Critérios utilizados pelas empresas para fazer o provisionamento (RM) por porte Processos e ações trabalhistas em curso



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Transcrição:

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA PASSIVO TRABALHISTA, CONDIÇÕES DE TRABALHO E TRABALHADORES TERCEIRIZADOS Setembro/2010 OBJETIVO: Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o controle de geração de passivo trabalhista, as condições de trabalho e o uso de serviços terceirizados nas empresas industriais paulistas. A pesquisa foi realizada com 444 empresas entre os dias 09 e 30 de agosto de 2010. O porte das empresas é composto por: Micro/Pequenas (até 99 empregados): 60% (265 empresas); Médias (de 100 a 499 empregados): 32% (142 empresas); Grandes (500 ou mais empregados): 8% (37 empresas). SUMÁRIO EXECUTIVO: 80% das empresas não realizam provisão de despesas para indenizações de ações trabalhistas. Mas entre as empresas de grande porte, 65% provisionam. Para as empresas que provisionam, o percentual médio provisionado é de 1,6% da folha de pagamentos. 53% das empresas que provisionam decidem o valor a ser provisionado com base nos processos e ações trabalhistas em curso, e 44%, com base no valor médio das ações trabalhistas enfrentadas normalmente pela empresa. 12% das empresas não realizam gestão de redução e prevenção de passivos trabalhistas. Das empresas que a realizam, 91% fazem controle da saúde do trabalhador e de acidentes do trabalho, 85% fazem controle dos registros de ponto, horas extras e folha de pagamento, 76% buscam orientação jurídica dos procedimentos a serem adotados para atender as legislações trabalhistas, previdenciárias e fiscais e 68% fazem controle dos processos de contratação, promoção e demissão. 1

Em média, 1,6% do patrimônio das empresas estão comprometidos em ações em curso de natureza trabalhista. Um percentual menor de empresas de pequeno e médio porte provisiona, mas poucas não tomam nenhuma medida de redução e prevenção de passivo trabalhista, e elas têm um nível menor ou igual ao das grandes de comprometimento de seu patrimônio com ações trabalhistas. A maioria das grandes empresas provisiona e todas realizam alguma medida de redução e controle de passivo trabalhista. Das condições para redução da periculosidade e insalubridade no ambiente de trabalho, as que são satisfeitas completamente por um percentual maior de empresas são: equipamentos de proteção individual e coletiva (93%); cumprimento da legislação (91%); máquinas e equipamentos adequados e em boas condições (83%); iluminação e ventilação adequadas (82%); manutenção, arrumação e limpeza (81%) e orientação e treinamento (81%). Para as empresas de grande porte, estas condições fazem parte, para um percentual maior de empresas, de um processo de avaliação de riscos, planejamento e gestão. 35% das empresas utilizam serviços terceirizados, mas nunca receberam reclamação trabalhista de empregado terceirizado e 31% já receberam reclamação trabalhista de empregado terceirizado, mas continuam utilizando, ou seja, um total de 66% das empresas utilizam serviços terceirizados. Para as empresas que já utilizaram ou que utilizam atualmente serviços terceirizados, a principal motivação para sua utilização é a especialização da atividade desempenhada (62%), ou seja, os serviços são utilizados para atividades distintas das desempenhadas pelos empregados das empresas. A participação atual de terceirizados no total de empregados das empresas que utilizam atualmente serviços terceirizados é, em média, de 8,0% do total de empregados que trabalham na empresa. PASSIVO TRABALHISTA Das empresas que participaram da pesquisa, 80% não realizam provisão de despesas para indenizações de ações trabalhistas. Quando analisamos por porte, temos que 86% das pequenas e 80% das médias empresas não provisionam. No entanto, entre as empresas de grande porte, 65% provisionam. 2

Para as empresas que provisionam, o percentual médio provisionado é 1,6% da folha de pagamentos. Na divisão por porte, os percentuais provisionados são bastante próximos, 1,8% para as pequenas, 1,5% para as médias e 1,4% para as grandes empresas. Das empresas que provisionam, 53% decidem o valor a ser provisionado com base nos processos e ações trabalhistas em curso e 44%, com base no valor médio das ações trabalhistas enfrentadas normalmente pela empresa. Na estratificação por porte, temos o principal critério para as grandes empresas é o valor dos processos e ações em curso (87%) e, para as pequenas e médias empresas, o principal critério é o valor médio das ações normalmente enfrentadas (49% e 54% respectivamente). Critérios utilizados pelas empresas para fazer o provisionamento (RM) por porte Processos e ações trabalhistas em curso Valor médio das ações trabalhistas enfrentadas Outros Pequena empresa 38% 49% 19% Média empresa 46% 54% 4% Grande empresa 87% 26% 4% Total das empresas 53% 44% 10% Não realizam gestão de redução e prevenção de passivos trabalhistas 12% das empresas. Entre as grandes empresas, todas adotam alguma medida. Entre as empresas de médio porte, 6% não adotam nenhuma medida e, entre as pequenas, 17% não realizam a gestão. Das empresas que a adotam medidas de redução e prevenção de passivos trabalhistas, 91% fazem controle da saúde do trabalhador e de acidentes do trabalho, 85% fazem controle dos registros de ponto, horas extras e folha de pagamento, 76% buscam orientação jurídica para os procedimentos a serem adotados para atender as legislações trabalhistas, previdenciárias e fiscais e 68% fazem controle dos processos de contratação, promoção e demissão. Ao analisar por porte, notamos que a principal medida adota pelas empresas de todos os portes é o controle da saúde do trabalhador e de acidentes de trabalho. 3

Medidas adotadas pelas empresas que realizam a gestão de redução e prevenção de passivo trabalhista (RM) por porte Pequena Média Grande Total das empresa empresa empresa empresas Controle de contratação e demissão 61% 75% 81% 68% Controle de registros de ponto 84% 86% 92% 85% Controle da saúde do trabalhador 89% 93% 97% 91% Orientação jurídica 70% 83% 81% 76% Outras 1% 4% 8% 3% Mais da metade das empresas que participaram da pesquisa não tem nenhuma parcela de seu patrimônio comprometido por ações em curso de natureza trabalhista (57%). No total, 1,6% do patrimônio das empresas está comprometido em ações em curso de natureza trabalhista. Quando analisamos por portes, temos que as médias e grandes empresas têm um percentual um pouco mais elevado de comprometimento de seu patrimônio (1,8% e 1,9% respectivamente) em relação as pequenas empresas (1,4%). Um percentual menor de empresas de pequeno e médio porte provisiona, mas poucas não tomam nenhuma medida de redução e prevenção de passivo trabalhista, e elas têm um nível menor ou igual ao das grandes de comprometimento de seu patrimônio com ações trabalhistas. A maioria das grandes empresas provisiona e todas realizam alguma medida de redução e controle de passivo trabalhista. CONDIÇÕES DE TRABALHO Das condições para redução da periculosidade e insalubridade no ambiente de trabalho, as que são satisfeitas completamente por um percentual maior de empresas são: equipamentos de proteção individual e coletiva (93%); cumprimento da legislação (91%); máquinas e equipamentos adequados e em boas condições (83%); iluminação e ventilação adequadas (82%); manutenção, arrumação e limpeza (81%) e orientação e treinamento (81%). Na divisão por porte, podemos notar que apesar de as empresas de pequeno porte, em sua maioria, satisfazerem plenamente diversas condições para redução da salubridade e periculosidade no ambiente de trabalho, para as grandes empresas, estas condições fazem parte, para um percentual maior de empresas, de um processo de avaliação de riscos, planejamento e gestão. 4

Condições de trabalho satisfeitas plenamente pelas empresas (RM) por porte Pequena Média Grande Total das empresa empresa empresa empresas Planejamento e gestão 46% 61% 78% 53% Cumprimento legislação 89% 95% 94% 91% Avaliação dos riscos 74% 84% 86% 78% Orientação e treinamento 76% 85% 94% 81% Avisos e sinalizações 74% 79% 92% 77% Equipamentos de proteção 93% 92% 94% 93% Equipamentos em boas condições 82% 85% 89% 83% Manutenção, arrumação e limpeza 82% 79% 83% 81% Iluminação e ventilação 84% 77% 83% 82% TRABALHO TERCEIRIZADO Das empresas que participaram da pesquisa, 35% utilizam serviços terceirizados, mas nunca receberam reclamação trabalhista de empregado terceirizado, 31% já receberam reclamação trabalhista de empregado terceirizado, mas continuam utilizando, 21% nunca utilizaram, 3% deixaram de utilizar por terem recebido reclamação trabalhista de empregado terceirizado e 9% deixaram de utilizar por outros motivos. Enquanto as empresas de pequeno porte, em sua maioria, utilizam serviços terceirizados, mas nunca receberam reclamação trabalhista destes empregados (38%), as empresas de médio e grande porte utilizam serviços terceirizados apesar de já terem recebido reclamação trabalhista destes empregados (44% e 74% respectivamente). Utilização de empregados terceirizados por porte Nunca utilizou Deixou de utilizar por reclamação Deixou de utilizar - outros Utiliza e recebeu reclamação Utiliza mas não recebeu reclamação Pequena empresa 30% 4% 10% 18% 38% Média empresa 9% 2% 8% 44% 37% Grande empresa 3% 3% 6% 74% 14% Total das empresas 21% 3% 9% 31% 35% 5

Para as empresas que já utilizaram ou que utilizam atualmente serviços terceirizados, a principal motivação para sua utilização é a especialização da atividade desempenhada (62%), ou seja, os serviços são utilizados para atividades distintas das desempenhadas pelos empregados das empresas. Para todos os portes, esta é a principal motivação para a utilização de serviços terceirizados. Motivação para utilizar serviços terceirizados (RM) por porte Redução de custos Especialização da atividade desempenhada Outras Pequena empresa 46% 59% 13% Média empresa 42% 61% 11% Grande empresa 41% 76% 9% Total das empresas 44% 62% 12% A participação atual de terceirizados no total de empregados das empresas que utilizam atualmente serviços terceirizados é, em média, de 8,0% do total de empregados que trabalham na empresa. Para as empresas de pequeno porte, o percentual é 8,5%, para as de médio porte, 7,5% e, para as de grande porte, 7,6%. Em suma, a maioria das empresas não realiza provisão de despesas para indenizações trabalhistas. No entanto, a maioria adota medidas de redução e prevenção de passivos trabalhistas como o controle da saúde do trabalhador e de acidentes de trabalho e o controle dos registros de ponto, horas extras e folha de pagamento. Assim, o comprometimento médio do patrimônio em ações em curso de natureza trabalhista é menor que 2%. Para a redução da periculosidade e insalubridade no ambiente de trabalho, as principais condições satisfeitas plenamente pelas empresas são o fornecimento de equipamentos de proteção individual e coletiva e o cumprimento da legislação. Quanto aos serviços terceirizados mais da metade das empresas (66%) os utilizam, sendo que metade destas nunca recebeu reclamação trabalhista de empregados terceirizados e a outra metade recebeu. Estes serviços são utilizados, principalmente, em funções diferentes das desempenhadas pelos empregados da empresa (especialização da atividade desempenhada). Ademais, a participação de empregados terceirizados no total de empregados que trabalham na empresa é pequena (em média 8%). 6