9º Prod. de Texto Carolina Aval. Rec. Par. 21/08/12 Leia com atenção as instruções ANTES de começar a prova: 1. Preencha o cabeçalho com nome, número e turma; 2. A tabela Critérios para correção e o espaço Observações e comentários são de uso do PROFESSOR; 3. Leia a proposta de redação com atenção. O não atendimento à proposta implicará zero nos primeiros 5 critérios; 4. Planeje seu texto antes de iniciá-lo; 5. O texto final deve ser escrito a caneta azul ou preta. Não serão aceitas avaliações com o texto a lápis; Boa prova! Professora Carolina Critérios para correção 0,0 0,25 0,5 0,75 1,0 Argumentação e contra-argumentação Coesão e coerência Criatividade e desenvolvimento Adequação à proposta e ao gênero Clareza e organização textual Paragrafação, rasuras e legibilidade Concordância (nominal, verbal e temporal) Pontuação Ortografia e correção gramatical Seleção e adequação lexical Observações e comentários: Proposta (de 20 a 35 linhas): Os textos abaixo tratam da polêmica envolvendo o uso de bicicletas na cidade de São Paulo. Leia-os com atenção: TEXTO 1: MAIS CICLISTAS, MAIS ACIDENTES Viviane Gomes A cada dia, no Estado de São Paulo, nove ciclistas são internados em hospitais públicos, vítimas de acidentes de trânsito. E pelo menos um deles morre. A Secretaria de Estado da Saúde
informa que, no ano passado, 3,4 mil pessoas foram internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) paulista, gerando custo de R$ 3,25 milhões à administração estadual. Muitas vezes, os ciclistas são atingidos por automóveis ou por ônibus, o que torna comum a ocorrência de politraumatismo, diz o doutor Jorge dos Santos Silva, chefe do grupo de trauma ortopédico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Entre os socorridos no HC, a maioria não é atropelada. Em geral, os traumas são fraturas solucionáveis com tratamento cirúrgico e pouca probabilidade de sequelas. O médico informa que, no HC, as lesões mais frequentes são os traumatismos cranianos e da coluna vertebral, dos ossos do antebraço, do fêmur e da tíbia. Em 2010, o Grupo de Trauma do HC atendeu 66 ciclistas acidentados no trânsito, oito dos quais necessitaram de internação para tratamento da fratura. No ano seguinte, o hospital notificou 58 pacientes e dez internações: De janeiro a junho de 2012, ocorreram nove internações. Esse dado é preocupante porque nos seis meses deste ano tivemos quase o mesmo número de internações que no ano passado inteiro. Os casos aumentam porque há mais gente pedalando e, consequentemente, mais ocorrências. Parques e ciclovias Na sua opinião, os acidentes ocorrem por causa da pouca estrutura na cidade de São Paulo para utilização da bicicleta como alternativa de transporte. Ele explica que o acidente acontece porque o motorista não vê o ciclista, que se desequilibra diante de situação perigosa e tem pouca capacidade de se proteger. Como o ciclista está mais exposto a acidente grave, o ortopedista é taxativo: Para não colocar a vida de quem pedala em risco, recomendo não usar a bike no trânsito de São Paulo. É uma opção segura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias instaladas na capital, aos domingos. (Disponível em: <http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v4/index.asp?c=4&e=20120711&p=1>. Acesso em: 16 jul. 2012.) TEXTO 2: GOVERNO DE SÃO PAULO RECOMENDA: NÃO ANDE DE BICICLETA NA RUA Piero Locatelli O Diário Oficial do Estado de São Paulo desta quarta-feira 11 traz a manchete mais ciclistas, mais acidentes. Dentro da reportagem, um especialista sugere: para não colocar a vida
de quem pedala em risco, recomendo não usar a bike no trânsito de São Paulo. É uma opção segura de lazer em cidades menores, parques públicos e em ciclovias instaladas na capital, aos domingos. A reportagem, assinada pela assessoria de imprensa da secretaria de Saúde, deixa claro o tratamento dispensado à bicicleta em São Paulo. O governo do estado não a trata como um meio de transporte, mas como uma brincadeira de fim de semana. Ao invés de estimular o uso das duas rodas, o governo cria medo justamente em quem não é responsável pelos acidentes. Um quadro de recomendações feito pela CET (Companhia de Engenharia do Tráfego) endossa a reportagem, jogando a responsabilidade dos acidentes nos ciclistas. O aumento da velocidade implica maior risco, portanto não é uma boa prática no trânsito, recomenda o órgão responsável pela segurança no trânsito. O discurso do governo de São Paulo em dias normais contrasta com o do Diário Oficial de hoje. O governador Geraldo Alckmin propagandeia que integrou a bicicleta ao metrô, com a possibilidade de carregá-la dentro dos trens. Mas só é possível fazer isso em horários restritos do fim de semana. Ou seja, a bicicleta continua sendo tratada como diversão de crianças que vão ao parque no final de semana, e não um jeito de chegar ao trabalho. No município de São Paulo, as atitudes também são fracas. O prefeito Gilberto Kassab prometeu construir 100 quilômetros de ciclovias na cidade na sua gestão. Há seis meses do fim do seu mandato, só entregou 18 quilômetros. Seria ingênuo acreditar que a bicicleta sozinha solucionaria os problemas do trânsito paulistano e tonaria a cidade um lugar melhor. A cidade concentra os empregos em regiões distantes e milhões de pessoas a atravessam todos os dias. Não é possível pedir que alguém saia de cidades dormitórios na zona leste para trabalhar no centro de bicicleta, percorrendo mais de 30 quilômetros. De qualquer forma, o Estado deveria estimular o uso de um transporte que traz benefícios à cidade. Ao invés de criar uma cultura do medo e mandar o ciclista ficar em casa, deveria tornar a vida deles mais fácil. (Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/sociedade/governo-de-sao-paulo-recomenda-nao-ande-debicicleta-na-rua/>. Acesso em: 16 jul. 2012.) Reflita sobre o assunto dos textos acima e escreva um texto dissertativoargumentativo, posicionando-se sobre o questionamento: O uso de bicicletas deve ser evitado em uma cidade como São Paulo? Seu texto deve conter ao menos um argumento contrário combatido. Os textos acima podem ajudá-lo a definir sua opinião e a selecionar argumentos para justificá-la. Antes de começar a escrever, anote sua opinião e releia os textos, grifando os trechos que lhe interessarem.
Organize seu texto assim: Primeiro parágrafo apresentação do tema (problema) e exposição da tese (opinião). Parágrafos centrais exposição dos argumentos que justificam a tese e de contra-argumentos. Último parágrafo fechamento do raciocínio, reafirmação da tese e apresentação de possível solução para o problema. Os argumentos para justificar sua tese podem ser extraídos dos textos dados. Mas não os copie. Faça a revisão de seu texto antes de passá-lo a limpo. Dê um título ao texto. 5 10 15 20
25 30 35 40 45 50