III ENCONTRO DE PADRINHOS Misericórdia Coração sem fronteiras Fasfhic - MissãoH Projeto de Apoio a crianças e famílias desfavorecidas Família Secular Franciscana Hospitaleira da Imaculada Conceição
Padrinhos, afilhados, carinhos Loureiro, terra linda e acolhedora, no concelho de Oliveira de Azeméis. trocados No dia 8 de maio apenas o tempo não estava acolhedor: chovia e trovejava no exterior mas dentro do salão paroquial de Loureiro a atmosfera era aprazível. No entanto, notava-se no ar alguma expetativa, pois os padrinhos queriam notícias dos seus afilhados. O Projeto de Apadrinhamento de Crianças, da FASFHIC, tem como objetivo apoiar e ajudar nas inúmeras dificuldades por que passam centenas de crianças espalhadas pelas missões da CON- FHIC. Os padrinhos têm sido fantásticos nesta causa tão nobre e graças a eles tem sido possível despertar tantos sorrisos nestes pequeninos príncipes do nada. O rosto de cada afilhado é o rosto da generosidade de cada padrinho, mas o rosto, afinal, de todas estas crianças. O encontro começou com a Irmã Paula André a dar as boas-vindas a todos e a manifestar a enorme gratidão pela generosidade dos padrinhos. Aproveitou o momento para relembrar também as missões onde há apadrinhamentos. O momento seguinte foi de paragem e interiorização numa apresentação intitulada O Tesouro da Fé. E porque os mais pequenos também tinham algo para viver nessa tarde, foi a Esmeralda que, a seguir, os convidou para um workshop, a funcionar numa outra sala. A Irmã Maria do Céu deu uma ajudinha à Rita e à Melissa, jovens que tiveram a experiência de voluntariado em S. Tomé e que conduziram este trabalho.
De seguida, a Esmeralda fez a apresentação da Clara, do Zé e da Anabela, que dão vida ao Projeto Casa Fiz do Mundo, da Paróquia de Carregosa (Oliveira de Azeméis). Desde há vários anos que se dedicam muito à missão das Irmãs em S. Tomé, onde têm estado várias vezes, e têm desenvolvimento um trabalho maravilhoso junto das crianças e junto da população envolvente. Este foi o mote para ver, ouvir e acolher tudo o que nos contaram e partilharam. Tomou a palavra José que mostrou imagens do trabalho desenvolvido na missão de Neves, nomeadamente na Creche e Jardim de Infância O Pimpolho e na Escola Primária Mãe Clara. Por sua vez, a Clara revelou que os voluntários têm levado a esperança às crianças. Aliás, a palavra ESPERANÇA ficou inscrita dentro de todos os que os ouviram ou não fosse o lema deste projeto paroquial: Sózinhos vamos rápido, juntos vamos longe. Seguiu-se um vídeo, gravado na Missão de Nossa Senhora de Neves, onde a Irmã Lúcia agradeceu aos padrinhos toda a ajuda prestada. Outro video proporcionou um momento de grande ternura com um grupinho de crianças a expressarem também a sua gratidão. A Irmã Paula André aproveitou para informar da situação das crianças não só em S. Tomé e Príncipe, mas também da Índia, Timor, Moçambique e Guíné, lançando, simultaneamente, o seguinte desafio aos presentes: Conhecem alguém que queira ajudar numa causa? Contem- - lhes o que ouviram aqui.
Dado que as Irmãs têm uma outra missão, desta feita em Portugal, foi apresentada a Irmã Antonieta, representando a Obra Social Madre Maria Clara, no distrito de Lisboa. Esta Irmã apresentou a Obra Social e enfatizou a situação problemática em que se encontram as 80 crianças e as instalações da Creche e Jardim de Infância Nossa Senhora do Acolhimento, em Laveiras, freguesia de Caxias, concelho de Oeiras. Tentando dar resposta às carências sentidas, com muitas famílias a não conseguiram cumprir o pagamento das mensalidades, e de forma a manter as crianças dentro da instituição e o edifício em condições condignas, a Irmã Antonieta revelou a existência de três projetos em curso: - Bolsas STOP destinadas a apoiar as crianças de famílias carenciadas, numa abordagem semelhante aos apadrinhamentos nas missões; - Pintar a ESPERANÇA projeto destinado a angariar a verba necessária para a pintura da creche e jardim de infância; - Construir + Futuro - projeto destinado a angariar fundos para a reconstrução das instalações, já um pouco degradadas. Tomou novamente a palavra a Irmã Paula André para prestar alguns esclarecimentos reconhecendo a importância destes encontros onde a interação entre padrinhos e responsáveis pelo projeto é presencial e essencial. Num ambiente mais animado, a Irmã Catarina, envergando trajes do seu país, S. Tomé e Príncipe, agradeceu aos padrinhos em nome das crianças das missões apoiadas e não faltou um pequenino mo-
Entretanto, as crianças participantes no encontro regressaram ao salão, onde apresentaram o seu trabalho: O dia-a-dia de uma crianças portuguesa vs. o dia-a-dia de uma criança sãotomense, a que se seguiu a entrega de lembranças a todos os participantes. Uma palavra especial também para a presença de amigos que vieram ao encontro para conhecer melhor o projeto de apadrinhamento. Um bem-haja e bem-vindos a esta família. O encontro terminou com todos os presentes orando o ato de entrega a Nossa Senhora de Fátima, Abrir Caminhos de Misericórdia, seguido de um convívio com lanche partilhado. Todos sairam de Loureiro com a frase final da apresentação das crianças a ecoar no coração: Onde houver o Bem a fazer que se faça (Beata Maria Clara do Menino Jesus).