PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO Modalidade Bacharelado

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Transcrição:

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI - CAMPUS DE ERECHIM PRÓ-REITORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO Modalidade Bacharelado JUNHO, 2005

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO REITORIA Reitor: Luiz Mario Silveira Spinelli Pró-Reitora de Ensino: Rosane Vontobel Rodrigues Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação: Giovani Palmas Bastos Pró-Reitor de Administração: Clóvis Quadros Hempel DIREÇÃO DA URI - CAMPUS DE ERECHIM Diretor Geral: Paulo José Sponchiado Diretora Acadêmica: Elisabete Maria Zanin Diretor Administrativo: Paulo Roberto Giollo DIREÇÃO DA URI - CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN Diretor Geral: César Luis Pinheiro Diretora Acadêmica: Sílvia Regina Canan Diretor Administrativo: Nestor Henrique De Cesaro DIREÇÃO DA URI - CAMPUS DE SANTO ÂNGELO Diretor Geral: Maurílio Miguel Tiecker Diretora Acadêmica: Neusa Maria John Scheid Diretor Administrativo: Gilberto Pacheco DIREÇÃO DA URI - CAMPUS DE SANTIAGO Diretor Geral: Francisco Assis Górski Diretora Acadêmica: Michele Noal Beltrão Diretor Administrativo: Jorge Padilha dos Santos DIREÇÃO DA URI - SÃO LUIZ GONZAGA Diretora Geral: Sonia Regina Bressan Vieira DIREÇÃO DA URI - CERRO LARGO Diretor Geral: Edson Bolzan

1 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO 1.1 DENOMINAÇÃO Curso de Graduação em Nutrição 1.2 MODALIDADE DE ENSINO Bacharelado. 1.3 MODALIDADE DE OFERTA Presencial. 1.4 REGIME DE MATRÍCULA Semestral. 1.5 REGIME DO CURSO Por créditos. 1.6 NÚMERO DE VAGAS ANUAIS 45 (quarenta) vagas anuais. 1.7 TÍTULO Nutricionista 1.8 INTEGRALIZAÇÃO Mínimo: 4 anos Máximo: 8 anos 1.9 TURNO Diurno. 1.10 CARGA HORÁRIA TOTAL Disciplinas Obrigatórias: 2.430h Disciplinas Eletivas: 90h Estágio: 630h

Atividades Complementares: 200h Total: 3.350 1.11 ATIVIDADES COMPLEMENTARES 200h

2 JUSTIFICATIVA DA NECESSIDADE SOCIAL DO CURSO 2.1 CONTEXTO DE INSERÇÃO DO CURSO NA REGIÃO Instalada em Regiões que abrangem aproximadamente de 1.280.000 habitantes - cerca de 14% da população do Estado - a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI - é uma universidade multicampi e conta com quatro centros de produção de conhecimento distribuídos entre o norte e o noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Seus campi localizam-se em Erechim, Frederico Westphalen, Santo Ângelo e Santiago, contando com duas extensões em Cerro Largo e São Luiz Gonzaga. Sendo uma entidade comunitária e sem fins lucrativos, a principal meta da universidade é promover o desenvolvimento da região na qual está inserida atendendo, para isso, as necessidades ali encontradas. A Região de abrangência da URI é um espaço social e econômico que demanda por uma intervenção qualificada para a geração de desenvolvimento. Neste sentido, cada vez mais, um conjunto de profissionais bem qualificados estão sendo solicitados no mercado de trabalho, para servir à sociedade. Todos os aspectos de crescimento geram a necessidade e a busca por uma melhor qualidade de vida e, se torna imprescindível, a formação de profissionais que orientem através da educação, prevenção e tratamentos que levem a uma vida saudável, sem que para isto, se tenha que violentar orgânica e fisicamente o ser humano. Esse desafio de fomentar e dinamizar estas práticas será solidificado com a criação do Curso de Nutrição, proposto pela URI. Sendo um curso que forma profissionais voltados para o cuidado integral do ser humano e, que trabalha na educação para a prevenção das doenças crônicas, assim como na reabilitação e convivência sadia com as mesmas, visa buscar a melhoria da qualidade de vida. A Nutrição é o campo da ciência que mais tem apresentado evolução quanto ao conhecimento científico. Mesmo sendo um campo novo, os métodos de prevenção e tratamento estão cada vez mais sofisticados e atuantes nas equipes multiprofissionais. Por isso há urgência de profissionais nutricionistas capacitados, inseridos na sociedade. A Nutrição é a ciência que oferece uma visão nova, que vem atendendo aos paradigmas da pós-modernidade, na busca da compreensão do todo e que trata do homem integralmente, educando-o e despertando-lhe a consciência do seu papel na construção de melhor qualidade de vida.

A criação do curso de Nutrição tem uma razão ética, pois enquanto não houver profissionais nutricionistas na Região outros profissionais continuarão exercendo o papel de educadores alimentares, prescrevendo dietas e elaborando cardápios ou orientando a população, muitas vezes de forma equivocada, sem o devido conhecimento dos preceitos da ciência da Nutrição. Com o desenvolvimento das cidades e do país, amplia-se cada vez mais o mercado de trabalho para o profissional nutricionista. Um bom exemplo da necessidade do curso de Nutrição nessa Região é a inexistência de profissionais, para a demanda exigida, em hospitais, consultórios e clínicas, instituições públicas e privadas que servem refeições, creches, restaurantes e escolas. Outra atividade profissional que inexiste é a oferta de consultórios particulares. As novas tendências no mercado de trabalho, tanto a nível público com programas de saúde multidisciplinares, bem como particular em instituições de todo o gênero, levam à ampliação das áreas de atuação do nutricionista generalista, que contribui, como os outros profissionais da equipe de saúde, na melhoria da qualidade de vida da população. A área de atuação do profissional nutricionista é ampla e diversificada, e cabe a cada egresso do curso superior saber explorar todas as potencialidades que lhes permite o conhecimento adquirido durante a sua formação. 2.2 CONTEXTO DE INSERÇÃO DO CURSO NA INSTITUIÇÃO A URI, fiel à sua missão de formar pessoal ético e competente, inserido na comunidade regional, capaz de construir o conhecimento, promover a cultura, o intercâmbio, a fim de desenvolver a consciência coletiva na busca contínua da valorização e solidariedade humanas, vem abrindo espaços para proporcionar a construção de saberes, em diferentes áreas, permitindo que pessoas realizem seus sonhos e efetuem seus cursos de graduação com qualidade, oferecendo oportunidades a todas as camadas da população de sua abrangência. A história da URI comprova que os cursos de licenciatura de Ciências e Estudos Sociais, juntamente com Administração foram os cursos pioneiros nela instalados. Outros cursos foram criados ao longo de sua existência e se apresentam com destaque no cenário regional e nacional. A consolidação da história de construção do conhecimento surgiu com os cursos das áreas tecnológica e da saúde, formando Engenheiros, Enfermeiros, Farmacêuticos e nos próximos anos Fisioterapeutas e Educadores Físicos, observando-se os frutos das importantes pesquisas desenvolvidas nessas áreas, com o objetivo de atender às necessidades regionais e nacionais.

Baseada nesse histórico, é que a URI vem construindo sua concepção de saúde, diretamente, relacionada a qualidade de vida, educação da população e inserção do profissional na vida política, social e cultural das comunidades da região em que irá atuar. É importante salientar que esses preceitos foram revalidados e desenvolvidos pelo Departamento de Saúde da Universidade tendo como marcos conceituais: Saúde tem seu conceito associado ao contexto em que o ser humano está inserido, e deve ser visto como resultado da organização social, cultural e política. É conquistada pela sociedade e deve ser construída e vivida pelas pessoas no seu cotidiano. Envolve um relativo bem estar físico-psíquico e espiritual, possibilitando ao indivíduo o desenvolvimento de suas tarefas diárias dentro de um padrão aceitável e sem esforço extremo. Cuidado Humano entendido segundo Waldow, que ressalta: o cuidado humano, sem dúvida, está embutido em valores, os quais, independentemente do enfoque, priorizam a paz, a liberdade, o respeito, e o amor, entre outros aspectos... (1995, p.8). Cliente/Paciente/Usuário pessoa a quem se deve garantir a espaço social, cultural, político e criativo. Capaz de auto-cuidar-se, de decidir sobre o seu tratamento sendo sujeito de sua própria vivência com responsabilidades e direitos universalmente conquistados. Ser comunicativo e capaz de interagir com o meio com atenção, liberdade, informação e tendo sua saúde afetada, necessita de cuidados. Perfil Epidemiológico conjunto de informações concentradas nas relações entre os fatores que determinam a prevalência, a incidência e a transcendência de um processo de saúde/doença numa comunidade para que possa, a partir destas, atuar na cura e, especialmente, na prevenção do processo saúde/doença, exercitando, assim, a profilaxia. Tais conceitos vinculam-se as atividades de inserção da Universidade na comunidade, com seus diversos programas na área da saúde, hoje existentes na sua Região de abrangência, a saber: Programa da Imunizações; Saúde da Mulher; Saúde da Criança; Saúde do Trabalhador; Controle de Doenças Transmissíveis Agudas; Programa da AIDS e DSTs; Programa da Tuberculose; Programa da Hanseníase; Vigilância Sanitária; Controle e Tratamento das Doenças Cardio-circulatórias; Controle da Hepatite Viral; Controle da Toxoplasmose na Gestação; Programa da ACS ( em prática em 21 municípios); Programa de Saúde da Família (realizado em 3 municípios); Programa de Atenção Farmacêutica. Todos esses programas são exclusivos da área da saúde, em que atuam os cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia. Afirma-se, portanto, que a criação do curso de Nutrição vem reforçar os programas da URI e numa atuação multiprofissional e interdisciplinar oferecer à comunidade a possibilidade de ter um serviço que contemple o ser

humano como um todo. Com a criação do curso de Nutrição a URI, além de oferecer à comunidade mais um profissional atuante na área da saúde, abre para a instituição um novo leque de possibilidades para desenvolver pesquisas e estudos em conjunto entre essas áreas do conhecimento, cumprindo o objetivo principal de toda a universidade que é unir ensino, pesquisa e extensão no exercício da interdisciplinariedade. Neste sentido, vale ressaltar que o curso de Nutrição não se apresenta somente como mais um curso, a proposta é de compor e construir junto ao núcleo de ensino, pesquisa e extensão, já existente e cuja área de concentração volta-se aos diversos campos da saúde, tendo como conceito norteador a postura ética no desenvolvimento de um trabalho fundamentado na co-responsabilidade e a formação de profissionais voltados para o desenvolvimento e respeito do ser humano em sua totalidade. Além dos cursos da área da Saúde, a URI oferece à comunidade, os cursos de Química, Engenharia de Alimentos e Ciências Biológicas, que permitem o desenvolvimento tecnológico no campo de alimentos, possibilitando o desenvolvimento de programas e consecução de projetos de pesquisa em conjunto. A utilização da infra-estrutura já disponível para outros cursos e programas, torna a URI competente para a implantação do Curso de Nutrição. Desta forma, a Universidade maximiza o aproveitamento dos investimentos em recursos materiais e humanos, oferecendo à comunidade mais um profissional competente para atender à demanda social e promover a qualidade de vida da população. Visando atender à grande demanda na área da Saúde em Nutrição, pleiteia-se a Criação do Curso de Nutrição. Tal curso faz parte do processo de Planejamento Institucional, que, ao ser realizado, levou em consideração as condições da Universidade para a sua instauração. Assim, cabe salientar que a inserção do curso de Nutrição na instituição, URI, foi resultado de algo planejado, para que após consolidados as cursos da área da Saúde oferecidos pela universidade, se pudesse ofertar à comunidade um curso mais abrangente, com uma formação tecnológica e técnica na área da saúde. 2.3 CONTEXTO DE INSERÇÃO DO CURSO NA LEGISLAÇÃO O curso de Nutrição oferecido pela URI, tem amparo na legislação educacional em vigor e que orienta o processo de formação do Nutricionista, a saber:

Lei nº 9.394 de 20/12/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Graduação em Nutrição; Resolução CNE/CES Nº 5, de 7 de novembro de 2001; Padrões de Qualidade para Implantação e Funcionamento dos Cursos de Nutrição; Constituição Federal de 1988; Legislações específicas ao nutricionista; Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990. Observando a relação entre algumas leis e a saúde, é interessante ressaltar a presença do conceito de saúde em muitos documentos hoje vinculados a essa área e aos quais a URI pretende estar alinhada. Assim, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 6º, considera a saúde como: [...] um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação (art. 196). Em seu artigo 198, inciso II, a Constituição determina como diretrizes para a concretização desse direito social, a o [...] atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais e, no inciso III, participação da comunidade ( BRASIL, 1988). Na Lei 8.080/90 em seu artigo 5º, inciso III, o Sistema Único de Saúde determina como objetivo [...] a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, como realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Em seu artigo 7º coloca como princípios, inciso I, universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência ; em seu inciso II, integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigido para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema ; ainda em seus incisos VII, X e XII, propõe que o estabelecimento de prioridades e a orientação programática deverá ser referendada por dados epidemiológicos e que as ações em saúde, meio ambiente e saneamento básico deverão ser de forma integrada, atendendo a todos os níveis de assistência com capacidade de resolução. A Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, na Resolução CNE/CES nº 5, de 7 de novembro de 2001, institui que as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição definem os princípios, fundamentos, condições e

procedimentos da formação de nutricionistas, assegurando qualidade na formação acadêmica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das condições do exercício profissional. As diretrizes Curriculares permitem que os currículos propostos possam construir um perfil acadêmico e profissional que lhe confira competências, habilidades e conteúdos dentro de perspectivas e abordagens contemporâneas de formação pertinentes e compatíveis com as referências nacionais e internacionais, capazes de atuar com qualidade, eficiência e resolutividade, no Sistema Único de Saúde, considerando a Reforma Sanitária Brasileira. A Conferência de Alma-Ata (1\978), refere que os cuidados primários em Saúde: refletem, e a partir delas evoluem, as condições econômicas e as características socio-culturais e políticas do país e de suas comunidades, e se baseiam na aplicação dos resultados relevantes da pesquisa social, biomédica e de serviços de saúde e da experiência em saúde pública, e ainda, incluem pelo menos: educação no tocante a problemas prevalentes de saúde e aos métodos para sua prevenção e controle, promoção da distribuição de alimentos e da nutrição apropriada, provisão adequada de água de boa qualidade e saneamento básico, cuidados de saúde materno-infantil, inclusive planejamento familiar, imunizações contra as principais doenças infecciosas, prevenção e controle de doenças endêmicas, tratamento apropriado de doenças e lesões comuns e fornecimento de medicamentos essenciais, e, planejamento, organização, operação e controle dos cuidados primários de saúde, fazendo o mais pleno uso possível de recursos disponíveis, locais, nacionais e outros, e para esse fim desenvolvem, através da educação apropriada, a capacidade de participação das comunidades. Em resposta à crescente demanda por uma nova concepção em Saúde Pública no mundo, a primeira conferência sobre Promoção à Saúde realizada em Ottawa em 21 de novembro de 1986,tendo como ponto de referência Saúde para Todos no Ano 2000, refere como a promoção da saúde interfere no desenvolvimento pessoal e social indicando que ela deve, proporcionar informação e educação sanitária a aperfeiçoar as aptidões indispensáveis à vida. O momento atual é de promoção plena da Saúde individual e coletiva. É preocupação mundial a promoção de meios que promovam o desenvolvimento máximo da Saúde das pessoas. É preciso que busquemos, nos mais diversos setores sociais, uma nova orientação sensível às necessidades culturais contribuindo para a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva.

2.4 FUNDAMENTOS NORTEADORES DO CURSO A proposta pedagógica do curso de Nutrição foi construída com base nos fundamentos ético-políticos, epistemológicos e didático-pedagógicos, que serão explicitados a seguir: 2.4.1 Fundamentos Ético-Políticos O curso de Nutrição da URI busca produzir conhecimento com uma educação de qualidade, primando pela formação do cidadão, do ser humano emancipado, que seja capaz de pensar e agir com coerência frente à sociedade contemporânea, cada vez mais complexa e desafiadora. As escolhas e decisões didático-pedagógicas do curso foram orientadas por princípios éticos (dignidade humana, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade), e políticos coerentes com a profissão que irão exercer. O curso de Nutrição foi pensado no sentido de contribuir para que o acadêmico, além de entender da técnica específica de sua profissão, seja um indivíduo capaz de valorar e dar sentido a tudo o que o cerca, de estabelecer relações sociais, políticas, econômicas e éticas. O nutricionista não deverá ter apenas uma formação voltada para o atendimento das demandas do exercício profissional específico, mas deve saber mobilizar seus conhecimentos, tranformando-os em ação responsável, ou seja, é fundamental que o nutricionista, além de compreender as questões envolvidas em seu trabalho, sua identificação e resolução, tenha autonomia para tomar decisões com responsabilidade por suas opções. 2.4.2 Fundamentos Epistemológicos O curso Nutrição da URI, foi organizado de modo a propiciar aos alunos experiências interdisciplinares. A interdisciplinaridade caracteriza-se pela colaboração entre disciplinas diversas ou entre setores heterogêneos de uma mesma ciência e por uma intensa reciprocidade nas trocas, visando um enriquecimento mútuo. Ela não pretende competir com territórios já estabelecidos, mas pretende atrair novos parceiros para construir novos conhecimentos e novas realidades. Implica em vontade e compromisso dos indivíduos em elaborar um contexto mais geral, no qual cada uma das disciplinas em contato sejam, por sua vez, modificadas e passem a depender intrinsecamente umas das outras.

O curso de Nutrição oferecido pela URI, tem suas bases epistemológicas na construção de um conhecimento gerador de investigação, que a pesquisa produza satisfação de necessidades sociais e, esteja relacionada a um princípio organizador do desenvolvimento profissional do nutricionista em formação. Esse conhecimento estará centrado num ensino que previlegie os aspectos metodológicos presentes na atual LDB: identidade, autonomia, diversidade, interdisciplinaridade, contextualização e flexibilidade; e na relação do curso com a sociedade no qual está inserido. É elemento fundamental o constante exercício do analisar, do questionar, do sugerir novos rumos para os experimentos e experiências a serem vivenciadas pela comunidade acadêmica. Essa orientação, configura-se no conhecimento voltado para a interdisciplinariedade e a busca da integração da Nutrição com um novo paradigma científico, o qual está voltado para a construção de uma sociedade mais solidária, que favoreça a promoção da saúde coletiva e individual. 2.4.3 Fundamentos Didático-Pedagógicos O curso de Nutrição é constituído por conteúdos que desenvolvem competências baseadas nos fundamentos epistemológicos já estabelecidos, e se concentram numa prática interdisciplinar. A seleção dos conteúdos do curso levou em conta a relevância dos mesmos em toda sua abrangência e sua contribuição para o desenvolvimento de habilidades profissionais, considerando o nutricionista como pessoa e como cidadão. Neste contexto, cabe acrescentar que a nutrição assim como os profissionais da área da saúde, trabalham nos diversos níveis de desenvolvimento humano, do crescimento até os cuidados alimentares da vida adulta, madura. É uma área que zela pela qualidade da saúde individual e coletiva, e cada vez mais se constata que o momento é de promover os meios que permitam a população o desenvolvimento máximo da saúde. É área que também quer um melhor aproveitamento dos recursos existentes na natureza, respeitando e intervindo de modo responsável no modo de vida das pessoas. As atividades multiprofissionais geraram a necessidade do aprendizado interdisciplinar, oferecendo aos acadêmicos um desenvolvimento integrado com as demais áreas. A construção da visão holística requer o aprendizado e constante aprimoramento multidisciplinar. O objetivo principal é contribuir para a construção do conhecimento, já que esse projeto propõe que os profissionais formados neste curso de Nutrição, vejam a Educação em

Saúde como atenção integral à mesma, atuando como educadores e, que sejam capazes de buscar soluções para que o indivíduo seja reconhecido integralmente, e a sociedade possa contemplar o equilíbrio bio-psico-social de todos os cidadãos. 2.5 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS DO CURSO DE NUTRIÇÃO Historicamente, os cursos de nutrição existentes no país, buscaram, desde o início, formar profissionais que pudessem interagir com toda a equipe de saúde, os indivíduos e a sociedade com toda a sua bagagem social, psíquica e econômica. A metodologia do curso de Nutrição deverá trazer ações pedagógicas indicadas pelos marcos referenciais do Parecer das Diretrizes Curriculares Nacionais, que direcionam o processo educacional. Esse parecer fundamenta-se numa concepção de aprendizagem criativa e emancipadora, com encaminhamentos metodológicos que partem das situações e contextos pessoais, culturais e sociais dos alunos, buscando articular significados amplos e diversificados quanto à saúde, e extrapolam o cotidiano. Com um projeto pedagógico centrado no aluno como sujeito da aprendizagem, o professor deverá assumir, em sala de aula, uma postura de facilitador e mediador do processo ensino aprendizagem. Tal metodologia deverá buscar uma formação integral e adequada do estudante no processo de uma reflexão crítica alicerçada na realidade local, regional e nacional e que esse processo de ensino esteja afinado com a pesquisa e a extensão/assistência. 2.5.1 Relação Teoria-Prática A metodologia decorrente da relação teoria-prática se fundamenta no eixo articulador da produção do conhecimento na dinâmica do currículo e por meio de vivências nas diversas disciplinas que envolvam a observação, a avaliação o acompanhamento e a intervenção nos três níveis de atenção à saúde: promoção, prevenção e reabilitação. Estará presente, desde o primeiro semestre do curso, nas diversas áreas de conhecimentos da nutrição, mediante projetos e atividades incluídos na carga horária semanal das diferentes disciplinas que compõem a grade curricular. O processo de formação do nutricionista, busca associar teoria e prática no sentido de fazer com que o aluno perceba e vivencie, as atividades de cuidados alimentares, nos mais

diversos níveis do desenvolvimento humano. Portanto, as temáticas formadoras do nutricionista, buscam integrar o aluno nos principais segmentos da profissão: alimentação coletiva, nutrição clínica, saúde pública, nutrição nos esportes e indústria de alimentos. O trabalho docente do professor que atuará no Curso de Nutrição da URI deverá ser voltado para operacionalizar atividades em que o aluno identifique o meio social e cultural, que a reflexão e ação dos níveis teórico e prático possibilitem a tomada de decisões nos diversos segmentos da profissão, tornado-se comprometido com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o nas dimensões cognitivas, afetivas, éticas, estéticas, de relação interpessoal e de inserção social. O enfoque teórico-prático do Curso de Nutrição da URI tem como elemento básico a prática social da saúde como direção da prática profissional. Neste sentido, a teoria será confrontada com a realidade social e, a partir desta relação, irá proporcionar, ao longo de todo o curso, programas de pesquisa em iniciação científica, como suporte para as atividades de extensão, vinculados a área da prevenção e educação em saúde já existentes na universidade. Salienta-se, assim, que no processo ensino-aprendizagem idealizado para o Curso de Nutrição, o professor deverá ter como tarefa básica que oferecem condições para análise, discussão, reflexão e busca de soluções acerca da realidade local e nacional, obtendo-se a prática de um paradigma que leve o acadêmico à construção do conhecimento. 2.5.2 Trabalho Interdisciplinar Interdisciplinariedade é o princípio da máxima exploração das potencialidades de cada ciência, da compreensão e exploração de seus limites, mas acima de tudo, é o princípio da diversidade e da criatividade (ETGES, 1993, p.79). Considera-se que a formação do nutricionista demanda estudos que incluam a sistematização e o aprofundamento de conceitos e relações específicas da área e, diante da possibilidade de integração do corpo docente, será possível contemplar estudos e atividades interdisciplinares ao longo do curso. Compreende-se como trabalho interdisciplinar as diferentes formas entre os campos disciplinares das diversas ciências. O movimento de interação, resultante da comunicação entre as diversas disciplinas dos campos de estudos, possibilita a exploração das proposições da cada campo do saber na totalidade de sua especificidade e na universalidade de sua gênese, ou seja, a especificidade conforme caráter singular, único da disciplina na totalidade das relações sociais,

sendo que a própria gênese do campo é oriunda da universalidade dos saberes construídos historicamente. O trabalho interdisciplinar requer integração entre as disciplinas, tanto nos conceitos, quanto nos aspectos metodológicos, isto porque, a interação entre duas ou mais disciplinas pode ser construída a partir da simples comunicação de idéias, fatos e vivências até que se possa integrar conceitos, terminologias e metodologias em um objetivo comum. O objeto de trabalho da formação do nutricionista é o alimento como suporte para a manutenção, crescimento e desenvolvimento do ser humano integral, este é o objeto de formação dos cursos da área da saúde, a falta de perspectiva de formação interdisciplinar impede que o profissional nutricionista seja articulado nas diferentes áreas do conhecimento, o que não é objetivo do curso a ser formado. Acredita-se que o professor, pelo trabalho interdisciplinar, aprende a superar metodologias convencionais e estimula o aluno a construir novas relações, estabelecer novas questões, para que novas possibilidades sejam viáveis para a sociedade. Cabe destacar o artigo 14 das Diretrizes Currículares Nacionais parecer nº1133/01, sobre a estrutura do curso de Nutrição, ítem 2º - [...] as atividades teóricas e práticas presentes desde o início do curso, permeando toda a formação do Nutricionista, de forma integrada e interdisciplinar. 2.5.3 Integração Ensino Pesquisa Extensão A estrutura do Curso de Nutrição da URI, está afinada com as finalidades instituídas, para a educação superior, pela Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 a saber: a articulação entre o ensino, pesquisa e extensão/assistência, estimulando a realização de experimentos e/ou de projetos de pesquisa, socializando o conhecimento produzido, levando em conta a evolução epistemológica dos modelos explicativos do processo saúde-doença. Depreende-se, assim, que as finalidades da educação superior são projetadas para assegurar um ensino científico, articulado ao trabalho de pesquisa e investigação, promovendo a divulgação dos conhecimentos culturais, científicos e técnicos. A pesquisa é um componente constitutivo tanto da teoria como da prática. A familiaridade com a teoria só pode se dar por meio do conhecimento das pesquisas que lhe dão sustentação. De modo semelhante, a atuação prática possui uma dimensão investigativa e constitui uma forma não de simples reprodução, mas de construção do conhecimento.

Ressalta-se, dentre as finalidades da Educação Superior, no Artigo 43, os seguintes incisos: I- estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; III- incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV- promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; VI- estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviço especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade. Ao referir-se às finalidades da Educação Superior, a Legislação educacional explicita, além dos princípios fundantes, uma concepção metodológica para assegurar o cumprimento das finalidades educacionais. Assim, é possível constatar que o discurso legal manifesta a compreensão da necessidade de formar diplomados, incentivar o trabalho de Pesquisa, promover a divulgação de conhecimentos e a extensão. Tais finalidades expressam princípios norteadores do Ensino, da Pesquisa e da Extensão. As deliberações tanto da LDB 9394/96 como das Diretrizes Currículares fornecem os indicadores metodológicos para compreender que a integração do ensino, da pesquisa e da extensão se objetiva a partir do próprio movimento conceitual do ensino como formador constituído dos campos de estudos para a área da Nutrição, então se delimita por critérios de orientação científica promovendo a interação entre as áreas. A URI caracteriza extensão como atividade institucional que dá o caráter social ao ensino e à pesquisa. Portanto, na formação do nutricionista, a extensão levará para a sociedade os benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica. O trabalho das atividades de extensão é uma via de mão dupla pois leva para a sociedade o que se desenvolve no espaço de formação superior e traz para o interior da Universidade o conhecimento construído

pela população, para que o mesmo seja transformado, investigado, apreendido e, por fim, para que exista, de fato, a integração social entre a instituição e a sociedade em geral. Destaca-se também, que a pesquisa integrada ao ensino e a extensão propõe novos caminhos no trabalho docente, procurando desenvolver o interesse pelo espírito de busca (pesquisa), descoberta, criação; que integrada ao ensino e à extensão formarão profissionais capazes, organizados, criativos e capazes de buscar conhecimento técnico e científico, dando continuidade a construção do conhecimento, depois de egressos da universidade. 2.5.4 Integração com o Mercado de Trabalho A formação do nutricionista preparado para enfrentar o mercado de trabalho altamente competitivo requer qualificação profissional associada à capacidade de coordenar informações, interagir com pessoas e interpretar de maneira dinâmica a realidade. O nutricionista deve ser capaz de propor soluções que sejam não apenas tecnicamente corretas, deve ter a ambição de considerar os problemas em sua totalidade, em sua inserção numa cadeia de causas e efeitos de múltiplas dimensões. Para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e competências necessárias à formação profissional, o curso de Nutrição prevê a realização de atividades de integração com o mercado de trabalho, através de Estágio Supervisionado, Estágios Extra-Curriculares e desenvolvimento de atividades de extensão junto à comunidade. Desta forma, o acadêmico de Nutrição terá a oportunidade de compartilhar experiências com os profissionais da área inseridos no mercado de trabalho. 2.5.5 Pressupostos Metodológicos Para a Realização dos Estágios Curriculares e Atividades Complementares O curso de Nutrição da URI, em função das suas especificidades, ofertará serviços à comunidade nas áreas da saúde. Esses serviços serão executados pelos estudantes do curso em fase de realização dos estágios curriculares para a formação profissional. 2.5.5.1 Estágios Curriculares

A formação do Nutricionista deve garantir o desenvolvimento de estágios curriculares, sob supervisão docente, contando com a participação de nutricionistas dos locais credenciados. A carga horária mínima do estágio curricular supervisionado deverá atingir 20% da carga horária total do Curso de Graduação em Nutrição proposto, com base no Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. A carga horária do estágio curricular deverá ser distribuída eqüitativamente em, pelo menos, três áreas de atuação: nutrição clínica, nutrição social e nutrição em unidades de alimentação e nutrição. Tais atividades devem ser eminentemente práticas e sua carga horária teórica não poderá ser superior a 20% do total por estágio. 2.5.5.2 Atividades Complementares As atividades complementares do curso de Nutrição estão regulamentadas pela Resolução n o 544/CUN/2003, que dispõe sobre o aproveitamento de Atividades de Extensão que contemplam estudos e práticas independentes, presenciais ou a distância, com o objetivo de aprofundamento dos conhecimentos adquiridos pelo aluno. Conforme previsto no Projeto Político Pedagógico o total de horas complementares deverá ser se 200 horas, destas horas o aluno poderá obter 100 horas através de atividades voluntárias em cada uma das três grandes áreas de atuação do nutricionista: Nutrição clínica; Administração em serviços de nutrição; Nutrição coletiva. 2.5.6 Serviço de Nutrição O serviço de Nutrição da URI, se destina ao atendimento ambulatorial de educação nutricional, e nutrição clínica para pessoas da comunidade. O atendimento será desenvolvido

por alunos em estágios curriculares obrigatórios supervisionados para a formação do nutricionista. Os estágios estão previstos na grade curricular do curso. A Nutrição tem diferentes níveis de atuação para estágios curriculares supervisionados: ambulatorial, hospitalar, coletivo, comunitário, unidades básicas de saúde, estando todos centrados no aprendizado, com visão de ética e cidadania com o objetivo de que o indivíduo seja entendido como um ser bio-psico-social e ativo em sua ações de saúde. 2.5.7 Avaliação Considerando a avaliação como um processo que envolve todas as atividades realizadas pelos alunos, bem como a sua postura nos encontros teóricos e teórico-práticos, os acadêmicos do curso de Nutrição serão avaliados não apenas através de resultados de exames ou trabalhos escritos mas também o desempenho durante a realização de tarefas, a capacidade de criar e raciocinar, a capacidade de análise e reflexão acerca da realidade em que se encontra, serão elementos básicos a serem considerados na avaliação. Aliado a isso, cada docente e acadêmico deverá considerar os aspectos legais acerca da avaliação, propostos no Regimento da Universidade, os quais propõem: Art. 77. O plano de ensino deve conter a indicação dos objetivos de cada disciplina, o conteúdo programático, a carga horária disponível, a metodologia a ser seguida, os critérios de avaliação, o material e as referências bibliográficas necessárias. Art. 78. O processo de aprendizagem, guardando íntima relação com a natureza da disciplina, é parte integrante do Plano de Ensino, comportando: I avaliação progressiva e cumulativa do conhecimento, mediante verificações parciais ao longo do período letivo em número mínimo de duas, sob a forma de exercícios, trabalhos escolares, argüições, seminários ou outras atividades; II verificação da capacidade de domínio do conjunto da disciplina ministrada, por meio de exame final do período, cumprido o respectivo programa. Art. 79. A avaliação do desempenho escolar é feita por disciplina, levando em conta o desempenho.

Art. 80. Para fins de avaliação do desempenho, fica instituída a atribuição de notas de 0 (zero) a 10 (dez). 1 o. A média semestral da disciplina, por período letivo, é feita por média aritmética, sendo que para cálculo da mesma, a disciplina deve conter, no mínimo 2 (duas) notas de provas e/ou exercícios ou trabalhos escolares, distribuídos proporcionalmente no semestre letivo. 2 o. O aluno que obtiver na disciplina uma média igual ou superior a 7 (sete) durante o período letivo e freqüência não inferior a 75% (setenta e cinco por cento), é dispensado de exame final desta disciplina. 3 o.as médias são apuradas até a primeira decimal, sem arredondamento. 4 o. Para obtenção da média final deve ser utilizada a fórmula: (MS + EF) / 2 = (média semestral mais exame final) dividido por dois. 5 o. Somente pode prestar exame final o aluno que obtiver a freqüência não inferior a 75% (setenta e cinco por cento) e a média final do semestre igual ou superior a 5 (cinco). 6 o. O aluno que não prestar exame final por motivo de doença, luto ou gala ou outros previstos em lei, pode prestá-lo em nova data, mediante requerimento encaminhado à Direção Acadêmica, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo força maior. Art. 81. A aprovação do aluno em cada disciplina, no semestre, depende de ter cumprido, concomitantemente, as seguintes condições: I ter obtido freqüência não inferior a 75% (setenta e cinco por cento); II ter obtido média final de aprovação não inferior a 5 (cinco). Art. 82. A atribuição das notas e o controle de freqüência é de responsabilidade exclusiva do professor da disciplina. Parágrafo único. De acordo com a legislação em vigor, as faltas não podem ser abonadas. Art. 83. Pode ser concedida a revisão de nota atribuída ao exame final, quando requerida à Direção Acadêmica, no prazo de 2 (dois) dias úteis, a contar da sua divulgação. Parágrafo único O requerimento para a revisão deverá ser formulado por escrito, devidamente fundamentado e justificado.

Art. 84. Para cada aluno, a Secretaria Geral elabora e mantém atualizado, após cada semestre, o histórico escolar em que é registrada a disciplina cursada, com a respectiva carga horária, crédito e nota final obtida. Para dar maior validade ao sistema de avaliação os professores, no decorrer do semestre letivo, ao escolherem as formas através das quais irão avaliar, também elencam critérios de avaliação no Plano de Curso de cada uma das disciplinas, presentes no Projeto Pedagógico.

3 CONCEPÇÃO DO CURSO 3.1 OBJETIVOS DO CURSO 3.1.1 Objetivo Geral Assegurar ao egresso em Nutrição, uma formação generalista, humanista e crítica, capacitando-o a atuar em todas as áreas do conhecimento, em que a alimentação e nutrição se apresentem fundamentais, tornando-o apto a atuar na Educação em Saúde, mais especificamente na promoção e prevenção, manutenção e recuperação da saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautada em princípios éticos, com reflexão da realidade econômica, política, social e cultural. 3.1.2 Objetivos específicos O aluno egresso do Curso de Nutrição deverá estar apto a: - planejar, organizar, supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição em cozinhas industriais, como função de compra, estocagem, preparo, distribuição, higienização e controle dos alimentos; - treinar e supervisionar o trabalho do pessoal da cozinha em restaurantes, escolas, hospitais ou firmas especializadas em alimentação; - prescrever, avaliar e supervisionar dietas para pacientes, planejando programas de reeducação alimentar específicos para cada tratamento; - coordenar as pesquisas de produtos, os testes de receitas e o atendimento ao consumidor; - realizar estudos em laboratórios de pesquisas alimentares, universidades e centros científicos para investigação dos nutrientes e das propriedades dos alimentos; - elaborar programas de merenda escolar e centros de saúde; - participar da inspeção sanitária e análise do processamento de alimentos, dos equipamentos utilizados e a qualidade do produto;

- planejar cozinhas, treinar funcionários e montar dietas específicas para esportistas ou doentes que necessitem de regimes especiais (Assessoria e Consultoria); - supervisionar os regimes alimentares destinados à recuperação e manutenção da saúde do homem; - organizar e acompanhar programas de nutrição, identificando as carências dietéticas das comunidades para corrigi-las cientificamente; - elaborar programas de educação alimentar baseados na composição química e nas modernas técnicas de preparo, conservação e higiene dos alimentos; - ser capaz de atuar em diversas áreas, como no magistério do ensino médio, ensino técnico e em treinamento para empresas do ramo alimentício, desde que curse paralelamente as disciplinas de Licenciatura; - prestar assessoria e administrar programas e sistemas industriais e comerciais voltados à alimentação; - desenvolver pesquisas em diversos laboratórios de análise de alimentos; - elaborar e supervisionar serviços de nutrição em diversas instituições voltadas à Saúde Pública. 3.2 PERFIL PROFISSIONAL A SER FORMADO Nutricionista, com formação generalista, humanista e crítica, capacitado a atuar, visando à segurança alimentar e à atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que a alimentação e a nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautado em princípios éticos, com reflexão sobre a realidade econômica, política, social e cultural. 3.3 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA Apesar das diversidades de seu campo de atuação, as principais áreas de atuação do profissional nutricionista têm sido o hospital, a indústria e a saúde pública. Cabe a cada profissional, egresso de um curso superior, saber explorar todas as potencialidades que lhe faculta o conhecimento profissional.

3.3.1 Hospital Em um hospital o nutricionista atua nos seguintes setores: a) Nutrição clínica e cirúrgica: Serviço de nutrição nas enfermarias, organização (estrutura, instalações, impressos, pessoal); interpretação e adequação das prescrições médicas; elaboração e análise de dietas; visitas aos pacientes internados; anamnese alimentar, avaliação e orientação nutricional; controle de ingesta hídrica e calórica; controle de rotina no pré e pós-operatório; participação em grupos de estudos; solicitação de exames laboratoriais. b) Ambulatórios: Rotina, impressos, pessoal; anamnese alimentar e avaliação nutricional; elaboração da dieta individual, considerando as condições sócio-econômicas e hábitos alimentares; atendimento grupal, solicitação de exames laboratoriais. c) Nutrição materno-infantil: Gestante, puérpera e nutris: serviço de nutrição na maternidade e rotina; supervisão e controle do serviço, atualização de mapas; anamnese alimentar; avaliação e orientação nutricional; elaboração e análise da dieta. Pediatria: serviço de nutrição na enfermaria de pediatria, supervisão e controle; interpretação e adequação das prescrições médicas; atualização de mapas; anamnese alimentar; avaliação e orientação nutricional; elaboração e análise da dieta. Lactário: serviço de nutrição no lactário; localização, planejamento, equipamentos, higienização, pessoal; armazenamento e distribuição de mamadeiras; métodos de esterilização; controle bacteriológico; cálculo e técnicas de preparo das fórmulas lácteas e não-lácteas; supervisão e controle; atualização de mapas. Banco de leite humano: rotina, planejamento, localização, ventilação e iluminação; área de atuação técnica de colheita do leite humano e métodos de conservação; impressos; atualização e controle das estatísticas; supervisão e controle. d) Produção: planejamento do serviço de nutrição (localização, utensílios, máquinas e equipamentos); tipos de serviço; elaboração de cardápios (per capita, custos); sistema de distribuição para pacientes e servidores; controle de qualidade e aceitabilidade dos alimentos; impressos; treinamento e seleção de pessoal; supervisão, coordenação e controle de atividades desenvolvidas.

3.3.2 Saúde Pública Na área de Saúde Pública a atividade é desenvolvida, principalmente, junto aos órgãos de governo. Deve sempre estar disponível para prestar informações ao público através dos veículos de comunicação de massa; deve conscientizar a sociedade e mobilizar o governo para a busca de soluções definitivas, objetivando amenizar a gravidade da questão alimentar brasileira. a) Planejamento: Realizado em qualquer nível de atuação: local, regional e central, elaborando e coordenando programas de suplementação alimentar e de merenda escolar, na tentativa de reduzir as carências nutricionais. b) Assistência alimentar: Serviços de nutrição em instituições que comportam coletividade sadia (estrutura, instalações, impressos, pessoal; elaboração de cardápios diários: requisição, produção e distribuição); observação do per capita e da aceitabilidade da alimentação distribuída. c) Educação nutricional: Organização e planejamento de atividades; palestras para a clientela; pesquisas para avaliação nutricional da clientela; atendimento ambulatorial (anamnese alimentar, avaliação e orientação nutricional); elaboração e prescrição de dietas. d) Alimentação do pré-escolar e escolar: Atividades desenvolvidas em diversas instituições da comunidade, verificando aspectos nutricionais na avaliação da alimentação e do estado nutricional, por serem os membros da comunidade oriundos dos mais diferentes níveis sócio-econômicos e culturas. Centro de saúde: planejamento e ministração de palestras e cursos sobre temas de nutrição e saúde, para os usuários que integram os programas e para a comunidade; atendimento no ambulatório de puericultura e orientação alimentar para mães e crianças. Escolas: serviço de nutrição (instalações; confecção e distribuição de refeições); planejamento e elaboração de cardápios; avaliação da aceitabilidade da alimentação distribuída; supervisão da distribuição da merenda escolar; observação do per capita ingerido, utilizando medidas caseiras; anotação da freqüência à merenda escolar; impressos e rotina. Creches: planejamento e ministração de palestras e cursos sobre alimentação e saúde, dirigidos aos responsáveis pelas crianças e membros da comunidade, com demonstrações práticas e técnicas para a conservação do valor nutritivo dos alimentos; avaliação nutricional do pré-escolar; impressos e elaboração de pesquisas.

Vigilância Sanitária: participação na equipe de Vigilância Sanitária, cumprindo e fazendo cumprir a legislação, promovendo programas sobre manipulação de alimentos, integrando comissões técnicas de regulamentação e procedimentos relativos a alimentos. 3.3.3 Restaurante Tipo Industrial O nutricionista deve trabalhar conscientizando o empregador para a importância do serviço de nutrição em sua empresa, obtendo os recursos necessários para desenvolvê-lo. Atividades semelhantes às descritas para a produção de alimentos em um hospital. O cardápio serve como um verdadeiro instrumento para a educação nutricional: deve orientar o comensal para os processos tecnológicos da fabricação, valor nutricional e preparo do produto; deve elaborar informes científicos e técnicas referentes à alimentação em geral, ampliando a consciência crítica relativa à propaganda pelos meios de comunicação de massa. Atuando em empresas, deve seguir, rigorosamente, o Código Brasileiro de Alimentos. O nutricionista também tem como atribuição a responsabilidade sobre as refeições transportadas, dentro dos parâmetros técnicos do CRN2. 3.3.4 Consultório Dietético Cabe ao nutricionista dar atendimento nutricional personalizado a indivíduos sadios que necessitem adequar seu comportamento alimentar e/ou a indivíduos doentes que necessitem de aconselhamento dietoterápico, mediante diagnóstico médico; atua em clínicas de recuperação médico-nutricional, clínicas de ginástica/estética, como também, em escritórios de planejamento e assessoria de serviços alimentares. 3.3.5 Laboratório Bromatológico O nutricionista participa da equipe de Vigilância Sanitária na identificação do estado higiênico sanitário do alimento, quanto ao controle de qualidade e legislação sanitária vigente.

Desenvolve suas atividades em laboratórios bromatológicos, físico-químicos e microbiológicos: identifica os alimentos quanto a sua estrutura e composição; controle sanitário de alimento de origem animal; inspeção sanitária e comercial; provas de esterilidade nos produtos alimentares enlatados e embutidos; determinação de alterações diversas e identificação de micro-organismos; aplicação da legislação bromatológica vigente e elaboração de relatórios. 3.3.6 Pesquisa Trabalha na indústria de alimentos pesquisando processos de confecção, enriquecimento e conservação de alimentos industrializados. Nas instituições de ensino, elabora pesquisas acadêmicas nas diferentes áreas da alimentação, nutrição e saúde. 3.3.7 Ensino A atividade primordial do nutricionista é a de educador, podendo desenvolver atividades de ensino em quaisquer dos níveis de formação humana, formal ou informal, que vão de simples palestras comunitárias à atuação no Ensino Superior. 3.3.8 Administração Pode assumir qualquer atividade funcional na sua área de formação: sendo exclusiva dela a direção de escolas e cursos de nutrição e restaurantes industriais. 3.3.9 Outras - Marketing e Vendas em Serviços de Nutrição. - Assessorias