São Paulo 01/02/2012 Decreto Federal n 7.660/11- Nova TIPI Foi publicado no Diário Oficial da União do dia 26 de dezembro de 2011, o Decreto n 7.660, que revoga a Tabela do IPI (TIPI) até então vigente (Decreto n 6.006/06), e regulamenta a nova TIPI, trazendo em seu anexo as regras gerais para interpretação do sistema harmonizado, a classificação atualizada e as alíquotas aplicáveis aos produtos inseridos na referida tabela. Portaria n 4/12 da Prefeitura de São Paulo- Republicação Foi republicada, no Diário do Município de São Paulo do dia 10 de janeiro de 2012, a Portaria n 4 de 2012, com a inserção do Anexo omitido na publicação anterior. A Portaria regulamenta o fornecimento de Certidões Tributárias, as quais serão requeridas exclusivamente por meio eletrônico e possuem prazo de validade de seis meses, contados da data de sua validação. Solução de Consulta SRFB n 241/2011 Foi publicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil a Solução de Consulta n 241 do dia 05 de outubro de 2011, que disciplina que o estabelecimento que der saída a produtos de elaboração própria com anotação de não tributados ( N/T ) na Tabela do IPI/06 não será caracterizado, nessa operação, como estabelecimento industrial, e, portanto, não será contribuinte do IPI, nem estará sujeito às obrigação principal e acessórias. Importante ressaltar que o fato de um estabelecimento produzir um produto não tributado não infere que ele seja excluído do conceito de estabelecimento industrial, para fins de incidência do IPI, motivo pelo qual essa orientação é importante para quem possui produção relevante de produtos não tributados. Página 1 de 6
Banco Central do Brasil (BACEN) fixa datas para entrega da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) O BACEN, a partir das 9 horas do dia 6 de fevereiro até as 20 horas do dia 5 de março de 2012, passará a receber a Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) relativa ao Exercício de 2011, para as pessoas físicas ou jurídicas residentes no país que detinham, no exterior, ativos de valor igual ou superior a US$ 100 mil em 31 de dezembro de 2011. Da mesma forma, o BACEN estabeleceu um cronograma para entrega da declaração trimestral de CBE, obrigatória a partir de 2012, para pessoas físicas e jurídicas que possuem ativos de valor igual ou superior a US$ 100 milhões: I - Data-base de 31 de março de 2012: no período compreendido entre as 9 horas de 30 de abril de 2012 e às 20 horas de 6 de junho de 2012. II Data-base de 30 de junho de 2012: no período compreendido entre as 9 horas de 30 de julho de 2012 e às 20 horas de 6 de setembro de 2012 III Data- base de 30 de setembro de 2012: no período compreendido entre as 9 horas de 29 de outubro e às 20 horas de 7 de dezembro de 2012 Ambas as declarações, a anual e a trimestral, deverão ser entregues mediante preenchimento de formulário eletrônico disponível em www.bcb.gov.br. Regime especial de recolhimento de ICMS para Centros de Distribuição de Redes Varejistas do Estado de São Paulo O Decreto nº 57.608/11, publicado pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, em vigência desde 1º de janeiro de 2012, estabelece que os centros de distribuição de redes varejistas do Estado de São Paulo passarão a ser os responsáveis, como substitutos tributários, pelo pagamento do ICMS devido por toda cadeia de consumo. Anteriormente esta função era desempenhada pelas indústrias ou importadoras. Página 2 de 6
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) pode ser registrada no Registro Civil De Pessoa Jurídica A Coordenação-Geral de Tributação da Receita Federal (COSIT), através da Nota 446, de 16 de dezembro de 2011, proferiu o entendimento de que uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) que adote o tipo de Sociedade Simples pode ser registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. A Lei nº 12.411/2011 que instituiu a EIRELI, em vigor desde 09 de janeiro de 2012, foi omissa quanto ao registro das Sociedades que adotarem esse tipo societário. Portanto, conquanto a manifestação sobre a competência de registro não seja matéria de competência da Receita Federal, o órgão passará a admitir no registro do CNPJ a EIRELI registrada no Registro Público das Empresas Mercantis pelas Juntas Comerciais, ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. JURISPRUDÊNCIA Superior Tribunal De Justiça (STJ) mantém antecipação de tutela para dissolução antecipada de joint venture. O Superior Tribunal de Justiça ratificou entendimento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo de que era cabível em sede de tutela antecipada a rescisão do contrato de joint venture, mitigando parte dos seus efeitos, e deixando eventuais prejuízos para serem compensados mediante indenização. O Tribunal reafirmou o posicionamento de que, embora o comportamento exigido dos contratantes deva pautar-se pela boa-fé contratual, tal diretriz não obriga as partes a manterem-se vinculadas eternamente, principalmente quando o contrato deixa de cumprir sua função social e econômica, hipótese em que é altamente recomendável resolver o contrato em perdas e danos. Página 3 de 6
TRF mantém no Refis da Crise sociedade inadimplente O Tribunal Regional Federal da 4ª Região proferiu decisão impedindo a Receita Federal do Brasil de excluir uma agroindústria paranaense que se encontrava inadimplente no parcelamento da Lei nº 11.941 de 2009, conhecido como Refis da Crise. A agroindústria deixou de pagar três parcelas do Refis, e discute o direito a créditos de PIS e COFINS que não são reconhecidos pela Fazenda Nacional. A legislação estabelece que diante do descumprimento de três parcelas do REFIS, o inadimplente é excluído do parcelamento. Entretanto, no caso em questão, o TRF entendeu que a agroindústria deveria ser mantida no Refis da Crise, pois não devem ser exigidas as parcelas do parcelamento até que se esgotem quaisquer possibilidades de aproveitamento dos créditos de PIS e COFINS que a agroindústria teria direito. Justiça Federal impede Receita Federal de aplicar multa isolada de 50% A Justiça Federal de São Paulo proferiu sentença impedindo a Receita Federal do Brasil de aplicar multa isolada de 50% sobre os pedidos de compensação ou ressarcimento de créditos de tributos federais considerados indevidos. No entendimento da Juíza da 14º Vara Federal Cível de São Paulo, a multa prevista pela lei 12.249 de 2010, só poderá ser aplicada em caso devidamente comprovado de má-fé do contribuinte, e sendo respeitado o seu direito de defesa. Página 4 de 6
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional publica Atos Declaratórios que dispensa contestação e recurso A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional publicou, no dia 22 de dezembro de 2011, quinze Atos Declaratórios ("ADs") autorizando seus procuradores a desistir de recursos e contestações de matérias que envolvam entendimentos favoráveis aos contribuintes já consolidados no Judiciário. Merecem destaque os seguintes temas que não serão mais impugnados pela Fazenda: (i) O art. 138 do CTN não estabelece distinção entre a multa moratória e a punitiva, de modo que ambas são excluídas pela denúncia espontânea. (AD nº 04); (ii) os efeitos do Certificado que reconhece a entidade como filantrópica, de utilidade pública, tem efeito retroativo à data do protocolo do respectivo requerimento, garantindo a isenção das contribuições previdenciárias anteriores à expedição do certificado, desde que inexista a necessidade de cumprimento de alguma determinação legal pelo contribuinte, hipótese em que os efeitos vigerão a partir da publicação da concessão certificação (AD nº 05); (iii) caracteriza-se a denúncia espontânea quando o contribuinte, após efetuar a declaração parcial do débito tributário (sujeito a lançamento por homologação) acompanhado do respectivo pagamento integral, retifica-a (antes de qualquer procedimento da Administração Tributária), notificando a existência de diferença a maior, hipótese em que a quitação se dará concomitantemente (AD nº 08); (iv) o seguro de vida em grupo contratado pelo empregador em favor de um grupo de empregados, sem que haja a individualização do montante que beneficia a cada um deles, não se inclui no conceito de salário, afastando-se, assim, a incidência da contribuição previdenciária sobre a referida verba (AD nº 12); (v) é possível a inclusão no PAES dos débitos anteriormente inscritos no REFIS, inclusive em relação às contribuições previdenciárias descontadas dos empregados, retidas pelo empregador, e cuja inscrição seja anterior ao advento da vedação legal (Lei nº 10.666/2003, art. 7º) de parcelamento destas contribuições (AD nº15); e Página 5 de 6
(vi) há imunidade tributária para os ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras pelas entidades de educação e de assistência social, sem fins lucrativos (AD nº 17). Atenciosamente, LODDI & RAMIRES ADVOGADOS Página 6 de 6