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Transcrição:

EXERCÍCIO 1. Fotografar paisagens urbanas tentando evitar os postes, fiação etc. 2. Analisar as imagens obtidas quanto ao equilíbrio, textura, cor e iluminação. PARA PENSAR Observar com extrema atenção seu modelo, seja ele natural ou artificial, humano, animal, vegetal, a natureza, água, plantação, uma rua, edificação, estrada ou rodovia, observando e analisando suas formas, linhas curvas, ângulos e a textura. www.fotomboe.com www.fotomboe.com São Paulo, SP Brasil 2011 Bas_Cs00A05 2011 Vivaldo Armelin Júnior

Índice Introdução Bibliografia Planos Fotográficos III Planos Fotográficos IV O Equipamento V Cuidados com o equipamento I Cuidados ao fotografar II Elementos de Composição I Classificação das Cores V Escala Tonal I Desenho & Pintura: Profundidade. 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Todas as imagens contidas neste módulo são de autoria do responsável pelo sire FotoMBoé.com, a quem pertence m todos os direitos. 9 Introdução As pessoas usualmente fazem da fotografia uma maneira de perpetuar para si próprias as imagens produzidas em momentos importantes e significativos. Essa condição faz com que as imagens capturadas sejam simples e sem grandes atrativos na maioria das vezes. Esse curso de fotografia tem por objetivo, como já foi destacado anteriormente, valorizar a captura de imagens para fins pessoais, por essa razão introduzimos lentamente os conceitos mais técnicos de fotografia. As imagens, mesmo produzidas em câmeras bem simples, serão mais interessantes. Entendendo os ângulos e planos será possível compor imagens com certos aspectos bem diferenciados das imagens comuns. Nesse contexto sugerimos fazer experiências, ou seja, gastar seu cartão de memória. Bibliografia Publicação Hedgecoe, John. - Guia Completo de Fotografia - Martins Fontes Editora, São Paulo - SP, 2ª Edição, 2001. Uma oportunidade de acesso aos conceitos mais simples e até os mais complexos da fotografia e que lhe proporcionarão maior interação entre o equipamento e o ato de composição. Muitos dos fotógrafos, mesmo profissionais fazem desse tipo de publicação uma fonte de informação para renovar não apenas os conhecimentos, mas principalmente as experiências e experimentações fotográficas. A renovação faz do fotógrafo um leitor diferenciado do mundo a cada captura, condição acessível ao fotógrafo amador. Curso de Fotografia Digital E-livro - 2011 Responsável, textos, imagens, ilustrações, diagramação, composição, desenhos e criador: Vivaldo Armelin Júnior Portal FotoMBoé www.fotomboe.com São Paulo - SP Brasil Todos os direitos reservados. Equilíbrio & Perspectiva A perspectiva poderá ser baseada em um ponto de fuga ou como no exemplo da imagem acima por sobreposição. Essa técnica é explorada de maneira sábia por pintores e escultores, mas também por arquitetos paisagistas. A sobreposição cria uma relação interessante entre os elementos que compõem a imagem. No exemplo é possível observar que a relação de tamanho entre as partes não condiz com a perspectiva linear (ponto de fuga) mas mesmo assim a composição continua equilibrada. Cada uma das formas se integram ao conjunto pela cor, forma, iluminação e tamanho, mesmo que elas não sejam proporcionais. A fotografa também pode explorar essa possibilidade visual. O equilíbrio vai depender do plano escolhido, do ângulo, da distância e do ajuste da lente (para câmeras com zoom, super zoom ou lente cambiável). 09

Experiência Fotográfica I É por meio do erro que chegamos à perfeição, quer dizer, ao aprimoramento. A perfeição é impossível a qualquer ser humano, mesmo para os grandes fotógrafos profissionais. São eles os que mais erram para acertar, são eles que sem nenhum medo de errar buscam a solução. O fotógrafo amador tem que ter essa preocupação. O ato de capturar uma mesma fotografia várias vezes com ajustes diferentes não é desmérito, muito ao contrário, é sabedoria! Com o advento das câmeras fotográficas digitais essa possibilidade é real e presente no dia a dia de qualquer um que queira fotografar um passeio, uma festa, por puro lazer, sem compromisso, para exercício etc. Vejamos a imagem abaixo: Nessa imagem, como já foi descrito na seção Elementos de Composição III, houve um grande erro, pois a imagem está tremida e fora de foco, ambos problemas estão relacionados ao uso do zoom digital. O mesmo não amplia o objeto enquadrado, mas sim os pontos (pixeis) capturados pelo sensor. O controle de antitremor não é preciso e o controle de foco automático não consegue ajustar o foco por não haver grandes nuanças entre o claro e o escuro. Esse erro é muito comum, mas com soluções bem interessantes e simples. Evitar o uso do zoom digital é um dos passos. Colocar a câmera sobre um tripé e fazer os ajustes de foco manualmente é a outra solução. Faça muitas experiências, para obter resultados bons. Não ter medo de errar leva a uma nova leitura e desse modo a captura de imagens diferenciadas é a consequência, portanto a melhoria da qualidade e do enquadramento dependem basicamente da ousadia e da falta de medo ao errar. Errar uma, duas, três, vinte ou até mil vezes, favorecerá o aprendizado e até a descoberta dos recursos inseridos no equipamento, sejam eles eletrônicos ou via software, não importa. É preciso ousar, tentar, insistir, errar, analisar, tentar novamente! Em algum momento a solução aparecerá e parecerá fácil e simples a qualquer mortal! 08 Planos Fotográficos VI O que foi visto até o momento sobre os planos fotográficos não levava em conta o aspecto ratio. Comumente em filme 3:2, mantida na linha digital, mas que também utiliza 4:3, pois os equipamento mais simples atendem à dimensão do monitor do computador e as câmeras mais avançadas semiprofissionais, reflex e profissionais reportam ao tamanho do filme fotográfico. Hoje em dia está surgindo uma nova tendência que é a imagem com aspecto ratio 16:9, esse vem se tornando padrão no cinema, televisão, computador e também na fotografia, por essa razão muitos equipamentos oferecem essa opção, porém novos modelos esse já é padrão, mas essa condição varia de fabricante para fabricante e o modelo da câmera. É importante entender que muda tudo em relação aos planos fotográficos, pois cada uma das imagens terá um espaço compositivo diferente, em relação às dimensões e a área. Esses fatores interferem diretamente no resultado final, pois uma imagem 4:3, por exemplo, em um close-up tem uma pequena área lateral em relação ao modelo, por sua vez a mesma imagem em 16:9 terá essa área lateral muito maior. Essa condição interfere no resultado final, no campo visual e na leitura. A mudança é grande quando a imagem for lida por qualquer pessoa. O boneco está em plano médio em ambas as imagens, como as câmeras mais simples não desfocam o plano de fundo, mantivemos ele nítido. 01 Plano Telescópico 02 Grande Plano Geral 03 Plano Geral 04 Plano Conjunto 05 Plano Americano 06 Plano Médio 07 Primeiro Plano 08 Close-up ou Detalhe, ou ainda, Primeiríssimo Plano 09 Big Close 10 Plano Macro 11 Plano Microscópico A imagem acima está em 4:3 e a imagem abaixo em 16:9. Nessa situação é possível observar as diferenças entre elas. 01

Planos Fotográficos VII No primeiro exemplo observamos que as laterais oferecem pouca informação sobre o plano do fundo, o mesmo não acontece com a segunda imagem em 16:9, que permite uma maior definição do ambiente. Caso fosse usado uma câmera mais sofisticada, onde é possível priorizar um dos planos o resultado proporcionaria outra leitura. Observe as imagens ao lado. Como foi priorizado o primeiro plano ganhou destaque o boneco, em ambas as imagens, mas a maior áreas lateral do aspecto ratio 16:9 produz uma leitura diferenciada. Em ambos os casos não se pode afirmar com certeza os elementos que compõem o fundo da imagem. Observem que ao desfocar o primeiro plano a leitura é outra, pois foi priorizado o fundo. Em todos os exemplos ocorreu diferenças em função do espaço compositivo pela disposição do boneco, já no terceiro exemplo ele foi deslocado para as laterais e nesse caso As duas imagens ganharam em qualidade por ter sido valorizado apenas o primeiro plano é possível observar que a área lateral ao boneco se ampliou na imagem 16:9 e permitiu uma leitura do ambiente.. Faça experiências com o primeiro plano priorizado, depois com o segundo e por fim com o fundo. Espaço Compositivo I Estamos utilizando as mesmas duas imagens publicadas no módulo anterior para entender as diferenças da composição em cores e em preto e branco. O fotógrafo poderá capturar imagens em cores ou em preto e branco, para isso basta ajustar o equipamento para uma das opções. O resultado final será muito melhor do que aquele obtido via software de conversão para o P&B ou de colorização. Uma imagem própria para o P&B tem características que permitem uma maior qualidade quando composta por tons originários da mistura do preto e branco, ou seja, os tons de cinza e não a partir de cores e da gradação tonal dessas. As imagens abaixo demonstram isso. Aquela em cores tem menos destaque que a em P&B, isso ocorre porque os tons de cinza uniformizam as áreas coloridas e assim ganha-se em luminosidade, na qualidade dos planos e no volume das formas que compõem a imagem em P&B. Observando a fachada do prédio em primeiro plano, mais especificamente as colunas na sacada sobre as portas principais, é possível perceber com facilidade as diferentes sensações de volume entre a imagem colorida e a em P&B. Não é simples assim selecionar uma área em cores e determinar se ela será melhor fotografada como é ou em P&B. Para o fotógrafo amador e sem experiência é recomendado fazer imagens nos dois modos de captura, ou seja, uma captura em cores e outra em P&B da mesma cena. < A captura deve ser uma em seguida da outra para que não ocorra mudança muito acentuada da luz em ambiente aberto. O desfoque do primeiro plano ampliou a leitura do fundo e seus elementos. 02 Outra opção é carregar duas máquinas, mesmo amadores, uma configurada para imagens coloridas e outra para imagens em P&B. Para as fotografias de flagrantes essa possibilidade é descartada. > 07

Elementos de Composição III A lua é um belo elemento de composição, mas não é todo equipamento que produz bons resultados, bem como o uso do zoom digital. Na imagem ao lado observamos a lua tremida, fora de foco e até granulada. Para essa imagem foi usado um equipamento extremamente amador, também o zoom digital e o ajuste ISO mais elevado (ISO 600). A qualidade da imagem ficou totalmente comprometida e até perdida. O mesmo aconteceu com a imagem abaixo, uma imagem noturna. Nela é possível perceber a granulação, também denominadas de ruído, isso correu por causa do ajuste automático do ISO e mesmo que fosse feito manualmente não seria muito diferente pela precariedade do equipamento. Compor imagens noturnas é um pouco trabalhoso para quem não tem experiência, mas com o tempo é possível obter capturas perfeitas. Fazer experimentação é essencial para o aprimoramento e evitar os erros apresentados nas duas imagens. Sem o uso de tripé, mesmo com equipamentos mais simples, poderá amenizar e até solucionar o problema, depois ajustar para uma exposição mais longa e disparo por retardo, 2 (dois) segundos é o suficiente. O flash muitas vezes não é a solução para imagens noturnas. Ele cobre uma área máxima, de cinco metros para equipamentos amadores, mesmo equipamentos profissionais essa distância não passa dos vinte metros. Equipamentos VII Prioridade de plano. Nos temos dois tipos de planos, a dos elementos fotografados e o plano da distância da câmera em relação ao modelo. No primeiro caso o plano se refere à posição do modelo em relação ao espaço compositivo. Nessa situação devemos entender que todo elemento/modelo que estiver a frente da imagem, mesmo fora de foco é o primeiro plano. Depois, todo(s) elemento(s) que está(ão) em posição intermediária entre a frente e o fundo, estão em segundo plano e, por fim, todo elemento/ modelo que está ao fundo é o terceiro plano. Essa classificação é básica e em muitas situações temos numa imagem apenas dois planos, frente e fundo. Nas imagens ao lado são apensas dois planos e não três como citado acima. A existência de dois planos deve-se a um fundo neutro, de uma única cor ou neutro, fundo borrado ou fora de foco, ou ainda, fundo plano com duas cores ou dois neutros sem a sensação do tridimensionalismo ou perspectiva. É possível observar a diferença das imagens nas duas páginas anteriores em relação às quatro desta página. Tanto no que se refere à valorização do primeiro plano, bem como na relação entre os planos. 06 03

Cuidados com o equipamento III Umidade e Poeira Na época das câmeras com filme a umidade e a poeira eram um problema sério. Um problema a ser evitado por todo aquele que possuía um equipamento fotográfico, seja ele extremamente simples até os profissionais. A umidade e a poeira poderiam provocar danos ao mecanismo e até na parte elétrica do equipamento, como curto-circuito, travamento do mecanismo etc. Nos nossos dias, com o advento das câmeras digitais o problema se agravou, pois existe a possibilidade de incêndio por curto-circuito, seja por travamento do mecanismo ou pela ação da água. As câmeras digitais dependem da eletricidade para acionar os elementos mecânicos, o funcionamento do sensor e da memória, sem falar no flash e objetiva. Na época dos filmes, se por acidente uma câmera caísse em uma poça ou lago, pelo menos poderia se salvar o filme, ou seja, as imagens capturadas. O perigo de incêndio é muito maior nas câmeras digitais seja por curto-circuito ou superaquecimento. Não é apenas a água que gera umidade e a poeira que podem danificar o equipamento, mas também óleo, gordura, a farinha de trigo que nos alimenta, produtos químicos, produtos de limpeza etc. Tomar cuidado para que o equipamento não tenha contato com esses elementos é fundamental para que seja preservado. O equipamento e as imagens salvas em sua memória são preciosos. Mesmo os equipamentos resistentes ou a prova d água devem ser distanciados dos produtos químicos, esses poderão provocar não apenas curto-circuito, mas também corrosão no corpo ou na parte interna do equipamento. Tomar os devidos cuidados é importante para a durabilidade do equipamento, a preservação e a qualidade das imagens capturadas. Locais inadequados ao corpo humano também o são para a fotografia. 04 Cuidados ao fotografar IV Não tremer? Os equipamentos digitais possuem recursos para atenuar as pequenas trepidações ou tremidas, mas não são mágicos e nem mesmo perfeitos. Esses recursos amenizam o problema possibilitando a captura de imagens mais nítidas. No entanto os equipamentos, por exemplo, aqueles dotados de lentes super zoom, sejam elas fixas ou cambiáveis, são mais suscetíveis ao tremido nas imagens capturadas quando usam ao máximo o zoom. Isso ocorre porque o zoom aproxima a imagem e dessa maneira reduz o campo visual, portanto qualquer balanço poderá provocar o tremido e o equipamento não poderá eliminá-lo, pois um pequeno balanço significará um grande na área enquadrada. Para evitar tremidos é importante segurar ou fixar o equipamento com firmeza a um suporte, como um monopé ou tripé, evitar respirar no momento do acionamento do botão disparador, não apertá-lo com muita força ou violência, quando possível apoiar os braços ou cotovelos sobre uma superfície resistente e estável. Também apoiar os braços no próprio corpo quando usar a tela de LCD, apoiar a planta do pé firmemente no solo ou piso, não é fácil conseguir equilíbrio apoiando-se nas pontas dos pés. Todo cuidado é necessário e importante para a qualidade da imagem. Há um grande risco na captura de imagens de animais e insetos em movimento, como o de uma borboleta ou abelha, nesse caso é preciso regular o equipamento para a captura de movimentos rápidos, como a opção esporte, mas esse Pouca luz, falta de firmeza e a respiração poderão produzir imagens tremidas.. A imagem da lua está tremida e fora de foco. é assunto para ser abordado em outros módulos. 05