Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas PROVITA Expositor: Steven Shuniti Zwicker PRM São Bernardo do Campo/SP stevenz@mpf.mp.br
Política pública de enfrentamento ao crime organizado e diminuição da impunidade
Por que na PFDC? Origem dos programas de proteção: atuação de ONGs de defesa de direitos humanos na proteção de vítimas e testemunhas de grupos de extermínio
Histórico dos Programas de Proteção no Brasil 1996 Projeto Piloto do GAJOP - Pernambuco 1998 Expansão do Programa BA, ES 1999 PA, MS, RJ. SP Institucionalização Lei 9807/99, de 13 de julho e Decreto 3528/2000 Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República 2002 15 Estados 2015 16 UF: AC, AL, AM, BA,CE, ES, MA, MG, PA, PE, PR, RJ, RS, SC, SP, DF Baixas : GO, RN, MS Nunca instalado: AP, MT, PB, PI, RO, RR, SE, TO
PROGRAMAS RELACIONADOS Na Secretaria de Direitos Humanos: PPCAM Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte Proteção sem necessidade de depoimento PPDDH Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos Proteção sem abandono da militância No Ministério da Justiça SPDE- Serviço de Proteção ao Depoente Especial (Polícia Federal) Porta de entrada no PROVITA e serviço de apoio Convênio DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional) Vagas em presídios federais para réus colaboradores
PROVITA FEDERAL E PROVITAS ESTADUAIS Convênios entre União e Estados > Convênios entre Estados e ONGs RJ: convênio direto entre União e ONG RS: execução direta pelo Estado (PROTEGE) COMPETÊNCIA FEDERAL X ESTADUAL Se existir PROVITA Estadual, ele tem competência para todos os casos, ainda que a pessoa a proteger seja testemunha em processo de competência da Justiça Federal O PROVITA Federal age supletivamente, em Estados que ainda não possuem PROVITA
CARACTERÍSTICAS DO MODELO BRASILEIRO - Parceria entre Estado e Sociedade Civil experiência singular: razões históricas, terceirização/barateamento, proteção contra próprio Estado - Uso de convênios - Rede solidária de proteção - Defesa e Promoção de Direitos Humanos (proteção à vida + reinserção social) - Combate à impunidade (produção da prova processual penal) - Sigilo - Adesão voluntária do protegido - Descentralização execução pela União e Estados - Autoridade máxima: Conselho Deliberativo - Órgãos nacionais de coordenação: SDH, Colégio de Presidentes, FNEG
Legitimados para pedir proteção do PROVITA Próprio interessado Membro do Ministério Público Delegado Juiz Órgãos públicos e entidades de defesa de Direitos Humanos
Requisitos para a inclusão Situação de risco (exposição a grave ameaça ou coação de difícil repressão pelos meios convencionais) Colaboração Personalidade e conduta compatíveis com as restrições impostas pelo programa Inexistência de limitação à liberdade (pena privativa de liberdade efetiva, ou prisão cautelar) Anuência do interessado
No dinheiro DESAFIOS (ou: onde o PRDC pode atuar) Combater a apropriação indébita pelos Estados Ampliar o investimento estadual Desburocratizar os repasses e as assinaturas dos convênios e garantir fluxo constante de recursos Pressionar pelo funcionamento e consequentemente por orçamentos suficientes Superar limitações da Lei de Responsabilidade Fiscal (dar ao PROVITA os privilégios das verbas de saúde e segurança pública) Melhorar a prestação de contas (Conselhos Fiscais)
Na ampliação do Programa Levar o PROVITA aos Estados que não o tenham ou que o abandonaram Fazer com que os Estados abracem o PROVITA como uma política pública de verdade = estruturar e dedicar servidores Ampliar participação do MPF nos Conselhos Deliberativos (prevalência de verbas federais) Trazer a PF e fazê-la funcionar para o PROVITA (escoltas federais, treinamentos) Criação de SPDEs Estaduais Fazer o Programa ser conhecido por delegados, promotores e juízes
No combate à impunidade Divulgar a prioridade processual do art. 19-A da Lei nº 9.807/99 Justiça Plena do CNJ Forçar IDCs para fazer os MPEs e Judiciários Estaduais trabalharem Levar para os colegas do crime elementos para atuarem nas facetas federais dos crimes envolvendo testemunhas protegidas
No aperfeiçoamento do programa Fortalecer os Conselhos Deliberativos Ajudar no enfrentamento dos riscos tecnológicos Reduzir fatores de desestímulo ao depoimento Dar efetividade a medidas de mudança de nome Garantir sigilo de cadastro e garantir acesso a trabalho formal e políticas públicas (saúde, previdência, educação etc.) Contribuições para alterações legais: novo marco protetivo
SUGESTÃO PARA ESTE XIX ENCONTRO: AUMENTAR A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PROTEÇÃO DE PESSOAS NO MPF MEIOS: Grupo de Trabalho Colegiado (representantes do MPF em Provitas + PRDCs de Estados sem representação) ICPs em PRDCs determinadas Fóruns MPF+ONGs
Mais informações: Cartilha da PFDC sobre proteção a testemunhas: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/ atuacao-e-conteudos-deapoio/publicacoes/protecao-a-testemunha/ cartilha_protecao_vitimas_testemunhas_pfdc_2013 Contato Steven Shuniti Zwicker PRM São Bernardo do Campo/SP E-mail: steven@mpf.mp.br Tel: 11-4122-8523 / 11-99237-7910