SISTEMA DE COLETA DE DADOS OPERACIONAIS DAS USINAS TÉRMICAS REEMBOLSADAS PELA CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO SCD-CDE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA



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Transcrição:

SISTEMA DE COLETA DE DADOS OPERACIONAIS DAS USINAS TÉRMICAS REEMBOLSADAS PELA CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO SCD-CDE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 500 DA ANEEL, DE 17.07.2012 Outubro de 2012 1 Outubro / 2012 Emissão Inicial REV DATA DESCRIÇÃO DA REVISÃO

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS... 3 2. DOCUMENTOS A CONSULTAR... 4 3. DEFINIÇÕES... 5 4. AQUISIÇÃO DE DADOS... 6 4.1. ASPECTOS GERAIS... 6 4.2. MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉTRICAS... 7 4.3. MEDIÇÃO DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL... 7 4.3.1. MEDIÇÃO DE CARVÃO... 7 4.3.2. MEDIÇÃO DE COMBUSTÍVEL LÍQUIDO... 8 4.3.3. MEDIDORES DE CARVÃO... 8 4.3.4. MEDIDORES DE COMBUSTÍVEL LÍQUIDO... 8 5. PLATAFORMA DE TRANSMISSÃO DE DADOS... 9 5.1. INICIALIZAÇÃO DO SCD-CDE... 9 6. ARQUITETURA BÁSICA DO SISTEMA DE COLETA DE DADOS... 10 6.1. COLETA DE DADOS A PARTIR DOS MEDIDORES DAS USINAS... 10 6.2. COLETA A PARTIR DE UNIDADE CENTRAL DE MEDIÇÕES (UCM)... 11 6.3. FORMATO DOS DADOS... 12 6.3.1. ARQUIVOS DIGITAIS MENSAIS EM BASE HORÁRIA DE GRANDEZAS ELÉTRICAS... 12 6.3.2. ARQUIVOS DIGITAIS MENSAIS EM BASE HORÁRIA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 12 6.3.3. INFORMAÇÕES DA MEMÓRIA DE MASSA... 14 7. ENCAMINHAMENTO DE INFORMAÇÕES... 14 8. ESCLARECIMENTOS SOBRE A ESPECIFICAÇÃO... 14 Diretoria de Geração 2

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS Na Resolução Normativa nº 500 da ANEEL, de 17 de Julho de 2012, foram estabelecidas as diretrizes para implementação do Sistema de Coleta de Dados Operacionais nas usinas térmicas a carvão reembolsadas pela Conta de Desenvolvimento Energético SCD-CDE. Considerando o atendimento ao disposto nessa Resolução, foram realizadas reuniões coordenadas pela Eletrobras, no âmbito de sua Diretoria de Geração, com as empresas de geração, de forma a subsidiar a determinação dos requisitos mínimos exigíveis do SCD-CDE. Como resultado, foi elaborada uma minuta de especificação técnica que, após ser submetida à apreciação de todos os agentes envolvidos, deu origem à presente especificação. Os requisitos técnicos mínimos apresentados neste documento aplicam-se a Centrais Geradoras beneficiadas pela sistemática de reembolso dos custos de combustíveis pagos pela CDE, conforme estabelecido no Capitulo II, dessa Resolução Normativa. Para os propósitos desta especificação, Sistema de Coleta de Dados é definido como o conjunto de equipamentos, software, e acessórios responsáveis por medir, registrar, armazenar e disponibilizar os dados referentes às grandezas elétricas e ao consumo de combustível. Diretoria de Geração 3

2. DOCUMENTOS A CONSULTAR - ANEEL Resolução Normativa, n 500, de 17 de Julho de 2012, publicado no D.O de 27.07.2012, seção 1, p.63, v.149, n.145; - Portaria INMETRO Nº 319 de 23 de outubro de 2009 VIM 2008 (Vocabulário de Metrologia Conceitos Fundamentais e Termos Associados) - Portaria INMETRO Nº 431 de 04 de dezembro de 2007 Regulamento Técnico Metrológico - Portaria INMETRO Nº 64 de 11 de abril de 2003 Regulamento Técnico Metrológico - Resolução CONMETRO nº 11, de 12 de outubro de 1988 Regulamentação Metrológica - Portaria Conjunta ANP/INMETRO nº 1, de 19 de junho de 2000 Regulamento Técnico de Medição de Petróleo e Gás Natural - NBR 5167-1:2008 Medição de vazão de fluidos por dispositivos de pressão diferencial, inserido em condutos forçados de seção transversal circular, Parte 1: Princípios e requisitos gerais Diretoria de Geração 4

3. DEFINIÇÕES Agentes Amostrador Automático ANEEL Balança Integradora Calibração Classe de exatidão Consumo Interno Exatidão Faixa Faixa de trabalho Linha de alimentação Linha de sinal Medidores instrumentados Medidores não instrumentados Cada uma das partes envolvidas na geração e transmissão de energia elétrica nos Sistemas Interligados. Equipamento montado na esteira transportadora com o objetivo de Coletar amostras do carvão consumido Agência Nacional de Energia Elétrica Equipamento que mede a vazão mássica instantânea de um determinado material que está sendo transportado por uma correia transportadora. Conjunto de operações que estabelece, em condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento ou sistema de medição, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. Classe de instrumentos de medição que satisfazem a certas exigências metrológicas destinadas a conservar os erros dentro de limites especificados. Quantidade de energia elétrica requerida pelas dependências administrativas, serviços auxiliares, oficinas e qualquer outra instalação do agente gerador na usina. Erro máximo na faixa de medição de uma grandeza. É a diferença entre o maior e o menor dos valores do alcance. Intervalo de mensuração de um determinado instrumento. Linha de suprimento de energia pneumática, elétrica ou hidráulica. Linha que transmite o sinal da variável, do transmissor ou do sensor receptor. Medidores que possuem algum tipo de sinal de saída, de modo que alguma informação sobre este medidor possa ser lida, armazenada ou processada em algum outro ponto. O tipo de sinal de saída varia conforme o medidor e pode ser pulso (emitido a cada valor do insumo medido) ou digital (mais preciso e além de contabilizar os insumos agrega funções extras como indicação de horário, valores instantâneos, valores de pico etc.) Medidores que possuem um sistema mecânico de contagem progressiva, sendo o valor verificado na unidade de tempo obtido pela diferença de duas leituras consecutivas. Diretoria de Geração 5

Poder calorífico inferior Poder calorífico superior Ponto de Conexão Protocolo SCD Sinal Unidade Geradora Quantidade de calor produzida por unidade de volume de combustível, quando este entra em combustão, com excesso de ar, e os gases de descarga são resfriados até o ponto de ebulição da água, evitando assim que a água contida na combustão seja condensada. Quantidade de calor produzida por unidade de volume de combustível, quando este entra em combustão, em excesso de ar, e os gases da descarga são resfriados de modo que o vapor de água neles seja condensado. Ponto(s) físico(s) de conexão à rede de distribuição ou de transmissão, onde é disponibilizada toda a energia líquida produzida pelo agente gerador. As medições realizadas neste ponto devem excluir a demanda de consumo interno da usina. Conjunto de regras que define um processo de transferência de dados e de comunicação entre computadores e equipamentos. Sistema de Coleta de Dados Operacionais. Grandeza funcionalmente relacionada ao objeto da medição. Associação de máquina térmica ou hidráulica, responsável pelo suprimento de força motriz de acionamento, e gerador elétrico de corrente alternada ou contínua, com finalidade específica de produzir energia elétrica. 4. AQUISIÇÃO DE DADOS 4.1. ASPECTOS GERAIS Serão especificados os requisitos mínimos para o conjunto de equipamentos e acessórios responsáveis por medir, registrar e armazenar os dados das grandezas elétricas e de consumo de combustível, aqui classificados genericamente por grandezas físicas. Os medidores utilizados para implantação do SCD-CDE deverão ser do tipo instrumentado. O registro dos valores das grandezas físicas deve ser garantido enquanto houver fluxo destas, independente de falha na linha de alimentação dos equipamentos envolvidos na medição das informações. Os medidores, associados ou não a equipamento externo, devem possibilitar no mínimo: programação e sincronismo externo do relógio/calendário interno; geração de arquivos de saída em formato XML (arquivo texto); programação dos multiplicadores das grandezas medidas; Diretoria de Geração 6

leitura dos valores medidos e da memória de massa por meio de interface serial ou porta óptica de comunicação; programação de um código de identificação alfanumérico com pelo menos 14 (quatorze) dígitos; facilidades de software e hardware que permitam operações de leitura, programação, armazenamento e alterações de parâmetros tanto na forma local quanto na forma remota; registro e armazenamento em memória de massa das grandezas físicas medidas por um período mínimo de 35 (trinta e cinco) dias ou estar associado a um dispositivo de armazenamento com a mesma capacidade. Sinal de saída digital; Os medidores/sistemas de medição deverão ser configurados de tal forma que, caso haja falha na medição, o dado NÃO seja substituído por 0 (zero). Devem, ainda, ser providos de rotinas de auto-teste com alcance a todos os seus módulos funcionais internos, e capacidade de localizar anormalidades funcionais. Não será feita qualquer exigência quanto aos protocolos intrínsecos aos equipamentos utilizados para medição das grandezas físicas requeridas, desde que sejam abertos e documentados detalhadamente, possibilitando sua configuração e parametrização. 4.2. MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉTRICAS Caberá ao ONS e à CCEE enviar para a Eletrobras os valores de energia ativa bruta e líquida, respectivamente, em base horária, conforme definido no item 6.3 desta Especificação Técnica. 4.3. MEDIÇÃO DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 4.3.1. MEDIÇÃO DE CARVÃO O consumo de carvão deve ser obtido a partir de medições de vazão mássica totalizadas em base horária, não cumulativa. A unidade a ser adotada é tonelada por hora (t./h). O sistema de pesagem em movimento utilizado na medição de carvão deve ser instalado na correia transportadora antes do silo de alimentação das unidades geradoras. Deverão ser informados, também em base horária, o Poder Calorífico Superior (PCS) e o Poder Calorífico Inferior (PCI) expressos em quilocalorias por quilo (Kcal/Kg). Esses valores devem ser obtidos através da análise diária de uma amostra de carvão coletada através de um amostrador automático instalado na correia transportadora, próximo ao sistema de pesagem. Todas essas informações devem ser registradas no arquivo digital mensal de dados de medição, cuja estrutura e propriedade são apresentadas no item 6.3 desta especificação. Diretoria de Geração 7

4.3.2. MEDIÇÃO DE COMBUSTÍVEL LÍQUIDO O consumo de combustível líquido será obtido a partir de medições de vazão (volumétricas ou mássicas) totalizadas em base horária, não cumulativa. A unidade de medida a ser adotada é equivalente àquela utilizada na sua comercialização (litros, quilos). Recomenda-se que a medição de consumo de combustível seja realizada na via de admissão a jusante do tanque de serviço da usina. No caso de haver a necessidade da instalação de medidores de retorno, estes devem ser posicionados de forma que a diferença entre a totalização das medições registradas pelos medidores de admissão e o valor equivalente dos medidores de retorno representem a quantidade efetiva de combustível consumido. 4.3.3. MEDIDORES DE CARVÃO A medição de carvão deve ser realizada por um sistema de medição em movimento constituído por uma balança integradora e um amostrador automático instalados junto à correia transportadora de carvão. A balança integradora deve possuir tecnologia digital e medir instantaneamente a vazão mássica de carvão transportada pela correia transportadora antes da chegada do carvão ao silo de alimentação das unidades geradoras. Através dessa informação, deve computar a totalização, em base horária e expressa em toneladas, da massa de carvão que passou pela esteira, sendo que este valor comporá o arquivo de dados de medição. A balança integradora deve possuir um terminal de comunicação serial que possibilite sua conexão e o envio de dados de medição a um computador. Além disso, deve possuir memória de massa com capacidade de armazenar informações coletadas por um período mínimo de 35 (trinta e cinco) dias ou estar associado a um dispositivo de armazenamento com a mesma capacidade. O amostrador automático deve coletar amostras diárias do carvão consumido e deve ser instalado juntamente com a balança integradora na mesma correia transportadora de carvão. As amostras coletadas devem seguir para análise laboratorial na qual serão determinados o Poder Calorífico Superior (PCS) e o Poder Calorífico Inferior (PCI), expressos em quilocalorias por quilo (Kcal/Kg), do combustível. 4.3.4. MEDIDORES DE COMBUSTÍVEL LÍQUIDO São requisitos mínimos a serem atendidos pelos medidores de combustíveis: Certificado de calibração, sendo recomendada uma periodicidade de calibração não superior a 2 (dois) anos. Certificado de conformidade emitido por organismo de Certificação de Produto, credenciado pelo INMETRO, ou certificado de conformidade de modelo aprovado, emitido pelo INMETRO; A faixa de trabalho do medidor deve ser de no mínimo 1:10. A Classe de Exatidão do sistema de medição igual ou melhor que 0,3, consideradas as condições do projeto. Diretoria de Geração 8

Os sistemas de medição de combustível líquido devem ser instalados conforme documentos de referência e especificações dos fabricantes dos instrumentos de medição. 5. PLATAFORMA DE TRANSMISSÃO DE DADOS A Plataforma de Transmissão de Dados deverá incorporar funcionalidades que permitam coleta, armazenamento, conexão e envio dos arquivos digitais que contêm as informações registradas pelos medidores de grandezas físicas à Eletrobras através da Internet. Independentemente da plataforma adotada, deverá ser garantida pelo agente de geração a integridade dos dados registrados pelos medidores. O funcionamento da plataforma deve ser garantido durante todo o processo de coleta, armazenagem, conexão e envio, independente de falha na linha de alimentação dos equipamentos, de modo a não haver perda das informações medidas, registradas ou armazenadas. O padrão de intercâmbio de informações entre os equipamentos que compõem a plataforma deve ser tal que permita alcançar compatibilidade entre os sistemas e equipamentos de medição de diferentes fabricantes, quando aplicável. As medições de consumo de combustível devem ser enviadas pelos agentes geradores à Eletrobras em arquivo digital mensal até o dia 5 (cinco) do mês subsequente. As medições de consumo de energia devem ser enviadas pela Câmera de Comercialização de energia Elétrica CCEE e pelo Operador Nacional do Sistema ONS até o décimo quinto dia útil do mês subsequente. Definições quanto ao formato e a máscara de dados do arquivo a ser enviado pelo agente de geração estão descritas no item 6.3 desta especificação. 5.1. INICIALIZAÇÃO DO SCD-CDE Após a implantação e comissionamento do SCD-CDE na central geradora, deverá ser informada à Eletrobras, por meio do e-mail SCD-CDE@eletrobras.com, a data a partir da qual serão encaminhadas as informações das grandezas físicas solicitadas nesta especificação. Diretoria de Geração 9

6. ARQUITETURA BÁSICA DO SISTEMA DE COLETA DE DADOS 6.1. COLETA DE DADOS A PARTIR DOS MEDIDORES DAS USINAS Nesta alternativa, o agente de geração encaminhará diretamente à Eletrobras os valores registrados pelos medidores e memória de massa, por meio da plataforma para transmissão de dados. O acesso do agente de geração para as suas necessidades específicas deve ser realizado através de porta de comunicação dedicada, sem prejuízo ao atendimento desta especificação. Diretoria de Geração 10

6.2. COLETA A PARTIR DE UNIDADE CENTRAL DE MEDIÇÕES (UCM) O Sistema de Coleta de Dados da Eletrobras recebe os valores registrados nos medidores e memória de massa a partir de uma Unidade Central de Medição (UCM) do agente de geração. Caberá ao agente enviar os dados coletados na plataforma de transmissão de dados em arquivos digitais no formato definido nesta especificação, garantindo a integridade dos mesmos. Diretoria de Geração 11

6.3. FORMATO DOS DADOS 6.3.1. ARQUIVOS DIGITAIS MENSAIS EM BASE HORÁRIA DE GRANDEZAS ELÉTRICAS Os arquivos digitais a serem enviados à Eletrobras pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) e pela Câmera de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) devem estar em formato XML. Os arquivos digitais devem conter as seguintes informações: CAMPO 1 Identificador da usina (CCEE/ONS); CAMPO 2 - Data das medições no formato AAAA/MM/DD; CAMPO 3 - Hora da totalização das medições; CAMPO 4 - Totalização da energia ativa gerada pela usina, destinada ao SIN, expressa em megawatt-hora (MW.h); CAMPO 5 - Totalização da energia ativa gerada pela usina, destinada à exportação, expressa em megawatt-hora (MW.h); CAMPO 6 Campo a ser preenchido com o dígito 0 (arquivos provenientes da CCEE) ou 1 (arquivos provenientes do ONS) A máscara de dados a ser implantada nos arquivos XML será conforme o seguinte modelo: <?xml version="1.0" encoding="iso-8859-1"?> <dados_diarios_energia> <cod_usina></cod_usina> <medicao data="" hora=""> <total_energia_ativa_sin></total_energia_ativa_sin> <total_energia_ativa_exportada></total_energia_ativa_exportada> </medicao> <id_ccee_ons></id_ccee_ons> </dados_diarios_energia> Será utilizado como identificador da usina o código que o ONS e a CCEE já adotam em comum nos seus cadastros. 6.3.2. ARQUIVOS DIGITAIS MENSAIS EM BASE HORÁRIA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL Os arquivos digitais a serem enviados à Eletrobras pelos agentes de geração deverão estar em formato XML. As informações sobre grandezas físicas contidas nestes arquivos poderão contemplar dados referentes a um ou mais medidores da mesma usina. Diretoria de Geração 12

Os arquivos digitais devem conter as seguintes informações: CAMPO 1 - Número de Série do medidor; CAMPO 2 - Identificador do medidor (ELETROBRAS); CAMPO 3 - Data das medições no formato AAAA/MM/DD; CAMPO 4 - Hora da totalização das medições; CAMPO 5 - Volume de combustível totalizado em base horária, não cumulativo, expresso em metro cúbico (m 3 ) e corrigido para as condições de referência (para medidores de combustível gasoso), ou expresso em litros ou quilos (l ou kg) (para medidores de combustível líquido). CAMPO 6 Poder calorífico superior (PCS), expresso em quilocaloria por metro cúbico (kcal/m 3 ) e corrigido para as condições de referência. CAMPO 7 Poder calorífico inferior (PCI), expresso em quilocaloria por metro cúbico (kcal/m 3 ) e corrigido para as condições de referência A máscara de dados a ser implantada nos arquivos XML será conforme o seguinte modelo: <?xml version="1.0" encoding="iso-8859-1"?> <dados_diarios_combustivel> <num_serie_medidor>123</num_serie_medidor> <cod_medidor>xyz</cod_medidor> <medicao data="2011-10-25" hora="15:00:00"> <total_combustivel_consumido>152000</total_combustivel_consumido> <pcs>1500</pcs> <pci>1000</pci> </medicao> <medicao data="2011-10-25" hora="16:00:00"> <total_combustivel_consumido>140000</total_combustivel_consumido> <pcs>1500</pcs> <pci>1000</pci> </medicao> </dados_diarios_combustivel> Para os arquivos digitais referentes aos medidores de combustível líquido, as informações relativas ao PCI e PCS não devem ser preenchidas. Cabe ressaltar que, na falha de medição de qualquer grandeza, o arquivo XML NÃO deverá conter medições, mesmo que zeradas, na hora da totalização. Como exemplo, caso o medidor de energia não realize a medição no horário de 12h, o arquivo XML não deverá conter dados de medição neste horário. O identificador Eletrobras será obtido a partir do cadastro das características de cada usina. Este cadastro será liberado para o agente de geração na página da Eletrobras na Internet, tão logo sejam encaminhadas as informações descritas no item 7 desta especificação. Diretoria de Geração 13

6.3.3. INFORMAÇÕES DA MEMÓRIA DE MASSA As informações contidas na memória de massa dos dispositivos de medição de consumo de combustível registrados no SCD deverão ser enviadas por todas as centrais geradoras até o dia 15 do mês subseqüente, por meio de arquivos digitais no formato proprietário do fabricante do equipamento, sem nenhum tratamento ou formatação adicional. O fabricante selecionado deverá disponibilizar à ANEEL / ELETROBRAS aplicativos que permitam a recuperação dessas informações, para futura utilização. 7. ENCAMINHAMENTO DE INFORMAÇÕES Após a implantação do SCD, deverão ser encaminhadas à Eletrobras, todas as informações técnicas pertinentes à Central Geradora abaixo descritas: - Cópia da Ficha Técnica encaminhada à Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração SCG/ANEEL. - Diagramas esquemáticos de operação, compostos de: - Diagrama unifilar elétrico da usina/subestação e características de operação, inclusive indicando a localização definitiva dos medidores de grandezas elétricas registrados no SCD e sua interligação aos instrumentos de medição, bem como suas características, tais como exatidão, relações, fator térmico e constantes; - Fluxograma do sistema de recebimento, tratamento, armazenamento, distribuição de combustível e abastecimento das UG, indicando as ligações definitivas dos instrumentos de medição de consumo de combustível. - Especificação de todos os componentes associados ao SCD. 8. ESCLARECIMENTOS SOBRE A ESPECIFICAÇÃO Esclarecimentos e informações que, porventura, se façam necessários, devem ser encaminhados ao e-mail scd-cde@eletrobras.com. ******* Diretoria de Geração 14