Geração Graças Peça: Os dois fundamentos Autora: Marise Lins O cenário é um quarto de duas pré-adolescentes. E está chovendo na cidade. (som de chuva e trovão) Personagens: Bia está com o livro na mão Dora está com um laptop A cortina abre, as duas meninas estão de pijama, sentadas numa cama ou num sofá... Uma está com um livro na mão e a outra com um laptop no colo... de repente um barulho de trovão... Bia: gente, não vai parar de chover nunca nessa cidade? Dora: aqui na internet tá dizendo que vai chover pelo menos mais uns 3 dias... Bia: hoje a televisão mostrou um bocado de rua alagada... nem os carros conseguiam passar... Dora: pior foram as casas que desabaram por causa da chuva, você, viu? Bia: não... Dora: oxe, tá tudinho aqui... deixa eu te mostrar (e ela abre umas fotos de casas destruídas por causa da chuva têm muitas no Google essas imagens podem ser jogadas no telão pras crianças também verem...) Bia: nossa!!! Por que será que essas casas acabam caindo? Dora: por causa da chuva... Bia: ah, mas não é só por causa da chuva, Dora... se fosse assim, a da gente também cairia...
Dora: então, não sei... eita! Julinho entrou no Messenger... Bia: (chegando junto do computador): ah, que saudade dele... A partir de agora... Dora vai sempre digitar a conversa... Ela e Bia vão ler em voz alta o que escrevem e o que Julinho escreve... e toda a conversa vai estar projetada no telão Dora (falando e digitando): oi primo Julinho: oi Dora... como você está? E a Bia? Dora/Bia: estamos bem... a Bia tá ótima, tá aqui do meu lado... Julinho: é mesmo? O que vocês estão fazendo? Dora: nada... a gente tá dentro de casa, conversando... tá chovendo muito aqui em Recife... e a gente quase não tem saído Julinho: ah, eu soube... vi até na televisão que umas casas caíram, não foi? Dora/Bia: menino, a gente tava falando agorinha sobre isso... tentando entender porque essas casas caem... Julinho: como assim? Dora/Bia: é que a gente tava imaginando que era a chuva que destruía a casa, mas se fosse assim, toda casa seria destruída, inclusive a nossa... Julinho: ah, entendi... bom, a chuva contribui... acaba ajudando a derrubar essas casas... mas, elas só caem porque estão construídas em lugares errados... em terrenos errados e construídas de forma errada... Dora/Bia: ahhhhhhhh Julinho: quando a casa está construída na base certa, do jeito certo, ela não cai... Dora: é como construir um castelo de areia à beira da praia... quando a água do mar vem, destrói todo o castelo
Bia: ou como construir um barco de papel... ele pode até navegar por um tempo, mas depois ele acaba afundando porque o papel se desmancha na água... Julinho: exatamente, meninas... mas, você sabia que a nossa vida com Deus também é assim? Dora/Bia: oxe, Julinho, que é uma coisa tem a ver com a outra? Julinho: primas, vocês nunca leram o texto sobre o homem prudente e o homem insensato, que está na Bíblia? Dora/Bia: não!!! Julinho: ah, é uma história muito legal... Bia (dizendo pra Dora): eu vou pegar a Bíblia Dora: peraí, Julinho, a Bia foi pegar a Bíblia Bia volta com a Bíblia Dora: estamos aqui com a Bíblia... onde está esse texto? Julinho: lá no livro de Mateus... capítulo 7 a partir do versículo 24 Dora diz pra Bia: Dora: lê aí... lê aí... Bia (lendo a Bíblia): Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque foi edificada na rocha. Mas, quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa e ela caiu. E foi grande a sua queda. Dora: interessante... mas, eu não entendi muito bem... você entendeu? Bia: mais ou menos... pergunta pro Julinho
Dora: Julinho... a gente leu o texto, mas a gente não entendeu muito bem... o que a casa tem a ver com a palavra de Jesus? Julinho: Jesus tá usando aí só uma forma de comparar... veja só... essas casas que vocês viram na televisão e que caíram... onde elas foram construídas? Dora: a maioria em morros, ou à beira de rios, de canais... Julinho: exatamente... tudo em lugar que não deveria estar... lugar que com certeza, quando viesse uma chuva forte, iria ser um problema... Dora: eu ainda não entendi o que isso tem a ver com a nossa vida com Deus Julinho: Jesus tá usando essa explicação apenas para comparar... a casa é como se fosse a nossa vida... e a rocha é o próprio Deus e a Palavra Dele... O que Ele quer dizer é que quem não segue o que a Palavra de Deus diz, quem não anda verdadeiramente com Deus não vai conseguir enfrentar os problemas quando eles vierem, não vai ter força pra isso... assim como a casa não tem força pra resistir à água e acaba caindo... Mas, aquele que cuida da sua vida espiritual, tem um relacionamento com Deus, conversa com Ele, lê a Palavra Dele vai ter força pra enfrentar qualquer problema que vier... qualquer chuva... Dora: genteeeeeeeeeeeeee... agora é que eu to entendendo aquela música que a gente cantava no departamento infantil, lá na igreja... lembra, Bia? Bia: qual? Dora, se levanta e começa a cantar... Dora: não, não construa sua casa na areia... não, não construa na beira do mar... (depois que ela canta a primeira frase, entra a música mesmo e as duas começam a cantar e a fazer a coreografia da música)
mesmo que pareça chique, é impossível que ela fique, a tempestade a vai derrubar. A rocha é o lugar de construir, o alicerce forte que não vai cair. As tempestades vão e vem, mas a paz de Cristo tu tens Julinho está chamando a atenção das duas no MSN... Bia: eita, a gente esqueceu do Julinho Dora: oi Julinho, foi mal... Julinho: tudo bem... mas, então, entenderam o que eu falei? Dora/Bia: sim, entendemos, sim... a Rocha é Cristo... a casa é a nossa vida... e a chuva são os problemas que chegam... uma doença, um desemprego, falta de dinheiro, quando a gente perde um amigo, quando alguém machuca a gente, quando a gente briga com alguém, quando um casamento se acaba, quando a gente perde um pai ou uma mãe ou até mesmo quando a gente perde uma casa... Bia: mas, se a nossa vida está firme em Deus, a gente consegue passar por tudo isso e a nossa vida não se acaba... Porque o Senhor fica com a gente durante toda a chuva... Julinho: muito bem, meninas... até essas pessoas que perderam suas casas aí nessa chuva, se elas conhecem verdadeiramente a Deus, elas vão passar por tudo isso com muito mais facilidade do que quem não conhece ao Senhor... porque Jesus está com elas... e apesar da tristeza, elas sabem disso e confiam no Senhor... Julinho: mas, olha eu agora preciso desconectar porque aqui do outro lado do mundo já são sete horas da manhã e eu tenho que ir pra escola... Dora: beijo, Julinho... estamos com muita saudade de você! Julinho: eu também, primas... mas, logo, logo estou de volta... Dora: tchau!!! As meninas fecham o computador... Bia: Dora, que história massa essa que o Julinho contou... eu nunca tinha pensado sobre isso...
Dora: sabe o que eu pensei, agora? Bia: o que? Dora: que tal a gente orar por essas pessoas que perderam as casas? Bia: boa... a gente podia orar pra que Deus consolasse o coração de cada uma, pra que o Senhor providencie outra casa, mas acima de tudo, pra que as pessoas que não conheçam ainda o Senhor, possam conhecê-lo de verdade... Dora: e assim, elas vão saber, que mesmo numa situação dessas, elas nunca estarão sozinhas... As duas meninas ajoelham... Uma das meninas faz uma oração (uma oração verdadeira... ) Dora/Bia: Amém!!! A cortina fecha Amém!!!