PLANO DE TRABALHO PROJETO TÉCNICO E PLANO DE APLICAÇÃO



Documentos relacionados
ANEXO IV. Roteiro para Inspeção Anual das Unidades de Semiliberdade. (artigo 94 do Estatuto da Criança e do Adolescente)

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA SELEÇÃO DE PROJETOS FINANCIADOS PELO FUNDO MUNICIPAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE TANGARÁ DA SERRA, MT - N.

PROGRAMA EDUCAÇÃO INFANTIL PROJETO PARALAPRACÁ

O SUAS COMO PARCEIRO NA PROMOÇÃO, DEFESA E GARANTIA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

O Adolescente em Conflito com a Lei e o Debate sobre a Redução da Maioridade Penal

MINUTA SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

SÍNTESE DO LEVANTAMENTO DE DEMANDAS DE PROJETOS DO TERRITÓRIO

O PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO OESTE, ESTADO DE SANTA CATARINA.

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

ANEXO I FORMULÁRIO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETOS EM CONSONÂNCIA AO EDITAL Nº 01/2015

EDITAL DE SELEÇÃO DE VOLUNTÁRIOS PARA DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NO NÚCLEO DE PROJETOS COMUNITÁRIOS DA PUCPR

NOME DO CURSO: A Gestão do Desenvolvimento Inclusivo da Escola Nível: Aperfeiçoamento Modalidade: A distância. Parte 1 Código / Área Temática

RESOLUÇÃO Nº 3, DE 13 DE MAIO DE 2016

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS.

Processo seletivo ADRA/Prefeitura Municipal de Cariacica. Conforme oferta descrita no quadro a seguir:

A Tipificação e o Protocolo de Gestão Integrada

Elaboração do Plano de Gestão de Logística Sustentável do Senado Federal - PGLS

ORIENTAÇÃO DE PREENCHIMENTO DO PLANO DE TRABALHO PARA O PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO 2005

ÇÃO PERMANENTE PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃ

CRAS Centro de Referência de Assistência Social. Coordenadores, Assistentes Sociais, Técnicos. (Organização)

TERMO DE REFERÊNCIA. INSTRUMENTO: ( x ) Chamada Pública ( x) Encomenda ( x ) Convite

A Tipificação e o Protocolo de Gestão Integrado

COMUNICADO CONAB/MOC Nº 029, DE 14/11/2005 PROJETO DE VENDA DE ALIMENTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR. 3. Endereço 4. Município/UF 5.

Ministério do Esporte ORIENTAÇÕES ESTRUTURANTES

POLÍTICAS PÚBLICAS: RECORTE MUNICÍPIO DE NITERÓI

[Digite aqui] GUIA PARA OS CMDCAS A RESPEITO DA RESOLUÇÃO 164/2014

Curso Vigilância em Saúde

SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL. Dr Alexandre de Araújo Pereira

ANEXO I MODELO DE PROJETO

1. DADOS CADASTRAIS. Órgão/Entidade Proponente PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO CNPJ /

PROJETO DE LEI N.º 56

QUANDO A VIDA. DOS BRASILEIROS MUDA, O BRASIL MUDA TAMBÉM. Saiba como participar dessa mudança. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME

Resultados do Serviço Preparação para o Primeiro Emprego Ano 2013

REGULAMENTO DA POLÍTICA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS UNIFIMES

PLANO DE TRABALHO PEDAGÓGICO

PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA

O que é o CMDCA O Que é o FUMCAD Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovados pelo CMDCA O que faz o CMDCA

O MP E A FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS

PLANO DE TRABALHO. Governo do Estado do Pará 1. DADOS CADASTRAIS PROPONENTE 2. DADOS CADASTRAIS EXECUTOR CNPJ /

NORMA OPERACIONAL DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS

RETIFICAÇÃO ANEXO IV DECLARAÇÃO

Orientações Para o Preenchimento do Formulário de Inscrição Preliminar dos Projetos

Política Nacional de Assistência Social SUAS Plano 10: Estratégias e Metas para Implementação da Política Nacional de Assistência Social

Apresentação da Lei de Criação do CMDCA

PROCESSO N 553/2008 PROTOCOLO N.º PARECER N.º 786/08 APROVADO EM 05/11/08 INTERESSADO: SENAI NÚCLEO DE ASSESSORIA ÀS EMPRESAS DE CIANORTE

ANEXO III. Roteiro para Inspeção Anual das Unidades de Internação. (artigos 94, 95 e 124, do Estatuto da Criança e do Adolescente)

ESTATUTO SOCIAL DO FÓRUM GOIANO DE ENFRENTAMENTO AO USO DE CRACK E OUTRAS DROGAS

A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Silvia Helena Vieira Cruz

EDITAL - SELEÇÃO PARA ESTÁGIO NO DEPARTAMENTO JURÍDICO

SUAS E AS DESIGUALDADES REGIONAIS: GESTÃO E FINANCIAMENTO REGIÃO CENTRO-OESTE. RIO VERDE, 03 e 04 de abril de 2013

EDITAL Nº 13/2014 Seleção Simplificada de Recursos Humanos - CONSULTOR POR PRODUTO

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S

Em 23/2/2005, o Senhor Secretário de Educação Básica do Ministério da Educação,

SAÚDE PÚBLICA - NASF. Alexandre de Araújo Pereira

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA DOS USUÁRIOS DOS SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO

MANUAL DE ESTÁGIOS. Lei de estágio /08

CONCURSO PÚBLICO PARA BOLSA DE ESTÁGIO SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA

EDITAL PROCESSO SELETIVO. Instituição Criança Somos o Amanhã Nº 02/2015

MOSTRA DE PROJETOS Iniciativas Sociais que contribuem para o desenvolvimento local REGULAMENTO

Orientações para o Estágio

PROJETO BÁSICO DE CURSO EM EaD. JUSTIFICATIVA (análise de cenário / análise das características da Instituição):

O Brasil cresceu porque a pobreza diminuiu. Já pensou quando acabarmos, de vez, com a miséria?

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GOTARDO

PROJETO CULTURA DIGITAL E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

DESAFIOS PARA GARANTIR O TRABALHO DECENTE PARA OS/AS JOVENS, COM ESPECIAL ATENÇÃO ÀS QUESTÕES DE GÊNERO E RAÇA

ÓRGÃO: SECRETÁRIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DA INFÂNCIA E JUVENTUDE E DA DEFESA DOS USUÁRIOS DOS SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO

Formulário fora do período de validade!

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EDITAL DE CONCURSO PARA PROGRAMA DE MONITORIA N O 01/2016 CONCURSO PARA INGRESSO DE MONITOR

ANO LETIVO 2014/2015 REGIMENTO DO DEPARTAMENTO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO PRÉ ESCOLAR

SECRETARIA MUNICIPAL DA MULHER

Rua da Profissionalização. Municipalino:

ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR

3) Preencher Ficha de Cadastro da Instituição de Acolhimento. 3.1) Promotoria da Instituição de Acolhimento

REGULAMENTO INTERNO VOLEIBOL ATC

CIÊNCIA E INFORMAÇÃO APOIO A PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO

PLANO DE AÇÃO. Equipe Pedagógica

participar da centros urbanos Como sua comunidade pode plataforma dos Plataforma dos Centros Urbanos Aliados estratégicos:

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

Manual do Processo de Planejamento da UFSC. Departamento de Planejamento SEPLAN/UFSC

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ILHA SOLTEIRA CNPJ: / FACULDADE DE ILHA SOLTEIRA - FAISA

OFICINA 3 IGM Indicadores de Governança Municipal Projeto SEP: PLANEJAMENTO E FORMAS ORGANIZACIONAIS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS MUNICIPAIS / REGIONAIS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA HOSPITALAR E AMBULATORIAL DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE

PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS

Relatório Anual de Transparência Ano de 2015

REGULAMENTO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Município de Leiria Câmara Municipal. Orçamento Participativo

1.º Objectivo. 2.º Pré-requisitos de acesso

Roteiro para elaboração de projetos CMDCA JUNDIAÍ. 1. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO CMDCA/Jundiaí-SP

CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Perguntas Freqüentes. 1. PST no Mais Educação

PLANO DE TRABALHO PROJETO-PILOTO CIDADES DIGITAIS

CAPÍTULO II DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

Interdisciplinar II Módulo CST: GESCOM

RESOLUÇÃO CGRAD 020/08, DE 16 DE JULHO DE 2008

INSTRUÇÃO NORMATIVA SPO N.º 003/2012, 11 DE DEZEMBRO DE 2012.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CRISTINA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

5 - O que significa ser voltado para orientação, análise e avaliação dos serviços?

Curitiba I Encontro Internacional de Curitiba em Gestão Pública para Resultados

ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

Transcrição:

PLANO DE TRABALHO PROJETO TÉCNICO E PLANO DE APLICAÇÃO 1. DADOS CADASTRAIS 1.1 Dados Cadastrais da Instituição Proponente Nome da Instituição Proponente Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social CNPJ 09088839 00106 Endereço CEP Palácio das Araucárias - Rua Jacy Loureiro de Campos, s/n - Centro 80530-915 Cívico Telefone (41) 3210-2400 Fax ( ) E-mail institucional gabinete@seds.pr.gov.br Banco Nº Agência Nº Conta Corrente Nome do Responsável Legal da Instituição Proponente Fernanda Bernardi Vieira Richa Função Secretária de Estado Telefone (41) 3210-2447 Endereço Residencial RG 954.242-6 Celular ( ) Palácio das Araucárias - Rua Jacy Loureiro de Campos, s/n - Centro Cívico Telefone Fax (41)3210-2400 ( ) Nome do Responsável Técnico pela execução do programa Cláudia Regina Bronner Foltran Função Coordenadora de Medidas Socioeducativas Telefone (41) 3210-2470 Formação Direito RG 6.213.462-3 PR Celular (41) 9249-8362 CPF 604.858.099-15 E-mail fricha@seds.pr.gov.br CEP CPF 942.411.049-91 E-mail institucional 80530-915 cfoltran@seds.pr.gov.br N registro no Conselho Profissional OAB 33920 PR

2. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO Nome do Programa/Serviço Aproximando famílias Local / endereço onde será executado o programa/serviço Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade do Estado do Paraná 3. CARACTERIZAÇÃO DO PROGRAMA/SERVIÇO Os Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade são unidades de atendimento da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social que executam as medidas socioeducativas privativas e restritivas de liberdade que integram a rede de atenção ao adolescente em conflito com a lei. Estão articulados entre si e com os demais equipamentos da rede, programas e regimes de atendimento, permitindo o funcionamento do sistema de justiça juvenil. As bases da implantação dos Centros de Socioeducação são definidas pela sua concepção arquitetônica, concepção sociopedagógica, dinâmica funcional e definição de equipamentos e materiais. Os Centros de Socioeducação estão localizados nos seguintes municípios: Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul, Londrina, Maringá, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Santo Antônio da Platina, Piraquara, Toledo e Umuarama. Têm abrangência regional e ofertam programas de internação provisória e internação, individualmente ou simultaneamente. Nos municípios de Londrina, Curitiba, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Cascavel, também é ofertado o programa de Semiliberdade, que funcionam em casas distintas do Centro de Socioeducação. Serão inaugurados o Centros de Socioeducação de São José dos Pinhais e as Casas de Semiliberdade de Umuarama e Paranavaí. Caracterização dos Programas Internação provisória: A internação provisória é um procedimento aplicado antes da sentença, quando há indícios suficientes da autoria e materialidade do ato infracional, cometido pelo adolescente, conforme prevê o artigo 183 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Caracteriza-se pelo período de privação de liberdade, determinado pela autoridade judicial, com duração de até 45 dias, quando são realizados os estudos técnicos que subsidiam a aplicação da medida socioeducativa. Está instalado em espaço físico adequado à sua finalidade, atendendo as especificações do Estatuto da Criança e do Adolescente e do

Sistema Nacional do Sistema Socioeducativo. Público-alvo: destina-se ao atendimento de adolescentes de ambos os sexos, de 12 à 18 anos incompletos, apreendidos por autoridade judicial em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. Objetivos do programa: Realizar estudo de caso, que identifique a trajetória de vida dos adolescentes e as circunstâncias em que ocorreu o ato infracional, a fim de subsidiar a decisão judicial; Promover espaços para a reflexão e conscientização dos adolescentes do ato infracional praticado e da sua trajetória de vida; Preparar os adolescentes para o cumprimento da medida socioeducativa definida pelo juiz, garantindo o acompanhamento familiar e articulando a rede de serviços para sua reinserção social; Propor às autoridades judiciais a aplicação de medidas socioeducativas que favoreçam o resgate psicossocial dos adolescentes. Internação: É a medida privativa de liberdade aplicada como resultado do processo judicial, quando o ato infracional foi praticado mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou quando houve reincidência no cometimento de outras infrações. Sua duração pode variar de 06 meses há 03 anos, com avaliação periódica a cada seis meses, conforme estabelece o artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente. O programa está instalado em espaço físico especialmente preparado, atendendo as exigências do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo e possibilita a separação dos adolescentes por idade, compleição física e gravidade da infração, além de permitir o desenvolvimento da proposta pedagógica, em condições de segurança. A quantidade de vagas poderá variar entre 20 e 90, dependendo das características da população e da demanda regional. Público-alvo: A internação é aplicada para adolescentes de 12 à 18 anos incompletos, encaminhados à unidade socioeducativa, por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. Como essa medida socioeducativa tem duração máxima de 03 anos, o programa poderá atender adolescentes de até 21 anos incompletos. Objetivos: Desenvolver nos adolescentes as competências de ser e de conviver de modo a contribuir para a construção do seu projeto de vida; Promover o atendimento dos adolescentes através de ações socioeducativas, privilegiando a escolarização, a formação profissional e a inclusão familiar e comunitária dos adolescentes; Zelar pela integridade física, moral e psicológica dos adolescentes; Realizar estudos de caso e elaborar relatórios técnicos dos adolescentes, abordando os aspectos socioeducativos de sua história pregressa e os fatos ocorridos durante o período de internação; Proporcionar oportunidades para o desenvolvimento do protagonismo juvenil; Preparar os adolescentes para o convívio social, como pessoas cidadãs e futuros profissionais, de modo a não reincidirem na prática de atos infracionais; Estabelecer redes comunitárias de atenção aos adolescentes e seus familiares, com o objetivo de favorecer sua integração a partir do desligamento. Programa de Semiliberdade: O regime de semiliberdade está contemplado no artigo120 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que o define como uma medida socioeducativa

restritiva de liberdade, que pode ser determinada pela autoridade judicial como medida inicial ou como forma de transição para o meio aberto. A medida não comporta prazo determinado e tal como a internação, está sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. O espaço físico destinado ao programa é caracterizado como uma moradia e reproduz o modelo de uma residência. Sua concepção visa proporcionar um ambiente socioeducacional que permita ao educando desenvolver um novo código de convivência, mas que também lhe ofereça garantias quanto a sua segurança pessoal, com limites espaciais definidos que lhe garantam proteção. Público-alvo: Destina-se a adolescentes em conflito com a lei atendidos em espaço físico caracterizado como uma moradia familiar com capacidade de atendimento variável entre 08 (semiliberdade feminina) e 18 adolescentes, dependendo das características da população e da demanda regional. A composição da população de cada casa seguirá um perfil prédeterminado quanto às características da população, como a faixa etária e a modalidade do atendimento (medida inicial ou de transição para o meio aberto.) Objetivos: Propiciar ao adolescente a convivência num ambiente educativo onde possa expressar-se individualmente, vivenciar o compromisso comunitário e participar de atividades grupais, visando sua preparação para exercer com responsabilidade o direito à liberdade irrestrita; Possibilitar ao adolescente o exercício do respeito às normas sociais e à pessoa do outro, no contato direto com o meio social, onde desenvolverá atividades voltadas à sua escolarização e profissionalização, além de outras oportunidades de interação comunitária; Resgatar a preservar vínculos familiares dos adolescentes, através da participação das famílias em atividades do programa e da liberação dos adolescentes para passar o final de semana em suas próprias casas, junto às suas famílias; Oferecer ao adolescente uma oportunidade de acesso à rede de serviços e programas sociais que necessite, proporcionando-lhe condições para o convívio social pleno. 4. PÚBLICO-ALVO Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de restrição e privação de liberdade, com idade entre 12 e 18 anos incompletos. A abrangência do projeto será Estadual. 5. OBJETIVOS Geral: Ampliar ao adolescente em cumprimento de medida socioeducativa o direito à convivência familiar e comunitária. Específicos: Intensificar o contato dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa com seus familiares; Proporcionar a manutenção/restabelecimento de vínculos entre adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e seus familiares;

Ampliar o atendimento prestado às famílias dos adolescentes, através da realização de grupos e palestras; Intensificar a participação da família no Plano Individual de Atendimento do adolescente. 6. METAS DE ATENDIMENTO Atendimento de 30% das famílias e adolescentes em cumprimento de medida de restrição ou privação de liberdade no período de 12 meses; Ampliação de aproximadamente 135 visitas/mês dos familiares aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. 7. METODOLOGIA DE TRABALHO O presente projeto visa intensificar a convivência familiar e comunitária dos adolescentes com seus familiares. Esta ação, para além da manutenção/resgate/fortalecimento de vínculos, complementa o trabalho socioeducativo desenvolvido pelas equipes dos Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade. No ano de 2012, a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, investiu R$ 190.000,00 para que os familiares dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas visitassem seus filhos. Este investimento vem de encontro com o preconizado no Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária: Do ponto de vista do direito à convivência familiar e comunitária, as medidas socioeducativas restritivas de liberdade, impõem, obviamente, limites à convivência cotidiana dos adolescentes com suas famílias e comunidades, o que não significa excluir a família do processo pedagógico empreendidos pelos adolescentes. A participação ativa da família e da comunidade na experiência socioeducativa é, inclusive, uma das diretrizes pedagógicas do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) ( ). Segundo o próprio texto do SINASE,...as práticas sócias devem oferecer condições reais, por meio de ações e atividades programáticas à participação ativa e qualitativa da família no processo socioeducativo, possibilitando o fortalecimento dos vínculos e a inclusão dos adolescentes no ambiente familiar e comunitário. As ações e atividades devem ser programadas a partir da realidade familiar e comunitária dos adolescentes para que em conjunto programa de atendimento, adolescentes e familiares possam encontrar respostas e soluções mais aproximadas de suas reais necessidades. (Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, 2006:54) Atualmente, 1074 adolescentes encontram-se em cumprimento de medida socioeducativa no Estado do Paraná, sendo que 30% das famílias destes adolescentes são beneficiárias do Programa Bolsa Família. Este dado nos remete à impossibilidade do custeio, por parte das famílias, de realizar visitas para seus filhos durante o período de internação. Assim, o Estado custeia mensalmente o

deslocamento destes até as Unidades Socioeducativas para que os vínculos familiares sejam mantidos. No primeiro semestre de 2013, foram custeados 814 (oitocentas e quatorze) deslocamentos de familiares e adolescentes, chegando ao valor final de R$ 95.913,62 (noventa e cinco mil, novecentos e treze reais e sessenta e dois centavos). Estes encontros entre adolescentes e familiares permitem a melhor execução do trabalho proposto pelas equipes das Unidades Socioeducativas, vindo ao encontro também, com as metas do adolescente, postas em seu Plano Individual de Atendimento. Descrição das atividades 1. Para o início do trabalho, as equipes das Unidades Socioeducativas, empreenderão esforços para garantir a participação da família no processo socioeducativo dos adolescentes. Serão realizados contatos telefônicos e/ou visitas familiares, a fim de articular uma data comum para a realização das visitas. Havendo conflito de datas, será mantida a que atender o maior número de famílias possíveis; 2. Após o primeiro contato, serão articuladas também as famílias dos adolescentes que moram na localidade da Unidade para que compareçam neste dia; 3. No primeiro encontro, será realizada sensibilização quanto à importância da participação da família durante o cumprimento de medida socioeducativa pelo adolescente. Serão levantados também, temas de interesse dos familiares e dos adolescentes, a serem discutidos em grupos ou palestras (dependendo da dinâmica da Unidade); 4. Além da realização de grupos e palestras, os adolescentes também terão tempo disponível para interagir com seus familiares; 5. As equipes das Unidades Socioeducativas também prestarão atendimentos individuais para a discussão de encaminhamentos pertinentes ao adolescente, bem como encaminhamentos às demais políticas públicas, quando necessário; 6. Todos os profissionais da equipe técnica das Unidades Socioeducativas participarão das atividades propostas no presente projeto, dependendo da temática a ser abordada. Profissionais envolvidos Para o desenvolvimento do presente projeto, as Unidades Socioeducativas contam com a seguinte equipe: Assistentes sociais - 40 horas semanais; Psicólogos 40 horas semanais; Pedagogos 40 horas semanais; Terapeutas Ocupacionais 30 horas semanais; Educadores Sociais 40 horas semanais dividas em escalas de plantões de 12x36hs.

Articulação com a rede de atendimento Para a realização deste projeto, as equipes das Unidades Socioeducativas articularão permanentemente a rede de atendimento estadual e municipal, uma vez que as famílias dos adolescentes, em sua maioria, encontra-se em acompanhamento com a rede socioassistencial do município de origem do adolescente. Outro órgão de suma importância para a efetivação deste projeto é o Conselho Tutelar, que auxilia com frequência as equipes das Unidades Socioeducativas na busca dos familiares dos adolescentes. 8. ATIVIDADES E CRONOGRAMA OBJETIVOS ATIVIDADES Periodicidade das atividades diária semanal mensal 1.Intensificar o contato dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa com seus familiares; 1.1. Realizar contatos com os familiares dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, a fim de orientá-los quanto a importância destes no processo socioeducativo; 2.Proporcionar a manutenção/restabelecimento de vínculos entre adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e seus familiares; 3.Ampliar o atendimento prestado às famílias dos adolescentes, através da realização de grupos e palestras; 1.2. Garantir o direito à Convivência Familiar e Comunitária 2.1. Realizar atendimentos às famílias dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, 2.2. Encaminhar as famílias dos adolescentes às demais políticas públicas, no âmbito municipal, quando necessário; 2.3. Inserir as famílias dos adolescentes na metodologia do Programa AFAI, no momento da internação 3.1. Pesquisar temas de interesse das famílias dos adolescentes para a realização de palestras; 3.2. Intensificar a comunicação entre as Unidades Socioeducativas com a família do adolescente. 3.3. Realizar grupos sobre temas sugeridos pelos adolescentes e seus familiares. 4.Intensificar a participação da família4.1. Orientar às famílias quanto a execução do no Plano Individual de Atendimento Plano Individual de Atendimento do adolescente do adolescente. e a importância desta na construção do novo projeto de vida do adolescente. 4.2. Incluir a família no Projeto de vida do adolescente.

9. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO OU MODALIDADE Serão considerados eixos para a avaliação do projeto: Número de atendimentos familiares realizados mensalmente; Número de visitas realizadas mensalmente; Participação da família no processo socioeducativo do adolescente; Manutenção/resgate do vínculo familiar do adolescente com seus familiares; Comprometimento das famílias na execução do Plano Individual de Atendimento do adolescente; Articulações realizadas com a rede.

PLANO DE APLICAÇÃO GERAL Recursos do FIA NATUREZA DESCRIÇÃO DOS ITENS QUANTIDADE DE ITENS VALOR TOTAL Custeio Serviços de Terceiros (Pessoa Jurídica) 1600 R$190.000,00 TOTAL FIA 1600 R$190.000,00 Contrapartida Executada pela Instituição Proponente NATUREZA DESCRIÇÃO DOS ITENS QUANTIDADE DE ITENS VALOR TOTAL Custeio Serviços de Terceiros (Pessoa Jurídica) 814 R$ 95.913,62 TOTAL 814 R$ 95.913,62 Curitiba, 11 de setembro de 2013. Fernanda Bernardi Vieira Richa Secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social Letícia Codagnone F. Raymundo Diretora Geral Secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social

PLANILHA DETALHADA Recursos do FIA NATUREZA DESCRIÇÃO DOS ITENS QUANT. ITENS VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL Custeio Serviços de Terceiros (P.J.) 1600 R$ 118,75 R$ 190.000,00 TOTAL FIA 1600 R$ 118,75 R$ 190.000,00 Contrapartida Executada pela Instituição Proponente QUANT NATUREZA DESCRIÇÃO DOS ITENS. ITENS VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL Serviços de Terceiros (P.J.) 814 R$ 117,83 R$ 95.913,62 TOTAL CONTRAPARTIDA 814 R$ 117,83 R$ 95.913,62 Curitiba, 11 de setembro de 2013. Fernanda Bernardi Vieira Richa Secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social Letícia Codagnone F. Raymundo Diretora Geral Secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social