar a periodicidade de limpeza da ETE e o local de disposição final dos resíduos gerados durante o tratamento dos esgotos. Devido à dificuldade de acesso ao local de lançamento do efluente da ETE, e pelo fato do funcionário da SAAE não saber informar o ponto exato do lançamento no

473 corpo hídrico, não foi possível verificar se o lançamento estava sendo realizado de forma adequada. Segundo pesquisa realizada no SIAM em junho de 2011, a ETE Iporanga II possuía AAF válida até agosto de 2012. Figura 2 Vista da ETE Iporanga II Figura 3 Gradeamento Figura 4 Desarenador Figura 5 Área posterior ao desarenador

474 Figura 6 Paisagismo inadequado Figura 7 Vestígios de animais na área da ETE Figura 8 Tubulação rompida Figura 9 Esgoto percolando no solo