l M A N de v c y A-'b unto TERMO DE REFERÊNCIA PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL RURAL



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25/03/2011. Prof. M.Sc. Maron Stanley Silva O. Gomes

Transcrição:

f N> HA "1 l M A N SALVEASERRA de v c y A-'b unto TERMO DE REFERÊNCIA PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL RURAL O INSTITUTO IPANEMA como coordenador do Projeto, sob a orientação pedagógica do IMAH, e com a execução do SALVEASERRA, pretende iniciar um Programa de Capacitação em Educação Ambiental Rural, para o Vale do Médio Paraíba do Sul, composto de uma série de cursos e oficinas, a serem realizados no CETAR - Centro Educacional de Tecnologia Agroflorestal Regional, em Valença, Estado do Rio de Janeiro, no segundo semestre deste exercício. Os cursos deverão tratar de novas metodologias económicas, sociais e ambientais já comprovadas, que podem ser implantadas na Vale do Médio Paraíba do Sul, com vistas a estimular e viabilizar a recuperação e a exploração agroecológica das terras e das florestas desta bacia, acoplados a produção de água em mananciais a serem reflorestados, melhorando assim a qualidade de vida e o bem estar desta população de mais de quatro milhões de pessoas que aí habitam e trabalham. Estes cursos são preparados para que trabalhadores, proprietários, funcionários, investidores da área rural e população em geral se interessem em participar das ações agrosócio-ambientais tão necessárias ao Vale, mostrando as razões económicas para fazê-lo. Disseminar o conhecimento de soluções económicas que viabilizem ganhos com a produção agroecológica, florestal e agroflorestal e com a valoração ambiental das terras, florestas e águas, e deverão estimular o interesse de muitos e mobilizá-los para a ação de recuperação do Vale do Paraíba do Sul que se faz urgente. CONTEXTO DA PROPOSTA A região abrangida pelo Projeto perdeu quase toda sua proteção florestal original da Mata Atlântica. Em alguns poucos pontos verifica-se a ocorrência de manchas residuais da Floresta Atlântica, não raro, com extensões de áreas não desprezíveis, totalmente desmatadas, como se pode ver nos mapas anexados. A biodiversidade ainda é muito rica e muito pouco conhecida biologicamente na região, mas certamente tem havido perda significativa de importantes espécies, animais e vegetais, em função dos desmatamentos e dos incêndios frequentes no Vale do Paraíba do Sul.

A produção agrícola de toda essa região baseia-se preponderantemente na pecuária leiteira e não há culturas permanentes ou anuais com expressão económica, assim como não se observa qualquer tipo organizado de extrativismo ou exploração de madeira ou outros produtos florestais, sendo que a quase totalidade das áreas rurais não cobertas por florestas, é destinada ao pastoreio do gado. As dificuldades financeiras dos agricultores fazem com que muitos pastos não sejam mais limpos, o que contribui para a formação de capoeiras que, com o passar do tempo, viram matas que já não podem ser derrubadas sem autorização do IBAMA, facilitando a transformação destas áreas em Reservas Florestais Legais e a implantação de projetos agroflorestais e florestais como atividades económicas nestas terras. A região é relativamente pouco povoada, pouco industrializada e pouco urbanizada, o valor imobiliário das propriedades é baixo, não há liquidez ou especulação, o que favorece os projetos de investimentos em conservação da biodiversidade, da água e outras intervenções no meio rural. Entretanto, muitos rios, à exceção óbvia do Paraíba do Sul e outros poucos, muitos córregos, nascentes e lençóis freáticos da região ainda estão em bom estado e não apresentam poluição ou degradação excessiva, podendo ter recuperadas suas Matas Ciliares e suas águas com projetos agroflorestais. As carências principais destas comunidades do interior e destes proprietários rurais situamse no campo do entendimento e do conhecimento do que seja o desenvolvimento sustentável, as tecnologias agroflorestais, o reflorestamento produtivo, os agronegócios, as parcerias produtivas, o associativismo, o cooperativismo. HISTÓRICO A região do projeto viveu seu apogeu económico no Ciclo do Café durante o século XIX, atividade que foi responsável pelo grande desmatamento de toda a região, provocando um grande desastre ambiental. A perda por erosão dos ricos solos montanhosos e a eliminação de muitas nascentes, aliadas a falta de chuvas regulares, apresentam como consequência a diminuição das águas e sua crescente perda de qualidade. Com o fim deste ciclo económico, voltou-se a economia local para a pecuária de leite, dominada por grandes e ricas fazendas e para a extração de lenha para a ferrovia e os fomos do Vaie do Paraíba do Sul. Até os anos 70, a região produzia riqueza em nível suficiente para um razoável bem-estar de seus habitantes. Mas, a partir dos anos 80, uma queda acentuada da atividade económica tem sido verificada. O baixo preço do leite durante décadas, as más práticas agrícolas e as mudanças climáticas, fizeram com que a pecuária leiteira não gerasse mais os lucros necessários para a capitalização das fazendas, entrando essas em uma crise que permanece até os dias de hoje. As fazendas foram sendo divididas progressivamente por questões económicas e de sucessões familiares, quebrando assim a tradição das grandes propriedades, que sobreviviam utilizando os serviços dos colonos meeiros. Hoje a produção de leite - único

produto agrícola economicamente expressivo da região - é feita quase na totalidade por pequenos produtores, que ma! produzem o suficiente para seu sustento. Isto tem provocado o abandono de muitas propriedades rurais e grande êxodo rural e especialmente dos mais jovens, que partem para as grandes cidades em busca de emprego, o que poucos conseguem por não terem qualificação profissional. Este êxodo rural tem sido apontado como causa de inúmeros problemas, inclusive ambientais, por força do crescimento vertiginoso das cidades, o que apresenta várias consequências negativas, como déficit habitacional, subdimensionamento de rede de esgoto e de abastecimento de água, poluição dos rios, entre outros. Na bacia do Paraíba do Sul, a população urbana em 1970 representava 66% do total, enquanto que em 1996, essa proporção subira para 87%1. Nos últimos 8 anos, sabe-se, a situação não melhorou. BENEFÍCIOS ESPERADOS Este quadro de empobrecimento ambiental, económico, social e cultural demanda ações coordenadas da sociedade. A população local devidamente conscientizada e bem informada, juntamente com tomadores de decisão interessados na reversão deste quadro, pode e deve exercer seu direito de mudar esta situação com parcerias inteligentes e articuladas, que, num crescendo, possam estimular as comunidades a identificarem e resolverem seus temas de maior prioridade. Este Programa de Capacitação se insere num projeto de maior escopo, que busca, a recuperação económica, social e ambientalmente sustentável das propriedades rurais do Vaie do Paraíba do Sul. Esta capacitação permitirá a existência de outros projetos, entre os quais o estabelecimento de Corredores de Biodiversidade no Vale do Paraíba do Sul. Como principais ações iniciais a serem desenvolvidas no projeto, são necessárias: 1- Capacitação da população envolvida através de um programa de empoderamento técnico, social, económico e cultural. 2- Implantação de projetos agroecológicos e agroflorestais e programas de reflorestamento e de proteção de matas ciliares e das nascentes. 3- Ampliação da atividade de ecoturismo, com preservação histórica das construções e dos territórios em sua volta. As casas e as terras dos Barões. 4- Organização associativa do consumo, da produção e da distribuição dos produtos que serão gerados pelos projetos. O projeto acima referido recebeu a denominação "Co/w O TEMPO E COM A ÁGUA, TUDO MUDA", e deverá ser implementado em sua continuidade com a participação de várias outras entidades, iniciando-se com a realização de um trabalho de cursos de conscientização sócio-ambiental e de educação ambiental rural, bem como treinamentos específicos aos interessados, para a difusão e aplicação de técnicas modernas já testadas e comprovadas de modos mais racionais de se utilizar as terras, a água e as florestas e que inclua: Bacia do Paraíba do Sul: Livro da Bacia. Brasília: CEIVAP, 2001

1- a produção da água, especialmente em áreas degradadas em cabeceiras de rios e nas matas ciliares. 2- A introdução da tecnologia agroflorestal e florestal, que recupere ambientalmente os espaços e traga novas atividades produtivas para a região. 3- O estabelecimento, a valoração dos Serviços Ambientais, mostrando que a natureza, se bem administrada, é capaz de gerar ganhos sociais económicos e ambientais e aumento de produtividade das terras. 4- Oportunidades de exploração turística da região, baseado nas belezas naturais (turismo ecológico) e em sua história (a região é detentora de marcos de uma fase da arquitetura nacional, incluindo seus espaços envoltórios, do tempo dos Barões de Café, fazendas magníficas cujo entorno merece também atenção de recuperação ambiental). 5- Um programa de disseminação de técnicas e práticas artesanais e comerciais, com materiais locais, que, através da atividade de cultivo agroecológico destes insumos e da extração ambientalmente sustentável, permita às populações locais produzir e comercializar produtos regionais, a partir das características da região e de sua população. AÇÃO PROPOSTA A proposta que se traz ao CEIVAP para o seu Plano de Aplicação para 2005, é o financiamento de quatro primeiras turmas do Programa de Capacitação em Educação Ambiental Rural, de conteúdo voltado especialmente para conscientização sôcio-ambiental rural, bem como para a difusão e aplicação de modernas técnicas de se utilizar as terras e as florestas de forma sustentada. O publico alvo do Programa é todo aquele que vive, trabalha ou se interessa pelas questões do Vale do Paraíba do Sul e pelo Bioma da Mata Atlântica, estudantes, professores, produtores e trabalhadores rurais, participantes de instituições governamentais e não governamentais. Uma das propostas da Instituição proponente e as demais parceiras do projeto para a região é formar uma rede de disseminadores das ideias em defesa da recuperação da região, através do conhecimento das possibilidades atuais de revitalização dos recursos hídricos e das áreas degradadas, e da adoção de melhores práticas agropecuárias. PROGRAMA DOS CURSOS: CURSO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL RURAL 1'dia: Manhã * A História da MATA ATLÂNTICA A colonização e a ocupação da Mata Atlântica. + Os Ciclos Económicos

f 4 A importância da mata 4 A vida na mata 4 Os Ciclos Biológicos Tarde 4 Situação atual dos Municípios: propriedades rurais e comunidades urbanas e periféricas. Necessidades e aspirações ambientais, económicas e sociais dos habitantes da região. 4 Modelos atuais do uso da terra e dos recursos naturais renováveis e suas consequências sobre o meio ambiente e a qualidade de vida. 4 A recuperação: Produção Económica junto com Conservação Ambiental. 4 Conceitos de Auto Sustentabilidade e de Paisagens Produtivas. O entardecer na mata. 2 dia: Manhã O amanhecer na mata 4 A preservação, a conservação e a recuperação das florestas, das capoeiras, de terras abandonadas, de áreas degradadas e dos recursos hídricos. 4 Recuperação e revitalização de paisagens. 4 Manejo e produção agroflorestal e florestal nas capoeiras, nas florestas, nas áreas de uso agrícola, nas terras degradadas, abandonadas e em recuperação. Recursos madeireiros e não madeireiros. 4 O papel dos proprietários e empresários rurais na conservação e na utilização da biodiversidade e dos recursos naturais. Reserva Florestal Legal. Tarde Em visita aos experimentos 4 Alternativas auto-sustentáveis de uso da terra: sistemas e práticas agroflorestais. Os Sistemas Agroflorestais, os principais modelos: 4 Modelos Agroflorestais 4 Modelos Silvipastoris 4 Modelos Agrossilvopastoris 4 Outros sistemas agroflorestais envolvendo apicultura ou piscicultura 4 Discussão principais questões PRAZO DE REALIZAÇÃO Cada um dos quatro cursos a serem realizados serão de dois dias consecutivos e acontecerão em semanas alternadas, o que implicará num prazo total de dois meses, entre início do primeiro curso e término do quarto curso.

4'te. ffo EQUIPE BÁSICA DO PROGRAMA Coordenação do Programa de Capacftação: Instituto Ipanema, Rio de Janeiro. Coordenação Pedagógica do Programa de Capacitação: 1MAH - Instituto do Desenvolvimento e de Gerenciamento do Meio Ambiente, Rio de Janeiro. Coordenação local: SALVEASERRA, Grupo de Proteção Ambiental da Serra da Concórdia, Rio de Janeiro. Realização: CETAR - Centro Educacional de Tecnologia Agroflorestal Regional, Valença, Rio de Janeiro. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - Bacia do Paraíba do Sul: Livro da Bacia. Brasília: CEIVAP, 2001. Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional de Águas (ANA). Executado pelo Laboratório de Hidrologia e Estudos do Meio Ambiente COPPE/UFRJ ANEXOS Ficha de Inscrição Histórico do Instituto Ipanema com atividades anteriores, devidamente assinado Histórico do IMAH - Histórico do SALVEASERRA Estatutos do Instituto Ipanema - Atos de eleição do seu representante legal - CD-ROM com documentos e imagens relativos ao projeto