O Magnata. Gullane Filmes apresenta. www.omagnata.com.br. Escrito por Chorão Dirigido por Johnny Araújo



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Transcrição:

Gullane Filmes apresenta O Magnata Escrito por Chorão Dirigido por Johnny Araújo Com Paulo Vilhena Rosane Mulholland Maria Luisa Mendonça e Chico Diaz Uma produção Gullane Filmes Co-produção Miravista Distribuição Buena Vista Internacional www.omagnata.com.br

SINOPSES Sinopse curta Bonito, rico, ídolo do rock, com o mundo a seus pés. O Magnata tem tudo o que um jovem pode querer: amigos, dinheiro, garotas, sucesso. Com tanto poder e liberdade nas mãos, é também um rapaz arrogante e que não mede a conseqüência dos seus atos. Até que um dia ele vai longe demais com os amigos por pura diversão e transforma a sua vida em um pesadelo. Sua vida avança como um carro desgovernado em apenas quatro dias. Bem no momento em que ele conhece o amor e pode mudar a sua vida graças à paixão por uma garota, Dri. Ele terá tempo de consertar os seus erros, ou será tarde demais? Sinopse longa Bonito, rico, famoso, estrela do rock, popular entre os amigos, sucesso entre as garotas. O Magnata tem tudo o que um jovem pode sonhar, e não conhece limites para aquilo que quer. Com a turma do skate Chivits, Bob Burnquist, Cabeça, Ricardinho ou com a banda de punk rock, ele é sempre o centro das atenções. Rebelde e prepotente, ele sabe o preço de tudo, mas não conhece o valor de nada. Sua Consciência, uma espécie de grilo-falante que acompanha e narra a história, não tem muito do que se ocupar e só sabe fazer ironias sobre as ações do seu dono. Se existe um problema na sua vida, é a mãe, Vilma, uma mulher desiludida que passa os dias a beber. O pai morreu quando ele ainda era criança, e o Magnata vive com ela entre brigas e discussões violentas, numa relação cheia de ódio e ressentimento. 2

Um dia, uma brincadeira perigosa entre amigos vira um grande pesadelo. Em quatro dias, a vida do Magnata vira um carro desgovernado que pode capotar a qualquer momento. Mas os quatro piores dias da vida do Magnata são também os seus dias de conhecer o amor. Ele encontra Dri, uma garota que acaba de voltar de Nova York, e pela primeira vez se apaixona de verdade por uma menina com quem ele fica. Aos poucos, Dri pode tornar o Magnata um cara menos egocêntrico e mais humano. Mas terá pouco tempo pra isso. O Magnata teve nas mãos a chance de se redimir dos erros, mas agora que as coisas saíram do controle, pode ser tarde demais... Apresentação Baseado em uma idéia original de Chorão, compositor e vocalista da banda Charlie Brown Jr, O Magnata conta a saga do personagem-título, um jovem rico e rebelde de São Paulo, ídolo de uma banda de punk rock, que passa o tempo com a turma de amigos skatistas, em uma vida regada a bebida, drogas e pequenas contravenções. O filme marca a estréia de Johnny Araújo, premiado diretor de clipes da MTV, como cineasta. 3

Desde o início do projeto, O Magnata busca a comunicação com o público jovem por meio de uma linguagem ágil, explorando temas de seu próprio universo, sem tentar ser didático ou informativo, com uma história forte e contundente, que anda a toda a velocidade como um carro desgovernado, e um final sem concessões. Além do lançamento em um grande número de salas, o projeto de O Magnata envolve as mídias mais utilizadas pelo jovem de hoje, por meio da parceria com grandes empresas e marcas. Na televisão, a MTV, canal mais voltado ao público jovem, terá várias ações de divulgação dentro da programação. Na internet, o site do filme, hospedado no portal Universo Online (http://omagnata.uol.com.br), reúne notícias, trailer e conteúdo interativo para os fãs do filme. A Vivo, uma das maiores operadoras de telefonia móvel do país, vai oferecer conteúdo do filme para o celular de seus assinantes. A trilha sonora, composta por Chorão e Apollo Nove e reunindo convidados especiais como MV Bill e João Gordo, será lançada antes mesmo do filme pela EMI. Para dar vida a esse universo imaginado e vivenciado por Chorão, o diretor Johnny Araújo optou por misturar atores profissionais com experiência em cinema e TV, como Paulo Vilhena, Rosane Mulholland, Juliano Cazarré e Murilo Salles, e o que ele chamou de personagens reais : jovens que vivem no universo do skate e do rock, o mesmo universo cantado por Chorão em suas músicas. São pessoas como o grafiteiro Chivits, os skatistas Taroba, Bob Burnquist, Sandro Dias e Iupi e o rapper Radjja, que ajudaram a dar toda a verossimilhança e autenticidade ao mundo de skate, surf e rock n roll do Magnata. Se eu não conseguir fazer com que meus personagens falem a linguagem do jovem de hoje, vou me distanciar do público ao qual esse filme se destina, diz Johnny. Para completar, o filme contou com atores veteranos como Maria Luísa Mendonça (Vilma, a mãe do Magnata), Chico Diaz (Ribeiro) e inúmeras participações especiais, como Marcelo Nova, vocalista do grupo Camisa de Vênus (a Consciência do Magnata), João Gordo, Tiririca e a banda Dead Fish. 4

Um filme que quer mostrar a realidade do jovem das grandes cidades dessa primeira década do século 21 e suas referências no mundo da música e das imagens. DIREÇÃO JOHNNY ARAÚJO No início dos anos 1990, quando trabalhava como montador em uma produtora de comerciais, Johnny Araújo tinha um hobby: pegar uma câmera de vídeo e filmar os shows de bandas nas quais tocavam amigos seus, como Nação Zumbi e Planet Hemp. Em 1997, ele dirigiu um clipe ao vivo de baixíssimo orçamento para o Pavilhão 9 que foi parar na MTV e atraiu a atenção de Chorão, que convidou o novato a dirigir um clipe do Charlie Brown. A parceria deu tão certo que Johnny dirigiu outros seis clipes para a banda, e em pouco tempo se tornou o maior vencedor de prêmios VMB, o Vídeo Music Brasil da MTV, com clipes como Qual É? (Marcelo D2) e Só por uma Noite (Charlie Brown Jr.). 5

Foi a amizade de longa data que fez Chorão pensar em Johnny para a direção de O Magnata, baseado em uma idéia original do músico. Em seu primeiro longametragem, Johnny diz que se preocupou muito com a direção de atores, para trazer mais realismo ao filme. PAULO VILHENA (MAGNATA) Santista como Chorão, Paulo Vilhena, hoje com 28 anos, começou a carreira aos 17 como modelo. Três anos depois, foi escolhido pela Globo para ser o par romântico de Sandy na minissérie Sandy & Junior (1999). A partir daí, fez várias novelas na emissora, como Coração de Estudante, Agora É Que São Elas, Celebridade, A Lua Me Disse e Paraíso Tropical. No cinema, havia feito apenas uma participação em Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida antes de ganhar seu primeiro papel de destaque como o protagonista de O Magnata, filmado em 2006. Depois, participou ainda do novo filme da diretora de Bicho de Sete Cabeças, Laís Bodanzky, intitulado Chega de Saudade, ainda inédito. Vilhena foi dirigido por Bodanzky em seu primeiro papel de destaque no teatro, na peça Essa Nossa Juventude (2005). 6

ROSANE MULHOLLAND (DRI) O cinema entrou por acaso na vida de Rosane Mulholland. A brasiliense de 26 anos havia se formado em Psicologia e fazia um estágio na área quando fez um teste e foi chamada para atuar em seu primeiro longa-metragem, Araguaya A Conspiração do Silêncio, de Ronaldo Duque. Mudou-se para o Rio de Janeiro e em pouco tempo foi convidada a atuar em A Concepção, de José Eduardo Belmonte, prêmios de melhor trilha sonora e montagem no Festival de Brasília. Com o diretor, ela já havia feito o curta-metragem Dez Dias Felizes. A partir de A Concepção, seu talento e seu rosto marcante e glamoroso chamaram a atenção dos mais diversos diretores. Rosane foi convidada para atuar no curta 14 Bis, de André Ristum, e no longa-metragem Nome Próprio, de Murilo Salles, estrelado por Leandra Leal e ainda inédito. Enquanto rodava Nome Próprio, foi chamada para viver Dri, a garota que volta de Nova York e vira o objeto do desejo do ídolo do rock de O Magnata. A carreira no cinema não parou por aí. Depois de O Magnata, Rosane já participou de outros três longas-metragens ainda inéditos: Meu Mundo em Perigo, de José Eduardo Belmonte; Bellini e o Demônio, de Marcelo Galvão, estrelado por Fábio Assunção e baseado no romance policial de Tony Bellotto, no qual faz uma jornalista que investiga um crime; e Falsa Loura, de Carlos Reichenbach, na qual vive a protagonista, uma operária do ABC paulista que sonha com seus ídolos musicais. Uma matéria sobre sua carreira no jornal O Globo chamou a atenção do diretor Jorge Fernando, que convidou Rosane para viver Daniela, a irmã nada aproveitadora de Beatriz (Priscila Fantin) na novela das sete da Globo, Sete Pecados. Antes da novela, Rosane havia feito uma pequena participação na primeira fase da minissérie JK como Maria Luiza, a irmã de Sarah Kubitschek. 7

Maria Luísa Mendonça (Vilma) São menos de dez minutos de filme como Vilma, a mãe rica, solitária e sempre embriagada do Magnata. Nesse pouco tempo, Maria Luísa Mendonça consegue construir um personagem sólido, cuja relação conflituosa e nada carinhosa com o filho é uma das origens dos problemas de personalidade do rapaz. A atriz carioca estudou no Teatro Tablado, e em 1987 começou sua carreira profissional com a peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Na TV, ficou conhecida do público em 1992 ao estrear como Buba na novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa. Desde então, teve papéis de destaque, como na minissérie Engraçadinha (1995) e A Muralha (2000), ambas da Globo, e Mandrake, da HBO. Mas foi no cinema que sua carreira ganhou impulso com papéis fortes e diversificados. Maria Luísa marcou presença em filmes como Coração Iluminado (1996) e Carandiru (2003), de Hector Babenco; As Três Marias (2002), de Aluisio Abranches; Jogo Subterrâneo (2004), de Roberto Gervitz; Querô (2006), de Carlos Cortez, baseado em peça de Plínio Marcos, em que interpreta a prostituta mãe do personagem-título; e O Magnata, de Johnny Araújo. A atriz também está no ainda inédito Nossa Vida Não Cabe num Opala, de Reinaldo Pinheiro, baseado em peça de Mário Bortolotto. Maria Luísa conhecia Paulo Vilhena desde que produziu em 2005 a peça Essa Nossa Juventude, de Kenneth Lonergan, com direção de Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças), estrelada pelo ator. 8

Chico Diaz (Ribeiro) Conhecido do grande público por seus inúmeros papéis em novelas e minisséries da Globo, como o cafetão Jader da novela Paraíso Tropical, Chico Diaz faz uma breve participação em O Magnata como o poderoso advogado Ribeiro, que mantém uma relação discreta com Vilma, a mãe do Magnata, e a quem o jovem rebelde acusa de tentar roubar o lugar do pai. Filho de um diplomata paraguaio e nascido no México, Diaz passou sua infância no Peru e só mudou-se para o Brasil em 1969, quando começou sua carreira teatral, e logo começou a fazer testes para o cinema. Desde então, participou de mais de 40 filmes, como O Homem da Capa Preta (1986), de Sérgio Rezende; O Cinema Falado (1986), único filme dirigido por Caetano Veloso; Corisco & Dadá (1996), de Rosemberg Cariry, Candango de melhor ator no Festival de Gramado; e Os Matadores (1997), primeiro filme de Beto Brant, prêmio de melhor ator nos Festivais de Recife e Miami. Alguns de seus filmes mais recentes são Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis, prêmio de melhor ator no Festival de Brasília; Anjos do Sol (2006), de Rudi Lagemann, melhor filme no Festival de Gramado; e O Magnata (2007), de Johnny Araújo. 9

Marcelo Nova (Consciência) Com seu jeito soturno e presença física marcante, Marcelo Nova, vocalista da extinta banda baiana de punk rock Camisa de Vênus, foi convidado por Chorão para um papel especial em O Magnata: o da Consciência do personagem de Paulo Vilhena, um narrador que está sempre à margem da cena, nas zonas de sombra da cidade, e nos revela um pouco do caráter do Magnata e onde as suas atitudes podem levá-lo. A idéia do personagem e de chamar o Marcelo para o interpretar é mérito do Chorão. Eu gosto muito, pois tenho admiração pelo Marcelo, e ele me lembra os tipos que habitam os filmes do David Lynch, diz Messina Neto, um dos roteiristas do filme. Pai da VJ da MTV Penélope Nova, Marcelo cantou no Camisa de Vênus de 1982 a 1996. Em 1998, começou em paralelo uma carreira solo que já rendeu nove discos. Seu álbum mais recente é Galope do Tempo (2005). 10

Produção Caio e Fabiano Gullane Chorão contou empolgado a sua idéia de filme ao amigo Johnny Araújo, que logo se interessou em dirigir o filme e começou a pensar em um produtor mais ousado, que tivesse interesse em bancar um filme voltado ao público jovem, gênero que ainda não existe como mercado no Brasil. Procurou Paulo Ribeiro, produtor e dono da Locall, empresa de aluguel de equipamentos para cinema. Foi Paulo que encampou o projeto, entrou como produtor associado e os apresentou a Caio e Fabiano Gullane, donos da Gullane Filmes, produtora de títulos importantes da retomada do cinema nacional desde 2000, como Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky; Carandiru, de Hector Babenco; O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburguer; e Querô, de Carlos Cortez. Atualmente, fazem incursão pela TV como co-produtores da série Alice, da HBO, com direção de Karim Ainouz e Sérgio Machado. Bastou ler o roteiro para que Caio e Fabiano se interessassem pelo projeto. O roteiro de O Magnata era um diamante bruto. Sempre tivemos vontade de fazer um filme rock n roll porque esse universo faz parte da nossa vida, freqüentamos muito a noite de São Paulo e os shows de rock. Amamos a pegada e o radicalismo do filme, conta Caio, um jovem produtor de 34 anos, ainda em contato próximo com as questões propostas por Chorão. O filme é como um tiro, vai direto, numa reta só. O Magnata passa uma mensagem sem ser cabeça, sobre o que acontece quando se tomam atitudes inconseqüentes na vida. 11

Música Chorão e Apollo Nove Foi em 1995, quando tocava com o Planet Hemp, que o paulista Apollo 9 conheceu Chorão. Criaram uma amizade que veio a render fruto musical dez anos depois, na trilha sonora de O Magnata. O trabalho foi bem definido: grande parte da trilha sonora do filme seria composta de músicas do próprio Charlie Brown Jr., mas Chorão queria o parceiro para ajudá-lo na construção da trilha incidental, que deveria respirar tanto o tipo de rock da banda de Chorão quanto o universo um pouco mais hardcore do protagonista. Apollo, que lançou em 2006 seu primeiro disco-solo e já possui um bom currículo em cinema fez a trilha do curta Socorro Nobre e do longa Terra Estrangeira, ambos de Walter Salles, um dos episódios do longa Traição e o mais recente O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia só começou o trabalho depois de ver todo o material já filmado. Para fazer o contraponto com as músicas do Charlie Brown, criamos uma trilha incidental mais climática, meio ambient. Ela faz uma espécie de escada para as outras músicas; tem um impacto próprio, mas deixa espaço para a banda, diz Apollo, que contou com sintetizadores para produzir uma vasta gama de sons virtuais. 12

Fotografia André Modugno Colaborador assíduo do diretor Johnny Araújo em seus clipes, comerciais e em um DVD do Charlie Brown Jr., André Modugno foi convidado pelo amigo para ser responsável pela fotografia de O Magnata, seu primeiro longa-metragem. O trabalho com Johnny é sempre aberto a sugestões. Discutimos muito o que a gente queria para este filme. A primeira idéia era muito clara: o Magnata é um maluco, desgraçado, junkie e alcoólatra, portanto não podíamos fazer um filme muito claro. Começamos a pesquisar uma atmosfera mais escura e tons cromados, com cores menos saturadas, explica André, carioca radicado em São Paulo há muitos anos. Uma das estratégias foi usar poucos refletores e muitas, muitas lâmpadas na iluminação das cenas. São lâmpadas comuns, dessas que usamos em casa, entre 100W e 150W tanto que você pode ver lâmpadas em várias cenas do filme. Eu usava um spray preto para regular a intensidade de cada lâmpada e encobrir o filamento, conta. Não queria que nenhuma cena parecesse iluminada; a idéia da fotografia neste filme era justamente a de não aparecer. André, que coordenou toda a operação de câmera do filme, diz que o maior desafio foi captar cenas muito velozes com duas câmeras na mão e sem tripé. E conseguimos a façanha de cumprir no prazo um cronograma insano, em que o primeiro dia de filmagem já sofreu interrupção porque era o primeiro dia de jogo do Brasil na Copa (de 2006), orgulha-se o diretor de fotografia, que já recebeu quatro novas propostas de trabalho em longa-metragem por conta da boa repercussão no mercado de seu trabalho em O Magnata. 13

Roteiro Chorão, Carlos Cortez, Bráulio Mantovani e Messina Neto A partir dos personagens e da história de Chorão, Carlos Cortez, Bráulio Mantovani e Messina Neto trabalharam em algumas versões do roteiro de O Magnata. O roteirista e cineasta Carlos Cortez, diretor do documentário Geraldo Filme e do filme Querô, baseado na obra de Plínio Marcos e lançado em 2007, participou das primeiras reuniões sobre o roteiro e ajudou Chorão a botar no papel o filme que ele tinha na cabeça. Foi ele quem deu uma estrutura em forma de cenas para uma história que, na cabeça de Chorão, era uma enxurrada de imagens, informações, diálogos e locações. O que mais me encantou nesse projeto é que o Chorão brincava com várias linguagens e tudo cabia na narrativa do filme. Às vezes era um clipe, tinha momentos de documentário, até uma certa divulgação do seu próprio trabalho como músico, mas nada atrapalhava o curso da história, diz Cortez. O roteirista conta que algumas coisas mudaram a partir da idéia original de Chorão, mas o desfecho do filme foi mantido. Houve no começo uma discussão se o roteiro não era muito duro com o personagem, mas o Chorão defendeu brilhantemente essa opção e ela prevaleceu. Trabalhando há mais de 20 anos como diretor e roteirista de filmes de ficção, documentários e programas de TV, Messina Neto procurou estabelecer com maior nitidez o papel e o peso de alguns personagens. O Magnata é um personagem atual e muito intenso. Nasceu da percepção do Chorão, somada à bagagem de vida de quem pegou muita estrada, define. O filme contém uma mensagem importante que as letras do Charlie Brown Jr. vêm trabalhando há muito tempo. Quem mexe com armas e se mete no mundo do crime achando que é muito esperto pode ter um final trágico como o do filme. 14

Bráulio Mantovani, hoje um dos mais requisitados roteiristas do Brasil, ganhou projeção internacional com a adaptação para as telas do romance de Paulo Lins, Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles. Pelo trabalho, ele foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado, em 2004. Foi ainda colaborador de Meirelles no roteiro de O Jardineiro Fiel, que também foi indicado ao Oscar nesta categoria. Com o cineasta José Padilha, Bráulio também trabalhou no roteiro de Tropa de Elite, filme inspirado no livro Elite da Tropa, escrito por André Batista, Luiz Eduardo Simões e Rodrigo Pimentel. 15

Direção de arte Clóvis Bueno Um dos mais experientes diretores de arte do cinema brasileiro, com 40 anos de carreira, Clóvis Bueno começou trabalhando em filmes como Anuska, Manequim e Mulher (1968) e na chanchada Luz, Câmera, Ação (73). Tornou-se o mais fiel colaborador de Hector Babenco como diretor de arte em Pixote, a Lei do Mais Fraco (81), O Beijo da Mulher Aranha (85), Brincando nos Campos do Senhor (91) e Carandiru (2003). Entre os filmes recentes, dirigiu com Paulo Betti o drama histórico Cafundó (2005) e fez a direção de arte de A Dona da História (2004) e dos ainda inéditos Os Desafinados e O Homem que Desafiou o Diabo. Em O Magnata, seu primeiro trabalho para a Gullane Filmes, Clóvis conta que o diretor Johnny Araújo lhe deu total liberdade para criar os cenários do filme. O universo do filme não é estranho a mim. Não sou mais jovem, mas ainda freqüento a Galeria do Rock, vou a shows de rock e tenho um filho baterista, conta Clóvis. Para recriar o universo de Chorão, Clóvis chamou grafiteiros renomados de São Paulo como Caboclo e Michê e retrabalhou o visual de cenários e locações paulistanas. Para a casa do Magnata, escolheu um casarão no Morumbi e convocou Caboclo para dar estilo aos grafites nas paredes do quarto do Magnata. Para o local dos shows do ídolo do rock, fechou o Hangar, uma conhecida casa de rock na Barra Funda. Mas tudo foi escolhido e aprovado com o Chorão. Ele dava opinião em tudo e tinha uma intuição muito bem-definida do que ele queria para o filme, conta Clóvis. Ele também colaborou com o trabalho de David Parizotti na escolha do figurino e teve que mudar bastante os seus conceitos depois de ouvir as idéias de Chorão. Eu tinha em mente para o filme um skatista de visual mais tradicional, com bermudona mais larga, e o Chorão nos convenceu a buscar um estilo de skatista mais fashion, com aquela bermuda de corte mais rente à perna, um pouco mais colada ao corpo, diz. 16