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Transcrição:

Flash 135 Julho 2008 Aniversário da Comissão de Moradores do Bairro da Petrogal No passado dia 8 de Junho de 2008, teve lugar nas instalações da Associação de Moradores do Bairro da Petrogal, a comemoração do sétimo aniversário desta Associação. Estiveram presentes diversas entidades representantes da comunidade, tendo cada uma delas manifestado o seu apoio a esta Associação, salientando as mais valias e importância das actividades desenvolvidas, tais como e a título de exemplo a alfabetização para a terceira idade. Foi ainda referida a importância desta Associação como forma de dinamizar e permitir a evolução e manutenção de um espaço natural e social, tendo sido apontadas as melhorias realizadas, os problemas sentidos e as necessidades ainda existentes. Foi unânime a opinião das vantagens que esta associação tem propiciado aos moradores e ao Bairro da Petrogal. Destaques Aniversário da Comissão de Moradores Próximas Realizações Pesca de Mar 4 Surf e Bodyboard 7 Viagem a Veneza, Croácia e Eslovênia Capa Capa 8 Passeio no Rio Tejo 11 Lisboa Bike Tour 13 Escócia, Gales e Irlanda 15 Próximas Realizações 27 Set 2008 - Tiro aos Pratos 27 Set 2008-4ª Prova do Campeonato Interno de Bowling Feminino Em representação do Clube Galp Energia esteve presente Daniel Bertelo, que proferiu algumas palavras de satisfação, referindo algumas mudanças bastante visíveis no Bairro da Petrogal, a que teve oportunidade de assistir, quer enquanto morador, quer enquanto membro da Direcção do Grupo Desportivo e cujos melhoramentos continua agora a acompanhar através do Clube Galp Energia que tem apoiado esta Associação de Moradores. Por fim foi feita uma oferta simbólica por parte do Clube Galp Energia, de uma pequena lembrança assinalando esta data e demonstrando assim e uma vez mais o apoio a esta Associação de Moradores. 27 Set 2008 - Futebol de 11: Veteranos 28 Set 2008 - Atletismo: Ponte Vasco da Gama 03 Out 2008 - Teatro: A Verdadeira Treta 07 Out a 22 Nov 2008 - Carta para a obtenção de Carta de Patrão Local 07 Out a 13 Dez 2008 - Carta para a obtenção de Carta de Patrão de Costa Arsénio Vieira 15 Nov 2008 - Almoço de São Martinho 06 Dez 2008 - Festa de Natal

Aniversário da Comissão de Moradores Julho 2008 Page 2

Cruzeiro no Rio Sado Umas nuvens um tanto mal encaradas fizeram questão de marcar presença no dia do nosso Mini Cruzeiro no Rio Sado. À hora marcada, nos respectivos pontos de partida, um grupo bem humorado e capaz de enfrentar quaisquer nuvens, reuniu-se e partiu rumo a Setúbal, onde o Costa Azul nos esperava para dar início ao nosso Cruzeiro. As boas vindas, na forma de um Moscatel e de uns Pastelinhos de Nata, que para quem tinha tomado o pequeno-almoço antes das 8 da manhã, souberam, como diz o povo, que nem ginjas. Com o sangue dos nossos marinheiros, os que deram novos mundos ao Mundo e iniciaram a era da Globalização ( quem diria? ), a correr-nos nas veias, aventuramo-nos nas águas do rio. O grupo dispersou-se pelo barco, uns escolheram a sombra, outros os solários aproveitando os tímidos raios de sol. Nas margens as cristas rochosas rompiam por vezes o denso matagal e as praias de areias quentes e douradas, onde banhistas mais afoitos teimavam em esperar o Sol, que nesse dia fez questão de quase não dar um ar da sua graça, foram desfilando frente aos nossos olhos. Julho 2008 Por fim o Costa Azul parou - e um grupo de destemidos embarcou no pequeno bote que estava atrelado ao barco e que os levou até à margem, onde tomaram banho e passearam na praia. No regresso, esperava-os o almoço. As sardinhas, as fêveras, o entrecosto, a salada e o vinho, servidos à descrição, confortaram o estômago de todos. As recordações doutros passeios e o desejo de próximos, tomou conta das conversas e um franco convívio generalizou-se onde não faltou, como aliás é hábito, o reviver de factos ocorridos ao serviço da Petrogal. Mas a hora do regresso chegou. O Costa Azul trouxe-nos de volta, no trajecto ainda pudemos avistar uns simpáticos golfinhos. No Porto de Setúbal esperava-nos o autocarro que nos conduziria a casa. Os desejos de Felicidades e os Até Breve marcaram as despedidas e todos ficámos à espera de um próximo passeio para nos reencontrarmos. Maria da Luz Canhão Page 3

Pesca de Mar - 1º Grupo De entre as actividades que o Clube Galp Energia promove, há uma em que, sempre que posso, não deixo de participar: refiro-me à pesca de mar em embarcação fundeada. O prazer deste desporto cultivei-o desde a minha infância! Tinha eu os meus oito ou dez anos e já saía de casa, de cana na mão, em direcção à baía de Luanda, ensaiando os primeiros lançamentos que, por vezes, de tão mal feitos, a linha ia parar pendurada nas palmeiras à minha volta. A abundância do peixe era tal que não exigia grande habilidade, nem técnicas sofisticadas, bastava um ou dois anzóis e tinhase o balde cheio em pouco tempo. Não querendo com isto convencer os mais cépticos, que invariavelmente dizem preferir pescar no prato do que o ter que o fazer no mar, está a forte adesão que as três iniciativas organizadas pelo Clube tiveram, diria mesmo uma autêntica corrida às inscrições, que em pouquíssimo tempo esgotaram, o vem contrariar a imagem que uns tantos criaram à volta deste desporto. Cumprida a primeira, que se traduziu num autêntico êxito, a Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro resolveu contemplar os seus associados marcando mais duas para os dias 21 e 28 de Junho. Os dias que antecedem estes meetings são sempre de grande tensão para o pescador a prová-lo está a azáfama gerada à volta dos iscos, o tamanho dos anzóis, as linhas, discutindo -se se a multifilar é melhor que unifilar, ou o fio normal, a espessura adequada, o tamanho dos estralhos utilizados para colocação das linhas dos anzóis, o tipo de carreto, enfim, um manancial de questões que por vezes põem em dúvida todo a sabedoria adquirida à volta destas andanças. Dia 21 de Junho, Marina de Setúbal, mesmo ao lado do cais de embarque para Tróia, a embarcação de nome TINA G, do melhor que se Julho 2008 Page 4

Pesca de Mar - 1º Grupo (continuação) pode encontrar naquele porto, oferece condições excepcionais de acomodação. Licenciada para transportar até a um máximo de 14 pessoas, esperava-nos às 05.30 da manhã com a tripulação já a postos, os comandantes Carlos Lopes e Carlos Barrento, atarefados, um, à entrada da marina, a dar-nos as boas vindas e a conduzir-nos até à entrada a bordo, o outro na preparação da embarcação. Desamarrada, logo se fizeram ouvir os dois motores Ford, de 120 CV cada um, que em manobras apertadas (pondo à prova os comandantes, aos quais é exigido empenho e experiência, não há margem para erros) libertam a TINA G rumo ao pesqueiro. Chamada de seguida a rapaziada para o café, não nos esqueçamos que são 05.30 da manhã, é aproveitado o momento para algumas apresentações, troca de algumas piadas, um pouco do aliviar de alguma tensão que estas coisas do mar sempre criam. Somos informados que a chegada ao pesqueiro se faz por volta das 07.00 horas. Hora e meia de navegação é tempo suficiente para umas buchas, o ar do mar aguça o apetite, preparar as pescas e contemplar a beleza da orla costeira da Península de Setúbal, numa tríade que a torna sempre soberba e imponente: o Rio Sado, a Serra da Arrábida e Tróia. Alguns enjôos fazem-se sentir, quase é certo que alguém tenha que aliviar carga, a ondulação começa a dar sinal de estarmos em águas com alguma profundidade (+/- 90 mts), e a excitação torna-se evidente quando nos apercebemos do abrandamento dos motores. Começam os preparativos para fundear a embarcação, com manobras que têm em conta as correntes e o vento, que por vezes dificultam no acertar na marca, isto é, no pesqueiro previamente marcado com ajuda de GPS e Sonda, e onde está o peixe aos montes de boca aberta à nossa espera. A expectativa é enorme e o comandante dá ordem para se começar a pescar. A faina começa a dar fruto, os primeiros peixes começam a cumprimentar-nos, a equipa acha que aquilo vai dar resultado. Mas nestas coisas não há bela sem senão, e durante a manhã até à hora do almoço mais pesqueiros foram visitados pois a fasquia cada vez mais alta exigia capturas com qualidade e de maiores dimensões. Às 12.30 horas o comandante Carlos Lopes, que também aqui faz de cozinheiro, convida-nos a ir para a mesa e anuncia que a caldeirada de peixe está uma delícia. O espaço não é propriamente a sala de almoços de um Cruzeiro, mas é o suficiente para sentar toda a gente. Servida a caldeirada, condimentada a rigor e acompanhada com vinho da região, as conversas começam a surgir em forma bem animada, a descontracção é total. Já bem perto das 14 horas é tomado o cafezinho e o grupo reúne na popa para a fotografia. O calor começa a sentir-se, as barrigas estão cheias, a jornada da tarde vai ser difícil, e agora falo por mim, a vontade de fazer uma pausa (soneca) é enorme, mas não quero dar parte de fraco e avanço sem grande hesitação para o meu posto de trabalho. São 16.30. Horas para regressar. É tempo de refrescar as capturas. Os baldes não estão a esbarrigar por aí além e a tarefa da contagem faz-se sem grandes alaridos. Trocam-se impressões sobre as medidas das choupas, as Julho 2008 Page 5

Pesca de Mar - 1º Grupo (conclusão) cavalas e os carapaus não dão preocupação, assim como alguns polvos, rascaços e parguetes que saíram com tamanhos aceitáveis. O comandante levanta ferro e ruma à marina de Setúbal. Os momentos que antecedem o desembarque são de agradecimentos e abraços à tripulação, que num desdobrar de esforços fez tudo ao seu alcance para que esta actividade decorresse com prazer e em segurança. O nosso obrigado aos comandantes Carlos Barrento e Carlos Lopes. À Direcção do Clube Galp Energia - Núcleo Centro damos os parabéns por nos ter facultado estes momentos inesquecíveis vividos no mar. Esperamos que não esmoreçam e comecem a pensar em próximas jornadas. Cremos que isso vai acontecer. O nosso obrigado também. Texto do Associado Carlos Albuquerque Aqueduto das Águas Livres (8º Grupo) No dia 28 Junho realizou-se mais um passeio do Aqueduto ao Palácio Marquês da Fronteira e foi bem divertido. Começou com a ida de autocarro desde Sete Rios até à porta do Aqueduto das Águas Livres, onde uma guia aguardava pelo grupo para uma explicação sobre a história da construção do Aqueduto. O Aqueduto foi um complexo sistema de captação, aduação e distribuição de água à cidade de Lisboa, que foi mandado construir pelo Rei D. João V, devido aos problemas de abastecimento de água que a cidade de Lisboa tinha. Depois de atravessar o Aqueduto entrámos no Parque Florestal de Monsanto onde encontrámos a lavadeira Maria das Dores, que nos ofereceu um lanche e uns momentos divertidos. Depois seguimos para o Palácio Marquês da Fronteira onde pudemos observar os seus magníficos jardins com belos azulejos decorados com figuras que personificam as artes e figuras mitológicas. As sebes do jardim estão aparadas em formas que representam as estações do ano. Apesar de alguns prédios altos serem visíveis à distância, continua a ocupar um lugar tranquilo. Foi uma manhã divertida que terminou com o almoço no restaurante A Valenciana. Sandra Moreira Julho 2008 Page 6

Surf e Bodyboard Na crista da onda foi assim que muitos andaram em mais uma actividade de Surf e Bodyboard, levada a cabo pelo Clube Galp Energia - Núcleo Centro. No passado dia 28 de Junho juntaram-se na Praia Grande, nos arredores de Sintra, um conjunto de bons convivas sedentos de aprenderem e/ou aperfeiçoarem técnicas das modalidades de Surf e Bodyboard. O dia estava propício a actividades na praia, pois o sol esteve presente do primeiro ao último minuto, abrilhantando todos aqueles que quiseram desfrutar de tão bela paisagem. Fomos devidamente acompanhados por técnicos qualificados que foram dando todo o apoio e indicações para que a evolução de cada um fosse a adequada, e que bom foi averiguar que todos foram evoluindo a cada onda que apanhavam. O convívio e confraternização entre todos será o que de mais importante ficará na memória, pois desde as apresentações iniciais passando pelo almoço e até aos alongamentos no final do dia, foram intensos os momentos vividos entre todos. Ricardo Araújo Pereira Quando comentava que ia ver o espectáculo do Ricardo Araújo Pereira, no Teatro São Luiz, logo alguém me avisava - olha que parece que não é para rir e não era de facto, ou pelo menos não da forma que, talvez levianamente, se poderia à partida supor vindo de um Gato! Como fazer coisas com as palavras mostra-nos um actor versátil capaz de prender o público durante mais de uma hora apenas com o suporte de dois figurantes e um texto altamente elaborado e que pelo menos a mim, leiga na crítica teatral, me pareceu de muito difícil representação. Apesar de num registo bem diferente do habitual, que demonstra uma certa coragem e vontade de fazer algo diferente, pareceu-me uma aposta bem sucedida, que poderá no entanto ter apanhado algum público desprevenido. Depoimento da Associada Carla Rosa Julho 2008 Page 7

Viagem a Veneza, Croácia e Eslovénia 4 a 14 de Junho de 2008 Agora que já passaram uns dias sobre a viagem à Croácia, vou recordar um pouco sobre a mesma. Não se pode dizer que tivéssemos começado da melhor maneira, pois o hotel Adriatic Palace fica na Città di Jesolo e não em Veneza ou Mestre. Como tínhamos pouco tempo para estar em Veneza, e esta cidade é linda à noite, fizemos 30 minutos de autocarro e mais uma grande caminhada para apanhar o barco. Chegados a Veneza, começa a chuviscar e já na Ponte de Rialto começa uma trovoada e a chover torrencialmente, enfim, foi em esforço inglório. No dia seguinte o tempo ajudou e vimos a Catedral de São Marcos e aqueles magníficos palácios e pontes, a Praça de São Marcos,... tudo o que já conhecemos, mas que gostamos sempre de rever. À tarde seguimos para Bled. Fui à janela do quarto e fiquei encantada com as luzes reflectidas na água do lago Bled. Mal acordei no dia seguinte, fui logo ver o lago e acreditem, foi um deslumbramento: o castelo e o arvoredo reflectidos na água são uma imagem de sonho. E pensar que no Inverno toda aquela visão se transforma em gelo, e até nos disseram que andam de carro por ali. Seguimos para a Eslovénia, a capital, Ljubljana, é uma cidade muito bonita, tem um óptimo nível de vida. Só foi pena o guia local ter-nos mostrado tão pouco. Seguimos pelo mercado (muito farto e com flores lindas), as três pontes, e a Praça da Madona Ave Gratia Plena. Gostei especialmente da Catedral Barroca. O guia referiu que o quadro de São Nicolau, que está agora exposto, é uma obra de Rembrandt e que esteve ocultado centenas de anos. No dia seguinte fomos às grutas de Postojna, pessoalmente gosto muito de grutas e sempre que posso vou visitá-las, mas apesar disso, fiquei deslumbrada nunca pensei que pudesse ver uma maravilha daquelas, há estalactites com setenta milhões de anos! Gostava de lá voltar. Depois seguimos para Porec, que tem um belo centro turístico, boas praias no recanto da península, numa boa marina. Fomos para Pula, a qual é uma cidade que não foi muito atingida pela guerra. No Coliseu, com o seu magnífico anfiteatro, não caiu nenhuma granada, vimos um templo de Augusto, tudo está muito bem cuidado. Seguimos para Opatija, onde o nosso hotel era imponente, muito bem restaurado, como quase todos. Belos palacetes, grandes hotéis e uma marina imensa na baía de Kvarner, merece outra visita, tal como o parque nacional de Plitvice. Nesta viagem sem ir ver a magnífica floresta, os cardumes de peixes, as inúmeras cascatas, ouvir o som da água e dos pássaros, não tinha o sentido que teve. Foi sem dúvida o ponto alto desta viagem. Apanhámos muita chuva, andámos a medo pelos trilhos, mas valeu a pena. Dormimos no hotel do lago Plitvice e seguimos para Zadar. Julho 2008 Page 8

Viagem a Veneza, Croácia e Eslovénia 4 a 14 de Junho de 2008 Zadar sofreu muito com a guerra, mas está muito bem reconstruída, visitámos na cidade alguns monumentos e seguimos para o parque nacional de Krka Waterfalls, onde todos percorremos grande parte dele. Como a natureza foi bem generosa com a Croácia! Desta vez tivemos bom tempo! O parque está super bem cuidado, tem inúmeras cascatas e não nos cansámos de tirar fotografias. De manhã, seguimos para Vodice e depois Sibenik, todas estas cidades banhadas pelo Adriático são duma rara beleza. Seguimos para Trogir, eu sabia que Trogir era muito bonita pois um casal meu amigo foi por 2 dias e ficou lá 12, não é por acaso que é património da humanidade. Gostei especialmente da catedral de S. Lourenço, gótico veneziano, do museu, Depois Split onde, com guia local, fizemos uma visita à cidade. O centro histórico onde se destaca a catedral e o palácio Deocliciano, a cidade também está a ser recuperada e é muito bonita. À noite fomos de autocarro a Dubrovnik, descobri porque é chamada a Pérola do Adriático. Como é possível que uma cidade que foi bombardeada diariamente durante 8 meses, esteja completamente reconstruída e na traça original! Na entrada do museu tocava um conjunto Klapa Mastral, e tocava muito bem. É uma cidade virada para o turismo, com lojas de boas marcas mundiais. Sem pedintes, muito embora o ordenado mínimo, como em toda a Croácia, ronde os 200 euros! Na manhã seguinte voltámos para ter as explicações da guia local e depois pensávamos andar por aquelas belas rua, mas choveu torrencialmente e tivemos que nos refugiar nos cafés. Apesar desse contratempo valeu a pena conhecer Dubrovnik. Acabámos bem o dia com um jantar com folclore croata. Julho 2008 Page 9

Viagem a Veneza, Croácia e Eslovénia (conclusão) Seguimos para a Bósnia para ver a cidade de Mostar. A célebre ponte de 1566 que foi destruída em 1993 está, graças à UNESCO, reconstruída tal como era. Mas há muito a fazer e vai levar muito tempo. Depois foram 7 horas de autocarro até Zagreb! Tem imensas coisas para ver, tais como o jardim botânico, museus, parlamento, catedral, santuário da Virgem, mercado das flores - mas vimos também muitas casas degradadas. Para finalizar, na praça principal de Zagreb estava um palco onde cantavam crianças muito pequenas e muito bem ensaiadas, gostámos! Foi uma viagem inesquecível e não há dúvida de que a Croácia tem no mar Adriático uma grande fonte de turismo de qualidade. Mais uma vez está de parabéns o Clube Galp Energia por ter efectuado esta viagem com tanto êxito. E agora os nosso agradecimentos porque sem eles nada tinha corrido tão bem: à Ana desde o 1º dia ao penúltimo; ao Pedro sempre bem disposto profissional; e, ao Bruno sempre muito discreto mas atento a todos os pormenores. Obrigado por todas as atenções Palmira Vargas Sorteados Cirque du Soleil Os Associados contemplados com a colectânea de 12 DVD s da Companhia Cirque du Soleil e que comporta os espectáculos A Baroque Odyssey, Alegria, Cirque Reiventé, Dralion, Journey of Man, La Magie Continue, Nouvelle Expérience, Quidam, Saltimbanco, Varekai, La Nouba e Midnight Sun foram os seguintes: Roque Francisco Carlos Varela Maria Joaquina Ana Paula Andrade Maria Raquel Silva Julho 2008 Page 10

Passeio no Rio Tejo Era dia da Criança E o passeio lá chegou Com a força da esperança O sol até brilhou. A Praça do Comércio lá estava Com o Castelo a espreitar A Sé de Lisboa se avistava E o Panteão era fácil de encontrar. Com a Eliana a explicar O que por nós esperava Não foi difícil chegar E já o barco se avistava. Rumo ao Parque das Nações Na nossa memória a Expo se avivava Que boas essas recordações Que do meio do rio se vislumbrava. Foi só escolher o melhor lugar Para tudo se conseguir ver E estávamos nós a fotografar E já o petisco estava a aparecer. Estava na hora de voltar Mas ainda havia coisas para ver A Torre de Belém não podia faltar E dos Jerónimos não nos podíamos esquecer. Entre uns belos salgados E umas bebidas a calhar Os monumentos eram recordados E nada ficava por registar. Tivemos então que atracar E depois também agradecer Por mais um passeio para recordar E noutros pensar já em fazer. Teresa Lérias Julho 2008 Page 11

Pesca Desportiva Barragem de Trigo Morais (Ilha) no Torrão Decorreu no passado dia 7 de Junho, a 2ª prova do Campeonato Interno de Pesca Desportiva de 2008, que se realizou na Barragem de Trigo Morais (zona da Ilha), no Torrão. O primeiro classificado foi José Cruz que obteve durante as quatro horas de duração de prova a bela quantidade de 19,500 kg de pescado (carpas e barbos). Este Campeonato Regional visa como objectivo principal apurar os seus primeiros dez classificados que irão oficialmente representar o Núcleo Centro na Final Nacional, em disputa directa com os pescadores apurados nos Núcleos Norte e Sul do Clube Galp Energia. Classificação da 2ª prova: 1º José Cruz 19,500 kg 2º Filipe Bertelo 13,660 kg 3º Paulo Martins 12,460 kg 4º Hugo Sousa 7,420 kg 5º Rui Oliveira 7,400 kg 6º José Couvinha 7,180 kg 7º Camilo Marques 6,840 kg 8º Francisco Novo 6,520 kg 9º Francisco Mouro 6,100 kg 10º Luís Colaço 5,660 kg 11º Fernando Moreira 4,040 kg 12º Tobias Rasteiro 3,060 kg 13º José da Silva 2,740 kg 14º Rui Reis 1,760 kg 15º Daniel Bertelo 0,860 kg 16º Jorge Cunha 0,680 kg Julho 2008 Page 12

Sol, cor e amizade na Lisboa Bike Tour 2008 Manhã de 22 de Junho lá fui, cheia de vontade e alegria de ir ver a outra parte deste evento - a vertente popular e a resistência de várias faixas etárias, todos juntos por uma grande causa e liguei o meu GPS pessoal para receber toda a informação possível sobre algo que ainda não tinha descoberto.a aventura da cliclo-ponte!! O dia adivinhava-se quente e a aventura calculava-a divertida Sem olhar uma única vez para trás, apanhei o bus na Gare do Oriente que me iria transportar para a Ponte Vasco da Gama e atravessar o nosso tão conhecido e lindo Tejo, nesse dia tão tranquilo, separando as duas digníssimas margens! A viagem foi das mais divertidas, entre comentários de companheiros de viagem (curta) todos vestidinhos de camisola laranja, mochila com víveres e capacete verde a ver quem dizia mais graçolas que os outros. Lindo Foi bonita a chegada: Diferente! Grande!! Arejada!!! Alegre!!!! Tinha posto pela primeira vez os pés na ponte e já estava a gostar daqueles breves instantes que separam um desporto de um alegre convívio. Calhou-me uma bela e digna bikcla encarnada, da cor da vida, era mesmo a que eu queria. Feito o respectivo check-up confirmei com satisfação que tudo funcionava na perfeição; mudanças, direcção, pedais, o assento bem regulado, pneus cheios, tudo à profissional Julho 2008 Page 13

Sol, cor e amizade na Lisboa Bike Tour 2008 Sem perceber (ainda bem) de como iria pedalar aqueles 13 quilómetros respirei o ar quente do dia abrasador que se ia instaurando e imaginei como iria ser o que me fez olhar para o relógio e esperar pelo sinal da partida daquela imensidão de gente para cima de 8.000 pessoas!! Já o capacete apertava as minhas fontes de destemida ciclista e me toldava o raciocínio da estratégia a tomar sobre qual a posição a tomar no tabuleiro da ponte quando se deu o início da corrida. Lá fui pedalando entre-tantos e outros, consegui encarreirar no percurso pois uns e outros teimavam em passar-me à frente! A realidade que me separava dos grandes ciclistas era grande mas a vontade de chegar ao fim do percurso igualava-se-lhes (humildemente) em vontade. Aceitei as diferenças, o que fez tudo parecer muito mais fácil. Ao fim de 2 horas (ah, ah, ah pois sim apenas esse tempo) lá cheguei ao ponto de chegada a bela da meta no Rossio dos Olivais, no Parque das Nações, olhei para trás e constatei que não era das últimas para trás ficavam outros ciclistas de grande valor quais corajosos cavaleiros nas suas belas montadas Após a experiência ficam as memórias de quem, pedalando, uniu duas margens. Noutra dimensão e noutro espaço fica a ideia de que um grande evento, sem fins comerciais e de ajuda a grandes causas, daquelas que fazem a diferença, mesmo sob um sol escaldante e a pouca brisa refrescante que se fazia sentir (timidamente) foi das poucas fantásticas brisas que já me alguma vez me refrescaram e tanta gente!!. Texto da Associada e Participante Fátima Correia Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Pesca Desportiva Na alta roda da Pesca Nacional O Núcleo Centro do Clube Galp Energia fez-se representar em mais duas jornadas do Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Pesca de Rio, que decorreram no fim-de-semana de 14 e 15 de Junho, no Rio Sorraia, em Coruche. Esta competição conta com 14 equipas que reúnem nas suas fileiras praticantes do melhor que o país tem, tornando estas jornadas memoráveis e não aconselháveis a cardíacos. Os nossos atletas estiveram à altura das expectativas criadas, pois demonstraram melhor integração comparativamente às primeira e segunda jornadas nas quais haviam ressentido da sua inexperiência nestas andanças. É com muita felicidade que chegamos às duas últimas jornadas do Campeonato com hipóteses de assegurar a manutenção. Os nossos pescadores vão certamente dar tudo nos próximos dias 20 e 21 de Setembro no Rio Sorraia, em Santa Justa, onde se realizará as 5ª e 6ª jornadas que põem termo à competição. Julho 2008 Page 14

Escócia, Gales e Irlanda Texto: Palmira Gomes Fotos: Clara Ramos Lá pelas seis da madrugada sim, porque de manhã é que se começa o dia e viajar é uma excelente razão para se saltar da cama a horas impróprias pouco mais de vinte turistas e uma guia encontraram-se na Portela (ainda longe, portanto, do deserto ). O destino era a capital da Escócia Edimburgo após escala no aeroporto de Heathrow, em Londres. Desta vez foi bastante fácil localizar os participantes: fosse porque alguns já se conheciam de outras viagens, fosse pelas características malinhas cinzentas, o facto é que na hora marcada lá rumámos para Londres, onde chegámos pouco depois das onze horas com a vantagem de não ser necessário acertar relógios, nem sofrer efeitos de jet lag A escala foi suficiente para um almoço ligeiro, o levantamento de algumas libras e o primeiro imprevisto: um alarme de incêndio, vários avisos sempre em inglês, porque isto de se usarem várias línguas para se evacuar um terminal de aeroporto é coisa de provinciano e um mar de gente, tudo muito calmo e ordeiro, à espera (só não se sabia bem do quê). Mas a expectativa durou pouco, porque tudo, rapidamente, voltou à normalidade e lá nos deixaram embarcar para Edimburgo. O resto da tarde deste primeiro dia foi ocupado com um passeio a pé pelas imediações do hotel, um pouco como que a tomar o pulso desta cidade que aos fins-de-semana se enche de gente vestida de forma estranha, com penteados estranhos enfim, gente que aproveita o fim-de-semana para ser diferente; seguiu-se o jantar no hotel e um Portugal-Turquia de boa memória: uma estreia lusa no Europeu com dois golos sem resposta; pois é e como a tradição já não é o que era, quem animou o pacato bar do hotel foram mesmo as senhoras, que não só faziam a festa, como ainda por cima sabiam os nomes dos jogadores e discutiam as jogadas. Os cachecóis da Selecção Nacional acompanharam-nos na viagem Julho 2008 Page 15

Escócia, Gales e Irlanda O dia seguinte amanheceu com um céu azul pouco escocês e um guia local muito português: um castiço cidadão de Sua Majestade, nascido e criado em Lisboa, mas emigrado para o Reino Unido na década de 60, que nos mostrou a família real e alguns políticos britânicos por um prisma bastante diferente do que poderíamos imaginar, para além de partilhar connosco a sua teoria da auto-hipnose, o segredo de uma boa caldeirada, as vantagens do whisky barato (e reutilizável) na culinária ou, ainda, o método comprovado de cura do stress do salmão ou do enfarte das trutas (para quem não sabe, vibrações de música clássica mas não metam o Vivaldi nisto, porque ele é demasiado alegre para o efeito!). Para além destes e de outros úteis conselhos, o dia foi passado com uma curta visita da cidade de Edimburgo, que incluiu o castelo, durante a manhã, a visita ao Castelo de Stirling, durante a tarde e as últimas compras na capital escocesa, uma vez que no dia seguinte nos aguardava a cidade dos Beatles. Castelo de Edimburgo A viagem até Ambleside onde se iniciou um mini cruzeiro de cerca de meia hora, no Lago Windermere, que nos levaria até Bowness percorreu extensas paisagens verdes e amarelas, povoadas de vacas de pé (segundo a guia que nos acompanhou nesta parte da viagem, vacas de pé são sinónimo de bom tempo; já as vacas tombadas significam tempo chuvoso). Pobres vaquinhas escocesas e gaulesas que durante cinco dias ficaram heroicamente de pé, à espera que os Portugas se fossem embora!... Julho 2008 Page 16

Escócia, Gales e Irlanda Lago Windermere O terceiro dia terminou em Liverpool com jantar e uma curtíssima volta pela cidade, com destaque para os Liver Birds dois corvos com algas nos bicos que servem de guardiães da cidade, a Metropolitan Cathedral of Christ the King, católica, de moderníssimo design e a Anglican Cathedral que é, tão-somente, a maior catedral anglicana do mundo. A terça-feira passou-se por entre paisagens do País de Gales que continuaram verdes na terra e azuis no céu. Finalmente, a ementa do almoço incluía o famoso fish and chips que nos deu ânimo e energia para percorrer sentadinhos no comboio, claro o Vale of Rheidol Railway, de Aberystwyth até Devil s Bridge: a paisagem daquele que é o caminho-de-ferro em penhasco mais longo da Grã-Bretanha é fantástica e a ponte do diabo é, na verdade, uma curiosa construção de três pontes sobrepostas. O jantar e o alojamento tiveram lugar em Cardiff, a cidade que, por volta de 1913, tinha o porto de exportação de carvão mais movimentado do mundo. Aliás, os programas de recuperação em curso pretendem revitalizar, precisamente, a zona das docas, reabilitando os velhos edifícios, como o Pier Head Building construído em 1896 para a Railway Company ou construindo novos pontos de interesse, de que o Wales Millennium Center é o expoente máximo. Por outro lado, subsiste, ainda, uma interessante Cardiff tipicamente vitoriana e eduardiana, com arcadas e mercados cobertos e edifícios neoclássicos. Wales Millennium Center, Cardiff A manhã do quinto dia foi passada por aqui; por aqui se almoçou e daqui se partiu rumo a Fishguard e ao catamaran que nos havia de levar até Rosslare, já na República da Irlanda, não sem antes termos direito a metade do jogo de Portugal com a República Checa e ao empate da primeira parte. Valeu-nos a amabilidade do pessoal da companhia de navegação que fez questão de nos informar da vitória final (3-1)! Ah! Para terminar esta pequena crónica de terras de Sua Majestade só falta mesmo acrescentar que, ao quinto dia, as vaquinhas descansaram e a chuva acompanhou-nos na despedida do Reino Unido e durante toda a travessia. E, finalmente, a aguardada Irlanda: alguma chuva à chegada, um motorista de sotaque cerrado e alguns quilómetros até Dublin, onde chegámos já noite dentro. Julho 2008 Page 17

Escócia, Gales e Irlanda Esta terá sido a chegada mais anunciada das nossas vidas de turistas; graças ao Tratado de Lisboa que foi a referendo nessa mesma quarta-feira, passámos sete dias a ler cartazes de YES to Lisbon ou STOP to Lisbon, mas não nos livrámos de, no final, dar de caras com duas irlandesas bastante cultas que perguntavam se Lisboa fica na Europa ou, noutra versão, se Lisboa é uma cidade australiana A noite foi passada no Gresham Hotel, situado em plena O Connell Street, a mais movimentada avenida da cidade; alguns elementos do grupo podem, até, ter do que se queixar em relação às dimensões dos quartos, do que ninguém se pode queixar é de ter ficado num hotel desconhecido o Gresham foi construído em 1817 e orgulha-se de figurar como referência no Guia American Express. O primeiro dia de visita à República da Irlanda começou na respectiva capital, com a religião e o consumo em amigável convivência. Por um lado, St. Patrick s Cathedral e as suas bandeiras características, decoradas com as insígnias dos Cavaleiros de S. Patrício; por outro lado, o mundo da Guinness interessante, porque se ficou com uma ideia bastante precisa do fabrico de um dos exlibris irlandeses de maior sucesso no mundo; tão conhecida como os U2, mas um pouco mais antigo do que eles Algumas garrafas de Guinness, com rótulo de várias épocas Um dos muitos anúncios da Guinness Julho 2008 Page 18

Escócia, Gales e Irlanda E por falar em antigo também o almoço teve lugar no pub mais antigo da cidade: o Brazen Head nasceu no longínquo século XII, mais precisamente no ano de 1198! De tarde, prosseguimos viagem para Galway, com paragem e visita ao remoto mosteiro medieval de Clonmacnoise: do conjunto de construções que ainda subsiste, salientam-se as High Crosses (três), a Catedral e duas torres redondas; tudo devidamente explicado por uma guia local bem documentada a quem o vento e o frio não ajudaram em nada. Clonmacnoise, com o Rio Shannon em fundo No final do dia, aportámos a Galway, a cidade centro do gaélico e do rio Corrib de onde partiríamos, na manhã seguinte para, em passo acelerado, atravessarmos o centro da cidade em direcção à Cathedral of St. Nicholas, construída, em 1965, com calcário local e mármore de Connemara. Escusado será dizer que esta brevíssima incursão por Galway serviu para alguns de nós ficarem com a certeza que valerá a pena ali voltar, um dia sem pressas sem guias. para nos deixarmos perder pelas ruas estreitas, pelos sítios históricos, pelos pubs, pelas lojas Shop Street, no centro de Galway Julho 2008 Page 19

Escócia, Gales e Irlanda Rumámos, de seguida, até Connemara um parque nacional com mais de 2000 hectares de cordilheiras, picos, vales e os famosos póneis locais; uma paisagem verde de prender a respiração, um céu azul a desafiar todas as probabilidades e uma Abadia a de Kylemore lá ao longe, demasiado ao longe e demasiado fugidia por entre as curvas e as árvores!... A tarde foi dedicada à religião e ao Santuário Mariano de Knock e a noite trouxe-nos de volta a Galway. E sete dos doze dias já tinham voado sem a mínima cerimónia O oitavo dia foi dedicado às paisagens demolidoras de Burren: uma derivação de boireann, que significa terras rochosas em gaélico e que se traduz num imenso planalto calcário que faz parte integrante do Condado de Clare. Os Cliffs of Moher são, apenas, um dos detalhes desta região; ou melhor, eles são, mesmo, o detalhe, o clique que vai directo ao imaginário de cada um de nós: lendas, paisagens agrestes, penhascos, oceano em fúria e se tudo isto for servido com uma melodia de harpa em fundo e um sol radioso, então o cenário fica mesmo completo. Cliffs of Moher Depois do almoço aguardava-nos Bunratty Castle e uma pequena amostra do Folk Park: o castelo data do século XV (1425) e procura que o respectivo interior se mantenha fiel ao que era no início do século XVII; o parque, por seu turno, procura reconstituir meticulosamente a vida rural irlandesa de finais do século XIX, incluindo várias quintas, dois moinhos de água, uma escola, uma igreja, vários tipos de espaços comerciais, etc. Bunratty Castle & Folk Park são, hoje, famosos internacionalmente Julho 2008 Page 20