PALESTRA - FOTOGRAFIA ARQUITETURA E DECORAÇÃO

Transcrição

1 1

2 EQUIPAMENTO ADEQUADO CÂMERAS: Tipos de câmera, sensores disponíveis, ergonomia 2

3 TAMANHO DO SENSOR O tamanho universal de um fotograma de filme para câmeras reflex ou SLR é de 35mm de largura. Este formato se tornou standard na indústria desde o século XX e os sensores digitais o herdaram, porém, a grande maioria das câmeras digitais, incluindo as DSLR não dispõe de sensores desta medida. Elas utilizam sensores menores, que cortam a imagem que seria produzida num sensor 35mm. A esses sensores, da-se o nome de APS e aos sensores 35mm, da-se o nome de Full Frame. Na imagem acima podemos ver o recorte de um sensor APS sobre um sensor Full Frame 3

4 LENTES OBJETIVAS A objetiva é a parte mais importante da câmera, pois é ela que fornece nitidez e qualidade às imagens geradas pelo sensor. Geralmente custam mais caro que o próprio corpo da câmera e quanto mais claras, mais caras, mas nem sempre melhores. São compostas por um conjunto de lentes de cristal que permitem a passagem de luz até o sensor. 4

5 Todas as objetivas tem uma série de características que as fazem ideais para certos tipos de fotografia. Distância mínima de foco É a distância a partir do qual se consegue focar um objeto. Abertura máxima do diafragma Como vimos antes, cada objetiva possui a sua abertura máxima específica Estabilizador de imagem É um sistema de estabilização que evita trepidações no momento do disparo. Pode ser integrado na câmera ou na objetiva. Sistema de foco automático Sistema que permite com que a objetiva faça o foco automaticamente de acordo com as diretrizes especificadas na câmera. Qualidade de construção As objetivas profissionais são construídas com materiais de altíssima qualidade. Algumas são inclusive a prova de água, sujeira e pó. Nitidez, distorção e aberrações cromáticas. As objetivas distorcem as imagens, porém, isso é quase imperceptível em algumas lentes, justamente por conta do processo de fabricação. As imperfeições de uma imagem real representadas por lentes objetivas tem o nome de aberrações cromáticas e geralmente ocorrem nas bordas em situações de alto contraste. 5

6 DISTÂNCIA FOCAL A distância focal é, junto com a abertura do diafragma, uma das mais importantes características de uma objetiva. É a partir dela que o fotógrafo define, por exemplo, a maior ou menor aproximação de uma imagem, ou ainda escolhe o campo de visão que deseja trabalhar. A distância focal de uma objetiva é determinada a partir dos pontos nodais até dos focais, ou seja, é a distância, em milímetros, entre o ponto de convergência da luz até o ponto - sensor ou filme em máquinas fotográficas e filmadoras - onde a imagem focalizada será projetada. 6

7 EXEMPLOS DE DISTÂNCIAS FOCAIS EM OBJETIVAS As objetivas tem distância focal fixa ou variável (zoom). No exemplo a seguir, vemos uma foto tirada do mesmo local variando a distância focal da objetiva. Podemos notar como a área compreendida muda e com ela muda também a perspectiva da foto. 7

8 PERSPECTIVA Ao modificar a distância focal, modificamos também o nosso campo de visão. Isso faz com que os objetos que compõe a cena também sejam modificados estruturalmente, incluindo o fundo. Podemos verificar no exemplo a seguir como é na prática. Fazendo uma foto com distância focal de 28mm podemos pegar todo o fundo, com todo o lago e o patinho aparece na mesma proporção. Mudando a distância focal para 100mm, o patinho sai da proporção, o fundo não sai completo e o campo de visão fica reduzido. 8

9 GRANDE ANGULAR Seu campo de visão é maior que o olho humano. Não chega a ser tão amplo como nas olho de peixe, mas as fotos saem igualmente deformadas e se não tivermos a técnica apurada fica muito complicado acertar as retas no pós-tratamento com elas. É o tipo de lente ideal para fotografar arquitetura e interiores. Vão de 10mm a 18mm em sensores APS e até 28mm em Full Frame. 9

10 OBJETIVA NORMAL São as lentes que reproduzem o ângulo de visão do olho humano, ou 46º. Nem todas reproduzem esse ângulo, mas enquadram-se como normais pela perspectiva que entregam. Vão de 35mm a 60mm, sendo que a mais clássica é a de 50mm. 10

11 LENTES OBJETIVAS INDICADAS PARA ARQUITETURA INDICADA - Nikkor 16-35mm F/4G ED INDICADA - Canon 16-35mm F/2.8L II USM 11

12 LENTES OBJETIVAS INDICADAS PARA ARQUITETURA INDICADA - Nikkor 14-24MM F/2.8G ED Canon 17-40mm F/4L USM 12

13 LENTES OBJETIVAS INDICADAS PARA ARQUITETURA Tokina 16-28mm F/2.8 Sigma 12-24mm F/ Sensor APS-C Tokina 11-16mm F/2.8 Sensor APS-C 13

14 LENTES OBJETIVAS INDICADAS PARA ARQUITETURA Nikon 50mm F/1.8G Canon 50mm F/1.4 USM 14

15 LENTES OBJETIVAS INDICADAS PARA ARQUITETURA Sigma 30mm F/1.4 DC Sensor APS-C Nikon 35mm F/1.8G Sensor APS-C Canon 35mm F/2 Sensor APS-C 15

16 TRIPÉS INDICADOS PARA ARQUITETURA Cabeça com cremalheira. Indicada para arquitetura. 16

17 REGRAS BÁSICAS NA FOTOGRAFIA DE ARQUITETURA E INTERIORES PERSPECTIVA 17

18 18

19 REGRAS BÁSICAS NA FOTOGRAFIA DE ARQUITETURA E INTERIORES ALINHAMENTO 19

20 20

21 21

22 REGRAS BÁSICAS NA FOTOGRAFIA DE ARQUITETURA E INTERIORES PROPORÇÃO 22

23 23

24 PLANEJAMENTO BRIEFING COM O PROFISSIONAL POSIÇÃO DO SOL NO LOCAL DAS FOTOS PLANTA DO PROJETO E PONTOS-CHAVE QUAL A FINALIDADE DO TRABALHO? PARA EDITORIAL DE REVISTAS: VERIFICAR OS MELHORES LOCAIS PARA FOTOS HORIZONTAIS E FOTOS VERTICAIS DESTACAR UM BOM ÂNGULO PARA ABERTURA DA MATÉRIA CIRCULAR BASTANTE PELO PROJETO ANTES DE FOTOGRAFAR CLICAR ALEATORIAMENTE ANTES DE COMEÇAR O TRABALHO 24

25 LUZ LUZ NATURAL VS LUZ ARTIFICIAL. QUAL A MELHOR? DEVE-SE USAR O FLASH? 25

26 26

27 27

28 28

29 MODOS DE MEDIR A LUZ 29

30 MÉTODO DE MEDIÇÃO POR ZONAS - ANSEL ADAMS Este método foi criado nos anos 30 por Ansel Adams e Fred Archer. Consiste em dividir a cena em 10 zonas e atribuir a elas a exposição correta individualmente. Depois disso, chegamos a uma média de exposição correta para a fotografia. Na fotografia digital usamos apenas as zonas III a VII 30

31 31

32 32

33 33

34 34

35 35

36 BALANÇO DE BRANCOS WHITE BALANCE Para explicar o que é balanço de brancos, é preciso dizer que cada luz tem uma temperatura distinta. Não se trata de intensidade de calor, mas sim de grau de calidez que a luz projeta. Desta forma, a luz de um dia ensolarado tem uma temperatura diferente da luz de uma lâmpada de tungstênio. A correção dessas diferenças se dá através dos ajustes de balanço de brancos. Quando se fotografa em RAW, pode-se fazer este ajuste posteriormente à tomada da fotografia, através de softwares específicos. 36

37 37

38 PRODUÇÃO QUEM FAZ A PRODUÇÃO? O CLIENTE OU O FOTÓGRAFO? COMO PRODUZIR CORRETAMENTE UM AMBIENTE? 38

39 39

40 40

41 41

42 42

43 COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA Regras são feitas para serem seguidas... e quebradas! Regras não são normas que alguém simplesmente inventou porque não tinha mais o que fazer: elas existem para que quem está vendo a foto consiga entender o que o fotógrafo quer passar com aquela imagem. O que ele quer dizer? Qual mensagem ele quer transmitir? Depois que a gente aprende as regras podemos escolher quebrá-las, mas é importante fazer isso sempre conscientemente. É preciso ter bons motivos para quebrar regras. 43

44 REGRA DOS TERÇOS Não é necessária muita explicação para entender essa regra: pegue a sua imagem e desenhe mentalmente um jogo da velha nela. Os pontos importantes da sua foto devem ficar em alguma das 4 convergências dessas linhas recém-desenhadas. Se existirem linhas na imagem, dê preferência em posicioná-las junto às linhas do jogo da velha. Abaixo, nos pontos vermelhos, você vê aonde enquadrar os itens preferenciais da foto: 44

45 45

46 46

47 47

48 48

49 49

50 50

51 51

52 52

53 53

54 54

55 ENQUADRAMENTO DIAGONAL Consiste em desenhar uma linha diagonal, preferencialmente na ascendente, da esquerda para a direita na foto. 55

56 56

57 57

58 58

59 59

60 60

61 61

62 TRIANGULAR Consiste em desenhar um triângulo pegando os principais elementos da cena fotográfica. Este triângulo não tem posição preferencial, podendo ser representado dos lados, em cima ou embaixo. 62

63 63

64 64

65 65

66 66

67 67

68 68

69 SIMETRIA Enquadramento no meio da cena, porém, com ponto de fuga e com simetria entre os lados. Não é necessário que haja espelhamento na imagem, porém, precisa haver simetria geométrica para que o enquadramento fique dentro desta regra e, consequentemente, agradável aos olhos. 69

70 70

71 71

72 72

73 73

74 74

75 FACHADAS 75

76 76

77 77

78 BOKEH USE COM MODERAÇÃO! 78

79 ÂNGULOS BÁSICOS EM ARQUITETURA A imagem abaixo demonstra ângulos básicos que sempre devem ser fotografados, porém, como toda regra, nem todos os projetos permitem esses ângulos, então o fotógrafo deve usar este guia apenas como referência, fazendo uso de sua criatividade e da circunstância do momento. 79

80 POSICIONAMENTO DA CÂMERA Um dos erros mais comuns na fotografia de arquitetura é o posicionamento da câmera na cena. A grande maioria não se atenta a isso e acaba gerando imagens com as retas distorcidas. A câmera sempre deve estar alinhada em 90º à parede em que está apontada. 80

81 81

82 82

83 83

84 ALTURA DA CÂMERA 84

85 85

86 O que podemos ajustar ao processar um RAW? Além dos ajustes normais, como abertura do diafragma, tempo de exposição e ISO, que são ajustados na câmera, podemos ajustar diversos parâmetros no processamento de arquivos RAW. São eles: - Nível de exposição - Balanço de brancos (temperatura) - Contraste - Saturação - Nitidez - Ajustes de objetiva - Tonalidade 86

87 DEFININDO UM PROJETO EDITORIAL Um projeto editorial conta com 8 a 12 fotos no máximo. A fotografia deve documentar de forma clara e continuada o projeto arquitetônico, exibindo sempre a mesma condição de luz em todas as fotos. A seguir o projeto de uma residência publicado na revista Construir em

88 88

89 89

90 90

91 91

92 92

93 FIM Edson Ferreira, fotógrafo (11)