PROJETO DE LEI Nº 306/2005



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Transcrição:

PROJETO DE LEI Nº 306/2005 Dispõe sobre o ordenamento da circulação de veículos de carga de transporte de container e pedras de mármore ou granito in natura no perímetro urbano de Rodovias Estaduais. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO DECRETA Art. 1º Fica proibida a circulação de veículo de transporte de container de qualquer tamanho e tonelada, bloco de pedra de mármore e/ou granito, e demais mercadorias que devido ao peso, tamanho ou forma, são transportados sem qualquer segurança devido sua natureza, em todo o perímetro urbano de Rodovia de competência estadual, no horário das 6:00 às 21:00 h, nos dias úteis. Art. 2º A circulação de veículos de carga em discordância com os artigos 1º, somente poderão ocorrer mediante Autorização Especial expedida pela Secretaria Estadual de Transporte e Obras Públicas, com o apoio de batedores. Art. 3º A inobservância de qualquer preceito do Código de Trânsito Brasileiro CTP, em especial de seus Artigos 230 e 231; da Legislação Complementar, incluindo esta Lei ou as Resoluções do Contran, em especial as de n/s: 012, 049, 068 e 075/98, constituem infração de trânsito, estando o infrator sujeito às penalidades e medidas administrativas previstas em cada caso. 1º Os infratores aos dispositivos desta Lei, que estiverem transitando com seus veículos infringindo os horários e localidade, ou por não portar Autorização Especial, a que se refere este Normativo e o CTB, estão sujeitos às sanções previstas no inciso IV do Art. 231, da Lei Federal 9.503/97, enquadrando-se como infração de natureza grave, devendo ser penalizado com multa de 120 UFIR e retenção do veiculo para regularização. 2º A Aplicação das sanções previstas nesta Lei não elide a aplicação dos demais dispositivos legais aplicáveis. Art. 4º Para cumprimento desta Lei, fica delegada à Secretaria Estadual de Transporte e Rodagem, quando necessário, a articulação com os demais órgãos públicos e ou entidades privadas, que tenham relação com o transporte de cargas estabelecendo assim ações integradas de operacionalização, fiscalização e educação. Art. 5º Por Portaria, a SETRAN estabelecerá modelos de requerimento e da Autorização Especial a que se refere o art. 3º. Art. 6º A fiscalização ficará a cargo do Batalhão de Polícia de Trânsito da Polícia Militar BPTRAN/PMES. Art. 7º A presente Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário. PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em Vitória, 04 de outubro de 2005. REGINALDO ALMEIDA Deputado Estadual 2º Secretário JUSTIFICATIVA Considerando os sérios problemas existentes na circulação urbana nos perímetros urbanos, que afetam a segurança e fluidez do trânsito e a qualidade da via da população. Igualmente o significativo volume de veículos de carga, e sobre tudo com cargas de alta periculosidade, dado o seu peso tamanho, e falta de meios de manter a segurança que circulam nas principais vias, a necessidade de estipular horário para tráfego desses veículos nos perímetros urbanos para a segurança da própria população. Ademais, conforme já noticiado nos meios de comunicação é notório os inúmeros casos de pedras rolando no meio da rua, nos canteiros, também sobre os veículos, em suma gerando números danos materiais isto sem contar com a vida humana, cujo valor e importância não se pode auferir. Torna-se oportuno relatar que as referidas cargas (pedra de mármore e granito no estado in natura) não podem ser amarradas com aço, uma vez que devido ao peso, o aço torna-se ineficaz, não conseguindo garantir a segurança devida, ficando os motoristas e demais transeuntes exposto ao perigo eminente. Logo o transporte é realizado somente com auxílio de algumas toras de madeira na parte inferior das pedras ou container, podendo em qualquer curva e ou freada as referidas cargas rolarem, podendo inclusive esmagar o próprio caminhão.

O Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:... V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; VI executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as penalidades de advertências, por escrito, e ainda as multas e medidas administrativas cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; VII arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; VIII fiscalizar, autuar, aplicar as penalidade e medidas administrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar;... XIV vistoriar veículos que necessitam de autorização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observados para a circulação desses veículos. No mesmo liame o Art. 99, do mesmo caderno de Lei, assim prescreve, pois vejamos: Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN. Outro artigo, do mesmo caderno de lei assim prescreve, pois vejamos: Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de carga indivisível, que não se enquadra nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial. 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículos ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros. A própria legislação Pátria estabelece quanto ao caso de horário para tráfego de cargas pesadas e de alto grau de periculosidade, in verbis: Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação estabelecida pela autoridade competente: I para todos os tipos de veículos: Infração média; Penalidade multa. II especificamente para caminhões e ônibus: Infração grave; Penalidade multa. Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trânsito ou de seus agentes: Infração grave; Penalidade multa. Art. 231. Transitar com o veículo: (...) c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente: Infração gravíssima; Penalidade multa; Medida administrativa retenção do veículo para regularização; Vale ressaltar que os veículos que normalmente transportam estas cargas em sua maioria são veículos antigos em péssimo estado de conservação, aumentando ainda mais o perigo que em sua existência já é bem elevado, e que trafegam à qualquer horário,

independente do trânsito estar em horário de pico, o que gera ainda mais preocupação, pois a todo instante o veículo de carga terá que freiar, aumentando o perigo da carga correr e causar sérios transtornos, inclusive mortes. Desta forma urge com tamanha celeridade a limitação de horários para o tráfego dos veículos que transportam as referidas cargas abordadas por este Projeto de Lei, para se logra a segurança devida à comunidade juntamente com os motoristas. Como forma corroborativa da presente justificativa faz-se necessário anexar estudos minuciosos quanto a matéria abordada, pois vejamos: IMPACTO DAS SOBRECARGAS SOBRE A VIDA DOS PAVIMENTOS O IS Índice de Serventia reflete o estado de conservação de um pavimento. Reflete sua habilidade do pavimento para servir ao tráfego, com conforto, economia e segurança. ISA = (estado inicial estado atual)/(estado inicial estado final) Mede a deteriorização do pavimento, provocada por: - Trincas (trazidas por fadiga do revestimento) - Acúmulo de deformação permanente nas trilhas. Normalmente, o IS inicial é de cerca de 5,0 ou 6,0, enquanto o IS final varia de 1,5 a 2,0. Este valor cai exponencialmente à medida que aumenta o tráfego Acumulado (aplicações da carga padrão). IMPACTO DAS SOBRECARGAS SOBRE A VIDA DOS PAVIMENTOS O que afeta IS, especialmente o subleito, é a carga por eixo. Se esta carga for distribuída por um número suficiente de eixos, o pavimento pode suportar qualquer peso bruto. Existe uma relação exponencial entre o aumento das cargas por eixo e a deterioração dos pavimentos. (DESGASTE DE P1/DESGASTE DE P2) = (P1/P2)n n varia entre 3 e 6. Nos Road Tests da AASHO, n situou-se próximo de 4. Constatou-se que este expoente cresce à medida que se aumenta a espessura das camadas asfálticas. IMPACTO DAS SOBRECARGAS SOBRE A VIDA DOS PAVIMENTOS Como os caminhões apresentam eixos e grupos de eixos de várias capacidades, é preciso reduzi-los a um denominador comum. No AASHO Road Test, adotou-se como denominador o eixo simples de 18.000 libras (8,165t). Convenciona-se que este eixo tem FATOR EQUIVALENTE DE CARGA (FEC) = 1,00 Os fatores equivalentes de cargas demais eixos são sempre calculados em relação a este eixo unitário. O FEC de um veículo é obtido somando-se seus FECs por Eixo.

CT 2S3 Dianteiro Trator Traseiro Soma Índice Dentro da LB 6,0t 10,0 25,5t 42,5t 100,0 FEC 0,26 2,37 1,97 4,60 100,0 Excesso 5% 6,3 10,5 26,8 43,6 105,0 FEC 0,32 2,92 2,43 5,67 123,2 Excesso 10% 6,6 11,0 281 45,7 110,0 FEC 0,39 3,55 2,96 6,91 150,2 Excesso 20% 7,2 12,0 30,6 49,8 120,0 FEC 0,57 5,14 4,30 10,02 217,8 Excesso 30% 7,80 13,0 33,2 54,0 140,0 FEC 0,81 7,32 6,06 14,10 306,5 Excesso 40% 8,40 14,0 35,7 58,1 150,0 FEC 1,12 9,90 8,32 19,34 420,5 Excesso 50% FEC 9,0 1,52 15,0 13,28 38,3 11,17 62,3 25,97 150,0 564,5 CT 3S3 Dianteiro Trator Traseiro Soma Índice Dentro da LB (t) 5,6 13,8 23,7 45,0t 100,0 FEC 0,19 1,19 1,43 2,82 100,0

Com 48,5 t 6,0 17,0 25,5 48,5 107,8 FEC 0,26 1,64 1,97 3,87 137,5 Com 57 t 7,1 20,0 30,0 57,0 126,7 FEC 0,52 3,26 3,93 7,71 237,9 ASPECTOS DE SEGURANÇA - Excesso de carga sobrecarrega freios, suspensão e pneus, afetando a segurança do veículo e do trânsito - Excesso de carga aumenta os custos fixos (devido a redução de velocidade) e os custos variáveis (combustível, pneus e manutenção) - Carga sem fixação aumenta o risco de acidentes graves - Exemplo: Madeira picada disposta transversalmente. - Em maio de 2001, uma carreta carregada de lenha atingiu o ônibus 423 da Empresa Ouro e Prata matando 14 pessoas e ferindo23 na BR 290 (Free-way). - Houve denúncia ao Contran, que elaborou projeto de regulamentação, prevendo guardas laterais e fixação por cabos de aço. - Randon defende transporte longitudinal, com uso de fueiros e amarração por catracas para conter a carga e coibir o deslocamento CONCLUSÕES - É necessário distribuir adequadamente as cargas por eixo, para evitar sobre cargas, que provocam desgaste excessivo do pavimento e encurtamento da sua vida útil. - É necessário adotar veículos de comprimento adequado, para evitar concentração de cargas em pontes, pois o acúmulo de fadiga pode levar à ruptura dessas obras (máximo de 3 toneladas/metro) - É necessário adequar a potência/torque dos cavalos ao peso das cargas (mínimo de 6 hp/t) - É necessário adotar reboques do tipo carrega tudo, de CG baixos e capazes de proporcionar melhor fixação da carga contra tombamentos.