Caatinga, Mossoró-RN, 15(1/2):33-38, dez. 2002



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Transcrição:

PROPAGAÇÃO DE CAJARANA (SPONDIAS SP.) E CIRIGÜELA (SPONDIAS PURPUREA) POR MEIO DE ESTACAS VERDES ENFOLHADAS, NAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE MOSSORÓ-RN [PROPAGATION OF CAJARANA (SPONDIAS SP.) AND SPANISH-PLUM (SPONDIAS PURPUREA) BY LEAFED SOFT CUTTINGS IN MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE, BRAZIL] ADRIANA KALINY DA COSTA LIMA Estudante do Curso de Agronomia, Bolsista do CNPq/PIBIC, ESAM, Caixa Postal 137, 59.600-970 Mossoró-RN, e-mail: adrianakaliny@bol.com.br LEILA DE PAULA REZENDE Eng a. Agr a., D. Sc, Rua Francisco Andrade - 200, 37200-000 Lavras-MG, e-mail: leilarezende02@hotmail.com FRANCISCO AUGUSTO ALVES CÂMARA Eng o. Agr o., M.Sc, Deptº. de Fitossanidade, ESAM, Caixa Postal 137, 59600-970 Mossoró-RN, e-mail: biofabrica@esam.br GLAUBER HENRIQUE DE SOUSA NUNES Prof. Adjunto, ESAM, Caixa Postal 137, 59600-970 Mossoró-RN, e-mail: glauber@esam.br [Recebido em 22.08.2002] Caatinga, Mossoró-RN, 15(1/2):33-38, dez. 2002 SINOPSE Com o objetivo de avaliar o método de estaquia verde (herbácea e semi-herbácea), em cirigüela (Spondias purpurea L.) e cajarana (Spondias sp.), quatro experimentos foram conduzidos sob condições de nebulização intermitente, em câmara localizada em ripado com 50% de sombreamento, no campus da ESAM, Mossoró-RN, no período de outubro de 2001 a abril de 2002. As estacas foram coletadas de plantas selecionadas no campus da ESAM e preparadas com 15cm de comprimento e contendo um par de folhas. Nos experimentos foram testados: períodos de avaliação após a estaquia; doses de ácido indolbutírico, presença ou não de gema e/ou ferimento na base da estaca; tipo de estaca (apical e subapical) e substrato. Na cajarana não houve enraizamento aos 15 dias após a estaquia, mas 59,37% das estacas apresentavam calejamento, e aos 30 dias após estaquia 52,58% das estacas encontravam-se enraizadas. Em cirigüela 33,00% das estacas apicais continham raízes e 34,20% das subapicais estavam calejadas aos 30 dias após estaquia. Termos adicionais de indexação: propagação vegetativa, estacas herbáceas e semi-herbáceas, ácido indolbutírico.. ABSTRACT Four experiments were carried out under conditions of intermittent mist at ESAM, Mossoró-RN, Brazil, in the period of October 2001 to April 2002, for evaluating leafed soft (herbaceous and semi-herbaceous) cuttings as a method for propagating cajarana (Spondias sp.) and Spanish-plum (Spondias purpurea L.). Two-leaved 15cm long cuttings were selected from plants of the ESAM campus. Time after planting, doses of indolbutiric acid, effect of the presence of a bud at the base of the cutting, effect of lesion at the base of the cutting, type of cutting (apical and subapical), and rooting media were investigated. In cajarana at 15 days after planting no cuttings were rooted, but 59.37% of the cuttings had calli, and at 30 days after planting roots were formed in 52.58% of the cuttings. In Spanishplum 33.00% of the apical cuttings were rooted and 34.20% of the subapical ones had calli after 30 days of planting. Additional keywords: vegetative propagation, herbaceous and semi-herbaceous cuttings, indolbutiric acid. INTRODUÇÃO A crescente demanda por produtos processados de frutas tropicais fez com que muitas agroindústrias se instalassem no Nordeste brasileiro, existindo uma procura no mercado por frutos de qualidade. Dessa forma, tem-se observando o interesse de fruticultores e agroindústrias no cultivo de espécies de Spondias, o que.confirma o potencial agro-socio-econômico dessas espécies. No entanto, para viabilização dos cultivos há necessidade de serem solucionados os problemas tecnológicos que impossibilitam a sua exploração comercial (SOUZA & ARAÚJO, 1999). O gênero Spondias pertence à família Anacardiaceae e possui 18 espécies, seis dessas ocorrem

34 Lima et alii no Nordeste e são árvores frutíferas tropicais em domesticação e exploradas pelo seu valor comercial (MITCHELL & DALY, 1995). Dentre as espécies pertencentes ao gênero Spondias destacam-se umbu-cajá ou cajarana (Spondias sp.), umbu (Spondias tuberosa Arr. Cam.), cirigüela (Spondias purpurea L.) e cajá (Spondias mombin L.). Produção de mudas de qualidade têm sido um dos temas discutidos em diferentes reuniões, pois como se sabe a disseminação de muitas doenças hoje no Brasil deve-se à introdução clandestina de material de uma região para outra, ou mesmo de material proveniente de outros países. Além disso, as heterogeneidades dos pomares brasileiros ocorrem, geralmente, em função do processo de propagação não adequado. A avaliação da qualidade de mudas de espécies de Spondias através do método assexual de propagação se faz necessária, uma vez que algumas dessas espécies não produzem sementes. Também a propagação sexual (por sementes) aumenta a variabilidade das progênies resultantes, o que é justificado quando se trata de melhoramento genético, mas indesejável no cultivo da maioria das fruteiras tropicais. As pesquisas com as espécies de Spondias ainda são escassas, existindo questionamentos a serem respondidos. A propagação vegetativa de Spondias por estaquia apresenta limitações e não dispõe ainda de tecnologias para produção comercial de mudas (SOUZA & ARAÚJO, 1999). A cirigüela e a cajarana, que não produzem sementes, são propagadas pelo método vegetativo, tradicionalmente através de estacas talão (estaca lenhosa grande) plantadas diretamente no campo, as quais demoram a enraizar e a formar a copa da nova planta. Uma das prováveis causas dos freqüentes insucessos de propagação das espécies de Spondias por estaquia é a época da coleta dos propágulos, que deve ser realizada no final da fase fenológica de repouso vegetativo da planta, ou seja, poucos dias antes da emissão das brotações, dos ramos, das folhas e das flores (SOUZA & ARAÚJO, 1999). Em cajarana, SOUZA et alii (2001) verificaram que estacas lenhosas de cajarana apresentaram uma baixa porcentagem de enraizamento e um sistema radicular deficiente, mas maiores taxas de enraizamento foram obtidas por.coelho (2001) e SOUZA et alii (2001) em experimentos com aplicação de diferentes doses de ácido indolbutírico em estacas verdes (herbáceas e semiherbáceas). Contudo, a capacidade que uma estaca caulinar tem de emitir raízes é uma característica variável, em função de fatores que se encontram nas próprias células, bem como fatores ou substâncias que são produzidas nas folhas e gemas, daí transportadas até a base da estaca (JANICK, 1966). A presença das folhas e gemas na estaca pode afetar o enraizamento, pois constituem fontes de auxina que pode ser transportada para a base da estaca (HARTMAN & KESTER, 1978). O objetivo do presente estudo foi avaliar o enraizamento de estacas enfolhadas verdes (herbácea e semi-herbácea) de cirigüela e cajarana visando à obtenção de mudas de qualidade. MATERIAL E MÉTODO Para a realização deste estudo, quatro experimentos foram conduzidos sob condições de nebulização intermitente em câmara localizada em ripado com 50% de sombreamento, pertencente ao Centro de Produção de Mudas da ESAM, Mossoró-RN. As estacas de cajarana (Spondias sp.) e cirigüela (Spondias purpurea L.) foram coletadas de plantas selecionadas no campus da ESAM considerando-se a potencialidade produtiva e o aspecto sanitário. O material foi coletado de apenas uma planta matriz para cada espécie. Experimento 1 Enraizamento de estacas verdes de cajarana submetidas a diferentes doses de ácido idolbutírico (AIB) e períodos de avaliação. O experimento foi instalado nos dias 10 e 11 de outibro de 2001. As estacas foram coletadas no inicio da manhã e preparadas com 15cm de comprimento deixando-se um par de folhas, duas gemas laterais e uma gema na base. Os tratamentos foram constituídos de períodos de avaliação (15, 20 e 30 dias após a estaquia) e concentrações de AIB (0, 500, 750 e 1000 mg.l -1 ) diluído em solução de álcool 50%, onde as estacas permaneceram em imersão por um período de 5 segundos. Após este período as estacas foram plantadas em bandejas com substrato comercial para hortaliças e levadas à câmara de nebulização intermitente, num regime de 15 segundos de irrigação em intervalos de rega de 18 minutos. Os trata-

Propagação de cajarana e cirigüela por estaquia verde 35 mentos foram dispostos segundo esquema fatorial em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo cada parcela constituída por 10 estacas. Aos 15 dias, 20 dias e 30 dias após a estaquia foram avaliados as porcentagens de estacas enraizadas, sem raízes e calejadas, a porcentagem de folhas remanescentes, a porcentagem de estacas com brotações e o comprimento e o número médios de raízes por estaca. As análises estatísticas foram realizadas através do software SISVAR (FERREIRA, 2003) com os dados transformados em x + 1. Experimento 2 Enraizamento de estacas verdes de cajarana com e sem gema na base e com e sem ferimento na base. No dia 24 de janeiro de 2002 as estacas foram coletadas no inicio da manhã e preparadas com o mesmo comprimento que no experimento anterior, contendo na base uma ou nenhuma gema e ferimento ou nenhum ferimento, as quais foram dispostas em esquema fatorial 2 x 2 em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições e 10 estacas por parcela. As porcentagens de estacas enraizadas, sem raízes, calejadas e mortas, a porcentagem de folhas remanescentes, a porcentagem de estacas com brotações e o comprimento e o número médios de raízes por estaca foram avaliados aos 30 dias após a instalação. As análises estatísticas foram realizadas segundo o procedimento utilizado no experimento anterior. Experimentos 3 e 4 Enraizamento de estacas verdes apicais e subapicais de cirigüela em diferentes substratos. A instalação do experimento 3 foi realizada em 23 de ajneiro de 2002. O experimento 4, que foi uma repetição do 3, foi instalado em 18 de abril de 2002. As estacas foram coletadas no inicio da manhã e preparadas com 15cm de comprimento, com um par de folhas, duas gemas laterais e uma gema na base. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 2 x 2, sendo dois tipos de estacas verdes (apical e subapical) e dois substratos (vermiculita e comercial para hortaliças), com 5 repetições e 10 estacas por parcela. Aos 30 dias após a estaquia foram avaliadas as porcentagens de estacas enraizadas, sem raízes, calejadas e mortas, a porcentagem de folhas remanescentes, a porcentagem de estacas com brotações e o comprimento e o número médios de raízes por estaca. As analises estatísticas seguiram o procedimento utilizado nos experimentos anteriores. RESULTADOS E DISCUSSÃO Experimento 1 Não houve interação entre doses de AIB e período de avaliação para todas as variáveis avaliadas. Contudo, verificou-se diferenças significativas para as variáveis analisadas em relação ao período de avaliação após a estaquia. Observou-se que não houve enraizamento aos 15 dias após a estaquia, mas em média, 59,37% das estacas apresentavam calejamento. As melhores porcentagens de enraizamento (52,58%) foram obtidas aos 30 dias após a estaquia (Tabela 1). SOUZA et alii (2001), trabalhando com a mesma espécie, obtiveram, em média, 75% e 35% de enraizamento, utilizando como substrato a vermiculita e substrato comercial, respectivamente. Também, trabalhando com diferentes estacas lenhosas, obtiveram de 14 a 47% de enraizamento aos 160 dias após estaquia. COELHO (2001) verificou que a aplicação de AIB na base das estacas influenciou significativamente na porcentagem de enraizamento, sendo o melhor resultado (80% de enraizamento) obtido quando as estacas foram tratadas com esse regulador de crescimento a 2.000 mg.l -1. SOUZA & ARAÚJO (1999) obtiveram até 22,5% de enraizamento em estacas lenhosas de umbu-cajá (cajarana?) submetidas a diferentes tempos de enraizamento e doses de AIB, mas em estacas lenhosas de cajá (Spondias mombin L.). tratadas com AIB não obtiveram enraizamento. As maiores porcentagens de estacas sem raízes, de estacas calejadas, de retenção foliar e de estacas brotadas foram obtidas aos 15 dias após a estaquia, enquanto que o maior numero de raízes e o maior comprimento médio foram obtidos aos 30 dias após a estaquia (Tabela 1). Com relação ao calejamento, observou-se que

36 Lima et alii TABELA 1 Valores médios 1 de estacas enraizadas, sem raiz, calejadas, com folhas remanescentes e brotadas, e de número e comprimento de raízes aos 15, 20 e 30 dias após a estaquia de cajarana (Spondias sp.). ESAM, Mossoró-RN, 2002. Período de avaliação (dias) Enraizadas Sem raiz Calejadas Com folhas remanescentes 9,99 098,75% a 10,05 100,00% a 8,68 074,37% b Brotadas Número médio 15 1,00 00,00% c 10,05 100,00% a 7,77 59,37% a 5,57 30,00% aa 1,00 0,00% c 3,22 09,57 9,07 4,58 1,25 20 09,37% b 090,62% a 81,25% a 20,00% ab 0,56% b 7,33 06,95 6,01 3,78 1,44 30 52,68% a 047,31% b 35,18% b 13,26% bb 1,06% a Raiz Comprimento médio (cm) 1,00 0,00% b 1,29 0,67% b 2,8 6,84% a a porcentagem foi menor aos 30 dias após a estaquia. SOUZA & ARAÚJO (1999) citam a importância do calejamento para a formação de raízes, pois, observaram a emissão de uma raiz por estaca e que esta raiz surgiu a partir do calo que se formava na base da estaca. Esses autores verificaram a formação de calo (55 a 92,5%) em estacas lenhosas de umbu-cajá aos 70 dias após estaquia. Contudo, de acordo com HARTMAN & KESTER (1978), a formação de calo na base de estacas é um fato independente da indução radicular. Em alguns casos, segundo MARTINS (1998), as raízes podem ser originadas desses tecidos embora seja raro, pois, na maioria das vezes, elas se originam de células do câmbio, de modo que o calo não é essencial ao enraizamento. Esses resultados confirmam que a melhor época para se coletar os dados experimentais é 30 dias após a estaquia.. Experimento 2 Verificou-se que não houve diferenças significativas entre os tratamentos, podendo, portanto, serem utilizadas estacas com ou sem gema na base e com ou sem ferimento (dados não mostrados). Em média, foi obtido 32,30% de enraizamento e observou-se apenas a emissão de uma raiz por estaca. A formação de apenas uma raiz na estaca deixa o sistema radicular vulnerável ao transplantio, podendo ocasionar problemas no pegamento da estaca e formação das mudas. Durante a condução do experimento ocorreram problemas com o timer da câmara de nebulização, que permaneceu sem funcionar por um período de 4 dias. Contudo, observou-se que as estacas não sofreram tanto, pois foi obtido aos 30 dias uma baixa porcentagem de estacas mortas (7,20%) e alta de retenção foliar (92,50%). Experimento 3 Não houve interação entres tipo de estaca e substrato para as características de enraizamento, estacas sem raízes, estacas calejadas, estacas mortas, estacas brotadas e número médio de raízes por estaca (Tabela 2). No entanto, observou-se alta porcentagem de estacas mortas, baixa porcentagem de enraizamento e calejamento das estacas de ciriguela aos 30 dias após a estaquia. Este resultado, provavelmente, é conseqüência do não funcionamento do sistema de nebulização que ocorreu durante quatro dias, tendo ocorrido às estacas desidratação, perda de folhas e morte. O índice médio de mortalidade foi de 46,55%. Entretanto, verificou-se diferenças significativas com relação ao tipo de estaca utilizada na estaquia, sendo a maior porcentagem de enraizamento (33,0%) obtida nas estacas apicais, enquanto que as maiores porcentagens de estacas sem raiz e calejadas foram verificadas em estacas subapicais (Tabela 3). Embora a porcentagem de enraizamento seja considerada baixa, outros autores (SOUZA & ARAÚJO, 1999; COELHO, 2001; SOUZA et alii) que trabalharam com outras espécies do mesmo gênero citam a dificuldade de sucesso na utilização deste método de propagação. Com relação à porcentagem de estacas com folhas remanescentes, verificou-se a ausência do efeito de substrato em estacas apicais, sendo que o substrato comercial promoveu maior porcentagem de folhas remanescentes quando se utilizou estacas

Propagação de cajarana e cirigüela por estaquia verde 37 TABELA 2 Resumo da análise de variância dos dados de porcentagens de estacas enraizadas, sem raiz, calejadas, mortas, com folhas remanescentes e brotadas, e número de raízes e comprimento de raízes em cirigüela (Spondias purpurea L.), aos 30 dias após a estaquia. ESAM, Mossoró-RN, 2002. Quadrados Médios 1 Sistema radicular Fonte de variação Enraizadas Sem raiz Calejadas Mortas Com folhas Brotadas Número Comprimento remanescentes médio médio Tipo de estaca (E) 18,845** 05,161** 42,216** 02,036 33,457** *1,373 00,086 095,484** Substrato (S) 03,185** 01,001** 01,035** 00,401 19,394** *0,000 00,023 012,012** E x S 00,264** 00,019** 04,217** 00,585 13,691** *3,735 00,001 159,610** Erro 01,323** 00,370** 04,090** 02,611 00,998** *2,843 00,047 **5,100** Média Geral 24,000** 75,800** 21,450** 46,550 24,750** *8,17* 01,300 **8,620** CV 23,980** 06,970** 49,110** 24,010 21,860** 64,55 14,440 *31,690** 1 * e ** significância pelo teste F, P<0,05 e P<0,01, respectivamente. TABELA 3 Valores médios de porcentagens de estacas enraizadas, sem raiz, calejadas, mortas e brotadas, e número de raízes em cirigüela (Spondias purpurea L.), aos 30 dias após a estaquia, em função do tipo de estaca utilizada. ESAM, Mossoró-RN, 2002. Médias 1 Raízes Tipo de estaca Enraizadas Sem raiz Calejadas Mortas Brotadas Número médio Apical 5,83 A 33% a 8,25 B 67,0% b 3,11 B 8,7% b 7,18 A 50,6% a 2,71 A 6,4% a 1,58 A 1,5% a Subapical 3,46 B 11% b 9,25 A 84,6% a 5,93 A 34,2% a 6,60 A 42,5% a 3,32 A 10,0% a 1,45 A 1,1% a TABELA 4 Valores médios 1 de porcentagens de estacas com folhas remanescentes e comprimento de raízes em cirigüela (Spondias purpurea L.), aos 30 dias após a estaquia, em função do tipo de estaca e substrato utilizados. ESAM, Mossoró-RN, 2002. com folhas remanescentes Comprimento médio de raízes (cm) Substrato apical subapical Estaca apical Estaca subapical Substrato comercial 6,08 A 5,20 A 2,87 B 3,09 A 36,0% a 26,0% a 7,26% b Vermiculita 5,74 A 2,44 B 4,27 A 32,0% a 05,0% b 17,26% a 8,54% a 1,53 B 1,35% b do tipo subapical (Tabela 4). Em vermiculita as estacas apicais e subapicais tiveram raízes de maior e menor comprimento, respectivamente (Tabela 4). Experimento 4 Diferentemente do experimento 3, não se observou efeito de interação entre tipo de estaca e substrato. Também não houve efeito de substrato para nenhuma característica avaliada. No entanto, houve diferenças entre os tipos de estacas para as características porcentagem de estacas enraizadas, porcentagem de estacas sem raízes e número médio de raízes (Tabela 5). Não houve enraizamento de estacas do tipo subapical. CONCLUSÕES Períodos inferiores a 30 dias não são adequados para coleta de dados referentes ao enraizamento de estacas verdes de cajarana (Spondias sp.).

38 Lima et alii TABELA 5 Valores médios 1 de porcentagens de estacas enraizadas e sem raiz, e número de raizes por estaca, em cirigüela (Spondias purpurea L.), aos 30 dias após a estaquia, em função do tipo de estaca utilizada. ESAM, Mossoró-RN, 2002. Raiz Tipo de estaca Enraizadas Sem raiz (Número) Apical 2,240 4,0% a 09,840 096,0% b 1,180 0,4% a Subapical 1,000 0,0% b 10,050 100,0% a 1,000 0,0% b Nestas espécies, as estacas verdes enfolhadas com ou sem gema na base e com ou sem ferimento podem ser usadas para a propagação. É possível propagar a cirigüela (Spondias purpurea) pelo método de estaquia verde enfolhada sob condição de nebulização intermitente, sendo as estacas apicais as que melhor se comportaram em termos de enraizamento. LITERATURA CITADA COELHO, J. K. S. (2001). Enraizamento de estacas verdes enfolhadas de cajaraneira (Spondias sp.). Mossoró: ESAM. 39p. (Monografia de graduação) FERREIRA, D. F. (2003). SISVAR versão 4.3 (Build 45). Lavras: DEX/UFLA. HARTMANN, H. T.; KESTER, D. E. (1978). Propagación de plantas:principio y praticas. 6ed. México: Continental. JANICK, J. ( 1966). A ciência da horticultura. Rio de Janeiro: Freitas Bastos. 485p. MARTINS, A. B. G. (1998) Enraizamento de estacas enfolhadas de três veriedades de lichia (Litchi chinensis Sonn.). Jaboticabal: FCAV-UNESP. 95p. (Tese de doutorado). MITCHELL, J. D.; DALY, D. C. (1995). Revisão das espécies neotropicais de Spondias (Anacardiaceae). In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 46, 1995, Ribeirão Preto, Resumos..., Ribeirão Preto: USP, p.207. SOUZA, A. A., REZENDE, L. de P.; CÂMARA, F. A. A. (2001). Obtenção de mudas de Spondias sp pelo método de estaquia lenhosa e semi-herbáceas. In : SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 7, 2001, Mossoró. Anais..., Mossoró: CNPq/PIBIC/ESAM. p. 30-34. SOUZA, F. X. de; ARAÚJO, C. A. T. (1999), Avaliação dos métodos de propagação de algumas Spondias agro-industriais. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical. 8p. (Comunicado técnico, 31).