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Regência: 1831-1840 Professor Ulisses Mauro Lima 1. Questão: Esta batalha vamos vencer. Después alguém conta a noticia para Bento Gonçalves, lá no Rio de Janeiro, para alegrá-lo um pouco em seus pesares. O tio há de apreciar essa vitória. Uma vitória macanuda. Os imperiais estão fugindo feito formigas. WIERZCHOWSKI, Letícia. A casa das sete mulheres. 5. cd. Record, 2003, p.149. O texto lembra: (a) Cabanagem; (b) Revolução Federalista; (c) Sabinada; (d) Balaiada; (e) Revolução Farroupilha. 2. Questão: Como elemento comum aos vários movimentos insurrecionais que marcaram o período regencial [1831-1840], destacase: a) a oposição ao regime monárquico; b) a defesa do regime republicano; c) o repudio a escravidão; d) o confronto com o poder centralizado; e) o boicote ao voto censitário. 3. Questão: A unidade territorial brasileira foi posta a prova no Período Regencial com revoltas armadas, tais como: a] Balaiada, Revolução Praieira, Revolta da Cisplatina; b] Guerra dos Farrapos, Balaiada, Sabinada; c] Revolução Praieira, Confederação do Equador, Sabinada; d) Noite das Garrafadas, Balaiada, Revolta da Armada; e) Guerra dos Emboabas, Revolução Praieira, Balaiada. 4. Questão: Associe as afirmações apresentadas na coluna superior com os movimentos sociais ocorridos na primeira metade do século XIX referidos na coluna inferior. 1. Cabanada 2. Sabinada 3. Cabanagem 4. Balaiada ( ) Foi uma revolta de caráter antiregencial e federalista, contando com o apoio das camadas medias e baixas da sociedade, que queriam manter a Bahia independente ate a Maioridade de D. Pedro II. ( ) Iniciou como um movimento da elite paraense contra a centralização política. Transformou-se numa rebelião popular de índios e camponeses que chegou a tomar o poder durante quase um ano. ( ) Foi um movimento popular de caráter restaurador ocorrido em Pernambuco e Alagoas. Os revoltosos defendiam o retorno de D. Pedro I e eram favoráveis a recoionização do Brasil. A seqüência correta de preenchimento dos parênteses de cima para baixo é: a) 1-2-4 b) 1-3-4 c) 4-1-2 d) 4-2-1 e) 2-3-1 5. Questão: Leia atentamente as afirmações abaixo sobre a Guerra dos Farrapos e assinale a alternativa correta. I. Foi a mais longa Guerra Civil do Brasil. II. Constituíram-se, em meio à luta, das efêmeras Republicas: a Juliana, em Santa Catarina, e a Piratini, no Rio Grande do Sul.

III. Entre os participantes desse movimento estava a "heroína de dois mundos", a republicana revolucionaria Ana Maria de Jesus Ribeiro - Anita Garibaldi. IV. Trata-se de uma revolução de caráter popular em que as elites foram postas a margem durante todo o processo. V. O desfecho da revolução foi sangrento. Não houve concessões nem anistia aos Farrapos. Todos foram executados. (a) Apenas I, II e III estão corretas. (b) Apenas II, III e IV estão corretas. (c) Apenas II, IV e V estão corretas. (d) Apenas III, IV e V estão corretas. (e) Todas as afirmações estão corretas. 6. Questão: Em 1838, o deputado Bernardo Pereira Vasconcelos escrevia: Fui liberal então a liberdade era nova para o país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas idéias práticas; o poder era tudo, fui liberal. Hoje, porém, e diverso o aspecto da sociedade; os princípios democráticos tudo ganharam e muito comprometeram [...] O texto se reporta: (a) ao Ato Adicional, a instabilidade política dele decorrente e as constantes ameaças de fragmentação do território. (b) ao Golpe da Maioridade, estratégia usada pelos liberais, que favoreceu o grupo de políticos palacianos. (c) ao declínio do império, abalado pelas crises militar e da abolição. (d) crise sucessória portuguesa e a conseqüente abdicação de Pedro I. (e) ao Ministério da Conciliação, marcado pela estabilidade econômica e pela aliança entre liberal e conservadores. 7. Questão: O período da História do Brasil entre 1831 e 1840, conhecido como período regencial e cujas datas correspondem respectivamente a abdicação e a maioridade de D. Pedro II, tem como um de seus traços marcantes: (a) a constante luta das correntes liberal contra o sistema escravista e a monarquia. (b) a perda da influencia da economia inglesa sobre o Brasil, devido à crise da produção algodoeira no Egito e na Índia. (c) O aumento do comercio de produtos primários de exportação, superando a crise do Primeiro Reinado. (d) o rompimento definitivo dos laços com Portugal, em virtude da ascensão dos liberal ao poder. (e) a instabilidade política e social, decorrente de numerosos movimentos revolucionários. 8. Questão: Associe os acontecimentos e medidas políticas do Brasil Império listados na coluna 1 com as respectivas conjunturas políticas constantes na coluna 2. Coluna 1 1. Avanço Liberal 2. Regresso Conservador Coluna 2 [ ]aprovação do Código de Processo Criminal [ ] criação da Guarda Nacional [ ] definição dos partidos políticos imperiais [ ] aprovação do Ato Adicional [ ] Lei de Interpretação do Ato Adicional A seqüência numérica correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, e a) 1-1-2-2-1 b) 1-2-1-2-1 c) 1-1-2-1-2 d) 2-1-2-1-2 e) 2-2-1-1-2 9. Questão: O período Regencial da Hist6ria do Brasil durou de 1831 a 1840. Sobre o mesmo, pode-se afirmar corretamente que:

(a) o Governo Regencial não estava previsto no texto da constituição e foi uma improvisação política, necessária devido a renuncia de D. Pedro I. (b) das guerras civis que eclodiram no período, a Cabanagem foi a que mais teve a participação das elites regionais. (c) apresentou grande instabilidade política, nele ocorrendo o perigo de fragmentação territorial, decorrente das varias guerras civis. (d) durante o período foi alterada a constituição, o que permitiu a substituição da forma unitária do Estado pela forma denominada federação. (e) a criação da Guarda Nacional para a manutenção da ordem pública foi obra do Regente Uno Pedro de Araujo Lima. 10. Questão: Sobre as revoltas do Período Regencial [1831-1840], e correto afirmar que: (a) indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional. (b) algumas, como a Farroupilha [RS] e a Cabanagem [PA], foram organizadas pelas elites locais e não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos. (c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder militar da Independência do país até o início do Segundo Reinado. (d) a Revolta dos Males [BA] e a Balaiada [MA] foram as únicas que colocaram em risco a ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias. (e) expressavam o grau de instabilidade política que se seguiu a abdicação, o fortalecimento das tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais. 11. Questão: O Período Regencial, compreendido entre 1831 e 1840, foi marcado por grande lnstabilidade, causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por inúmeras revoltas, que assumiram características bem distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse movimento: (a) contou com a participação de segmentos sertanejos vaqueiros, pequenos proprietários e artesãos - opondo-se aos bem te vis, em luta com os negros escravos rebelados, que buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade; (b) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios [sertanejos] aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes; (c) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos [conservadores] a bem te vis [liberais], aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do Negro Cosme, dando características populares ao movimento; (d) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da Republica e pelo controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha - então monop61io dos bem te vis -, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade; (e) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império de reintegrar, na vida da província, todos os que haviam participado do movimento. 12. Questão: A abdicação de D. Pedro I em 1831 deu início ao chamado período regencial, sobre o qual se pode afirmar: I. As elites nacionais reformaram o aparato institucional de modo a estabelecer maior descentralização política. II. Foi um período convulsionado por revoltas, entre elas, a Farroupilha e a Sabinada. III. D. Pedro II sucedeu ao pai e impôs, logo ao assumir o trono, reformas no regime escravista. IV. O exercício do Poder Moderador pelos regentes e pelo Exercito conferia estabilidade ao regime. As afirmativas corretas são: (a) I e II (b) I, II e III (c) I e III (d) II, III e IV (e) II e IV 13. Questão: No Brasil independente, os seis anos que separam o Ato Adicional [1834] da Maioridade [1840] foram chamados de "experiência republicana", devido:

(a) ao caráter das revoltas intituladas Cabanagem, Balaiada e Sabinada. (b) aos primeiros anos da revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul. (c) a forca do Partido Republicano na Câmara dos Deputados. (d) a extinção da monarquia durante a menoridade de D Pedro II. (e) as Assembléias Legislativas Provinciais e a eleição do Regente Uno. 14. Questão: Das afirmativas abaixo, referentes ao Período Regencial no Brasil, assinale a CORRETA: a~ Ocorreram vários movimentos e revoltas que não se enquadravam em um único propósito, pois cada um resultava de realidades regionais específicas e de grupos sociais distintos. b} A unidade política e territorial deste período visou a superação da crise econômica que se arrastava desde o período colonial, tendo como conseqüência o abandono da vocação agrícola brasileira. O período regencial foi um dos mais agitados da hist6ria política brasileira ate então, durante o qual surgiram vários partidos políticos que representavam os setores sociais revoltosos. A ausência de instabilidade política, neste período, devia-se ao rigor das políticas regenciais diante do federalismo e da centralização administrativa. O liberalismo, marca do período regencial, incentivou a participação popular e, ao mesmo tempo, fortaleceu o poder das oligarquias sulistas e nortistas. 15. Questão: Documentos inéditos descobertos na Inglaterra relatam que, apenas 13 anos depois de proclamada a Independência, o governo brasileiro pediu auxílio militar às grandes potências da época - Inglaterra e França, - para reprimir a Cabanagem [...] no Para. [...] Em 1835, o regente Diogo Antônio Feijó reuniu-se secretamente com os embaixadores da França, a e da Grã- Bretanha. Durante a reunião, Feijó pediu ajuda militar, de 300 a 400 homens para cada um dos países, no intuito de ajudar o governo central brasileiro a acabar com a rebelião. Luis Indriunas, Folha de S. Paulo, 13.10.1999. A partir das informações apresentadas pelos documentos encontrados, e correto afirmar que o período regencial: (a) foi marcado pela disputa política entre regressistas e progressistas, que defendiam, respectivamente, a escravidão e a imediata abolição da escravatura. (b) pode ser considerado parte de um momento especial de construção do Estado nacional no Brasil, durante o qual a unidade territorial esteve em perigo. (c) não apresentou grande preocupação por parte das autoridades regenciais e nem da aristocracia rural, apesar das inúmeras rebeliões espalhadas pelo país. (d) teve como característica marcante a ampliação da participação popular por meio do voto universal e da criação do Conselho de Representantes das Províncias do Império. (e) teve como momento mais importante a aprovação do Ato Adicional de 1834, que estabeleceu medidas políticoadministrativas voltadas para a centralização política. 16. Questão: Dentre os fatores que levaram os gaúchos a proclamar a Republica Rio-Grandense, durante a Revoluc30 Farroupilha, e correto apontar (a) a pressão exercida pelas potencias estrangeiras, que se opunham ao regime monárquico brasileiro; os altos impostos cobrados pelo império; e a proibição do contrabando de gado, extremamente prejudicial aos gaúchos. (b) os acordos alfandegários feitos pelo governo imperial com potencias estrangeiras prejudiciais a economia nacional; os altos impostos cobrados pelo império; e a permissividade em relação ao contrabando, o que era prejudicial aos interesses rio-grandenses. (c) a execução de leis de caráter liberal, contrárias aos interesses do povo; a falta de investimento publico no setor industrial; e a proteção excessiva das riquezas naturais do solo, buscando preservar a vegetação do pampa, o que prejudicava a economia gaúcha. (d) a pressão exercida por potencias estrangeiras contra o excessivo livre-cambismo brasileiro; o incentivo a terceirização da manufatura do couro; e a proibição do contrabando, o que prejudicava os produtores gaúchos na concorrência com os produtores platinos, devido ao aumento dos seus custos de produção.

(e) a execução de leis de caráter liberal, contrarias aos interesses do povo; os acordos favoráveis ao trafico negreiro, celebrados entre o Brasil e potências estrangeiras; e a necessidade de elevar os impostos para favorecer o desenvolvimento da pecuária, o que prejudicava o setor industrial gaucho. 17. Questão: No governo do regente Araujo Lima [1837-1840] foi aprovada a Lei de Interpretação ao Ato Adicional Esta lei: (a) modificava alguns pontos centrais da Constituição vigente, extinguindo o Conselho de Estado, mas conservando o Poder Moderador e a vitaliciedade do Senado. (b) buscava a centralização como forma de enfrentar os levantes provinciais que ameaçavam a ordem estabelecida, limitando os poderes das Assembléias Legislativas Províncias. (c) criava o Município Neutro do Rio de Janeiro, território independente da Província, como sede da administrac30 central, propiciando a centralização política. (d) revelava o caráter liberal dos Regentes, suspendendo c exercício do Poder Moderador pelo governo, eixo da centralização política no Primeiro Reinado. (e) restabelecia os poderes legislativos dos Conselhos Municipais, colocando nas mãos dos conselheiros o direito de governar as Províncias. 18. Questão: Valorizava-se novamente o município, que fora esquecido e manietado durante quase dois séculos. Resultava a nova lei na entrega aos senhores rurais de um poderoso instrumento de impunidade criminal, a cuja sombra renascem os bandos armados restaurando o caudilhismo territorial [...]. O conhecimento de todos os crimes, mesmo os de responsabilidade [...], pertencia a exclusiva competência do Juiz de Paz. Este saía da eleição popular, competindo-lhe ainda todas as funções policiais e judiciárias: expedições de mandatos de busca e seqüestro, concessão de fianças, prisão de pessoas,..." Em relação ao período regencial brasileiro, o texto refere-se: a) ao Ato Adicional; b) a Lei de Interpretação; c) ao Código de Processo Criminal; d) criação da Guarda Nacional; e) a instituição do Conselhos de Províncias. 19. Questão: O texto a seguir refere-se ao período da política regencial no Brasil. A Câmara que se reunia em 1834 trazia poderes constituintes para realizar a reforma constitucional prevista na lei de 12 de outubro de 1832. De seu trabalho resultou o Ato Adicional publicado a 12 de agosto de 1834 [...] O programa de reformas já fora estabelecido na lei de 12 de outubro, o Senado já manifestara sua concordância em relação ao mesmo e só havia em aberto, questões de pormenor. No decorrer das discussões poder-se-ia fixar o grau maior ou menor das autonomias províncias, mas já havia ficado decidido que não se adotaria a monarquia federativa, o que marcava como que um teto a ousadia dos constituintes. CASTRO, P. de. A experiência republicana, 1831-1840. In: HOLANDA, S. B. de. Historia Geral da Civilização Brasileira." v. 4. São Paulo: Difel, 1985, p.37. a) Cite duas reformas instituídas pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834. b)aponte a razão pela qual se costuma dizer que a Regência correspondeu a uma "experiência republicana". 20. Questão: Leia o texto a seguir. Freqüentemente, os liberais reformistas propunham as reformas e os conservadores as implementavam. CARVALHO, Jose Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 224. Os conservadores e os liberais, citados anteriormente, foram protagonistas de um sistema político engenhoso, que funcionava ao modo de uma monarquia parlamentar, de um lado garantindo a estabilidade política do País, a partir da defesa da "ordem" e da "civilização", de outro retardando reformas necessárias, como a abolição. A partir dessas informações e dos seus conhecimentos, responda as questões propostas.

a) Cite dois grupos que compuseram cada um desses dois partidos [Partido Conservador e Partido Liberal] b) Apresente uma razão pela qual padres e soldados tiveram sua ação política limitada durante a Regência e o Segundo Reinado 21. Questão: Rebeldes, verdadeiros ou supostos, eram procurados por toda parte e perseguidos como animais ferozes! Metidos em troncos e amarrados, sofriam suplícios bárbaros que muitas vezes lhes ocasionavam a morte. Houve ate quem considerasse como padrão de glória trazer rosários de orelhas secas de cabanos. Relato de Domingos Raiol acerca da repressão a Cabanagem. Reverendo! Precedeu a este triunfo derramamento de sangue brasileiro. Não conto como troféu desgraças de concidadãos meus, guerreiros dissidentes, mas sinto as suas desditas e choro pelas vitimas como um pai pelos seus filhos. Vá Reverendo, vá! Em lugar de Te Deum, celebre uma missa de defuntos, que eu, com meu Estado Maior e a tropa que na sua Igreja couber, irei amanha ouvi-la, por alma dos nossos irmãos iludidos que pereceram no combate. Pronunciamento do Barão de Caxias acerca da comemoração da vitoria sobre os farroupilhas. Os textos apresentam testemunhos sobre a repressão empreendida pelos dirigentes do governo a duas revoltas ocorridas no Império do Brasil: a Cabanagem [Grão-Pará, 1835-1840] e a Farroupilha [Rio Grande do Sul, 1835-1845]. A partir da analise desses testemunhos: a) IDENTIFIQUE os segmentos sociais predominantes na Cabanagem e na Farroupilha. b) EXPLIQUE por que os dirigentes do Estado Imperial trataram de forma diferenciada os rebeldes envolvidos na Cabanagem e na Farroupilha. GABARITO 1. E 2. D 3. B 4. E 5. A 6. A 7. E 8. C 9. C 10. E 11. C 12. A 13. E 14. A 15. B 16. B 17. B 18. C 19. A) Extinção do Conselho de Estado, substituição da Regência Trina pela Regência Una, criação de Assembléias Legislativas nas províncias. b) Maior autonomia provincial durante o período, conferida, sobretudo, pela criação de Assembléias províncias, mas também a renovação periódica do Regente, por meio de votação. O governo regencial

representou uma vitoria dos liberais moderados, que avançaram algumas propostas descentra listas de governo. Mas apesar de derrotados, algumas das propostas dos exaltados foram ao menos parcialmente contempladas. Entre elas esta a autonomia provincial. Ora, o modelo de republica que estes exaltados tinham na cabeça era precisamente o modelo americano, que punha uma ênfase forte na autonomia das unidades federativas. Assim, apesar de não se tratar de uma federação, tal como a americana, alguns autores tem falado em "experiência republicana" para se referir a algumas das conquistas dos exaltados/republicanos durante a Regência, inclusive o autor citado, Paulo P. de Castro. 20. A) O partido Conservador congregava os proprietários de terra ligados ao setor exportador e burocratas, em grande parte, magistrados, de importância na consolidação do Estado brasileiro, devido a sua ação em prol da centralização administrativa. O Partido Liberal reunia proprietários ligados ao mercado interno e as áreas recentes de colonização e profissionais liberais, na sua maioria advogados, professores, jornalistas, médicos e engenheiros. B) Os limites a atuação política de padres e soldados podem ser explicados pelo fato de: - A Constituição de 1824, por unir a Igreja ao Estado, conferindo ao ultimo o poder de nomear os bispos e a responsabilidade de pagar os salários dos padres, a deterioração do ensino religioso e do clero e a situação financeira dos seminários maiores, colocava os religiosos sob a dependência e a autoridade do Estado. - Os soldados, aceitos na véspera e após a independência, pela oposição aos oficiais e comerciantes portugueses, foram descartados na Regência, com a criação da Guarda Nacional, por Feijó. O histórico de participação desses militares em movimentos de cunho popular atemorizava as elites. Com o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, reativaram a ação política. 21. A) - na Cabanagem, a população pobre, composta majoritariamente por mestiços de índios, que vivia em cabanas as margem dos rios da região; - na Farroupilha, a elite proprietária, formada por estancieiros e charqueadores, e os segmentos dela dependentes. B) Para os governantes imperiais, a revolta dos cabanos - vistos como bárbaros que impediam a propagação da ordem e da civilização - ameaçava a integridade territorial do Império. Os farroupilhas protagonizaram a mais longa revolta do Império. O governo imperial temia uma possível aliança entre a região do Prata e os estancieiros e charqueadores proprietários de escravos e de terras da região meridional do Império, já que estes mantinham com aqueles intensas relações. Assim sendo, a forma pela qual se procedeu a pacificação do Rio Grande do Sul visava a cooptação da elite proprietária local, cujo apoio seria de fundamental importância a consecução de uma política mais agressiva por parte do Estado imperial em relação aos países platinos, que veio a se consubstanciar a partir da década de 1850.