ANAIS 00 XXXII CONGRESSO BRASILEIRO OE GEOLOGIA. SALVADOR. BAHIA. 1W2. V. 3



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, ANAIS 00 XXXII CONGRESSO BRASILEIRO OE GEOLOGIA. SALVADOR. BAHIA. 1W2. V. 3 A PROViÍJCIA ALCALINOCARBONÂTICA BRASILANGOLA E SEUS PRINCIPAIS ASPECTOS ECONÔMICOS Franciwo E. Lapido Lourtiro MX. Wwing di VMterano NUCLEBRAS RJ ABSTRACT The principal characteristics of the BrazilAngola Alkaline Carbonatite Province are defined and described with specific reference to tectonic setting and economic aspects. The economic aspects of the Brazilian uranium deposits are emphasised^ The BrazilAngola AlkalineCarbonatite Province can be divided into six Brasilian subprovinces and two Angolan subprovinces. Correlation between the subprovinces of Brazil and Angola remains speculative due to the lack of detailed information, especially age determinations on the /jigolan rocks..however, an analysis of Lhe tectonic and petrochemical aspects suggests that the two Brazilian subprovinces*, situated along the littoral of Rio de Janeiro/São Paulo and around the periphery of the Paraná Basin may be more easily comparable to the two Angolan subprovinces than the remaining four.. 1. INTRODUÇÃO Os complexos alcalinos e/ou carbonatiticos do Brasil juntamente com os de Angola constituem, segundo o nosso ponto de vista, uma importante unidade geológica caracterizada por grande identidade geoqulmica.litológica, geocronológica e tectónica. Designamola por "Província Alcalino Carbonatítica BrasilAngola". Pode ser subdividida em sein subprov ncias no Brasil e pelo menos em duas, em Angola. As ocorrências brasileiras, muito melhor estudadas sob o ponto de vista econômico, têm revelado importantes reservas de nióbio, titânio, fosfatos e terras raras. Além destas, como resultado dos trabalhos da NUCLEBRAS, foi definida uma jazida de urânio no complexo alcalino de Poços de Caldas e foi constatada a presença de importantes reservas de urâ nio e tõrio, de baixo teor, associadas as rochas carbonatfticas.pelo con trário o conhecimento das mineralizações existentes nos complexos alcalt nocarbonatíticos de Angola é muito impreciso. Uma breve análise dos dã dos disponíveis levanos porém a concluir que é grande o seu potenciat econômico. Deve registrarse que as referências sobre Angola se baseiam em dados anteriores_a 1975, pois desconhecemos a existência de novos tra balhos posteriores àquela data. ~* ~ f 2 LITOLOGIA, IDADE B CONDICIONAMENTO «CTOMICP Apresentase uma síntese dos principais tipos litológicos, idades,condicionamento tectônico e aspectos econômicos da Província AlcalinoCarbona títica Brasil"*.ngoi í, incluindo três tabelas que acompanham o texto. ~ 1049

2.1. AS BOCHAS ALCALINQCARBOHATÍTICAS DO BRASIL São conhecidos cerca de 90 corpos intrusivos no Brasil, a maioria dos quais foram referidos por Ulbrich e Gomes (1980). Variar» muito^ quanto às suas dimensões, distribuição geográfica, condicionamento tectônico e petrografia. Contudo a maioria deles pode ser agrupado nas seguintes seis subprovlncias: I Fernando de NoronhaPortaleza, situada na parte leste do Estado do Ceará, constituída essencialmente por rochas efusivas alcalinas (1,8 a 28 m.a.). II Litoral dos Estados do P.io de Janeiro e São Paulo, formada principalmente por rochas alcalinas félsicas, de profundidade e efusivas e por brechas Igneas (50 a 130 m.a.). III Arco em torno dos limites nordeste e leste da Bacia do Paraná,for mada por complexos de rochas alcalinas e/ou ultrabásicas por, vezes com carbonatitos (65 a 130 m.a.). IV Area do rio Paraguai, ainda mal definida (200 a 250 m.a.). V Região costeira meridional do Estado da Bahia, com grande variedade de rochas alcalinas félsicas (550 a 650 m.a.). VI Norte do rio Amazonas. Mal definida petrográfica e geocronologica mente (1.000 a 1.700 m.a.). Devido â dispersão geográfica e indefinição de idades, de condicionamento tectônico e da sua petrologia, nem todas as ocorrências de rochas alcalinas foram incluídas nestas subprovlncias. A maioria dos maciços alcalinos são intrusivos em rochas metamorficas e condicionados estruturalmente por sistemas de falhas regionais, reativadas 6.71 vários períodos. Estudos de caráter petroquímico revelaram que predomina o tipo iniasquíti_ co, considerado menos favorável do que o agpaítico para minerallzações uraníferas. 0 complexo alcalino d<> Poços de Caldas poderá repesentar uma exceção, devido ao caráter agpaítico de algumas das suas rochas (Forman e Waring, 1981). As rochas alcalinas da subprovíncia II são geralmente félsicas, homogêneas e pouco tectonizadas. Não concern variedades ultrabásicas nem carbo natitos. A razão Th/U é alta e não revelam mineralizações uraníferas.os maciços alcalinos que circundam a Bacia do Paraná (subprnvincia:il) são pelo contrário, complexos diferenciados de tipo central, apresentando grands variedade de rochas e de concentrações minerais, são constituídos predominantemente por peridotito3, piroxenitos, gabros alcalinos e vários tipos de rochas feldspatõidicas. A sua composição varia dos termos ultrabásicos até aos hiperalcalinos e incluem, com certa freqüência, grandes massas carbonatíticas, ricas em fosfatos, níâbio, titânio,terras raras, tório, fluorita, etc. São estas grandes diferenças petrogrãficas que levaram a considerar duas subprovínelas, embora todos estes complexos caiam na mesma faixa de idades. 2.2. AS ROCHAS ALCALINOCARBONATlTICAS DE ANGOLA As rochas alcalinocarbonatíticas de Angola podem ser agrupadas em subprovínciasj duas I Zenza do 1tombe~Quitota, formada pór rochas alcalinas félsicas,efu sivas de profundidades (191 m.a. em uma amostra de fonolito). XI Cinturão alcalinocarbonatíticoquimberlítico NESW que inclui 2/3 dos complexos alcalinocarbonatfticos contendo grande variedade de ro 1050

chás alcalinas, principalmente dentro do clã das feldspatóidicas, carbonatitos e quimberlitos (88 a 138 m.a. referentes a dois compelxos ai ca li nocarbonatlticos). Embora a falta de determinações de idade e de informações detalhadas sobre o contexto geológicoestrutural não permitam um melhor agrupamento e definição de subprovíncias em Angola, podem ser apresentados alguns comentários sobre as 60 ocorrências conhecidas (Loureiro 1967 e 1973):. os complexos alcalinocarbonatlticos não estão diretamente associados, pelo menos em superfície, a uma atividade Ignea básica e/ou ultrabásicat. as principais ocorrências de carbonatitos, com enorme volume de rochas aflorando, são diretamente intrusivas em rochas ácidas do embasamento cristalino precambriano;. além de aflorarem em áreas extensas, os carbonatitos, de Angola tem ex pressão topográfica positiva, sendo que duas das ocorrências apresentam se sob a forma de imponentes "inselbergen";. os complexos carbonatíticos angolanos tem revelado importantes mineralizações de pirocloro, fosfatos, titanomagnetitas, terras raras, fluori^ ta, barita e até, num deles, teores altos de urânio e baixos de tório o que representa uma verdadeira exceção;. nas rochas alcalinas predomina o tipo miasqultico;. vários destes complexos apresentam estruturas anelares. 2 3. CORREIAÇfri POS PRINCIPAIS ASPECTOS TECTONICOS Considerando ; t K. ação dos continentes africano e sul americano para as suas posições <»? deriva, verificase que os grandes alinhamentos NE SH ae Africa poça s ar correlacionados com estruturas semelhantes da margem ocidental br;; Jfira (Asmus e Guazelli, 1981). a) O alinhanwr\c do Golfo da Guiné (Ano Bom, São Tome,Príncipe, Fernando PÓ, Província fs Camarões) pode ser correlacionada com o alinhamerto de Macei<?,na Pia iforma Brasileira. b) O alinhai ito VitõriaTrindade pode ser associado com os eventos tectônicos que v trão condicionado a implantação dos complexos alcalinos do NE de Angolí., tais como Uene e Lucenga. c) O importante "trend" estrutural, com cerca de 500 km de comprimento, definido na >.virte SE do Brasil pelo alinhamento de doze complexos alcalí nos /entre Cai) Frio e Poços de Caldas,pode ser correlacionado, em Angola", com os maciçís alcalinos situados a leste de Luanda tais como Calucala, Quilungo, Golungo Alto, Quiculungo e ainda mais para oriente, na região de Dalatando, incluindo os do rio Lucala e da Quitota. d) O extenso cinturão que atravessa Angola de NE para SE desde o graben Lukapa (fronteira com a República do Zaire) até o litoral, que inclui pe Io menos trinta complexos alcalinocarbonatítico, e centros quimberlíticos com mais de quarenta chaminés (Loureiro, 1973), poderá corresponder, no Brasil, a un cinturão interrompido pela Bacia do Paraná, contendo 9 complexos alcalinocarbonatlticos no Estado do Paraná e no extremo meridional do Estado de São Paulo. e) Analogamente o alinhamento de Guapiara poderá relacionarse com o sic tema de falhas ao longo do rio Cunene na fronteira de Angola com a Namíbia e que inclui o maciço ultrabãsico (comcarbonatitos?) de Morro Vermelho, a estrutura em anel carbonatítica de Lupongola (Chitado) e OS carbonatitos de Swartbooisdrift e Epembe na Namíbia. Neste alinhamento situamse os complexos de Jacupiranga e Juquiá (Serrote) de idade pré 1051

aptiana, contemporâneos do magmatismo basaltico da Bacia do Paraná e vá rias anomalias magnéticas que se interpretam como resultantes de outros complexos intrusivos não aflorantes. Na distribuição dos complexos alça linos em volta da Bacia do Paraná deve considerarse a sobreposição da tectônica linear de grandes proporções, jâ referida, com uma tectonica de distensão, radial ou subcircular, relacionada com os processos de subsi^ dência da referida bacia. 3. ASPECTOS ECONÔMICOS São conhecidas importantes mineralizações associadas aos complexos alcalinos e/ou carbonatíticos brasileiros. As mais importantes são as de ni óbio, fosfatos, titânio, terras raras, urânio, zircônio, alumínio (baux_i ta), vermiculita e fluorita (tabela 1). Em Angola ainda não foi feita uma avaliação sistemática das promissoras ocorrências de pirocloro, apatita, titanomagnetita, terras raras e fluo rita nem realizadas pesquisas para outros elementos. 3.1. WIÕBIO No Brasil o nióbio é extraído em Barreiro (Araxá) e Catalão. As reservas de Araxá são superiores a SOO milhões de toneladas de minério com teores acima de 2% de NbO, ou cerca de 200 milhões de toneladas com teo res não inferiores a 3,1» âe Nb.Cv. S a mais importante jazida de nióbio do mundo. O depósito de nióbio de Barreiro tem a forma de um ovo com_l,2 x.0,7 km. Ê composto de duas zonas principais, uma superficial de até 15 netros de espesssura e outra inferior de até 200 metros de espessura. Ambas apresentam os mesmos teores de niõbio embora a pandaíta de superfície reaja pior aos processos de concentração (Sad e Torres, 1976b). Em Catalão as reservas de minério de niõbio são da ordem de 23,5 milhões de toneladas cora teores acima de 1% de NbOj. Outros complexos carbonatíticos brasileiros mostram reservas importantes de pirocloro embora com teores inferiores aos de Araxá. Em Angola, sen trabalhos de avaliação, nem de prospecção sistemática,ape nas com base em dados dispersos e incompletos, sabese que poderá haver grandes reservas de pirocloro em alguns dos complexos carbonatíticos.por exemplo no monte Bonga, enorme massa de carbonatitos, os teores de KbO. em doze amostras de rocha, oscilam entre 0,12 e 0,92% enquanto em ArSxã variam entre 0,05 3 e 0,53% na rocha sã. 3.2. FOSFATOS A* reservas de rochas fosfáticas nos complexos carbonatíticos do Brasil ao da ordem de 2.258 milhões de toneladas, sendo a produção de concenfí?«os a P at ticos d «ordem de 870 000 toneladas/ano de?,o. 2 5 (dados de 1980). (Tabela 2). Em Angola não foi feito gualquer estudo procurando definir as reservas e teores de minério f03fatico associado aos complexos carbonatíticos Há porem, perspectivas favoráveis nas ocorrências de Bonga, Bailundo, Virulundo e Longonjo. 3.3. OlUttlIO Foram reconhecido» trê» tipo» de deposito» de urânio no» comolexos alca 11nos do Brasilj 1052

a) Em rochas alcalinas félsicas com evidências de fenômenos tectonomagmâticohidrotermais e de alteração (dissolução, percolação, reprecipitação). O minério de urânio principal é constituído por ôxidos negros (üoj, UO,), pelos seus produtos cie oxidaçãoepor minerais de nolibdenio e zircõnio. Exemplo: Poços de Caldas. b) Associados a rochas fosfãticas nos complexos carbonatíticos. O urânio ocorre na rede cristalina de fosfatos primários ou neoforrcados, como a apatita e a gorceixita, e/ou adsorvido em argilas. A razão Th/U ê supe rior ale freqüentemente alta. Exemplos: í.raxã. Catalão, Taoira e SalT tre. c) Associados a depósitos de minerais refratários como o zircão do calda sito de Poços de Caldas e ao pirocloro de Araxá, Catalão e Tapira, sendo o urânio elemento menor nos minerais em que está contido. üestes três tipos de depósitos, só o primeiro se revela econômico. Poços de Caldas é a única jazida de urânio em rochas alcalinas em produção no mundo. As suas reservas são apresentadas na tabela 3. No planalto de Poços de Caldas o urânio também está associado ao minério de zircônio (caldasito). O teor de urânio no caldasito é da ordem de 0,3% de U.Og mas a extração não se tem mostrado viável economicamente. Em Araxã, parte do pirocloro é uranifero. O minério de nióbio pode conter 0,02 a 0,1% de U,Og e os concentrados podem atincir 0,15 a 4fcop% de U.Og. f. extração do urânio do pirocloro temse revelado econonicanente inpõssível. Na área âo Riacho da íiata no complexo de Araxã, os concentrados de goyazita e de monazita contém 0 i 09 e 0,32% de U,Og respectivamente. No minério íosfático as concentrações de urânio variam de 0,013 a 0,03% de tuog con uma ~édia de 0,035% nos concentrados fosfáticos. í.utumta e urafiocircita ocorrem em zonas fraturadas na área do depósito de fosfatos,acima do nível freático, podendo então o minério fosfãtico atingir até 0,11% Mo complexo carbonatítico de Catalão também ocorre urânio no báriopirocloro (pandaíta) e no minério fosfático. Neste, o teor médio é da ordem de 150 ppm de V 2 S contendo ainda apreciáveis reservas, de baixo teor, de Th, Nb, Zr e La. Há um fator de enriquecimento dos rejeitos do processo de tratamento, em relação ao urânio: 1,6 para as lamas e 1,2^ para os rejeitos de flutuação. T. razão Th/U é de 3,25 no minério fosfãtico, de 3,16 nas lamas residuais, de 2,4 3 nos rejeitos de flutuação e de 1,77 nos concentrados fosfáticos. Este produto final tem apenas cerca de metade do urânio (75 ppm de U0») que contém o minério da alimentação (150 ppm de Ü 3 O 8 ). * Em Tapira os minerais radioativos são a irinita, a monazita e perovskita e o pirocloro. Numa área selecionada pela sua radiometria, anostras de solo coletadas em poços de pesouisa,revelaram um teor médio de 73 ppm de Ü 3 8 0 urânio e o tório também estão associados â perovskita na chaminé carbonatitica de Salitre. Em Angola sabese da existência de fortes anomalias radiométricas em alguns dos complexos alcalinocarbonatlticos, como, por exemplo,viruiundo, Coola, Bailundo e Longonjo.Duas amostras decarbonatitos do morro Virulun do,revelaram 0,38 e 0,22% de U0 e 0,09 e 0,05 de ThO,. Não ne possuem outras informações. 10S3

3.4. TERRAS RARAS Os complexos aicalinos e/ou carbonatíticos são potencialmente favoráveis à concentração de terras raras. No complexo de Araxá (Barreiro) há três áreas principais enriquecidas em minerais de terras raras, especialmente monazita e goyazita. As reservas são de 1.296.000 toneladas, com teores de 1015*(Sad e Torres,1976a). Em Catalão, as reservas de minério de terras raras (medidas + indicadas + inferidas), com teores superiores a 10% (CeO D + La,O.J são de 8 mi lhões de toneladas (Carvalho, 1974). * * Em Angola verificouse a presença de terras raras em todos os complexos carbonatíticos. As poucas análises químicas e mineralógicas disponíveis e a total falta de trabalhos de prospecçlo, não permitem uma estimativa do seu interesse. 3.5. TITÂNIO Os complexos carbonatíticos mostram, com freqüência, contrações de titânio, quer associado ao ferro nas titanomagnetitas, quer en minerais individualizados como a ilmenita, o anatásio, o rútilo e a perovskita. Em Catalão a mineralização titanífera tem origem residual. Provém do in temperismo dos silicocarbonatitos. P. leucoxenizaçao dos minerais primários dá origem a um conjunto de agradados terroso, constituídos essencialmente de anatásio e impurezas de ilmenita, hematita, goetita e Ria terial amorfo. 0 principal produto de Tapira éo minério de titânio, constituído p r leucoxena, perovskita, ilmenita e rútilo. Há três tipos de deposites neste complexo (Sad e Torres,1976b). O primeiro é constituído por perovskita disseminada na rocha inalterada em proporções que variam de 1 a 10%. 0 segundo tipo é formado por ilmenita contida na magnetita, disseminada num depõ.sito de cobertura na proporção de 20 a 703 ( as 1 amolas de ilmenita nos cristais de magnetita estão na razão de 3:7). O tercei^ ro tipo é composto por anatásioleucoxema nutra laterita residual com a espessura de cerca de 100 metros e uma área de 4 x 3 quilômetros. As reservas totais (medidas + indicadas + inferidas) de minério de titânio são de 160 milhões de toneladas com mais de 10% de TiO. em Catalão (Carvalho, 1974) e de 1.500 milhões de toneladas com teores de 10 a 30% de TiO 2 em Tapira (Sad e Torres, 1976 b). Nada se conhece sobre ocorrências de titânio associadas aos complexos a.1 calinocarbonatíticos de Angola. 3.6. VERMICULITA São conhecidas, no Brasil, mineralizações de vermiculita em Catalão, Tapira Salitre. Apenas a primeira foi bem estudada. Em Catalão a mineralização forma um corpo alongado seiricircular. E caracterizada pela presença de palhetas de vermiculita, de granulomtria va riável, associadas a material argiloso, contendo, principalmente, magne= titã, ilmenita, anatásio e apatita. As reservas totais com teores de até 80% de vermiculita,para as frações superiores a 325 mesh, são de 48 milhões de toneladas. De*tas,apenas un» 6 milhões de toneladas,com teor médio de 14%, tem granulometria superior a 20 mesh (Carvalho, 1974). Em Angola nada se conhece sob este tipo de mineralização. 1054

3.7. TITANOMAGNETITAS As magnetitas titanadas são sempre abundantes nos complexos carbonatlticos do Brasil e de Anaola. Têm contudo pequeno valor econômico atendendo aos seus teores de titânio, que são baixos como minério de titânio e altos para minério de ferro. Em Angola, na estrutura anelar carbonatítica do Bailundo, situada no cen trooeste do país, chegou a haver uma pequena produção de 500.000 toneia das/ano de um minério constituído por magnetita titanada. Nessa jazidat as reservas existentes em depósitos eluvionares e de talus, com uma espessura média de 14 a 16 metros e cobrindo uma área de 15 km 2, situados no interior do anel de rochas silicosas que circundam o complexo, são da ordem de 100 milhões de toneladas. No Virulundo também é de prever que hajam boas reservas de minério de ferro associado a depósitos de tãlus. 3.8. FLUORITA No Brasil,a principal ocorrência de fluorita relacionada con a atividade ignea alcalina, ê a da região de Rio Bonito, no Estado do Rio rfe Janeiro, onde a mineralização se encontra em extenso dique. A fluorita também ocorre no complexo carbonatitico de Nato Preto. Outros indícios,naquela região, relacionamse com as intrusões ígneas de Cerro Azul. Em Angola conhecemse bons indícios de fluorita nos carbonatitos silicifiçados da Tchivira, onde ocorre disseminada na rocha, e sob a forma de importante dique, nas suas proximidades, junto â povoação do Quicuco,cor tando as rochas ácidas do embasamento. Também ocorre densamente dissemi nada em rochas silicosas, associadas a carbonatitos, na estrutura em anet da Coola. 4. OONCLDSOES A Província AlcaiinoCarbonatítica BrasilAngola foi definida com base numa identidade petrográfica e geocronolõgica e numa aparente correlação dos principais alinhamentos comuns aos dois continentes nas suas posições, préderiva. Os complexos alcalinos que ocorrem nesta enorme área situamse nas fronteiras políticas do Brasil, Angola e Paraguai. Foram ainda incluídos alguns complexos da Namíbia e da Bolívia. Propõese a subdivisão daquela grande Província em seus subprovíncias no Brasil e regiões vizinhas e duas subprovíncias em Angola e limite norte da Namíbia. Estas subprovíncias foram definidas com base na distribui^ ção geográfica dos complexos alcalinocarbonatíticos, nas idades, nas suas características petrográficas e petroquímicas e no seu condicionamento tectônico. Este agrupamento deverá ser revisto ã medida que se dispuzerem de mais informações. As províncias II e III do Brasil são mais facilmente comparáveis com as províncias I e II de Angola. Em conjunto e?tas subprovíncias contêm cerca de 2/3 de todos os complexos alcalino carbonatíticos situados na grande Província AlcaiinoCarbonatítica BrasilAngola. Na subprovíncia III do Brasil, os complexos alcalinocarbonáticos estão geralmente associados a rochas básicas e ultrabásicas enquanto que em An gola apenas se verifica a presença de rochas alcalinas félsicas por ve r zes com carbonatitos. Estas conclusões baseiamse apenas em observações de campo, sujeitas a poderem ser modificadas quando se possuam dados de subsuperfície. Em ambos os países predominam largamente os tipos miasquí ticos sobre os agpaíticos. As idades radiométricas da»ubprovíncia II de Angola e das subprovfncias II e III do Brasil caem na mesma faixa de idadest 50 a 130 n.a. e 65 a 130 m.a nas subprovíncias II e III do Brasil, e 88 a 138 m.a. na subprovíncia II de Angola. Deve ressaltarse contudo que, em Angola, apenas foram datados dois complexosi Tchivira e Monte Verde. 1055

No Brasil, os carbonatitos raramente afloram, estando cobertos, na generalidade, por espessos mantos de intemperismos que poden atingir até 200 metros. Pelo contrário, em Angola, dão origem a forte relevo positivo, aflorando em áreas extensas, o que parece diminuir a possibilidade de existirem, nesses países*, jazidas de enriquecimento supergênico, resultantes de processos intempéricos, semelhantes aos que se verificam no Brasil. 7a1 fato poderá ser compensado pela formação de grandes depósitos de talus, alguns deles circundados e protegidos por anéis exteriores de rochas siíicosas. A Província AlcalinoCarbonatítica BrasilAngola contém importantes recursos minerais. Em Ara xá (Barreiro) situase a maior jazida mundial de pirocloro que ê também extraído em Catalão. No planalto de Poços de Caldas fica localizada a única mina no mundo que produz urânio a partir de rochas alcalinas. Grandes reservas de minério fosfático, por vezes uranífero, ocorrem em Araxã, Tapira, Catalão, Jacupiranga e Anitápolis. Minério de titânio em grandes quantidades econômicas ocorre em Tapira e Catalão. Outros minerais incluem a vermiculita, a fluorita e a bauxita. Desconhecese o valor econômico dos depósitos angolanos mas o seu ciai é provavelmente grande. poten BIBLIOGRAFIA ASMDS, H.B. e GUAZELLI, W 1981 Sumario das estruturas da margem con tinental brasileira e das áreas continentais e oceânicas adjacentes, hipóteses sobre o tectonismo causador e implicações no prognos tico de seu potencial em recursos minerais. PETROBRAS, Série Projeto Ramac, V.9, (em impressão). CARVALHO, W.T. de 1974 Recursos minerais do complexo ultramaficoal calino de Catalão I,GO. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Geologia, Porto Alegre, Anais, V.6, pp. 165184, II. FORMAM, J.M.A. e ASGBIRAS, A.G. 1981 Poços de Caldas and Itataia; Two case Histories of Uranium Exploration in Brazil. In: Uranium Exploration Case Histories, Proc. (IAEAAG250/14), pp.99139. Inter. Atomic Energy Agency. FORMAN, J.M.A. e WARING, M.H. 1981 L'uranium en Amérique du Sud et plus spécialmente dans la province uranifère brésilienne. Chronique de la Recherche Mlniere, n9 461, pp. 549, II. LOUREIRO, F.E.L. 1967 Considerações sobre o quimismo dos sienitos ne felínicos. Breves referências a rochas alcalinas de Angola e ao seu interesse econômico. Bol.Inst. Invest.Cient.Angola, V.4 (1),pp.3766. LOUREIRO, F.E.L. 1973 Carbonatitos de Angola. Memórias e Trabalhos, Inst. Invest. Cient. Angola, n<? 11, p. 1242, II. SAD, J.H.G. e TORRES, N. 1976a Geology and mineral resources of the Barreiro Conplex,Araxá, Brazil. Intern. Symp. on Carbonatites, Field Trip Guidebook, pp. 114, II. SAD, J.H.G. e TORRES, N. 1976b Mineral exploration in the Tapira Complex, Minas Gerais, Brasil, Intern. Sump, on Carbonatites, Field Trip Guidbook, pp. 149, II. OLBRICB, H.H.G.J. e GOMES, C.B. 1980 Aklallne rocks from continental Brazil. EirthScience Reviews, V.17, pp. 135154, II. 1056

, FIGURA /OISTRIBUIÇÃO OAS SUBPROVÍNCIAS DA PROVÍNCIA ALCALINOCARBONATITICA BRASILANQOLA BRASIL I FERNANDO OC NORONHAFORTALEZA.. II LITORAL DOS ESTADOS 00 RIO OE JANEIRO / SAO PAULO III CINTURÃO EM TORNO DOS LIMITES NE E E DA SACIA 00 PARANA IV A'REA DO RIO PARAGUAI VREGIÃO COSTEIRA MERIOIONAL 00 ESTADO DA BAHIA VINORTE 00 RIO AMAZONAS AN40LA IZENZA DO ITOMBEOUITOTA HCINTURiO NESW DE ANGOLA

Figura 2 PRINCIPAIS ALINHAMENTOS E DISTRIBUIÇÃO 00S COMPLEXOS ALCALINO CARBONATITICOS E OUIMBERLITOS NAS PROVÍNCIAS II E III DO BRASIL E I E II DE ANGOLA CONVENÇÕES Compltiot Alcalino* CompUiot Carbonatftleo* Chamin*'» Ouimbtrlftlcai Alinhomtnte» Eilmturai* Area d» Sobr«poll fio

DBFOSITUS Araxã (Brasil) Catalão (Brasil) Jacupiranga (Brasil) lapira (Brasil) Patrocínio (Brasil) Ipanena (Brasil) Pegistro (Brasil) Anatâpolis (Brasil) Bonga (Angola) Nb 2 O 5 HESERVBS (t x 106) 10,75 0,3 38,2 13 (b) TEOR (%) 2,13 > 1 0,33 HSÜSIQAS (t x 106) 500 250 100 750 200 120 IB 320? KiSFATOS TEOR (%) 14 8,8 5 8,7 10,1 6,7 16 8 0.15a,4(b) 0,20,5 TABEIA 1 Reservas e teores de Nb, P, ü, TR, Ti e vermiculita em complexos carbonatlticos da Província Alça lina Brasil Angola. (a) Mais 30.000 t (exara teor médio de 100 pom de U.(* R ) e nais 5.000 t (com teor médio de 500 ppm de UjOg) no Fiinêrio de Nb. * J (b) Estimativas muito grosseiras. 3 8 RESERVAS (t x IO 6 ) 12.000 (a) 23.500 TEOR (%) 100160 150 TERRAS RUAS FEERTC (txlo6) 0,546 68 TEOR («) 1011 >2 TITAlIIO USERVRS (t x 106) 160 1.500 TBOR (%) >10 VERMICOUTA FESERURS (10 6 t) >325 nesh 48 >20 nesh 20

DEPÓSITOS RESERVAS (10 6 t) IBOR MÉDIO (P2O5%) PRODUÇÃO (10 6 t) P 2 O 5 CONTIDO (%) PRODUÇÃO (10 6 t) Araxá Catalão jacupiranga Tapira Salitre Anitápolis Ipanema Registro 500 250 100 750. 200 320 120 18 14,0 8,8 5,0 8^7 10^1 80 6^7 16,0 0,750 0,590 0,450 0.790 24 to 36 28 36 36 0,250 0,180 0,160 0,280 TOTAL 2,258 TABKLA 2 Reservas e teor raédio de P.O 5 no minério. Produção(1980) em toneladas brutas e em P 2 5* P 2 5 contido no minério. OONTKOUJ EM ONfiRIO ÕXIDOS DEPÓSITOS Mina Osamu Utsumi RESERVAS RAZOAVELMENTE 17.200 (TONELADAS) ESTIMADAS ADICIONAIS 4.600 INFERIDAS NA TOTAL 21.800(a) Ü 3 8 Campo do Agostinho 2.800 2.200 NA 5.000 Mo0 3 Mina Osamu Utsumi NA NA 25.000 25.000(b) ZrO 2 NA NA 172.000 172.000(c) TABELA 3 Reservas de U, Mo e Zr na Mina Osamu Utsumi (C09)e no Canpo do Agostinho. (Forman e Angeiras, 1981) NA não anunciadas; (a) Teor de 0,084%; (b) Teor de 0,11%/teor de 0,81%. 1060