OBTENÇÃO DE CALOS EM ESTAMINOIDES DE CUPUAÇUZEIRO CULTIVADOS IN VITRO



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Transcrição:

Embrapa Amazônia Oriental. 21 a 23 de agosto de 213, Belém-PA OBTENÇÃO DE CALOS EM ESTAMINOIDES DE CUPUAÇUZEIRO CULTIVADOS IN VITRO Gleyce Kelly de Sousa Ramos 1, Simone de Miranda Rodrigues 2, Oriel Filgueira de Lemos 2, Rafael Moyses Alves 2 Bolsista da Fapespa, Estudante do curso de Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia. E-mail: gleyceramos17@yahoo.com.br. 2 Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. E-mail: simone.rodrigues@embrapa.br 2 Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. E-mail: oriel.lemos@embrapa.br 2 Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. E-mail: rafael-moyses.alves@embrapa.br Resumo: Este trabalho teve por objetivo induzir calos in vitro em estaminoides de cupuaçuzeiro retirados de botões florais e cultivados em meio de cultura DKW e WPM. Os explantes foram inoculados no meio de cultura DKW para crescimento primário de calos. Os tratamentos diferiram na concentração dos reguladores de crescimento usados, os quais foram TDZ e 2,4-D, T1:,2 mg.l -1 de TDZ e 1 mg.l -1 de 2,4-D; T2:, mg.l -1 de TDZ e 2 mg.l -1 de 2,4-D; T3:,1 mg.l -1 de TDZ e 4 mg.l -1 de 2,4-D; T4:,1 mg.l -1 de TDZ e 6 mg.l -1 de 2,4-D; T:,2 mg.l -1 de TDZ e 8 mg.l -1 de 2,4-D; T6:,2 mg.l -1 de TDZ e 4 mg.l -1 de 2,4-D e T7:,1 mg.l -1 de TDZ e 8 mg.l -1 de 2,4-D. Após 14 dias, foram transferidos para meio de cultura WPM e avaliados ao final de 1 dias. Os melhores resultados foram obtidos nos tratamentos T1, T2 e T6, devido a qualidade dos calos. Palavras-chave: cultura de tecidos, reguladores de crescimento, Theobroma grandiflorum. Introdução A utilização de material não selecionado em plantios é considerada uma das causas da baixa produtividade dos pomares de cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Willd. ex. Spreng.) Schum.) na região Amazônica, juntamente com uma porcentagem de plantios suscetíveis ao patógeno Moniliophthora perniciosa (Stahel) Singer, causador da vassoura-de-bruxa (CRUZ E ALVES, 22). A grande variabilidade genética compromete não só a produtividade, como também dificulta a uniformidade das parcelas em trabalhos experimentais. O desenvolvimento de plântulas constituídas por genótipos superiores e homogêneos seria fundamental para viabilizar uma solução para esse problema. Nesse sentido, a cultura de tecidos é uma

Embrapa Amazônia Oriental. 21 a 23 de agosto de 213, Belém-PA alternativa, pois permite obter material uniforme e selecionado (CID, 21). Devido o interesse em estabelecer um protocolo de clonagem de materiais superiores para o cupuaçu, partiu-se de experimentações realizadas com cacaueiro, por apresentarem familiaridade botânica, adaptando-se um protocolo de embriogênese somática usado na cultura do cacau à cupuaçuzeiro. Objetivou-se induzir calos in vitro em estaminoides de cupuaçuzeiro, visto que a calogênese é considerado como o primeiro passo para regeneração de plantas in vitro. Material e Métodos Estaminoides foram extraídos de botões florais da cultivar BRS Codajás, genótipo 186 de cupuaçuzeiro, pertencente ao banco ativo de germoplasma da Embrapa Amazônia Oriental. O experimento foi conduzido no Laboratório de Biotecnologia e Recursos Genéticos da mesma instituição. Em câmera de fluxo laminar, efetuou-se assepsia dos botões florais imergindo-os em álcool comercial (92,8%) durante 1 min, seguido de solução de Ca(ClO) 2 a 4% acrescido de seis gotas de tween por 1 min, sob constante agitação, seguindo lavagens com água destilada autoclavada. Para o cultivo dos estaminoides, foram utilizados em sequência três meios de cultura descritos no protocolo de embriogênese somática sugerido por Li et al (1998): meio para o crescimento primário de calos (CPC) por 14 dias, para o crescimento secundário de calos (CSC) por 14 dias e meio para o desenvolvimento de embrião (DE), neste meio de cultura os explantes foram subcultivados a cada 14 dias até completar 1 dias. Os explantes foram removidos dos botões florais e inoculados em meio de cultura DKW (DRIVER E KUNIYUKI, 1984) para crescimento primário de calos (CPC), suplementado com vitamina DKW, glicose 2 g.l -1,glutamina 2 mg.l -1 e mio-inositol 1 mg.l -1. A este mesmo meio foram adicionados diferentes combinações dos fitorreguladores TDZ (tidiazuron) e 2,4-D (2,4-diclorofenoxiacético). T1:,2 mg.l- 1 de TDZ e 1 mg.l -1 de 2,4-D; T2:, mg.l -1 de TDZ e 2 mg.l -1 de 2,4-D; T3:,1 mg.l -1 de TDZ e 4 mg.l -1 de 2,4-D; T4:,1 mg.l -1 de TDZ e 6 mg.l -1 de 2,4-D; T:,2 mg.l -1 de TDZ e 8 mg.l -1 de 2,4-D; T6:,2 mg.l -1 de TDZ e 4 mg.l -1 de 2,4-D e T7:,1 mg.l -1 de TDZ e 8 mg.l -1 de 2,4-D. Os explantes foram transferidos para meio de crescimento secundário de calos (CSC), constituído de sais de WPM (LLOYD & MCCOWN, 198), suplementado com vitaminas de Gamborg, 2 mg.l -1 de 2,4-D,, mg.l -1 de BAP e 2 g.l -1 de glicose. Em seguida, os calos foram cultivados em meio de desenvolvimento de embriões (DE), composto de sais e vitaminas DKW,

Embrapa Amazônia Oriental. 21 a 23 de agosto de 213, Belém-PA suplementado com 3 g.l -1 de sacarose; 1 g.l -1 de glicose. O ph foi sempre ajustado para,8 e foi usado phytagel a,2% como agente gelificante. Os tratamentos diferiram na concentração de fitorreguladores usados no meio para CPC, foram usados cinco explante por frascos com quatro repetições, representada por um frasco com 2 ml de meio de cultura. As análises foram realisadas com base na porcentagem de formação de calos em três distintos estádios de desenvolvimento: calo pequeno, estádio de desenvolvimento em que a massa calosa encontrou-se restrita a alguns pontos do explante, geralmente na base dos estaminoides onde é iniciada a formação de calos (C 1 -calo pequeno); calo médio, estádio em que a massa calosa recobria toda a base e outros pontos do explante (C 2 - calo médio); e calos grandes ou abundantes, fase em que os explantes encontraram-se totalmente coberto por massa calosa (C 3 - calo grande). Resultados e Discussão Ocorreu a formação de calos nos três diferentes estádios de desenvolvimento (Tabela 1). As maiores taxas de formação de calos ocorreram nos tratamentos T1 e T2. O maior percentual (%) de formação de calos in vitro ocorreu no tratamento T1, considerados abundantes (C 3 ), enquanto 4% dos explantes do tratamento T2 responderam com calos de tamanho mediano (C 2 ). No tratamento T4, foi observado 2% de calos grandes (C 3 ). A taxa de formação de calos no T foi igual tanto para a formação de calos médios quanto para formação de calos grandes, representado por 1%. Os tratamentos T6 e T7 responderam com apenas 1% de calos grandes e médios, respectivamente. Tabela 1 Percentual de formação de calos para estaminoides de cupuaçu cultivados in vitro. T1 (,2 mg.l -1 de TDZ + 1 mg.l -1 de 2,4-D); T2 (, mg.l -1 de TDZ + 2 mg.l -1 de 2,4-D) T3 (,1 mg.l -1 de TDZ + 4 mg.l -1 de 2,4-D); T4 (,1 mg.l -1 de TDZ + 6 mg.l -1 de 2,4-D); T (,2 mg.l -1 de TDZ + 8 mg.l -1 de 2,4-D); T6 (,2 mg.l -1 de TDZ + 4 mg.l -1 de 2,4-D) e T7 (,1 mg.l -1 de TDZ + 8 mg.l -1 de 2,4-D). Formação de calos (%) Tratamentos C 1 C 2 C 3 T1 2 T2

Embrapa Amazônia Oriental. 21 a 23 de agosto de 213, Belém-PA 4 1 T3 T4 1 2 T 1 1 T6 1 T7 1 Os melhores resultados, com relação a qualidade dos calos obtidos provenientes dos estaminoides, foram encontrados para os tratamentos T1, T2 e T6. Os estaminoides submetidos à condição T1 exibiram massa calosa clara na região da base da estrutura. Entretanto, a região basal apresentaram calos com coloração escura, provavelmente decorrente da oxidação dos tecidos. Os explantes submetidos aos tratamentos T2 e T6 exibiram características semelhantes a calos friáveis, apresentando massa calosa redonda, aspecto brilhoso e coloração clara. Entretanto, tornaram-se volumosos, apresentando coloração branca e mais consistente, com a continuidade dos subcultivos (1 dias). Depois de transferidos para o meio CSC a massa calosa começou a se expandir que antes era restrita a base do explante pode ser devido à adição de regulador de crescimento. O meio DE é um substrato para indução e maturação de embriões, este é sem regulador de crescimento, entretanto não foi observada a emergência de embriões somáticos em nenhum dos tratamentos realizados. Conclusões

Embrapa Amazônia Oriental. 21 a 23 de agosto de 213, Belém-PA É possível a indução de calos em estaminoides de cupuaçuzeiro com características semelhantes a calos friáveis ao adicionar o dobro da concentração dos reguladores de crescimento, TDZ e 2,4-D proposto por Li et al. (1998). Agradecimentos À Embrapa pelo financiamento da pesquisa e a FAPESPA pela Bolsa de Iniciação Cientifica. Referências Bibliográficas CID, L.P.B; Cultivo in vitro de Plantas. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 21. CRUZ, E.D; ALVES, R.M.; Cultivares de cupuaçuzeiro tolerantes à vassoura-de-bruxa. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 4p. Recomendações Técnicas, 22. DRIVER, J.A.; KUNIYUKI, A. H. In vitro propagation of Paradox walnut rootstock. HortScience 19:7-9; 1984. LI, Z.; TRAORE, A.; MAXIMOVA, S.; GUILTINAN, M. Somatic embryogenesis and plant regeneration from floral explants of cacao (Theobroma cacao L.) using tidiazuron. In Vitro Cell Developmental Biology, New York, v. 34, p. 293-299, 1998. LLOYD, G.; McCOWN, B. Commercially-feasible micropropagation of mountain laurel, Kalmia latifolia, by use of shoot tip culture. Proceedings of International Plant Propagators, Ashville, v.3, p. 421-427, 198.