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22 Entrevista Número de casos de aids em pessoas acima de 60 anos é extremamente preocupante Texto: Guilherme Salgado Rocha Fotos: Denise Vida O psicólogo Nilo Martinez Fernandes, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, participou, de 28 a 31 de agosto, no Anhembi, em São Paulo, do IX Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e AIDS; VI Fórum Latino-americano e do Caribe em HIV/AIDS e DST e V Fórum Comunitário Latino-americano e do Caribe em HIV/AIDS e DST, onde foi entrevistado para o Portal do Envelhecimento. Afirma que é um grande equívoco considerar a aids controlada, e lamenta o crescimento de casos em jovens de 15 a 24 anos. Portal Você nasceu, mora e trabalha no Rio de Janeiro? Nilo Exatamente. Nasci no dia 30 de março de 1952, no bairro de Jacarepaguá. Fiz 60 anos. Sou casado há 32 anos, tenho dois filhos: o Pablo é fisioterapeuta, e a Maira está cursando Medicina. Portal E sua formação? Nilo Primeiramente fiz o curso de Filosofia, que terminei em 1974. Depois cursei Psicologia, formei-me em 1981. Alguns anos depois fiz o mestrado em

23 Saúde Pública 2002. Atualmente estou no doutorado em Pesquisa Clínica, pelo Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz, conhecido como Ipec/Fiocruz. O objeto do meu estudo é a vulnerabilidade dos casais sorodiscordantes para o HIV/AIDS. Portal Começou então como psicólogo clínico? Nilo - Desde 1982 trabalho com Psicologia. Comecei no acompanhamento domiciliar terapêutico, e depois da formação em Psicanálise, com consultório particular. Em 1986 fui aprovado por concurso público, e passei a trabalhar com saúde mental nos Hospitais Teixeira Brandão e Jurujuba. Em 1990, me transferi para o Programa de DST/AIDS da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, iniciando o percurso nas ações de prevenção de DST/AIDS. Tornei-me um dos consultores do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para a Área de Aconselhamento em DST/AIDS. Tive a honra de pertencer à equipe que elaborou o primeiro Manual de Aconselhamento em DST/AIDS do Brasil. Portal E aí entra a Fiocruz? Nilo Um pouco mais tarde. Em 1998, comecei a trabalhar com pesquisa em DST/AIDS no primeiro estudo de vacina anti-hiv, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e o National Institute of Health (NIH), correlato norte-americano do Ministério da Saúde do Brasil. Lá não existe ministério, mas Institutos Nacionais de Saúde. A sede fica em Bethesda, Washington. Em 2002, aí sim, fui convidado pelo Ipec/Fiocruz para, por meio de uma bolsa de pesquisa, ser o coordenador das áreas de Aconselhamento em DST/AIDS e Educação Comunitária nas pesquisas do Ipec. Iniciamos o trabalho com uma pesquisa sobre a possibilidade de as medicações antirretrovirais - remédios para tratamento para pessoas com aids - serem utilizadas como forma de prevenção pelos casais sorodiscordantes para o HIV, em que um parceiro é positivo para o HIV e o outro é negativo. Finalmente, em 2005 fui aprovado, por concurso público, como funcionário do Ipec/Fiocruz. Esse é o meu percurso, de grande aprendizado. Portal Antes de começar a entrevista, você comentava sobre a aids presente entre os idosos. A que se deve isso? À desinformação? Nilo Os dados são mesmo muito impressionantes. No início dos anos 1980 havia 2847 casos de aids entre pessoas com 60 anos ou mais, casos notificados no Departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde. Em junho de 2011, chegamos a 13414 casos, nessa mesma faixa etária, um aumento de mais de 400%. São 8830 homens e 4584 mulheres. Embora esse número corresponda a cerca de apenas 2,2% do total de casos de aids na população geral, que são 608230, é extremamente preocupante. Portal Qual a principal via de transmissão dessas pessoas infectadas?

24 Nilo - A via sexual, sem dúvida, principalmente a heterossexual. Portal E as razões para o crescimento desse número? Nilo O crescimento se deve a alguns fatores combinados. Do ponto de vista das pessoas com mais de 60 anos, elas têm a representação social da aids como doença que atinge apenas jovens e pessoas promíscuas, com vários parceiros sexuais, portanto, estariam fora dos grupos de risco. Portal Não usam o preservativo? Nilo É outro fator, não há dúvida. O preservativo não faz parte dessa geração. Portanto, não conhecem ou não sabem utilizá-lo. Finalmente, a melhora na qualidade de vida e saúde das pessoas dessa faixa etária e o advento dos medicamentos para impotência, como Viagra e outros, permitiram que se viva a vida afetiva e a sexualidade de maneira mais efetiva. Portal Os agentes de saúde se assustaram com esses números? Nilo Naqueles que trabalham com prevenção, havia o preconceito de achar que a geração dos nossos avós não fazia sexo. E esse grupo acabou sendo esquecido nas populações sob risco da infecção pelo HIV. Portal - A aids continua como epidemia? É equívoco dizer que está controlada? Nilo Sim, isso é um equívoco. Não está controlada em hipótese alguma. Os Boletins Epidemiológicos, ano 2011, da UNAIDS, que é o Departamento de AIDS das Nações Unidas, e do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde ressaltam que desde 1980, até junho de 2011, houve 34 milhões e 200 mil pessoas, em todo o mundo, vivendo com HIV e aids, e 608230 casos acumulados de aids no Brasil. Segundo esses mesmos dados, a epidemia está estabilizada. Isso não quer dizer que ela está controlada, mas que o número de novos casos não está aumentando e nem diminuindo. Portal Em nenhum lugar se constata aumento? Nilo - Apenas em algumas regiões, como na África subsaariana e na Ásia, e na faixa etária de 15 a 24 anos está havendo aumento. O aumento nessas regiões se deve aos altos índices de pobreza e escolaridade, além da falta de acesso à informação. Portal E entre os jovens, a que se deve o aumento? Nilo - O aumento de novos casos entre os 15 e 24 anos é realmente preocupante. Dois fatores contribuiriam para esse aumento: banalização do HIV pela geração que não viveu os piores momentos da aids, em que pessoas

25 importantes e amigos morreram infectados pelo HIV. Outro fator seria um certo otimismo, algo como a aids não é mais aquela!, em relação à aids, por causa dos avanços no tratamento antirretroviral. Portal E ainda há, como você afirmava, a feminização da aids. Comente esse fato, por favor. Nilo - O aumento de novos casos entre mulheres é igualmente preocupante. Em 1985, a proporção de casos de aids entre homens e mulheres era de 26 casos de homens com aids para uma mulher. Em 2011, esse número impressiona: para 1,7 caso de homens há uma mulher. A perspectiva é que as mulheres, em um futuro próximo, ultrapassem o número de homens com aids. Portal Por quê? Nilo - As mulheres estão muito vulneráveis porque acreditam que estão protegidas em suas relações amorosas fixas, e em uma sociedade machista não têm poder de negociação no relacionamento conjugal, principalmente no uso do preservativo. É preciso que as ações de prevenção desmistifiquem esses mitos existentes entre os jovens e as mulheres, que os colocam em posição de vulnerabilidade frente ao HIV/aids. Portal - Quais os avanços em relação ao combate? Nilo - Além dos avanços laboratoriais, com exames modernos de diagnóstico do HIV, contagem da quantidade do vírus no organismo (carga viral) e das células de defesa (CD4+) e no tratamento com mais de 20 antirretrovirais, as pesquisas recentes ressaltam o sucesso de novas tecnologias na prevenção. Elas mostram que o tratamento antirretroviral eficaz das pessoas que têm aids, tornando a carga viral indetectável, pode proteger em 96% o parceiro negativo, se caso em uma relação sexual o preservativo furar ou não for utilizado, por algum motivo. Outro estudo indica que pessoas que não têm o HIV e não conseguem utilizar o preservativo, se beneficiariam por tomar um antirretroviral chamado Truvada, que deu proteção contra a infecção pelo HIV entre 42% a 72%. Essa variação da proteção se deu pelo uso inconsistente da medicação que deveria ser usada todos os dias do mês. Assim, aqueles que utilizaram mais dias a medicação tiveram mais proteção, e aqueles que a utilizaram menos tiveram menos proteção. Essa tecnologia, chamada de profilaxia préexposição sexual, foi aprovada para uso pelo FDA, órgão que fiscaliza alimentos e remédios nos EUA, no dia 16 de agosto passado, deste ano de 2012, mas ainda não foi aprovada no Brasil. Outra tecnologia, a profilaxia pósexposição sexual, que é o uso de antirretrovirais por 28 dias, está disponível no Brasil e no mundo em caso de um preservativo rasgar ou furar na relação sexual com pessoas com alto risco para o HIV. Portal - Qual a importância dos voluntários nessa luta? Nilo - As leis brasileiras que regulam as pesquisas com seres humanos são as mais rigorosas do mundo. Por exemplo, enquanto nos EUA uma pessoa pode

26 receber para participar de uma pesquisa, no Brasil isso é proibido. O voluntário brasileiro pode receber apenas ajuda de transporte e alimentação para participar de uma pesquisa. Parece-me que a lei brasileira está corretíssima, porque sem ela acabaríamos por ter voluntários profissionais de pesquisa que, por interesse em receber o dinheiro, não se preocupariam com os riscos para a saúde envolvidos em certos estudos e perderiam a autonomia para escolher participar ou não. Desse modo, quem participa de pesquisa no Brasil são pessoas que de fato levam a fundo o sentimento de voluntariado. Devemos a milhares de pessoas anônimas os avanços da ciência e da medicina. Elas nos ensinam o verdadeiro sentido de solidariedade. Portal Cite, por favor, ao menos uma fonte de informação. Nilo - Um site sério para tirar dúvidas é o do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde: www.aids.gov.br. Guilherme Salgado Rocha - Jornalista e revisor. Formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) em 1979, tem 53 anos. Desde dezembro 2011 passou a integrar a equipe do Portal do Envelhecimento. E-mail: rochaguilherme@hotmail.com