Como fotografar um eclipse solar

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1 28 DE JUNHO DE 2018 AVANÇADO Como fotografar um eclipse solar Eclipse Solar total de 21 de junho de 2001, Chisamba, Zâmbia. Nikon N90s, refrator Vixen 90 mm f/9. Composição que mostra as várias fases do eclipse. A imagem central da coroa durante a totalidade é uma composição de 22 negativos que revelam detalhes sutis e estruturas na atmosfera do sol. Enquanto é possível ver eclipses lunares a olho nu com segurança, eclipses solares não trazem a mesma segurança. Você deve tomar os cuidados necessários para evitar prejudicar a sua visão. Na verdade, você também precisa usar um filtro solar para evitar prejudicar o sensor de imagem da sua câmera, bem como para obter a exposição correta. Um eclipse solar ocorre sempre que a sombra da lua cai sobre a Terra. Isto pode acontecer durante uma lua nova, quando a lua passa entre o sol e a Terra. Existem dois ou mais eclipses solares por ano; que ocorrem quando a geometria se alinha com exatidão, de modo que parte da sombra da lua cai sobre a superfície da Terra, e um eclipse do sol é visto a partir desta região.

2 Eclipses Solares Parciais e Totais A sombra cônica da lua tem duas partes, a penumbra e a umbra. A penumbra é a sombra externa mais fraca da lua, e eclipses parciais são vistos a partir da região da sombra penumbral. A umbra é a sombra interna mais escura da lua, e os eclipses solares totais são visíveis a partir da região da sombra umbral. O trajeto da sombra umbral da lua pela Terra é chamado de Caminho da Totalidade, e cobre menos que 1% da área superficial da Terra (normalmente, tem quilômetros de comprimento e 161 quilômetros de largura.) Um eclipse solar tem início quando uma pequena mancha aparece em uma das bordas do sol. Durante a hora seguinte, a lua vai gradualmente cobrir mais e mais o sol. Se o eclipse for um eclipse solar total, os últimos minutos restantes das fases parciais podem ser consideravelmente dramáticos. A parte crescente do sol vai ficando mais fina, à medida que a sombra da lua se aproxima. A súbita escuridão da totalidade é deslumbrante de ver, e a coroa solar é uma vista inspiradora. A coroa solar só pode ser vista durante os poucos e breves minutos da totalidade. Eclipses Solares Anulares Um eclipse solar total ocorre quando a lua está do lado mais próximo de sua órbita elíptica. Quando a lua está no lado mais distante de sua órbita, ela parece menor e não consegue cobrir o sol completamente. É durante estes eclipses que a sombra antumbra da lua (a extensão da umbra) alcança a Terra, gerando um eclipse anular para as pessoas que estão na região do alcance da antumbra (também chamado de caminho da anularidade). Durante este tipo de eclipse, você vai ver um anel ou annulus de luz solar brilhante ao redor da lua na fase máxima. Assim como ocorre com o eclipse parcial do sol, você deve ter cuidados especiais e usar equipamentos próprios para ver o eclipse anular. A anularidade pode durar até 12 minutos. Eclipse Híbrido Um terceiro tipo de eclipse solar que pode ocorrer raramente se chama eclipse híbrido. Eclipse híbrido é o nome dado a um eclipse total que se torna um eclipse anular ou a um eclipse anular que se torna um eclipse total. Eles às vezes são chamados de eclipses anulares/totais. Eclipses híbridos ocorrem quando a curvatura da Terra traz diferentes pontos do caminho para a sombra total e a anular, respectivamente.

3 Geometria do Sol, da Terra e da Lua Durante um Eclipse do Sol. As duas sombras da Lua são a penumbra (mostrada em azul) e a umbra.< br>/<> (Tamanhos e distâncias não são fiéis à escala.) Aqui podemos ver Fred Espenak na Líbia para o eclipse solar de 29 de março de Observe os filtros solares nos elementos frontais dos telescópios e a D-SLR Nikon fixada ao telescópio mais próximo dele, que está com o cabo disparador à mão. Proteção Quando você estiver assistindo ou fotografando as fases parciais de um eclipse solar, ou a fase máxima de um eclipse anular, é recomendável que você use

4 devidos equipamentos de proteção. Mesmo que 99% do sol esteja coberto pela lua, o 1% da parte crescente restante é perigoso de se visualizar a olho nu e pode causar sérios danos à vista ou até mesmo cegueira. Você pode encontrar informações sobre equipamentos de proteção e onde comprá-los em sites e revistas especializadas de astronomia. Para as câmeras e telescópios, filtros solares seguros são disponibilizados como filtros "Abertura Completa (Full-Aperture)" e "Fora do Eixo (Off-Axis)". Estes dois filtros se encaixam na objetiva (extremidade frontal do telescópio) ou na lente da câmera. Os filtros solares de abertura completa são os filtros preferidos. Isto se dá porque o filtro cobre completamente a parte frontal do telescópio, de modo que o espelho ou a lente inteira são usados. Não é necessário refazer o foco do telescópio ou da lente da câmera quando você remove o filtro no começo da totalidade ou quando este é reposicionado no telescópio/na lente da câmera ao final da fase total. Exp o s i ç ão Ini c i al Eclipses solares podem ser vistos e fotografados, desde que alguns cuidados sejam tomados. Você pode fotografar um eclipse solar com qualquer tipo de câmera: D-SLR, COOLPIX ou Nikon 1. Quanto mais longa for a distância focal da lente, mais amplas serão as imagens do sol que você poderá produzir. Embora você também possa usar câmeras de filme para fotografar eclipses, este artigo discute especificamente o uso da câmera digital. Com uma D-SLR, você também pode combinar uma lente super telefoto com um teleconversor para aumentar a distância focal ainda mais. Você também pode aumentar o tamanho relativo da imagem do eclipse selecionando o "modo de corte DX" em uma câmera FX. Se você estiver fotografando o eclipse solar usando uma câmera digital COOLPIX compacta, DESLIGUE a opção do flash embutido. A distância focal da lente a ser usada será determinada pelo tamanho que você deseja que o sol tenha no quadro. Para uma câmera D-SLR com um sensor full frame (FX), escolha uma distância focal de 2000 mm ou menos. Para uma câmera D-SLR com um sensor DX, a distância focal máxima é de aproximadamente 1300 mm; se for maior, você não conseguirá enquadrar o sol inteiro na imagem. No entanto, se você também quiser capturar a coroa solar durante a fase da totalidade, então você deve escolher uma distância focal que seja ainda mais curta, mas não mais que 1400 mm para uma câmera FX ou 900 mm para uma câmera Nikon DX. Posicione sua câmera em um tripé resistente, e foque a câmera manualmente, configurando o foco para o infinito. Se estiver usando um telescópio com montagem equatorial, o acionamento

5 elétrico vai rastrear o sol e mantê-lo centrado na sua câmera durante todo o eclipse. Um filtro solar deve ser usado na lente durante todas as fases parciais, tanto para a fotografia quanto para uma visualização segura. Estes filtros normalmente atenuam a energia visível e infravermelha do sol a um fator de Praticamente qualquer ISO pode ser usado, pois o sol oferece luz abundante. O real fator do filtro e a escolha do ISO terão importância fundamental na determinação da exposição correta. A maneira mais simples de determinar a exposição é realizando um teste de calibração no sol sem eclipse, em algum dia claro anterior ao eclipse. Câmeras digitais são ideais para isto, pois você pode conferir seus resultados quase que instantaneamente. Fotografe o sol do meio-dia com uma abertura fixa (escolha uma abertura entre f/8 e f/16), usando todas as velocidades do obturador, desde 1/4000 segundo a 1/30 segundo. Avaliando as exposições, escolha a melhor combinação entre velocidade do obturador/abertura, e use-a para fotografar as fases parciais do eclipse solar. A função histograma da sua câmera é uma excelente maneira de avaliar a melhor exposição. O histograma não deve ser cortado, mas deve estar diante da extremidade superior dos valores de brilho. Como o brilho do sol permanece o mesmo ao longo das fases parciais, não será necessária nenhuma compensação de exposição. Você também pode decidir fazer bracketing com suas exposições para garantir que vai fotografar o eclipse solar com a exposição perfeita. Se você realizar seu teste em um dia de sol, e o eclipse ocorrer em um dia nublado, aumente o bracketing de exposições com um f/stop adicional. Fotografando a Fase de Totalidade de um Eclipse Solar A fase mais espetacular do eclipse solar é certamente a sua totalidade. Por alguns breves segundos ou minutos, a coroa branca do sol, suas proeminências vermelhas e sua cromosfera se tornam visíveis. O grande desafio está em obter um conjunto de fotografias que capture este fenômeno efêmero. Durante a fase total, todos os filtros solares devem ser removidos. Isto se dá porque a coroa do sol possui um brilho superficial um milhão de vezes mais fraco que o disco visível do sol, ou sua fotosfera, e, assim, as fotografias da coroa devem ser feitas sem filtro. Além disso, é seguro ver o sol em eclipse total diretamente a olho nu. Nenhum filtro é necessário e, na verdade, o filtro esconderia completamente a vista. O brilho médio da coroa varia inversamente à distância da borda do sol. Assim, a coroa interna é bem mais clara que a coroa externa, e nenhuma exposição única

6 consegue capturar seu alcance dinâmico completo. A melhor estratégia é escolher uma abertura e fazer bracketing com as exposições em uma variedade de velocidades de obturador, que vão desde 1/1000 segundo a 1 segundo. Você deve ensaiar as ações de configuração da câmera e de ajuste de exposições, pois é comum que os fotógrafos fiquem facilmente distraídos quando assistem a esta fase do eclipse solar, a ponto de esquecerem de tirar as fotos. Clique aqui para acessar o Guia de Exposição para Eclipses Solares do Sr. Eclipse. O guia contém várias sugestões de exposição para as diferentes características de um eclipse solar. Independente das exposições que escolher, faça bracketing com um ou dois f/stops para garantir que você vai obter a melhor imagem possível. Utilize o formato RAW se a sua câmera tiver esta opção, pois ele permite uma maior flexibilidade no ajuste da exposição ao processar suas imagens depois do eclipse. Para obter informações mais detalhadas relacionadas a eclipses solares e a como fotografá-los, visite o site A página é criação de Fred Espenak, astrofísico aposentado da NASA e Cientista Emérito Goddard. Sua página também lista as datas e os horários de futuros eclipses solares até o ano de Visite também o site de eclipses da NASA: