Minuta Circular Normativa



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Transcrição:

Minuta Circular Normativa

1. INTRODUÇÃO 1.1. Objetivo a) Estabelecer princípios e diretrizes para orientar as ações de natureza socioambiental nos negócios da Desenbahia e no seu relacionamento com clientes e potenciais clientes, colaboradores, fornecedores, comunidade e demais partes interessadas. b) Incentivar o aproveitamento de oportunidades de negócio geradas com o desenvolvimento sustentável. c) Definir a estrutura interna responsável pelo gerenciamento do risco socioambiental. 1.2. Considerações Gerais 1.2.1. A área de negócios da Desenbahia não gera impactos ambientais e sociais diretos, contudo a forma com que seus clientes, fornecedores e demais partes relacionadas gerenciam os riscos e impactos de suas operações pode representar risco para a Agência. 1.2.2. À Agência também cabe a responsabilidade de atuar como indutora da disseminação da cultura de responsabilidade socioambiental nas empresas do Estado. 2. POLÍTICAS E DIRETRIZES 2.1. Princípios e Diretrizes 2.1.1. São os seguintes os princípios observados pela Desenbahia no desenvolvimento de seus negócios, na perspectiva da responsabilidade socioambiental: a) Aderência aos preceitos de responsabilidade socioambiental nas suas práticas de gestão; b) Participação na promoção do desenvolvimento do Estado, de acordo com suas políticas públicas, sob uma perspectiva integrada, que além do aspecto econômico, considera também as dimensões humana, social e ambiental; c) Relacionamento com as partes interessadas mantendo sempre a transparência, competência, eficiência, eficácia, equidade, imparcialidade e ética. d) Respeito à diversidade e repudio a qualquer tipo de preconceito;

e) Valorização e incentivo do uso de tecnologias limpas, do consumo responsável e da utilização racional dos recursos naturais. 2.1.2. As seguintes diretrizes de responsabilidade social e ambiental, juntamente com outros instrumentos, orientam a atuação da Desenbahia como indutora da Sustentabilidade: a) Apoiar políticas públicas associadas à sustentabilidade; b) Promover ações de valorização dos colaboradores, adotando políticas de desenvolvimento pessoal e profissional; c) Promover internamente a conscientização sobre o consumo responsável e o uso racional dos recursos naturais; d) Contratar e adquirir produtos e serviços observando critérios sociais e ambientais; e) Considerar o impacto socioambiental na análise da concessão de financiamentos; f) Identificar oportunidades geradas pelos negócios sustentáveis; g) Incluir nos processos internos os aspectos de responsabilidade socioambiental; h) Desenvolver e aprimorar produtos que contemplem os critérios socioambientais e, ao mesmo tempo, contribuam para o desenvolvimento local; i) Gerenciar os riscos socioambientais visando a minimizar a possibilidade de perdas; j) Incentivar a adoção de boas práticas de gestão socioambiental pelas partes interessadas. 2.2. Partes Interessadas A Desenbahia possui um Código de Ética e Conduta que tem como objetivo definir com clareza os princípios éticos que orientam os negócios da Agência, os relacionamentos e a conduta de cada profissional, explicitando a integridade das ações e o relacionamento com clientes, fornecedores, órgãos públicos, instituições, acionistas e comunidade, que participam da efetivação dos objetivos da Instituição. Acionistas 2.2.1. Na execução de suas atividades, a Desenbahia deve observar sempre a função de instituição fomentadora da economia baiana, seguindo as políticas públicas traçadas pelo Governo do Estado da Bahia, seu acionista majoritário.

Colaboradores 2.2.2. A Desenbahia exerce sua política de recursos humanos com base em princípios que buscam valorizar e desenvolver pessoas, além de promover a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores, zelando pelo bem estar dos empregados, através da assistência e promoção da saúde, dentro de uma visão integrada de homem e organização. 2.2.3. A Agência tem uma política de treinamento e desenvolvimento para os colaboradores que está descrita no Manual de Gestão de Pessoas MGP. 2.2.4. Além dos benefícios previstos em lei, a Desenbahia oferece outros importantes para o bem estar dos seus colaboradores, como: plano de previdência complementar, plano de assistência médica e odontológica, complementação de auxilio doença, auxilio vacina, incentivo à atividade física, dentre outros. Todos esses benefícios estão descritos no MGP. Fornecedores 2.2.5. A Desenbahia deve considerar, no que for aplicável, critérios de responsabilidade socioambiental na aquisição de bens e contratação de serviços. 2.2.6. Nos contratos de fornecimento de mão de obra terceirizada, deve ser observado com especial atenção o cumprimento de todas as normas da legislação do trabalho e o fornecimento dos equipamentos de higiene e segurança necessários à realização dos serviços. Clientes 2.2.7. O aspecto socioambiental deve ser considerado na análise das propostas de financiamento apresentadas pelos clientes e na definição do rating da operação. 2.2.8. A profundidade da análise do aspecto socioambiental será proporcional ao potencial de impacto apresentado pelo cliente. Sociedade 2.2.9. A Desenbahia deve, sempre que possível, buscar o envolvimento da Instituição em debates relevantes para a Sociedade, a exemplo do fórum de Combate ao Trabalho Infantil e da Agenda do Trabalho Decente e da participação em Conselhos e Comitês estabelecidos pelo Governo e instituições parceiras.

2.3. Oportunidades de Negócio 2.3.1. A Desenbahia deve estar atenta às oportunidades de negócio geradas pela economia verde e pela responsabilidade socioempresarial. 2.4. Gerenciamento do risco socioambiental 2.4.1. O conceito de risco socioambiental adotado pela Agência está de acordo com o estabelecido na Resolução CMN 4.327 de 25 de abril de 2014 e é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas decorrentes de danos socioambientais. 2.4.2. O gerenciamento do risco socioambiental tem como objetivo minimizar a probabilidade de perdas provenientes de possíveis impactos ambientais e sociais diretos e indiretos potencialmente negativos que venham afetar a Desenbahia. 2.4.3. Mesmo que as atividades desenvolvidas pela Agência, como entidade individual, tenham impactos ambientais e sociais baixos, há possibilidades de perdas que advém da forma como seus clientes ou outras partes relacionadas gerenciam seus riscos. 2.4.4. A Desenbahia deverá incorporar em seus instrumentos os critérios de identificação, avaliação e monitoramento do risco socioambiental, em especial àqueles aspectos associados diretamente ao risco de crédito: risco inadimplência decorrente da possibilidade de perda pelo não cumprimento de obrigações assumidas pelo tomador ou contraparte; risco de garantia decorrente da perda de valor de realização de garantias constituídas. 2.4.5. Devem ser considerados também os demais riscos avaliados pela Agência que estão definidos na LCR (Linguagem Comum de Risco) CN 010, destaque para risco operacional - de aderências às regras, risco legal e risco associado a fornecedores e terceiros - e o risco externo, em especial o risco de reputação. 2.4.6. A Desenbahia optou por elaborar uma classificação baseada na orientação dos Princípios do Equador cuja aplicação está pautada no estabelecimento de um rating socioambiental onde os projetos categorizados em A (alto risco), B (médio risco) ou C (baixo risco). 2.4.7. Os critérios e tipologias para classificação de riscos do empreendimento, no momento da concessão de crédito, serão definidos através de modelo interno, levando em consideração o porte, a atividade econômica, a localização, a finalidade e outros aspectos considerados relevantes. 2.4.8. Para aqueles empreendimentos classificados como de impacto socioambiental alto (Categoria A) com maior potencial de causar danos socioambientais deve ser feita avaliação detalhada e emitido Parecer Técnico. O referido Parecer deve indicar danos que possam inviabilizar o empreendimento e as medidas mitigadoras a serem adotadas, se for o caso.

2.4.9. Para empreendimentos classificados como médio risco (Categoria B) e baixo risco (Categoria C) deve ser observada e atendida a legislação em vigor, no que diz respeito às exigências tanto da questão ambiental como social, legislação trabalhista, saúde e segurança do trabalho. 2.4.10. Deverão ser registradas informações referentes às perdas efetivas em função de danos socioambientais, pelo período mínimo de cinco anos, incluindo valores, tipo, localização e setor econômico objeto da operação; 2.4.11. Deverá ser feita avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos de novas modalidades de produtos e serviços, inclusive em relação ao risco de reputação; 2.4.12. A GRI é a Gerência responsável pela gestão do risco socioambiental, cabendo a UCM a definição de metodologia para avaliação de risco associado ao risco de crédito. A URO aos aspectos associados aos demais riscos, em especial o operacional e de reputação. 2.5. Governança 2.5.1. A GRI é a Gerência responsável pela gestão do risco socioambiental, cabendo a UCM a definição de metodologia para avaliação de risco associado ao risco de crédito e a URO os aspectos associados aos demais riscos, em especial o operacional e de reputação. 2.5.2. A elaboração e atualização da Política de Responsabilidade Socioambiental e a elaboração e acompanhamento do Plano de Ação para sua implantação são de responsabilidade do Comitê de Política de Responsabilidade Socioambiental, sob coordenação da GDP. 2.5.3. A Política de Responsabilidade Socioambiental e o Plano de Ação devem ser aprovados pela Diretoria Colegiada e homologados pelo Conselho de Administração. 2.6. RESPONSABILIDADES Áreas envolvidas com a concessão, acompanhamento, renegociação de créditos e desenvolvimento de produtos. 3. DOCUMENTAÇÃO 3.1. Documento de Referência Resolução 4.327 do Bacen de 25/04/2014